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70 ANOS DE MUHAMMAD ALI. UM MITO QUE TRANSCENDE O ESPORTE.

Por Ricardo Vieira

Como prestar uma homenagem as 70 décadas do maior de todos dentro dos ringues da nobre arte?

Seria fácil falar de todas suas lutas, vitórias inesquecíveis ou mesmo seu estilo de luta tão a frente de seu tempo, tão inerente a um gênio. Ao maior de todos eles!

Mas hoje gostaria de homenagear Ali por sua postura ao longo da vida, por se recusar a lutar em uma guerra que não era dele.  Tornando-se mais que um desportista, mas uma personalidade histórica com declarações como : “Nenhum vietcongue me chamou de crioulo, porque eu lutaria contra ele?”

Ali foi uma bandeira contra o racismo enraizado na cultura estadunidense de então. Mas também é reconhecido pelo carinho e respeito com que sempre tratou seus fãs. Isso tudo registrado em vários de seus documentários.

Não por acaso foi eleito “O Desportista do Século” pela revista estadunidense Sports Illustrated, em 1999.

Acredito que um ídolo não se faz apenas de talento e vitorias, mas também de postura e comportamento ao longo de sua vida.

Ali errou sim ao longo de sua trajetória, como todos nós humanos, erramos. Mas nunca falhou com sua imagem de campeão nos ringues da vida. Um legítimo mito daquela que é verdadeira nobre arte.

Parabéns mestre! Parabéns boxe!

 

Sobre o autor:

Ricardo Vieira pratica boxe há 10 anos. Como amador foi vice campeão da forja em 2007. Vice campeão nos jogos regionais de 2009. Semi finalista do torneio Kid Jofre em 2011. E respira boxe todos os dias de sua vida.

“A AVENIDA FECHOU”

Por: Ricardo Vieira de Souza

Era esse o nome do poderoso direto de direita de Joe Frazier: “Avenida Joe Frazier”.

Em tempos onde a nobre arte anda tão carente de ídolos, perde-se com toda certeza um de seus maiores nomes, um dos poucos a vencer o “Pelé” dos ringues, ninguém menos que Muhammad Ali. Foi no décimo round que Frazier colocou Ali, o maior de todos os bailarinos do quadrilátero, na lona do Madison Square Garden. O ano é o já longínquo, mas inesquecível 1971. Foi a 1ª derrota de Ali.

A avenida que se abre agora será com certeza nos corações daqueles que amam o boxe, que o respeitam como a nobre arte que é.

Que se lance ao céu como um direto de direita a alma do nosso eterno campeão. Um campeão que lutou longos 12 rounds contra o câncer e que mesmo sem ter como vencê-lo, como grande campeão que sempre foi, não jogou a toalha.

Em seu cartel contabilizou 32 vitórias, sendo 27 por nocaute e sofreu somente quatro derrotas.

Vá em paz “Smokin Joe”.

“Boa noite Joe. Eu te amo, querido amigo”, reagiu nesta terça-feira Foreman pelo Twitter.