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Chazinho de Coca – 2009 a redenção de Luxemburgo?

2009 a redenção de Luxemburgo?

A temporada de 2009 deverá ser e, para o bem dele próprio, precisa ser o ano de sua redenção.
Luxemburgo é o maior salário do futebol brasileiro. Somando o seu, ao salário de toda sua comissão, o Palmeiras gasta em torno de 1 milhão de reais/mês.
Quando se contrata Luxemburgo, contrata-se toda uma grife, contrata-se planejamento e sobretudo, a certeza de êxitos ao longo do contrato.

O Palmeiras vinha de diversos insucessos e vendo o rival São Paulo ostentar a hegemonia nacional.

A contratação de Luxemburgo, mostrou a clara intenção e, de certa forma, o desespero do clube alviverde em retomar o seu caminho de vitórias e assim, reequilibrar os triunfos com o seu 2º maior rival.
Objetivos traçados: Voltar a ser campeão e garantir vaga na Libertadores 2009.

Voltar a ser campeão, não necessariamente e não tão somente do Paulista. Foi válido? Sim, foi muito. Serviu para tirar o peso das costas dos jogadores e principalmente, para ganhar a confiança da exigente e impaciente torcida. Mas poderia ter sido da Copa do Brasil ou também, da Copa do Brasil.

Nessa competição o time naufragou.
Começou o BR-08 e o time era apontado como favorito. Por acaso? De jeito nenhum. Devido a todo o investimento, ao planejamento que se imagina ter sido feito quando se contratou Luxemburgo e também por ser o atual campeão paulista.
Luxemburgo trouxe quem bem quis. Dispensou quem bem quis.

Luxa começou a denominar alguns jogos como “jogo do ano” e nessa coisa, foram pelo menos uns 5. Venceu o Cruzeiro em MG, empatou com o São Paulo em casa. Perdeu para o Grêmio (esse sim o verdadeiro jogo do ano) em casa. Foi goleado pelo Flamengo no RJ e voltou a perder, no último jogo “do ano” e de fato, novamente em casa, para o decadente Botafogo.

Fez pouco da Sulamericana e por fim, fez pouco do próprio time, ao se negar a acompanhar seus comandados na Argentina e comentar a própria derrota em uma emissora de TV.

Objetivos alcançados: O Palmeiras voltou a ser campeão e voltou a Libertadores.

Em uma escala de grandeza das competições disputadas pelo Palmeiras no ano, eu as classifico da seguinte forma: Paulistão/ Sulamericana, Copa do Brasil e Brasileirão.

O time voltou a ser campeão na competição de menor expressão disputada e conquistou a vaga não na libertadores, mas na fase preliminar da competição.
Podemos concluir que Luxemburgo atingiu os objetivos dentro das piores perspectivas possíveis.
Enquanto isso, o Sport foi campeão da Copa do Brasil. O Corinthians, jogando a série B em 2008, chegou a final da mesma competição. E por fim, o São Paulo ratificou sua condição hegemônica no cenário nacional ao faturar o tri/hexa do BR-08.
Luxemburgo sabe que naufragou, sabe que está em baixa e deve se corroer por dentro quando vê Muricy ser eleito o melhor do país pelo 4º ano seguido.

Luxemburgo não é bom, ele ótimo. Não é a toa que ele sobreviveu e se reergueu depois de todos os problemas jurídicos pelos quais passou. Não é a toa que seu nome é sempre ventilado como postulante a vaga de técnico da seleção.

Mas também é bem verdade que ele passa pelo seu pior momento como técnico. Seja em resultados, seja na armação dos times e mesmo naquilo que marcou demais seus trabalhos vencedores, a flexibilidade tática no decorrer dos jogos. Esse ano ele foi previsível.

As razões podem ser diversas: Acumulo de funções, preocupação com vaga na seleção brasileira, propostas da europa. Pessoas ligadas ao Palmeiras asseguram que Luxa passa por uma fase de depressão, somada a um quadro de síndrome do pânico. Não duvído, o próprio não desmente e se de fato estiver, não se pode desconsiderar. Mas as grandes perspectivas foram criadas a partir de declarações do próprio treinador. Com problemas ou não, o objetivo traçado estava/está em trâmite.
Se tem uma coisa pela qual não podemos chamar Luxemburgo é de burro. Ele sabe, mais do que eu, mais do que você, mais do que Ricardo Teixeira, caso ainda o queira na seleção, que 2009 precisa ser o ano de sua redenção. Como? Vencendo a competição que ele, além de nunca ter ganho, ainda disputou poucas vezes – A Libertadores. Mais um Paulistão não adianta de nada, nem pra ele e nem para o Palmeiras.

O 1º semestre de 2009 deverá ser dos mais importantes para a carreira do treinador. Em caso de sucesso na competição continental, ele acaba certificando suas atuais palavras, que dizem que o planejamento de 2008 foi feito visando 2009 e sua credibilidade, hoje abalada, volta a dar o tom a sua vencedora carreira. Mas se nada acontecer na Libertadores, não adianta Paulista, não adianta nada, o Palmeiras deverá demiti-lo, algo que não ocorre desde 1991, seu status atinge o menor patamar possível, ele é desvalorizado, clubes com grandes planejamentos já não ventilarão seu nome como prioritário e em breve ele será contratado por times próximos da degola, com perspectivas pouco enobrecedoras e no muito, terá elencos que brigarão por Sulamericana e coisas do tipo.

2009 será de redenção ou de demissão para Luxemburgo? Só ele próprio para responder.