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La Mano de Dios – É só querer

É só querer

Depois das derrotas para Santos e Mogi Mirim, o São Paulo devia uma apresentação de gala no Paulistão. A bem da verdade, fora os 3×1 fora de casa contra o América de Cali, faz tempo que o São Paulo devia uma apresentação digna de time tricampeão brasileiro.

E ontem foi o dia. A sapecada de 5xo contra o Mirassol mostrou que quando o time quer, a vitória vem. Muito entrosado e a fim de jogar bola, o Tricolor não deu chances para o Mirassol, com Junior Cesar jogando o fino pela esquerda e Hernanes fazendo o diabo pelo meio e pela direita. Borges e Washington mostraram que é possível dois jogadores de área atuarem juntos, e o entrosamento da dupla foi o diferencial. Jorge Wagner rende muito mais no meio e, do jeito que as coisas vão, Hugo vai ficar um bom tempo no banco.

Mas por um momento as coisas pareciam que iam ser diferentes. A bem da verdade, até os 38 minutos do primeiro tempo o São Paulo foi aquele time preguiçoso que jogou contra o Mogi Mirim. Bastou Jorge Wagner fazer um daqueles lançamentos perfeitos e Borges abrir o placar que a estrela brilhou e a goleada saiu.

O nome do jogo foi Washington, que fez seu hat trick, marcando três gols.

É só querer.

Ao som de Blind Faith – Can’t Find My Way Home. Steve Winwood e Eric Clapton. É algo tipo Tostão e Pelé…

Rapidinhas: até que enfim Dunga olhou para Miranda! Agora só falta abrir o olho e ver que o futebol brasileiro não está só na Europa. Demorou para o Keirrison ser convocado.

Muita atenção a Neymar. Esse tem tudo para ser craque.

La Mano de Dios – Vai começar o Paulista!

Vai começar o Paulista!

Isso aí! Hoje começa o Campeonato Paulista, o estadual mais disputado atualmente no Brasil. O campeonato, que perdeu muito de seu brilho nos últimos anos, ainda é interessante para muita gente. Clubes grandes que não ganhavam nada há algum tempo, veem a disputa como a chance de um troféu para aplacar a sede da torcida. Os chamados “pequenos” encaram o estadual como meta todo ano, sempre surpreendendo. Mas hoje, mais do que tudo, o Paulista é um aperitivo para o que virá, além de ser o cartão de boas-vindas dos times no começo do ano.

Por isso, malandro, programe-se. Comece desde já a torcer pelo seu time!

1ª RODADA – Quarta-feira, 21 de janeiro

HORA JOGO ESTÁDIO CIDADE
16h30 Santo André x Palmeiras Santa Cruz Ribeirão Preto
19h30 Paulista x Noroeste Jaime Cintra Jundiaí
19h30 Oeste x Ponte Preta Picardão Itápolis
19h30 Mogi Mirim x Mirassol João Paulo II Mogi Mirim
19h30 São Paulo x Ituano Morumbi São Paulo
19h30 Marília x São Caetano Abreuzão Marília
21h30 Guarani x Portuguesa Brinco de Ouro Campinas
Quinta-feira, 22 de janeiro
19h30 Botafogo-SP x Bragantino Santa Cruz Ribeirão Preto
19h30 Corinthians x Grêmio Barueri Pacaembu São Paulo
21h30 Santos x Guaratinguetá Vila Belmiro Santos

Chazinho de Coca – Corinthians 8 X1

Corinthians 8 X1

Uma noite de quarta-feira para torcedor corintiano nenhum esquecer. Enquanto no Morumbi, sua torcida assistia ao seu time massacrar o adversário, seu time voltando a ser Corinthians, o sistema de som do estádio informava os gols, um após o outro, quatro no total, que seu maior adversário e favorito a tudo na temporada (até então), levava na lomba, bem longe dali.

O Timão enfiou quatro gols em um clube que vinha atravessado em sua garganta e classificou-se com sobras para a próxima fase da Copa do Brasil. Depois desse resultado, quem ousa duvidar da força corintiana na competição?

O Verdão, que ontem jogou como verdinho, levou quatro gols de um time que estava atravessado na garganta palmeirense, e que vai continuar por um bom tempo.

O novo Rincón da torcida alvinegra fez pelo Corinthians, o que os alviverdes esperavam que Valdívia, Diego Souza e cia fizessem por eles. Mano armou um Corinthians grande, voluptuoso, com cara e pegada de Corinthians. Luxemburgo também armou um Palmeiras grande, com o que havia de melhor disponível, mas não conseguiu ser Palmeiras em momento algum da partida. Dois resultados justíssimos!

Mano teve tempo para preparar seu time para essa decisão, Luxemburgo não. O Palmeiras teve a decisão Paulista no meio das partidas contra o Sport. No próximo domingo pode e deve ser campeão paulista depois de 12 anos. O Corinthians está na segunda divisão e não irá mais disputar nenhum grande clássico no ano, mas pode terminar o primeiro semestre classificado para a Libertadores de 2009. O Palmeiras deve sair da fila, sua torcida deve soltar o grito de campeão travado na garganta há anos, mas vai ter que brigar por seu espaço na América até dezembro próximo, quando se encerra o mais complicado campeonato nacional do planeta.

Coisas do mundo da bola.

Ao som de um vício que vem tomado conta da minha alma – Miles Davis & John Coltrane – Dear Old Stockholm

Abraços,

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Chazinho de Coca – Pimenta nos olhos dos outros é refresco!

Pimenta nos olhos dos outros é refresco!

Não, não irei falar a respeito do caso do tal gás de pimenta, nem da queda de energia, nem mesmo da “agressão” de Rogério Ceni em Valdívia. Esses assuntos são sim importantes e fizeram parte da história de um dos mais eletrizantes clássicos dos últimos anos. Mas a história foi protagonizada por Palmeiras e São Paulo, dois gigantes, duas bandeiras, duas camisas das mais importantes do mundo. A visão são-paulina foi escrita com maestria na coluna “La Mano de Dios” do Fábio. Confesso que dificilmente vou conseguir ser tão racional quanto ele, mas vou tentar.

Não por acaso, desde o final da partida, muitos palmeirenses amigos vieram conversar comigo a respeito do jogo. O sentimento que pude notar em todos, foi o de que toda a coletividade palestrina está sim, de alma lavada! Fosse o jogo de ontem contra o Corinthians, apesar da enorme rivalidade, o gosto não teria sido o mesmo. O Timão encontra-se hoje alguns degraus abaixo de SP e Palmeiras. O Timão não tem uma história recente de grandes duelos contra o Verdão. O time do Parque São Jorge esteve em alta exatamente quando o do Palestra Itália esteve em baixa. O Palmeiras ressurgiu como uma fênix no cenário da bola, mas em contrapartida o Corinthians despencou.
O time da moda (no bom sentido), aquele que vinha sendo o bicho papão, o time a ser batido era exatamente o São Paulo. Mas não apenas isso, o tricolor do Morumbi vem há tempos sendo a pedra no sapato palmeirense. Eliminações consecutivas na Libertadores. Derrotas tanto fora quanto dentro de casa. Gozações, ironias, galhofas vindas tanto da torcida, quanto do elenco e principalmente, da diretoria são-paulina.

O Alviverde imponente sendo colocado como clube ultrapassado em todas as ocasiões. A defesa que ninguém passa sendo facilmente vencida pelos até então imbatíveis atacantes tricolores. A linha e os atacantes de raça, demonstrando muita raça sim, mas pouca inspiração e quase sempre não fazendo frente às muralhas são-paulinas.

Mas mesmo nessas situações, a Torcida que canta e vibra esteve ao lado do time, sempre empurrando, acreditando, demonstrando amor. Já era mais do que hora de receberem algo em troca.

Pois desde os 4X1 da 1º fase do campeonato paulista, a torcida sentiu que esse Palmeiras era sim diferente dos de temporadas passadas. Era esse sim, o time ideal para retomar a dianteira, de fazer frente a qualquer um, mesmo ao até então, quase imbatível São Paulo. Era hora da retomada da dignidade, era chegada a hora de voltar ser Palmeiras.
Não bastava apenas vencer o São Paulo, tinha sim que vencer e mostrar-se superior. Ser favorito e fazer valer essa condição. Ver o goleiro adversário falhar e o seu, fechar o gol. Sentir que sua estrela é sim mais decisiva que a deles. E notar que a reação negativa do adversário ao final da partida nada mais era do que a constatação de que no campo, na bola, no futebol, hoje, inegavelmente, o Palmeiras é superior.

O alviverde Imponente trouxe de volta a alegria para aquela que nunca o abandonou, aquela que é e sempre será a Torcida que canta e vibra.

Falta agora poder, enfim dizer, que de fato é campeão!

Ao som dos gênios Miles Davis & John Coltrane – Round Midnight

Grande abraço,