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Chazinho de Coca – O Corinthians depende do Ronaldo para gerar audiência?

Você encontra hoje, no blog do Cosme Rimoli, uma boa coluna onde ele defende o fato de que o grande auê em torno do Corinthians nos últimos meses, deve-se exclusivamente ao fenômeno que envolve o “Fenômeno” Ronaldo.

Geralmente eu concordo com o Rimoli, dessa vez não.

O Corinthians sempre foi certeza de audiência nas transmissões esportivas. Ou o campeonato brasileiro da série B foi pela 1ª vez inserido na grade da Toda Poderosa por outro motivo, que não a presença do Corinthians? E na época o Ronaldo não passava de um mito em fim de carreira lá pelos lados da Fazendinha.

Óbvio que Ronaldo é um fenômeno em campo e nos bastidores. O bichão envolve em torno de si interesses que vão além das 4 linhas. Dentre eles, a certeza de que todo fã de futebol quer assisti-lo. Em campo ou na TV.

Parece que a audiência nos jogos do timão está caindo. Mas acredito que essa queda deve-se muito mais ao péssimo momento técnico do time, do que pela “simples” ausência do recém lipoaspirado.

E o feroz aí, o que acha?

Leia a coluna do Cosme Rimoli e tire suas conclusões:
http://blogdocosmerimoli.blog.uol.com.br/arch2009-08-09_2009-08-15.html

Ainda dentro desse assunto, o Rimoli comenta o desinteresse do torcedor em relação a seleção do Ricardo Teixeira.

Aí eu vejo muito mais uma falta de identificação da torcida com a seleça que já foi sua, do que a ausência de craques. Afinal estão lá Kaká, Luís Fabiano, Robinho, o capitão do Tetra, Julio Cesar.

Tirando esses que citei, a torcida mal sabe onde o restante joga, mal sabe de onde eles saíram. E burro o torcedor não é. Ele sabe muito bem que muitos dos craques que jogam aqui no Brasil, aqueles que eles sabem onde jogam, merecem estar na seleção.

E tem mais. Jogo contra a Estônia? Ahhh malandro, essa é a seleção do Ricardão e ela não tem a mínima graça. Quando era nossa, era um baita tesão.

Cheers,

Post It – Falação e apresentação

-Rui “Cabeção” foi apresentado esta tarde no Fluminense

-Cafú é mais um veterano que, ao lado de Marcelinho Carioca, acredita que ainda pode atuar no Brasil em bom nível. “Pelo que vemos dos jogos no Campeonato Brasileiro, acho que dá para atuar tranquilamente.” (FONTE – http://www.gazetaesportiva.net/)

-Muitos já colocaram o lateral direito no Santos, mas parece que é o Barueri o seu provável destino.

-O Flamengo não conseguiu segurar Ibson na Gávea, mesmo com o atleta dizendo que preferia seguir no clube carioca. O Porto, detentor dos direito do jogador, já o negociou com o Spartak, por 5 milhões de euros. Ibson vai jogar ao lado do meia Alex, ex Internacional.

-Ronaldo “Fenômeno” disse ontem em um programa de TV, que não acredita nas pesquisas que apontam o Flamengo como a maior torcida do país. Para o centroavante corintiano, muitos desses números são baseados em medições feitas em locais onde o Flamengo e o 2º time local.

-Em resposta, Kleber Leite disse hoje que o “Fenômeno” virou humorista.

Do Blog do PVC – Meus filhos não falam palavrão

Por que reproduzo essa coluna do PVC aqui? Pois concordo plenamente com o ponto de vista dele. Pois ainda não tenho filhos, mas tenho sobrinhos, primos mais novos e filhos de amigos que cresceram e vivem aqui no Brasil. Que são exemplos de uma infância muito bem aproveitada, exemplos de boa educação.

Pois tenho N amigos que vivem ou viveram no exterior e todos eles são unanimes em dizer que o Brasil é muito bem visto lá fora, o povo brasileiro é muito valorizado em outros locais do globo. Só existe um lugar no mundo onde encontramos tanta gente que não gosta do Brasil e dos brasileiros – No Brasil.

Ronaldo vive marcando golaços. É motivo de orgulho para todos os brasileiros, TODOS. Mas dessa vez ele marcou um golaço contra.
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Meus filhos não falam palavrão

Não há nada pior para um país do que seus habitantes não acreditarem nele.

Na sexta-feira, na sabatina da Folha de S. Paulo, Ronaldo disse que ficará no Brasil e pensará no final do ano se segue jogando por mais um ano. Disse também que pretende que seus filhos vivam na Europa.

A razão, segundo ele, é segurança e educação. O exemplo é sua percepção de que os amiguinhos brasileiros de seu filho, Ronald, são mal educados e falam palavrões demais, diferente de quando convive com seus colegas europeus.

Na entrevista, Clóvis Rossi questionou Ronaldo se esse raciocínio não era racista. Ronaldo respondeu: é realista.

Desde seu retorno, Ronaldo impressiona pela clareza com que expõe seus pontos de vista. Boa parte deles, brilhante. Outros, nem tanto.

Meus filhos têm 9 e 6 anos, respectivamente. Sempre viveram no Brasil. Têm um pai presente, modéstia à parte, que conhece todos os seus amiguinhos. Todos bem educados e que não falam palavrão.

Ronaldo conviveu com a diversidade e tem o incrível mérito de ter aprendido com ela. Diferente de parte de seus colegas, que viveu na Europa e não aproveitou a experiência. Ronaldo aprendeu a viver bem em Milão, Madri, Barcelona… No Brasil, cresceu em Bento Ribeiro.

Não sei com quem os filhos de Ronaldo convivem quando estão no Brasil. Imagino que vivam em boa companhia, quando estão na Europa.

Por aqui, meus filhos têm uma vida de classe média e aprendem que gente legal existe em todos os países. Gente mal educada também.

Não se nega a Ronaldo o direito de deixar seu filho vivendo na Europa. Pretendo mesmo que os meus pequenos tenham a opção de morar onde julgarem melhor. Espero também que escolham sem nenhum tipo de preconceito. É possível que vivam bem e tenham amigos bacanas no Japão, nos Estados Unidos, no Brasil, em Buenos Aires ou na Europa.

O que não dá é para espalhar a ideia de que todas as crianças brasileiras falam palavrão e são mal educadas. Não sei onde Ronald tem andado. Mas a gente pode arrumar amiguinhos brasileiros bem mais legais para ele.
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Fonte: http://espnbrasil.terra.com.br/pauloviniciuscoelho/post/50337_MEUS+FILHOS+NAO+FALAM+PALAVRAO

Chazinho de Coca – Ronaldo ou Adriano?

O portal LANCE!net perguntou aos seus leitores sobre quem eles preferem em seu time – Ronaldo ou Adriano.

Vou me aproveitar da deixa e também lanço a questão para os ferozes que por aqui passam diariamente. Mas antes, faço um paralelo entre eles.

-Em 2008, Adriano estava em baixa na Inter de Milão. Foi emprestado ao então bicampeão brasileiro, o São Paulo. Grande time do país na situação, elenco elogiadíssimo pelos críticos, além de ter uma das melhores estruturas do país. Adriano ficou 6 meses nesse time e não conquistou nada. Nesses 6 meses o time perdeu o padrão tático que havia adquirido ao longo das temporadas 2006/2007, muito disso em razão de o time passar a atuar para o aguardado brilho do “Imperador”. O que de certa forma não aconteceu. Adriano saiu sem se despedir e não deixou saudades no time tricolor. No 2º semestre o São voltou ao velho e vitorioso padrão e sagrou-se tricampeão brasileiro.

-Nesse meio tempo, Ronaldo recuperava-se de mais uma grave contusão no joelho e sua carreira era praticamente dada como encerrada. O Corinthians disputava a série B e, com sobras, fazia a sua lição de casa. Ronaldo e o Corinthians entraram em 2009 com novas perspectivas, as quais se cruzaram. O Timão de volta a série A, queria contar com o “Fenômeno”, que também buscava retornar aos holofotes do grande público. Estava feito o elo. Antes, porém, Ronaldo deveria passar por rigoroso recondicionamento físico. Enquanto o Corinthians encontrava a realidade na série A. O time tinha se dado muito bem na série B, mas na elite a coisa não caminhava tão bonita. Partidas modorrentas, futebol pobre e falta de opções, fizeram com que o Timão não passasse a segurança necessária ao seu torcedor. E então foi apressada a estréia de Ronaldo. O Fenômeno entrou e mudou completamente a cara do time. Jogos dados como perdidos foram vencidos exclusivamente devido a sua participação. O elenco foi elevado a outro status e de time que só empatava, o Corinthians passou a ser um time que não perdia. Ronaldo acumulava mais e mais gols, importantíssimos gols. O time precisou dele, ele entrou e correspondeu além das 1ª´s expectativas. Os alvinegros sagraram-se campeões paulistas já no ano de seu retorno e tiveram em Ronaldo o seu diferencial.

PS: Ontem ele decidiu de novo, dessa vez pela Copa do Brasil.

Óbvio que a pergunta passa a ser tendenciosa depois de tudo o que escrevi. Mas a intenção é a de que o leitor exercite a sua percepção de futebol, de repente achando pontos positivos e negativos para ambos os lados e que eu não tive a sensibilidade de enxergar. Dessa forma, eu lhes pergunto:

Quem você prefere no seu time? Ronaldo ou Adriano.

A enquete encontra-se no canto superior direito do blog.

A Volta por cima!

Texto enviado pelo nosso correspondente em Recife, Tiago Pimentel.

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A Volta por cima!

Pois bem, rapaziada, não me peçam isonomia no presente momento, afinal, o “curinthians”, o time sem estádio e sem libertadores, da marginal sem número, voltou. Você pode até dizer que são muitos rojões para um mero paulistinha, mas não se esqueça, caro amigo, que o menosprezo não passa de uma forma arrogante de pensamento pequeno. E mesmo sem estádio e sem libertadores, pequeno é um adjetivo que nunca se aplicou ao Corinthians. Mesmo em seus momentos mais críticos (a fila de 23 anos e a queda para a Série B), o Corinthians jamais se permitiu diminuir. Diria que principalmente nestes momentos o Coringão se agiganta, como se encontrasse no sofrimento do seu torcedor – quando eu digo torcedor, refiro-me a você e eu, não ao marginal uniformizado – a razão de sua grandeza.

E nesta conquista, não há como não falar nele, que tantas vezes foi considerado acabado para o futebol. Ronaldo Nazário, o Fenômeno, sinônimo de superação, mais uma vez ridicularizado pelo tamanho da pança, e pelos percalços em sua vida pessoal, fez calar a inveja canhesta de seus críticos. Ele que tantas vezes caiu e se levantou para seguir em frente, mais uma vez provou (como se precisasse), que ninguém mais que ele merece ser chamado de Fenômeno. Diria que o dissimulado gesto obsceno feito na comemoração de seu gol contra o São Paulo, não foi dirigido à torcida são-paulina, e sim, a esses invejosos. E se me dão licença para fazer uso chulo do vernáculo pátrio, me filio ao Fenômeno num sonoro “Chupa”.

Mas seria injusto não falar de outros personagens deste grupo tão aguerrido. Chicão – que não disputou o último jogo, por estar suspenso – foi um guerreiro ao lado do capitão William. Jorge Henrique foi o carregador de piano que tanto personifica a garra corinthiana. Um grande destaque também foi André Santos, com gols importantes. E aquele, que na humilde opinião deste escriba, foi o melhor jogador deste Paulistão, Elias.

Vale falar também na determinação da equipe do Santos, principalmente na segunda partida da decisão, o que só fez engrandecer o espetáculo.

Sobre o campeonato Paulista, ganhou o clube que melhor se planejou para ganhar. É muito cedo ainda para dizer que a atrapalhada diretoria corinthiana aprendeu algo nesse sentido, mas um pequeno passo, não deixa de ser um grande ponto de partida.


Acredito que sobre as partidas que decidiram o Paulistão, profissionais especializados são mais indicados para dar pareceres táticos, então o que cabe aqui para finalizar é o belíssimo samba de Paulo Vanzolini que dá nome a este texto: “Ali onde eu chorei qualquer um chorava/ Dar a volta por cima que eu dei/Quero ver quem dava”. Valeu, Corinthians.

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Pimentel é corintiano, maloqueiro e sofredor. Atualmente morando em Recife, disse que irá torcer contra o Sport na terça-feira. Contra o Sport, nunca a favor do Palmeiras.