Um jogo sensacional, cheio de alternativas, com jogadas de brilho, de talento, de raça, de superação. O que mais uma vez mostra que para se ter um time forte e chegar aos resultados não são necessários ter 277 volantes. O jogo de ontem entre Grêmio X Santos o Dunga com certeza não assistiu. Nem deveria, já que não é daquilo que ele gosta.
Já o joguinho pífio de seu seguidor Kleberson na derrota do Flamengo na Libertadores ele dever ter acompanhado de perto. Orgulhoso da lastimável jornada de seu pupilo. E aplaudido. Palmas para o Dunga também.
Olímpico lotado é o tipo de cenário que mesmo os mais preparados craques sabem respeitar.
Alguns deles até sentem a pressão. Não PH Ganso. Cracaço, bolão, jogadorzaço, maestro de um baita time. Jogador para qualquer escrete do mundo. Menos para a seleção do Dunga.
O Grêmio bem que tentou imprimir seu jogo no início. Mas logo aos 15 minutos, em escanteio vindo da direita, Vitor falhou, e Andre completou para o gol vazio. O gol deixou os gremistas desorientados em campo. E o Santos imprimiu o seu jogo alucinante.
Bicões para cima começaram a acontecer na zaga gremista. Isso com vinte e poucos minutos de jogo.
Em uma dessas pixotadas a bola ficou com Ganso, que achou André entrando livre. Passe na medida para o centroavante tocar na saída de Vitor.
O Grêmio só ameaçava nas bolas paradas. Em uma dessas, Douglas obrigou Felipe a fazer grande defesa. No rebote Borges perdeu o gol.
Na sequencia William Magrão fez boa jogada individual e foi derrubado por Durval, dentro da área. Pênalti – batido por Jonas e defendido por Felipe.
Aliás, se o Santos já era um timaço que necessitava de goleiro, a partir do jogo de ontem passou a ser completo. Isso, claro, se Felipe mantiver o nível do jogo no Olímpico.
Na sequencia ao pênalti perdido, Ganso quase marca gol de placa, encobrindo Vitor e mandando a pelota no travessão.
A partir disso Felipe assumiu o papel de principal nome do Santos. Aos 26 e aos 38, operou 2 milagres em disparos de Borges.
Na 2ª etapa, talvez tentando esfriar o jogo, o Peixe cedeu campo ao Grêmio. Dorival mandou Rodrigo Mancha no lugar de Marquinhos e aí a vaca quase foi para o brejo.
Na 1ª jogada em cima de Mancha, Douglas deu passe perfeito para Borges descontar. E logo em seguida, Jonas passou por Mancha e achou Borges, que empatou a peleja.
Vendo que o Grêmio achou o jogo exatamente em cima de Mancha, Dorival sacou o cara e mandou Rodriguinho em seu lugar. O volante obviamente ficou “P” da vida e demonstrou toda sua raiva no banco de reservas.
Dorival começou a perder a mão. O jogo tinha dono. O dono do mando. O dono do Olímpico.
Em menos de 10 minutos o Grêmio virou o jogo. Um golaço de Jonas no ângulo de Felipe quase derruba o estádio.
Hugo que vinha sumido, tabelou com Jonas aos 31 minutos do 2º tempo. Da ótima tabela, saiu passe para mais uma vez Borges, marcar o seu 3º gol, o 4º do Grêmio. Aí sim, uma situação muito boa para os mandantes. Ruim para o Peixe.
Ruim até os 37 minutos. Quando Robinho marcou um golaço, matando a bola no peito e fuzilando Vitor.
Aí os defensores do Dunga irão dizer “Tá vendo, o Robinho é da igreja do Dunga e fez o que fez.”
Ninguém duvida da condição técnica do Robinho. Mas em todo o jogo foi a única aparição digna de elogios do camisa 7 santista. Se o Santos traz para a baixada um ótimo resultado, deve-se a genialidade de Ganso, ao oportunismo de André e aos milagres de Felipe.
Como eu já disse algumas vezes. Para ganhar desse Santos, o adversário precisa marcar muitos gols. Mesmo quando perde o Peixe faz chover gols. Vide as derrotas para Palmeiras, Santo André e a de ontem. Se puxar aí na temporada tem mais.
Um jogaço! No duelo que deve apontar o campeão da Copa do Brasil.
Um jogaço que com certeza quem gosta de futebol assistiu. O Dunga não.
Acompanhe aqui o que técnico da CBF perdeu:
Despeço-me da grande nobreza que nos acompanha ao som do Suede – Pantomime Horses.
Cheers,
So um adendo, o responsavel pelo lançamento perfeito pro Robinho no terceiro gol praiano foi do Paulo Henrique "Ganso", de novo, rs
Adendo pertinente, carissimo!