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Chegou a hora de decidir, Luxemburgo.

Líder do Campeonato Paulista ao longo de toda a competição. Time que passou de desacreditado na pré-temporada a exaltado no decorrer das 1ª´s rodadas. Com índices de aproveitamento e gols marcados próximos aos alcançados por grandes esquadrões do passado, além de ter o artilheiro da competição. Foi 1º time classificado para a fase final do campeonato.

Apesar de todo esse retrospecto positivo, o Palmeiras entra na última rodada do Campeonato Paulista correndo o sério risco de perder a liderança que ostentou por todo esse tempo.

Para piorar, 3 dias depois o time enfrenta o Sport, na Ilha do Retiro, em jogo que é considerado por todos como de vida ou morte, mas dessa vez pela principal competição do 1º semestre – a Libertadores.

Para garantir a 1ª colocação no Paulista e partir com vantagem sobre todos os concorrentes, o Verdão deve vencer o Botafogo no Palestra Itália. Caso contrário pode ser ultrapassado pelo São Paulo, que mais uma vez vem comendo pelos cantos. Convenhamos, a missão alviverde não é das mais difíceis.

Difícil é colocar o time titular nesse jogo, correndo o risco de perder alguém ou mesmo desgastar os atletas para a batalha do dia 08. Que dilema hein, Luxa?

O momento de definição chega exatamente quando o técnico está para completar seu jogo de nº 350 no comando do Palmeiras, com 213 vitórias, 75 empates e 61 derrotas. Com 69,5% de aproveitamento, ele tem o melhor desempenho da história palestrina, superando nomes como Osvaldo Brandão e Felipão.

A situação é complicada, o time caiu de produção justamente nessas últimas rodadas. Keirrison passa por seca de 3 jogos e a zaga é um tormento interminável.

Analisar essa queda de produção não é tão simples, mas também não tem como eximir o técnico de culpa. Afinal já são mais de 20 jogos na temporada e ele ainda não se definiu quanto ao esquema tático do time. Na maior parte do tempo ele tem optado pelo esquema que o próprio sempre se disse contra – o 3-5-2. Estranhamente o time sofre mais gols, a zaga deflagra mais panes quando atua nesse esquema. O ponto crítico é que até poucas rodadas, o ataque garantia as vitórias e as falhas da defesa não eram tão notadas. Hoje isso não ocorre com tanta facilidade, além do que Keirrison vinha cansando de fazer gols, mas tendo sempre um atacante ao seu lado, as vezes Williams, outras Lenny ou mesmo Diego Souza, mas talvez para fortalecer o seu 3-5-2, Luxa passou a recuar o 2º atacante, prendendo ainda mais Cleiton Xavier, fazendo assim com que o K9 jogue isolado no ataque.

Me estranha demais essas posturas de Luxemburgo. Ele não consegue enxergar ou finge não ver que o time ganha qualidade, tanto no ataque, como principalmente na defesa quando atua no 4-4-2, inclusive com alguns jogadores se manifestando a favor do esquema.

Certo é que chegou o momento de tomar decisões. O Palmeiras entra no mês que pode definir muita coisa em sua temporada. Serão 8 decisões em abril, podendo sair delas uma classificação sensacional para as oitavas da Libertadores e o bicampeonato paulista ou o naufrágio absoluto na competição continental e a perda de um Paulistão já tido como ganho.

Com que status o Verdão vai disputar o BR 09?

Valdívia fala de Luxemburgo

Em entrevista ao Pelé.net, Valdívia mostrou-se magoado com Vanderlei Luxemburgo e, ao mesmo tempo, bem confortável com sua situação no Oriente Médio. O ídolo-relâmpago da torcida alviverde deixou claro que acredita que sua saída do Palmeiras deveu-se muito à pressão do técnico Luxemburgo.

“Eu não sei. Pessoas me contaram que ele falou para a diretoria me vender. Ouvi gente comentar que eu não jogaria mais no time dele, isso saiu na imprensa, mas são só boatos. Se ele achasse mesmo que eu tinha que sair, isso é problema dele”, disse Valdívia à equipe do Pelé.net.

Abaixo dois trechos da entrevista do chileno. A entrevista completa você encontra aqui.

Pelé.Net – O que você acha do Vanderlei Luxemburgo?
Valdivia – É um treinador que tem uma carreira definida, com muitos títulos. Além disso, ele tem sorte de sempre estar em times competitivos. Meu contato com ele foi sempre na porrada. Ele falava na porrada, mas me aconselhava também.

Pelé.Net – Existe uma mágoa sua em relação a ele?
Valdivia – Ah, cara… (silêncio por alguns segundos). Sempre que me perguntam sobre treinador eu falo do Caio Júnior. Não tem outra pessoa que me ajudou mais do que ele. Gosto mais do Caio do que do Vanderlei. É a pessoa que mais confiou em mim. Tivemos uma relação de pai para filho.

Chazinho de Coca – 2009 a redenção de Luxemburgo?

2009 a redenção de Luxemburgo?

A temporada de 2009 deverá ser e, para o bem dele próprio, precisa ser o ano de sua redenção.
Luxemburgo é o maior salário do futebol brasileiro. Somando o seu, ao salário de toda sua comissão, o Palmeiras gasta em torno de 1 milhão de reais/mês.
Quando se contrata Luxemburgo, contrata-se toda uma grife, contrata-se planejamento e sobretudo, a certeza de êxitos ao longo do contrato.

O Palmeiras vinha de diversos insucessos e vendo o rival São Paulo ostentar a hegemonia nacional.

A contratação de Luxemburgo, mostrou a clara intenção e, de certa forma, o desespero do clube alviverde em retomar o seu caminho de vitórias e assim, reequilibrar os triunfos com o seu 2º maior rival.
Objetivos traçados: Voltar a ser campeão e garantir vaga na Libertadores 2009.

Voltar a ser campeão, não necessariamente e não tão somente do Paulista. Foi válido? Sim, foi muito. Serviu para tirar o peso das costas dos jogadores e principalmente, para ganhar a confiança da exigente e impaciente torcida. Mas poderia ter sido da Copa do Brasil ou também, da Copa do Brasil.

Nessa competição o time naufragou.
Começou o BR-08 e o time era apontado como favorito. Por acaso? De jeito nenhum. Devido a todo o investimento, ao planejamento que se imagina ter sido feito quando se contratou Luxemburgo e também por ser o atual campeão paulista.
Luxemburgo trouxe quem bem quis. Dispensou quem bem quis.

Luxa começou a denominar alguns jogos como “jogo do ano” e nessa coisa, foram pelo menos uns 5. Venceu o Cruzeiro em MG, empatou com o São Paulo em casa. Perdeu para o Grêmio (esse sim o verdadeiro jogo do ano) em casa. Foi goleado pelo Flamengo no RJ e voltou a perder, no último jogo “do ano” e de fato, novamente em casa, para o decadente Botafogo.

Fez pouco da Sulamericana e por fim, fez pouco do próprio time, ao se negar a acompanhar seus comandados na Argentina e comentar a própria derrota em uma emissora de TV.

Objetivos alcançados: O Palmeiras voltou a ser campeão e voltou a Libertadores.

Em uma escala de grandeza das competições disputadas pelo Palmeiras no ano, eu as classifico da seguinte forma: Paulistão/ Sulamericana, Copa do Brasil e Brasileirão.

O time voltou a ser campeão na competição de menor expressão disputada e conquistou a vaga não na libertadores, mas na fase preliminar da competição.
Podemos concluir que Luxemburgo atingiu os objetivos dentro das piores perspectivas possíveis.
Enquanto isso, o Sport foi campeão da Copa do Brasil. O Corinthians, jogando a série B em 2008, chegou a final da mesma competição. E por fim, o São Paulo ratificou sua condição hegemônica no cenário nacional ao faturar o tri/hexa do BR-08.
Luxemburgo sabe que naufragou, sabe que está em baixa e deve se corroer por dentro quando vê Muricy ser eleito o melhor do país pelo 4º ano seguido.

Luxemburgo não é bom, ele ótimo. Não é a toa que ele sobreviveu e se reergueu depois de todos os problemas jurídicos pelos quais passou. Não é a toa que seu nome é sempre ventilado como postulante a vaga de técnico da seleção.

Mas também é bem verdade que ele passa pelo seu pior momento como técnico. Seja em resultados, seja na armação dos times e mesmo naquilo que marcou demais seus trabalhos vencedores, a flexibilidade tática no decorrer dos jogos. Esse ano ele foi previsível.

As razões podem ser diversas: Acumulo de funções, preocupação com vaga na seleção brasileira, propostas da europa. Pessoas ligadas ao Palmeiras asseguram que Luxa passa por uma fase de depressão, somada a um quadro de síndrome do pânico. Não duvído, o próprio não desmente e se de fato estiver, não se pode desconsiderar. Mas as grandes perspectivas foram criadas a partir de declarações do próprio treinador. Com problemas ou não, o objetivo traçado estava/está em trâmite.
Se tem uma coisa pela qual não podemos chamar Luxemburgo é de burro. Ele sabe, mais do que eu, mais do que você, mais do que Ricardo Teixeira, caso ainda o queira na seleção, que 2009 precisa ser o ano de sua redenção. Como? Vencendo a competição que ele, além de nunca ter ganho, ainda disputou poucas vezes – A Libertadores. Mais um Paulistão não adianta de nada, nem pra ele e nem para o Palmeiras.

O 1º semestre de 2009 deverá ser dos mais importantes para a carreira do treinador. Em caso de sucesso na competição continental, ele acaba certificando suas atuais palavras, que dizem que o planejamento de 2008 foi feito visando 2009 e sua credibilidade, hoje abalada, volta a dar o tom a sua vencedora carreira. Mas se nada acontecer na Libertadores, não adianta Paulista, não adianta nada, o Palmeiras deverá demiti-lo, algo que não ocorre desde 1991, seu status atinge o menor patamar possível, ele é desvalorizado, clubes com grandes planejamentos já não ventilarão seu nome como prioritário e em breve ele será contratado por times próximos da degola, com perspectivas pouco enobrecedoras e no muito, terá elencos que brigarão por Sulamericana e coisas do tipo.

2009 será de redenção ou de demissão para Luxemburgo? Só ele próprio para responder.

Chazinho de Coca – Luxa, pede pra sair?

Parece que as cornetas começaram a soar pelos lados do Palestra Itália. Dessa vez será uma cornetada dada em um profissional que não a escuta desde 1991, quando pela última vez, Wanderley Luxemburgo foi demitido de um clube.

Luxa já chegou ao Palmeiras sob protestos da oposição, mas parece que a não ida do técnico a Argentina, com sua participação na transmissão do jogo da própria equipe, somado ao altíssimo valor investido em sua comissão (12 milhões/ano), com a iminente perda do título, foram a gota d´agua.

Luxemburgo pode ser demitido do Palmeiras ao final do Brasileiro, ainda que conquiste a vaga para a Libertadores. Resultado tido como apenas um prêmio de consolação, diante de todo investimento feito.

A Traffic é a única que parece ainda estar ao lado do treinador, ainda que a relação tenha estremecido, depois das declarações de Luxa contra a Sulamericana, torneio patrocinado pela empresa. A possibilidade de perda da vaga para a Libertadores é considerada uma tragédia para os dirigentes, já que a Traffic sinaliza um orçamento 2 vezes maior para investir em 2009.

Será que de principal postulante a vaga de técnico da seleção nacional, Luxa será apenas mais um na fila dos desempregados da nação?

abraços,