Chazinho de Coca – A reclamação de Ronaldo não procede.

Ronaldo camisa 9 – Maior artilheiro das Copas. Duas vezes campeão mundial pela seleção, em quatro Copas disputadas. Três vezes eleito o melhor jogador do planeta. Multicampeão pelos clubes onde passou, inclusive pelo Corinthians, seu atual clube.

“Atual” é uma palavra que define bem o porquê do choro dele na coletiva de ontem não ter razão de ser. Não o choro em si, mas a razão dele.

Ronaldo é tudo isso que listei acima. Mas não é só um campeão nos campos, mas também na vida. Além de toda aquela história de menino pobre que venceu na vida, depois de já ser o Ronaldo mundialmente famoso, o craque passou a conviver (e a vencer) as seguidas e graves contusões. Calou seguidamente as pessoas que insistiam em aposentá-lo após cada uma de suas quedas. Não por acaso é chamado de “O Fenômeno”.

Sua história conta isso, sua história dá a ele o direito de ser “o fenômeno”. História que continua sendo escrita por ele nos gramados.

Veja bem, Ronaldo não se aposentou. Ele continua na ativa e a análise a se fazer é sobre o jogador Ronaldo. Outrora espetacular, hoje uma mera brisa daquele furacão que já foi.

Na coletiva em que chorou, Ronaldo pediu respeito. Falou sobre sua condição física, que tem se dedicado nos treinamentos. E que se fosse nos EUA e ele seria idolatrado, como os ídolos de lá.

FAIL!

Por estar na ativa, Ronaldo continua sendo analisado pelo que faz em campo. Atualmente, praticamente nada.

Sua condição física é muito aquém da que se espera de um jogador profissional. E nem precisa de números ou relatos de boa vontade para se notar que o camisa 9 está MUITO acima de seu peso. Muito abaixo do que poderia ainda estar produzindo. Ele custa caro ao Corinthians e na atual temporada não tem dado o devido retorno.

Quando cita Michael Jordan como exemplo de ídolo intocável nos EUA, ele diz uma meia verdade.

Jordan ao longo de sua carreira no basquete nunca deu motivos para cobranças. Ainda assim, nas derrotas do Chicago Bulls ou nas partidas não tão espetaculares do Dream Team estadunidense, eram debitadas da conta dele as cobranças. O maior nome, o maior gênio, deve conviver com as maiores cobranças. Ela (cobrança) é compatível ao tamanho da expectativa que você gera.

Jordan quando resolveu aventurar-se pelo beisebol, onde foi menos que medíocre, foi sim achincalhado, foi sim motivos de piadas. Hoje não mais. Aposentado, Jordan entrou para a história como maior jogador de basquete de todos os tempos. Não como um mediano jogador de beisebol.

E o que aconteceu com Tiger Woods? Maior nome do golfe de todos os tempos e ainda na ativa, Woods caiu em desgraça pública após seus escândalos fora do esporte. A cobrança em cima do ídolo continua pesada por lá.

Ronaldo deverá sim ser lembrado para todo o sempre como “O Fenômeno”. Como um dos maiores jogadores de futebol da história. Mas enquanto estiver na ativa, as análises deverão ser em cima do que ele produzir em campo.

No momento, todas as críticas são justas e sua reclamação não procede.

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