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SÓ POR BARCOS!

O Palmeiras venceu o Flamengo por 1X0 na Arena Barueri e saiu da zona do rebaixamento. Com a derrota o rubro negro teve freada a sua reação no BR12.

Com Valdívia de volta ao time e Mazinho aberto pela esquerda na vaga de Obina, o Palmeiras foi mais equipe e mais presente no ataque ao longo de toda a partida.

Contou ainda com a expulsão de Ibson na 1ª etapa. O gol de Barcos aconteceu poucos minutos depois. E estava sim em impedimento. Longe de ser escandaloso como o seu gol anulado contra o Botafogo, mas estava a frente do último flamenguista.

Entretanto, mais uma vez o time voltou a criar muito e a desperdiçar na mesma medida. Algo muito semelhante ao que ocorreu na derrota contra o Fluminense, onde apesar de dominar boa parte do jogo e criar inúmeras chances para abrir o placar, acabou sofrendo o gol ao final da partida e não teve forças para reagir.

A diferença técnica entre Flu e Fla pode corroborar para os placares finais, mas o que mais preocupa é a dependência que começa a ser criada em torno da ótima fase de Barcos.  20 gols na temporada,  que o deixa a apenas 7 da meta estabelecida e do churrasco prometido pelo velho Bigode.

Até pouco tempo a dependência residia nas faltas de Marcos Assunção, que passaram a ganhar a cia dos gols do artilheiro argentino. Agora com os gols de Assunção rareando, o time não encontra outras vias de chegar as metas adversárias.

O time vem jogando bem, então não é tático o problema. Existe uma clara deficiência técnica e de fundamento em alguns setores. Sampaio tem tentado dar a Felipão os jogadores pedidos, mas naufraga em boa parte delas.

Não perdeu Guilherme para o Corinthians, como muitos andam dizendo. Entrou sim de gaiato em uma negociação onde o destino do jogador já estava traçado há mais de ano. Faltava apenas uma concorrência forte para forçar o alvinegro oferecer os valores pedidos pela Lusa. O Palmeiras foi usado, descaradamente.

Para suprir essa perda chegou Corrêa, que teve passagem razoável pelo próprio Palmeiras há alguns anos e outras de mesmas ou menores magnitudes em outros clubes. Aos 31 anos, vinha encostado no Dinamo. É uma tentativa desesperada de repetir o êxito obtido com a contratação, também temerária na época, de Marcos Assunção. Só que Corrêa nunca foi da mesma categoria do atual capitão da equipe.

Sabe-se que o empresário de Corrêa é Pepe Dioguardi, empresário de Kleber, hoje no Grêmio. Após a patética passagem de seu pupilo de maior renome pelo Palmeiras, onde jogador e empresário agiram de completa má fé com a instituição que os colocou no mapa da bola, Dioguardi deveria ser mantido a quilômetros de distância do Parque Antarctica.

Pelo visto o pessoal não aprendeu a lição após o furacão que passou por lá nas épocas de Pepe e Kleber.

QUAL É O TIME DE TODOS OS SEUS TEMPOS DO SEU TIME?

Hoje, às 21:50 da “madrugada”, pela 17ª rodada do Brasileirão 2012, Palmeiras e Flamengo escrevem mais um capítulo na história desse clássico do futebol brazuca.

O Verdão tentando sair da zona da degola, onde mais parece ser um estranho no ninho, já que vem de boas atuações mesmo nas derrotas, mas ainda sofre com o início atribulado pela disputa paralela na Copa do Brasil, onde foi o campeão.

O Mengo busca confirmar o bom momento em campo, já que fora dele é hoje fonte das maiores patacoadas do cenário da pelota, muito graças a péssima administração de Paty Amorim e afins.

A delegação do Flamengo que vai a Barueri enfrentar o Palmeiras, traz consigo dois nomes de histórias gloriosas no alviverde. Zinho e Dorival Jr.

O hoje técnico Dorival nem tanto. Atuou como jogador pelo Palmeiras, mas com sucesso relativo. É muito mais lembrado por ser o sobrinho do grande Mestre Dudu, das Academias de dos anos 60 e 70.

Já o hoje diretor de futebol Zinho é um imortal, tanto para Palmeiras quanto para Flamengo.

No Mengão fez parte do time que tinha Zico e Bebeto, Campeão Brasileiro de 1987. No Palmeiras tem uma longa lista de títulos, dentre os quais o bi campeonato Brasileiro 93/94, a Copa do Brasil de 98 e a Libertadores de 1999.

E se você leu até aqui pensando se tratar de uma análise do jogo de logo mais ou de uma ode a carreira do grande Zinho, se enganou. Mas continue lendo por que eu sei que você vai curtir.

Pensando na passagem emblemática de Zinho pelo Palmeiras, pensei em voz alta: “Zinho tem lugar no meu Palmeiras de todos os MEUS tempos?”

Pergunta pertinente e que me levou a montar então o meu Palmeiras. Mas com aqueles que eu vi de fato jogar. Sou de 1979, então você não irá ver nomes históricos e que certamente fazem parte do time de TODOS os tempos, como Ademir da Guia, Dudu, Luis Pereira e tantos outros. Não irá ver nem o Zinho, que ao contrário do apelido de enceradeira, injustamente dado a ele pelo modo com que Parreira o escalou na seleção de 94, foi um excepcional jogador, com uma das carreiras mais vitoriosas do mundo da pelota. Mas o Palmeiras teve tantos outros que acabou sobrando até para o grande Zinho.

E não são os meus maiores ídolos, mas aqueles que mais jogaram em suas posições nesse período. O Zinho é mais ídolo do que o Mazinho, que o Roberto Carlos e que o Antonio Carlos, por exemplo.

Assim sendo, os nomes do meu Palmeiras de todos os meus tempos são estes:

 

Marcos

Arce, Antônio Carlos, Cleber e Roberto Carlos

Cesar Sampaio, Mazinho, Alex e Rivaldo

Edmundo e Evair

 

Montei o meu Palmeiras e usei o jogo de hoje, o Zinho e o Dorival como gancho. Mas a idéia é que o caro leitor monte o seu time, não necessariamente o Palmeiras, mas o seu Corinthians, seu São Paulo, seu Santos, sua Portuguesa ou qualquer outro time do Brasil afora.

E aí?

Grande Zinho!

ALTOS, BAIXOS E UMA CONSTANTE ATÉ AQUI

Os times cariocas estão alternando momentos distintos no Brasileirão 2012. Vasco e Fluminense na parte de cima da tabela e Flamengo e Botafogo vivem uma inconstante fase que parece não ter fim. A equipe Vascaína é a única que se mantém constante no Campeonato e ainda não perdeu fora de casa. A 15ª rodada do BR12 foi marcada pelos êxitos de Flamengo e Vasco fora de casa e por mais uma derrota do Botafogo no Engenhão, desta vez o algoz foi o Palmeiras.

 

No primeiro jogo da noite, o Vasco da Gama conseguiu um grande resultado diante do Sport em Recife. Com gols de Juninho Pernambucano de falta e um belíssimo gol de Tenório o time de São Januário conseguiu sair com os três pontos na bagagem e a liderança provisória sacramentada e permanece invicto fora de casa. O Vasco ainda teve uma dificuldade maior já que o gramado estava em péssimas condições de jogo, mesmo assim foi superior durante a partida e terá três dias de descanso até a partida mais esperada até aqui contra o Atlético MG.

 

Já pelos lados do Ninho do Urubu a situação não era nada boa. Com diversos resultados negativos durante a competição e com sua maior esperança sem marcar sequer um golzinho nos últimos oito jogos, o Flamengo vinha com um peso nas costas e precisava vencer o lanterna Figueirense em Florianópolis para conseguir ter mais tranqüilidade no decorrer do Campeonato.

Para isso, Dorival Junior fez algumas alterações na equipe, começando pelo goleiro Felipe que retornou a equipe titular e promoveu a estréia do zagueiro Cáceres no time rubro-negro. Melhor para Vagner Love que teve mais liberdade e ficou mais próximo do gol. O atacante flamenguista deixou sua marca duas vezes e acabou com o jejum que já o incomodava. Com o resultado positivo, Dorival terá dois dias de descanso até enfrentar a equipe do Náutico Sábado no estádio Raulino de Oliveira em Volta Redonda.

A parte curiosa da partida se deu quando Loco Abreu, atual atacante do Figueirense, mostrou uma camisa que tinha por baixo da camisa do Figueira e beijou o símbolo do Botafogo provocando a torcida Flamenguista que ali estava. Pela atitude o árbitro advertiu Loco com o cartão amarelo.

 

E para terminar a noite carioca no futebol desta quarta-feira o Botafogo recebeu a equipe do Palmeiras no Engenhão. Sem pensar em clima de revanche, já que o Fogão perdeu a primeira partida da Copa Sul-Americana para o mesmo Palmeiras na Arena Barueri, o Botafogo partiu pra cima do Palmeiras e até teve algumas oportunidades de sair com a vitória, se não fosse mais uma bela atuação do Arqueiro Alviverde Bruno com belíssimas defesas.

Seedorf chegou, a festa foi grande, mas parece que a equipe do Botafogo ainda está sob efeito de uma ressaca. Um time do meio pra trás desorganizado não convence nem seu próprio torcedor que não está mais comparecendo no estádio como antes. Talvez por falta de uma boa jogada de Marketing? Talvez! Mas o fato é que a equipe do Botafogo não está encantando com seu futebol e parece estar distante da briga pelo título, não só pela distância na tabela mas pelo desencontro dentro de campo.

 

Fechando a 15ª rodada, hoje o Fluminense enfrenta a equipe do São Paulo em São Januário e busca a vitória para não se distanciar dos líderes. Já o Tricolor Paulista não terá vida fácil, mas espera contar com a estrela do jovem atleta Ademilson para chegar a sua quarta vitória consecutiva.

Cariocas em Ação!

ASCENSÃO

Em um ano aonde as coisas não tem andado muito bem, o atual momento da Lusa no Campeonato Brasileiro deve ser comemorado e, muito, por sua fanática torcida.

No último sábado (4), a Portuguesa enfrentou o lanterninha Figueirense, no Canindé, e conquistou sua segunda vitória consecutiva na competição. Apresentando um convincente futebol à seus adeptos, que compareceram em grande número ao charmoso estádio localizado na Marginal Tietê, o time comandado pelo “Pequeno Gênio” deu um salto significante na tabela de classificação, ultrapassando, inclusive, o pomposo Flamengo de “Paty Amorim”.

Essa foi a primeira vez que a Rubro-Verde conseguiu dois êxitos seguidos no Nacional. No total, são quatro vitórias em 14 jogos, com 16 pontos ganhos e a 12°colocação alcançada.

Além da calmaria e boa fase que andavam distantes do CT do Parque Ecológico, a Lusa finalmente parece ter resolvido um problema crônico que tirava o sono de seu torcedor: a falta de gols e, principalmente, de um autêntico camisa 9.

Bruno Mineiro, contratado por empréstimo junto ao Atlético-PR, chegou, vestiu o manto e foi para o jogo. Resultado? Gol.
Discreto, o centroavante experiente aproveitou uma das únicas chances que teve durante a partida e deixou sua marca, sendo decisivo para a conquista dos importantes três pontos. Ananias, jogador querido pela torcida, também deixou o seu, em grande estilo, fechando o placar( 2 a 0).

O momento é de ascensão, mas também de incerteza. A pergunta que não quer calar é: será que este time manterá o embalo até o final do certame? Creio que não, obviamente. O campeonato é longo, é necessário ser regular, algo muito difícil no sistema de pontos corridos. Por conta disto, Geninho não pretende estipular metas e, sim, focar jogo a jogo, buscando superar as dificuldades e se manter longe da zona de rebaixamento, objetivo principal do clube.

Buscando agora a primeira vitória fora de casa, a Lusa enfrenta o Bahia, em Salvador, quarta-feira, às 20h30.
Se vencer, o sonho por uma vaga na próxima edição da Sul-Americana pode começar a se tornar possível.

Até a próxima!

 

SOBRE PARTES E TODOS

É costume dizer que as árvores nascem das sementes. Mas como poderia uma sementezinha engendrar uma árvore enorme? As sementes não contém os recursos necessários ao crescimento de uma árvore. Esses recursos devem vir do ambiente onde ela cresce. Mas a semente provê um elemento crucial: o ponto a partir do qual a árvore como um todo começa a se formar. À medida que recursos como água e nutrientes são absorvidos, a semente organiza o processo que propicia o crescimento. A semente é, em certo sentido, o portal de onde emerge a possibilidade futura da árvore viva”. – introdução do livro “Presença – propósito humano e o campo do futuro”, Peter Senge, C. Otto Scharmer, Joseph Jaworski e Betty Sue Flowers.

Na última terça-feira, no programa de rádio do Ferozes Futebol Clube, o nobre Alan Terriaga me perguntou se eu considerava que o time do Atlético Mineiro tinha fôlego para se manter na liderança e conquistar o Campeonato Brasileiro 2012. Começamos todos nós a discorrer a respeito do elenco do Galo e seus valores individuais. Natural, claro.

Mas a história recente mostra um cenário bem mais complexo do que esta análise. Longe aqui de comparar a proporção de cada um destes, mas as conquistas do Mundial de 2011 pelo Barcelona, o Brasileirão 2011 e a Libertadores 2012 pelo Corinthians, e – de certo modo – a Copa do Brasil 2012 pelo Palmeiras, têm seu ponto em comum: um todo maior do que a soma das partes.

No caso do Palmeiras treinado por Felipão, com o elenco muito mais modesto do que os demais, fez-se valer a reedição compacta da “Família Scolari”, termo com o qual o bigodudo atingiu o ápice de sua carreira, conquistando pentacampeonato da Seleção Brasileira de 2002. Tudo bem que esta família tem seus problemas e traumas, mas nunca esteve tão unida, especialmente após a saída do “filho rebelde” Kléber, e a minimização de problemas como o do meia Valdívia, que após a crise desencadeada por um sequestro-relâmpago, teve o apoio da diretoria e da comissão técnica para se manter comprometido com o grupo ao menos até a conquista da Copa do Brasil. Hoje, há problemas, e o time ainda tropeça demais no campeonato nacional, mas há mais tranquilidade no ar.

O pensamento sistêmico do Barcelona serviu de case para diversas áreas.

O grande frisson do futebol mundial no ano passado, o estilo de pensamento sistêmico adotado pelo Barcelona foi inspiração para cases em todas as áreas de conhecimento. Surpreendentemente, até o momento não houve no Brasil quem de fato se inspirasse no esquema de jogo do Barça. Talvez por falta de jogadores versáteis.

O todo maior do que as partes foi a inspiração do Corinthians na conquista da Libertadores 2012

Finalmente, o Corinthians de Tite venceu não só pela qualidade de seus jogadores (e aí neste ponto prevalecem os valores individuais, já que não é exatamente um elenco de supercraques), mas também pela união de seus jogadores, que se mostra não só nas conquistas, mas por exemplo na despedida de um colega do grupo, como foi o caso de Liedson, que ganhou festa-surpresa após seu desligamento, e a recepção aos novos companheiros, como Guerrero, que já parece estar altamente integrado ao grupo (e nisso conta até a permanência de Ramirez, antes cotado para reforçar o Sport-PE, mas que acabou por ficar e ajudar seu compatriota na integração). Além dele, o argentino Martínez também já vem conhecendo como é a rotina no Parque São Jorge.

Em entrevista ao jornal Lance!, o atacante Emerson Sheik mostrou que é bem por aí mesmo: Tite privilegia quem estiver bem. Do elenco, o único que nunca esteve no banco foi o volante Ralf, até porque em termos de marcação ainda é o melhor em atividade no Brasil, e segundo Mano Menezes, só não está na Seleção porque o treinador prefere jogadores com melhor saída de bola (não acho sinceramente que essa sentença seja verdadeira, discordo totalmente do Mano, mas que seja).

Em suma, aproveitando de uma tese do livro que inspira este texto, pode-se dizer que uma equipe de qualquer natureza é um sistema vivo. E sistemas vivos não são uma simples reunião de peças: estão sempre crescendo e se modificando juntamente com seus elementos. Jogadores de futebol chegam e saem de equipes, mas as coisas funcionam muito melhor quando há uma mentalidade que não é desfeita independente de quem chega ou sai. Os novos integrantes de uma equipe chegam e acabam se integrando a esta mentalidade; os que saem, por uma proposta melhor, saem gratos pela experiência.

Voltemos ao ponto de início desta discussão: o Atlético-MG é favorito ao campeonato? Talvez. Muito próximo do estilo de seu principal concorrente nesta meta, o Vasco, o Galo manteve seu treinador e vem trabalhando com um bom elenco. Tem boas peças no time titular e no reserva (neste ponto os vascaínos saem em desvantagem). O grande ponto a se considerar é que ao contrário do corintiano Tite, com estilo mais bonachão e conversador, Cuca é bom estrategista, mas tem fama de sofredor nas derrotas, o que pode contagiar seu grupo em alguns momentos. E isso pode fazer a diferença no campeonato (curiosamente, no Galo o meia Ronaldinho Gaúcho vem fazendo boas apresentações, mas divide as atenções com seus colegas de grupo, não parece ser a grande atração). É acompanhar pra ver até onde chega.

Cuca tem um bom grupo, mas sabe motivá-lo?

Não por acaso, os clubes onde os valores individuais têm sido mais privilegiados são os que mais vêm sofrendo no campeonato. Está aí o Santos, penando pela falta de Neymar, e o desesperado time do Flamengo, que atira para todos os lados, em busca de gente que possa ajudar o atualmente solitário Vágner Love no ataque. Curiosamente, o antes famoso por ser agregador, Joel Santana, apelidado de “Papai Joel”, vinha tendo atitude muito diferente na condução da equipe rubro-negra. Talvez por isso tenha dado lugar a Dorival Junior, que pouco antes havia sido dispensado do Internacional-RS, para ser substituído por um santo de casa, Fernandão, em sua primeira experiência como treinador. Outro caso é o São Paulo, que só achou seu rumo após a volta de um grande ídolo, Rogério Ceni, que fez justamente o papel de agregador e incentivador do elenco. Vem dando certo, tanto é que o próprio goleiro já reencontrou o caminho do gol.

Finalizo com mais um trecho do livro, para exemplificar um pouco mais sobre o todo que é muito maior do que a soma das partes. Um abraço a todos.

Para avaliar a relação entre as partes e os todos nos sistemas vivos, não precisamos estudar a natureza no nível microscópico. Se você contemplar o céu noturno, verá dele toda a porção que se pode ver do ponto onde se encontra. No entanto, a pupila do seu olho, completamente aberta, tem menos de um centímetro de diâmetro. De algum modo a luz do céu inteiro penetra o espaço diminuto de seu olho. E, se sua pupila fosse metade ou mesmo um quarto do que é, o mesmo aconteceria. A luz do céu noturno, em sua inteireza, está presente em qualquer espaço, por mínimo que seja. Fenômeno idêntico se observa no holograma. A imagem tridimensional criada por raios laser reunidos pode ser cortada ao meio indefinidamente e cada pedaço, por menor que seja, ainda conterá a imagem inteira. Isso aponta para o que talvez seja o aspecto mais misterioso das partes e todos: como diz o físico Henri Bortoft, ‘Tudo está em tudo’

SENGE, Peter [et. Al.] Presença: propósito humano e o campo do futuro. São Paulo: Cultrix, 2007.