O outro país do futebol

O futebol invadiu de vez os cinemas. Depois das produções brasileiras e inglesas sobre o tema, agora um filme mexicano chega às telonas. Confira:

O outro país do futebol

Por Elaine Guerini, para o Valor, de Park City (EUA)
09/04/2009
Divulgação
Gael García Bernal e Diego Luna protagonizam filme inspirado no documentário “Futebol”, dirigido João Moreira Salles

Jovem fanático por futebol vê no esporte a chance de deixar para trás uma vida miserável. E sua sorte será decidida no momento mais dramático do esporte: na hora de bater o pênalti. Não, não se trata da sinopse de “Linha de Passe” (2008), o último longa-metragem que Walter Salles rodou no Brasil. Esse é o enredo de “Rudo y Cursi”, comédia mexicana sobre dois irmãos que trocam o trabalho duro na plantação de banana pelos campos de futebol profissional. Dirigido pelo estreante Carlos Cuarón, irmão mais novo de Alfonso Cuarón (que aqui atua como produtor), o título deu novo fôlego ao cinema do México, atraindo 3 milhões de espectadores e respondendo pela terceira maior bilheteria doméstica registrada nas duas últimas décadas no país.

Os números de “Rudo y Cursi” só perdem para os de “O Crime do Padre Amaro” (2002), filme de Carlos Carrera visto por 5,2 milhões de pessoas, e para a animação assinada pelos irmãos Rodolfo e Gabriel Rivapalacio “Uma Película de Huevos” (2006), com 3,3 milhões de ingressos vendidos. Desde que foi lançada, em 19 de dezembro, a história dos irmãos Rudo (rude, em espanhol) e Cursi (brega, na tradução) já arrecadou US$ 9,1 milhões nas salas mexicanas. Também estreou na Argentina e no Chile e tem previsão de ser lançado exclusivamente em DVD no mês que vem, quando estreia nos Estados Unidos.

Este é o primeiro título da produtora Cha Cha Cha, criada pelos cineastas mexicanos Guillermo Del Toro, Alejandro González Iñárritu, Alfonso e Carlos Cuarón. Também marca o reencontro nas telas dos dois atores mexicanos de maior repercussão internacional: Gael García Bernal e Diego Luna. A dupla contracenou pela primeira vez na comédia “E Sua Mãe Também” (2001), dirigida por Alfonso, que co-escreveu a trama com Carlos – ambos receberam uma indicação para o Oscar de melhor roteiro original.

“Embora tenha o futebol como pano de fundo, achei que seria muito mais instigante não mostrar as jogadas em campo. Tudo o que vemos são as reações dos torcedores”, disse Carlos, em Park City, onde “Rudo y Cursi” foi apresentado em caráter hors-concours no 25º Festival de Sundance.

A matéria completa está no jornal Valor Econômico de hoje.

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