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F1 – GP da China


CHUVA NA CHINA

Sob forte chuva realizou-se na madrugada de domingo o GP da China. A prova foi a menos emocionante da atual temporada acabou sendo vencia por Sebatian Vettel, seguido pelo companeiro de equipe Mark Webber e por Jenson Button, que permanece assim no topo do mundial de pilotos.

Os brasileiros: Rubinho chegou na mesma quarta posição que tinha n a largada. Massa, que fazia ótima prova, abandonou com uma pane no sistema eletrônico da Ferrari quando ocupava o 3º. lugar. Nelsinho, por sua vez, foi pessimamente mal e pouco provavelmente deverá manter-se no banco de um Renault até o final da temporada.

A corrida em si não teve maiores emoções. Vettel recuperou-se bem da bobagem cometida no GP da Malásia que lhe custou preciosos pontos (bateu em Kubica há três voltas do final) e obteve a pole. Correu na frente durante todo o GP, só tendo abandonado a posição na parada nos boxes. Pessoalmente esperava mais de Barrichello, que especialista em pistas molhadas. Mas Rubens rodou logo no começo da prova e não mostrou grande desempenho.

Alonso foi outro que, de certa forma, desapontou.m Obteve a ótima segunda colocação no grid, mas após ter sido chamado aos boxes pela Renault caiu para a última posição e não se recuperou.

As McLaren obtiveram a 5ª e a 6ª. posições, respectivamente, com Kovalainen e Hamilton, mostrando certa evolução. Já a Ferrari amarga temporada bisonha, igualada pela última vez em 1981: 3 provas e nenhum ponto.

Grid:
1. S.Vettel 1:36:184, 2. F.Alonso 1:36:381, 3. M.Webber 1:36:466, 4. R.Barrichello 1:36:493, 5. J.Button 1:36:532, 6. J.Trulli 1:36:835, 7. N.Rosberg 1:37:397, 8. K.Raikonen 1:38:089

Resultado Final:
1. S.Vettel, 2. M.Webber, 3. J.Button, 4. R. Barrichello, 5. H.Kovalainen, 6. L.Hamilton, 7. T.Glock e 8. S. Buemi

Campeoanto de Construtores:
1. Brawn GP – 36 pts, 2. Red Bull – 19,5 pts, 3.Toyota – 18,5 pts, 4. Mclaren – 6 pts, 5. Renault, BMW e Toro Rosso – 4 pts e 8. Williams – 2,5 pts

Campeonato de Pilotos:
1. J.Button 21 pts, 2. R.Barrichello 15 pts, 3. S.Vettel 10 pts, 4. T.Glock 10 pts, 5. M.Webber 9,5 pts

F1 – Corrida Maluca na Malásia


O belo Circuito da Malásia testemunhou, mezzo por conta de são Pedro, mezzo por conta de bobagens da FIA, um dos GPS mais sem-pé-nem cabeça dos últimos tempos.

A Brawn, destaque da temporada, largou em primeiro, novamente com Button. A corrida seguia emocionante quando, por volta da 30ª. Volta, a chuva torrencial que desabava impediu o prosseguimento da prova – não sem que antes inúmeras rodadas e trocas de pneu buscando o equilíbrio dos carros.

Acrescente-se a chuva a idéia dos dirigentes da FIA de marcar a prova para as 17 hrs. A baixa luminosidade foi, certamente, outra das causas que vez com que, após a interrupção, a corrida não fosse mais retomada.

Com isso Button faturou novamente, mas a pontuação conferida na prova foi a metade dos pontos habituais, uma vez que sequer chegamos a 2/3 da sua extensão planejada.

Os 5 primeiros hoje:

Button – 15
Barrichello – 10
Trulli – 8,5
Glock – 8
Alonso – 4

A novissima F1

A tônica nas alterações de regulamento da FIA nos anos recentes tem sido estimular a competitividade na F1. Depois de anos em que os avanços tecnológicos dominaram o cenário da competição, limitando a possibilidade de termos duelos acirrados dada a disparidade entre carros, a entidade optou por limitar a possibilidade de dispositivos em favor da disputa – o que nos trouxe a duas temporadas extremamente emocionantes em 2007 e 2008. A se confirmar o que vimos no GP da Austrália, realizado na madrugada desse sábado, 2009 será uma radicalização dessa tendência.

Primeiramente, temos um resultado inédito: nunca na história da F1 uma equipe estreante conseguiu fazer uma dobradinha em sua primeira prova. O fenômeno atende por nome de Brawn GP, surgida do espólio da Honda, que (teorias da conspiração à parte) deixou o Circo no final de 2008.

Na pré-temporada a equipe do mago Ross Brawn já obtinha tempos avassaladores com seu bólido. Sabe-se, no entanto, que quando a competição começa é que se pode mensurar as reais possibilidades de uma equipe, e a Brawn não desapontou: seus dois pilotos – Button e Barrichello – obtiveram (respectivamente) a primeira e a segunda posições no grid de largada. Os pilotos da equipe novata foram seguidos pela Red Bull de Vettel e pela BMW de Kubica. Os pilotos de destaque na temporada passada ficaram atrás: Massa em 6º., Alonso em 10. e Hamilton teria ficado em último, não fosse das desclassificações dos carros da Toyota, que os colocaram nas últimas posições do grid.

Button fez largada perfeita e não saiu da ponta até a bandeirada final. Barrichello, por sua vez, largou mal e caiu para a sétima posição. A corrida parecia perder seu ar promissor para o brasileiro, especialmente quando esse se envolveu em uma série de toques na primeira curva, que danificaram seu aerofólio dianteiro. Em um toque traseiro Barichello teve ainda o polêmico “difusor” (peça que seria diferencial do carro) danificado. Enfim. O fato é com com todos esses danos Rubinho conseguiu persistir na corrida até que, na parada regular nos boxes foi feita a troca do bico do carro.

Vettel foi outro destaque da prova, tanto pelo lado positivo quanto pelo negativo. Alternou nas primeiras voltas tempos mais rápidos com Jason Button mas, ao final, quando disputava a segunda posição com Kubica acabou saindo da pista, junto do polonês. Com isso Rubinho retomou o segundo posto firmando a dobradinha história da Brawn.

Os outros brasileiros: Nelsinho vinha fazendo boa corrida depois de uma grande largada mas abandonou, com alegados problemas nos freios. Massa também não completou, parando a aproximadamente 10 voltas do final. Para o torcedor brazuca resta a esperança de, pela primeira vez em quase 20 anos, termos dois brasileiros com possibilidades efetivas de vitória na categoria.

O terceiro lugar ficou, originalmente com a Toyota de Trulli, mas depois herdado por Hamilton devido à penalidade imposta ao piloto italiano.

Rubens e a difícil arte da aposentadoria

Da coluna do Gerson Campos – Rubens e a difícil arte da aposentadoria

Olá, amigos do Yahoo! A partir de hoje passo a compartilhar com vocês toda semana este espaço para discutirmos o fascinante mundo da Fórmula 1, paixão que me faz acompanhar de perto tudo o que acontece dentro e fora das pistas desde aquele GP do Japão de 1988, quando um certo Ayrton Senna deixou para trás um francês narigudão (Alain Prost, me informei depois) e me mostrou por que aquele negócio de corrida de carro fazia tanto sucesso no mundo inteiro.

Bem, sem mais delongas. O assunto, é impossível fugir, é Rubens Barrichello e seu (até agora) fantástico retorno à Formula 1 com a Brawn GP, equipe reerguida por Ross Brawn sobre o espólio da Honda. Barrichello viveu mais que qualquer outro os altos e baixos de um piloto de F1: foram 271 participações em GPS (267 largadas), 9 vitórias, 13 poles, 62 pódios, 15 voltas mais rápidas, 530 pontos marcados, dois vice-campeonatos, o testemunho de duas mortes (a do austríaco Roland Ratzenberger, da Simtek, e a de Senna, no mesmo GP de San Marino de 1994), a frustração de nunca ter disputado um campeonato para valer (Schumacher foi campeão com muita facilidade em 2002 e 2004, anos em que o brasileiro foi vice) e a satisfação de ter sido um profissional de sucesso com mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 230 milhões) acumulados em salários e patrocínios nesses 16 anos de trabalho na principal categoria do automobilismo mundial.

O que mais, então, Rubens quer provar? Ou ganhar? É impossível responder por ele, mas depois de acompanhar os quatro meses de agonia de Barrichello em busca de um cockpit, é mais fácil acreditar nas palavras do próprios quando diz que quer só “correr pelo prazer de correr e fazer o que mais gosta na vida”. Por isso ele praticamente se humilhou por uma chance na Honda, saiu à caça de patrocínios para um lugar na Toro Rosso, “acampou” na porta da sede da ex-equipe em Brackley para conseguir a vaga e recebeu com o sorriso de uma criança a notícia de que era o titular daquele que tinha o maior potencial para ser o pior carro do grid.

Resultado: os melhores tempos dos treinos coletivos de Barcelona até agora. Diante do espanto geral, os rumores sugeriram que a Brawn estivesse andando com pouquíssimo combustível ou peso abaixo do regulamento (10 kg num carro de F1 já valem alguns décimos, e com 30 ou 40 kg a menos já se baixa mais de 1 segundo) para impressionar potenciais patrocinadores.

Mas você acha que Ross Brawn queimaria o pouquíssimo tempo que tem antes do início do Mundial, que começa em menos de duas semanas, com isso? Pouco provável. Conclusão: o carro nasceu bem. E isso não surpreende, já que o “pai da criança” é o mesmo Brawn que construiu as Ferrari do pentacampeonato de Michael Schumacher com a Scuderia. Outro fator que explica o bom desempenho do BGP001 é o fato de seu desenvolvimento ter começado no meio do ano passado, já que a Honda desistiu de tentar consertar a tranqueira que fez em 2008 e já partiu para o novo projeto antes do tempo.

Então era essa esperança de ter um carro vencedor que movia Barrichello a tentar desesperadamente continuar na F1? Não. Rubens é experiente o suficiente para saber que, quando o campeonato começar, as coisas vão voltar ao lugar. Ferrari, McLaren e BMW vão dominar, a Toyota deve andar como a melhor do “resto” e a Brawn GP, no máximo, vai duelar com Renault (Alonso já anda jogando a tolha na briga pelo título), Reb Bull (Sebastian Vettel seguramente já é um dos cinco melhores pilotos do grid) e companhia.

Mas, ao mesmo tempo em que Barrichello não acha que vai vencer, não quer apenas postergar a aposentadoria. Quer correr mais um ou dois anos e mostrar que não era apenas a sombra do companheiro de equipe na Ferrari, só mais um “brasileirinho contra o resto do mundo”, como chegou a dizer. Ou, talvez, quer só correr, fazer o que gosta.

E Rubens, no que deve ser seu último ano (quem agora tem coragem de aposentá-lo?), começa 2009 com dois ingredientes que lhe fizeram falta nos últimos anos: simpatia e torcida.

São reviravoltas legais de se ver, coisas bacanas que o esporte nos ensina. Mesmo para quem, como eu, já achava que o tempo dele havia passado.

http://br.noticias.yahoo.com/s/16032009/48/esportes-noticias-rubens-dificil-arte-da.html

No Japão, vitória dá título a Senna.

Há exatos 20 anos…

FRANCISCO LUZ
de Novo Hamburgo

Ayrton Senna da Silva transformou a madrugada de domingo (30) em dia de festa no Brasil. O piloto de 28 anos, no seu quinto ano como piloto de F-1, conquistou pela primeira vez o título mundial ao vencer o GP do Japão, em Suzuka, de forma incrível, superando um problema na largada e seu adversário e colega de McLaren Alain Prost para receber a bandeirada na frente.

O resultado da corrida, que decidiu o campeonato a favor de Senna, manteve a hegemonia do Brasil na década de 80 na F-1. Depois dos três títulos de Nelson Piquet, em 1981, 83 e 87, Ayrton conquistou o sexto Mundial de Pilotos para o país na história do esporte — Emerson Fittipaldi ganhou em 1972 e 74.

E a vitória de Senna foi marcante. Quem olhar os dados da corrida no futuro pensará que se tratou de algo fácil, até quase banal: pole-position, melhor volta e uma vantagem de 13 segundos após as 51 voltas.
Mas não foi nada disso.
Após a volta de apresentação, com os carros alinhados no grid, dois braços começam a agitar-se freneticamente. Eles vêm da McLaren MP4-4, justamente a do pole Senna, que deixou o motor morrer instantes antes da luz verde aparecer.

Azar do brasileiro. No tranco, seu carro só pegou depois de duas tentativas, e após os demais concorrentes partirem. Ayrton completou a primeira curva de Suzuka na 14ª colocação. Enquanto isso, Alain Prost, seu rival na luta pelo título, ia sozinho na frente.
Senna, entretanto, não se rendeu. Mesmo tendo admitido após a corrida que achava que “tudo tinha acabado”, o paulistano começou a buscar cada carro que ia à sua frente, e terminou o giro inicial já em oitavo.

Duas voltas depois, Ayrton já era o quarto, atrás também de Ivan Capelli e Gerhard Berger, que faziam um belo duelo pela segunda posição. Prost liderava com boa margem.

A situação virou a favor de Senna a partir da 14ª passagem. Primeiro, uma garoa começou a cair em trechos dos 5.859 km de Suzuka, condição em que sempre se sobressaiu. Depois, Capelli encostou em Prost e chegou até mesmo a liderar, ainda que por apenas alguns metros — a primeira vez em quatro anos que um carro com motor aspirado assumia a ponta de uma corrida.

Com Berger já para trás, o brasileiro começou a se aproximar da dupla que brigava pela liderança, até que o italiano da March precisou abandonar devido a um problema elétrico. A disputa pela vitória — e pelo campeonato — passou a envolver justamente os protagonistas da temporada.E Senna levou a melhor. Consumando a recuperação na corrida, e contando com um problema de câmbio de Prost, Ayrton se aproveitou da presença de retardatários para, no início da 27ª volta, deixar o francês para trás e não ser mais ameçado na liderança da corrida pelas próximas 24 passagens.

E assim foi. Depois de Uma hora, 33 minutos, 26 segundos e 173 milésimos, Ayrton Senna da Silva recebeu a bandeira quadriculada na primeira posição do GP do Japão. Bandeira que simbolizou a conquista do título mundial com uma etapa de antecipação, não dando mais chances a Prost de tirar a diferença de três pontos.

Título, aliás, ganho na batalha entre o ímpeto e a regularidade. Somados todos os pontos das 15 corridas disputadas até agora, Prost tem 96, contra 88 de Ayrton. Porém, o francês teve descartados dois segundos lugares, perdendo 12 pontos, enquanto o brasileiro só teve retirado um ponto.

A classificação aponta Senna com 87 e Prost com 84. Na Austrália, o “Professor” só pode se igualar à pontuação do seu colega de McLaren, mas será derrotado nos critérios, pois terá uma vitória a menos caso vença a prova em Adelaide — já que o segundo lugar de Suzuka também será descontado.

Senna, por sua vez, perderá no máximo mais três pontos, e apenas caso consiga terminar a última etapa do ano acima do quarto lugar — o que automaticamente recupera sua pontuação atual.

O brasileiro foi beneficiado pelos três abandonos e uma sexta posição, que fizeram com que não fosse prejudicado pelos descartes, enquanto Prost foi sempre primeiro ou segundo em todas as corridas que terminou.

Ah, e sobre a prova: Thierry Boutsen superou Berger e levou a Benetton ao terceiro lugar, conquistando seu segundo pódio no ano e chegando ao quarto posto no Mundial. O austríaco da Ferrari foi o quarto colocado, enquanto Alessandro Nannini e Riccardo Patrese completaram a zona de pontos.

FINAL:

Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/paginas/grandepremio/materias/502001-502500/502047/502047_1.html