Se brigar pelo título do BR12 parece ser algo bem improvável para o Palmeiras, dadas as distâncias na tabela e número de intermediários, mais improvável ainda parecia ser a possibilidade de brigar na parte debaixo da classificação. Rebaixamento não é sequer digno de cogitação.
Se a posição ainda não é digna de gerar tranqüilidade, sair da zona de degola traz de volta o alívio ao ambiente.
O bom jogo contra o Náutico voltou a mostrar que a equipe vive mesmo um momento de confiança. Não há no cenário brazuca nenhuma outra equipe tão superior tecnicamente, mas poucas vivem clima tão bom e com tanta confiança.
A estréia de Obina foi melhor do que o esperado. Bem fisicamente e bem encaixado no esquema, deu mostras de que pode formar a nova dupla com Barcos. Diferente do argentino, Obina cai mais pelos flancos. Vide jogada do 2º gol. E ainda que o mesmo diga que não tem o mesmo faro de gol do artilheiro palmeirense no ano, Obina teve participação nos 3 gols da equipe, assinalando o 1º, dando assistência para o 2º e chutando na trave a bola que deu em sobra para o 3º.
Por outro lado o time volta a conviver com a possibilidade de ficar se Valdívia. Dessa vez, entretanto, parece mesmo haver proposta.
Se tecnicamente o chileno muda o patamar do time quando está em campo, a verdade é que nesses dois anos foram poucas as vezes que isso aconteceu. Diversas lesões, problemas extra campo e extra esportivos deram ao torcedor poucas oportunidades de ver seu melhor jogador brilhar.
Hoje com o titulo da Copa do Brasil, a rara tranqüilidade no ambiente e tempo para planejar a equipe para a Libertadores de 2013, parece ser um momento propício para a direção recuperar um pouco do altíssimo investimento feito no retorno de Valdívia.
Óbvio que na mesma medida terá de trazer um substituto a altura, sabendo que Daniel Carvalho mesmo bem não é esse jogador. Mas se existe um momento ideal para realinhar alguns aspectos do time, o momento é esse.
E entenda, não sou favorável a venda simplesmente pelos lucros financeiros. O lucro de um time tem que ser, sobretudo, técnico. O ideal seria Valdívia ficar e trazer mais reforços de bom nível. Mas sabemos que não é assim que funciona.
O chileno é bom, tem identificação, mas foi sem ele que o time voltou a ser campeão. Não existe “valdiviadependência” no coeso grupo de Felipão.
Só não pode transformar isso em novela. Afinal de contas o ambiente é bom no grupo. O clube continua o mesmo de sempre.
se tivesse o poder da Caneta no Verdão, assinaria:
Obrigado Valdívia! foi bom enquanto esteve por aqui, que você tenha muito sucesso na sua carreira!
Tchaudívia!