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Chazinho de Coca – “Chega de historinha, o Luxembugo só ganha Paulistinha”

“Chega de historinha, o Luxembugo só ganha Paulistinha”

Foi isso que o técnico Luxemburgo escutou ao final da partida contra o Colo-Colo, onde o seu Palmeiras saiu derrotado por 3X1 e complicou-se no grupo da “morte” da Libertadores.

Vou discordar? Se eu tiver boa vontade e analisar toda a carreira do treinador, sim, irei discordar. Mas futebol é momento, certo? Sendo assim, estou quase dando razão à torcida.
Desde 2004 que Luxemburgo só ganha o Campeonato Paulista, simples assim.

Quer mais uma? Pois dizem que esse Palmeiras lembra aquele de 1996. Pois lembra mesmo, como eu já bem disse. É um time jovem, veloz, técnico e que se atira ao ataque, sobretudo por ser sabedor de suas qualidades de definição. Aquele Palmeiras de 1996 era assim, deitou e rolou no Paulista, mas ganhou “só” o Paulista. Aquela edição do maior regional do país era por pontos corridos, com turno e returno, onde só haveria uma final se houvesse um campeão em cada turno. O Verdão faturou os 2 turnos e cancelou a final.

Naquele mesmo ano, disputou a final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro e era franco favorito. Perdeu por 2X1 em pleo Palestra Itália. Depois no BR 96, terminou a 1ª fase em 3º lugar e pegou o Grêmio nas oitavas e foi novamente eliminado.

Muita semelhança?

Mas não, não vou detonar o Luxa, até porque como já disse inumeras vezes, ainda acho que ele é o técnico que arma as melhores equipes, aquelas que mais enchem os olhos. Mas futebol é resultado e entre ter uma equipe meramente vistosa e uma que jogue feio, mas que seja campeã, “infelizmente” sou obrigado a escolher a 2ª.

Não se joga Libertadores com se joga Paulistão. Colo-Colo e LDU não são Marília e Oeste, muuuuuuito longe disso.

Muito se critica a defesa alviverde, mas armar o time tendo apenas o Pierre como leão de chácara do meio campo, não só sobrecarrega o ótimo volante, como faz a bomba estourar toda em cima do trio de zagueiros. E não adianta colocar 3, 4 ou 11 zagueiros.

No Paulista os times jogam fechados contra o Palmeiras, então realmente não justifica ter 2 volantes, por isso Cleiton Xavier joga ao lado de Pierre, mas é quase um amador. Os times da Liberta, sobretudo esses com tanta tradição como qualquer outro brazuca, não se intimidam e ontem o Colo-Colo deu um baile. Barrios fez tudo aquilo que o mundo esperava de Keirrison, Diego Souza e Cleiton Xavier – Williams até que fez boa partida.

OS: Aliás, o Colo-Colo mstrou com Barrios, o caminho das pedras para o Corinthians vencer no domingo.

Marcão não apoiou e mesmo assim tomava todas as bolas nas costas, péssima partida. E quando na virada do 1º para o 2º tempo, Luxa entrou com Jefferson e Jumar, aí foi para o torcedor se desesperar de verdade.

Ainda dá para se classificar? Até que dá. Mas a postura deverá ser completamente outra e a armação do time, para a Liberta, idem.

Despeço-me da nobreza ao som de Manic Street Preacher – There by the grace of God

Cheers,

La Mano de Dios – Tem dias que a bola não entra

Tem dias que a bola não entra

Não tem jeito. O São Paulo atacou mais, acuou a equipe adversária, marcou com pressão no campo de ataque em grande parte do jogo. Tentou por cima, por baixo, só não tentou debaixo d’água porque não choveu. E a bola não entrava. Muito graças ao goleiro Bobadilla, é verdade, mas o gol do Independiente de Medellín estava fechado.

Seria injusto perder, o empate em casa ficou com um gosto amargo. Mas mesmo assim, valeu para ver que o São Paulo de 2009, quer seja no Paulista ou na Libertadores, ainda não é o ideal. O time, muito bem marcado pelo adversário, que jogava com até oito jogadores no campo de defesa, abandonou rapidamente as jogadas pela lateral, afunilando o jogo e abusando de chutes de fora da área – muitos sem direção. Era tudo que um adversário que joga no 3-5-2 poderia querer.

Além disso, Hernanes e Hugo não foram bem. Quando a dupla criativa do tricolor não está inspirada, o time apaga. Borges ainda não se achou com Washington. Por ocuparem o mesmo setor e para não bater cabeça, Borges saía da área para buscar jogo, mas também não conseguia avançar pelas laterais. Nesse quesito Dagoberto fez um trabalho melhor no segundo tempo. Foi graças à sua habilidade que saiu o cruzamento para Borges marcar aos 47 do segundo tempo.

Destaque para Jean e o trio defensivo. Jogaram o fino. Bosco também não comprometeu.

Me despeço ao som de Black Merda – Reality. Vai atrás que vale a pena, funk/rock/soul nervoso inspirado em Jimi Hendrix. Disco de 1971.

Rapidinhas: agora, com dois campeonatos simultâneos, veremos se os grandes são mesmo esse espetáculo. Sustento que nenhum time no Brasil tem jogadores para levar dois campeonatos simultaneamente. Talvez agora, com Libertadores e Copa do Brasil, o Paulistão tenha mais graça.

O Sport jogou e convenceu. Vencendo o Colo-Colo na casa do adversário por 2×1, mostrou que sua chave, com Palmeiras e LDU, será a mais emocionante dessa fase da Libertadores.

Chazinho de Coca – Acabou-se o que era doce.

Acabou-se o que era doce.

A doce sequência de vitórias do Palmeiras, enfim, acabou. Deu-se fim exatamente no jogo onde a probabilidade de derrota era, de fato, maior.

O Palmeiras perdeu, mas poderia muito bem ter saído com um empate ou mesmo com a vitória. Mas, no frigir dos ovos, a LDU foi melhor em mais momentos. O Verdão teve domínio, sobretudo no início da 2ª etapa, mas não soube aproveitar esses bons momentos. A LDU, atual campeã da Libertadores, mostrou porque é ainda considerada uma das favoritas a caminhar muito bem na competição e, cirurgicamente, matou o jogo.

Manso foi o nome do jogo, não só armou o time, mas finalizou, catimbou como poucos e marcou um golaço de falta. O Palmeiras não deu pelota para a boa bola mostrada por Manso, e mesmo sofrendo com as investidas do meia, não armou um momento sequer na partida, uma marcação especial em cima do jogador. Ao contrário da LDU que desde o início ficou de olho em Keirrison.

Luxa abriu todo o time no segundo tempo, não dando a mínima par a tal de altitude, mas no que eu pude enxergar do jogo, o treinador falhou a partir da 2ª alteração.

No 1º tempo o time estava descompactado e Keirrison ficava isolado na frente. Diego Souza, o melhor do time, assumia a responsabilidade do jogo e partia pra cima, sozinho pouco podia fazer. Cleiton Xavier jogou muito recuado e Williams necessita urgentemente de uns treinos de finalização. Jogou bem, mas perdeu um gol cara a cara com o goleiro. A 1ª etapa terminou 2X1 para os donos da casa.

Falando em Diego Souza, alguém se lembra qual foi o último grande campeonato que o meia fez? Sim, a Libertadores de 2007, quando ainda atuava pelo Grêmio. Diego parece se dar bem nesse campeonato.

Vendo a dificuldade do time em atuar pelas pontas e a distancia entre meio campo e ataque, Luxa veio para o segundo tempo com Marquinhos, sacando Maurício Ramos e ficando com apenas 2 zagueiros. Até aí, tudo bem. O time voltou dominando e logo empatou o jogo com Edmilson. Poderia ainda ter virado, em jogadas semelhantes a do 2º gol. Armero aparecia muito bem pela esquerda, mas o lado direito estava inoperante. Logo a LDU matou a charada, fechou esses espaços e chegou ao 3º gol.

Daí em diante o Verdão se perdeu. Luxemburgo escancarou o time colocando Lenny e logo depois, Evandro. As tentativas não surtiram efeito e não fosse Marcos, e a LDU teria ampliado.

Analisando friamente, foi um resultado normalíssimo e mesmo perdendo, o time esteve muito bem em alguns momentos. Mas é bom Luxa aprender que Libertadores não é Brasileirão, muito menos Paulistão. Não se pode errar, pois a recuperação lá na frente é mais complicada.
Ficou o gostinho de que poderia ter sido melhor, mas não aconteceu nada de outro mundo. O Verdão volta a campo pela Libertadores contra o Colo-Colo, no Palestra. No sábado encara a Portuguesa pelo Paulistão.

Lances polêmicos.

O 1º gol da LDU deixou a impressão de impedimento. Foi um lance complicadíssimo e vendo os replays, eu validaria o gol – juizão não teve culpa nessa.

Armero dá cotovelaço em adversário. Nessa o juizão foi mal, pois não deu nem falta, num lance onde o vermelho direto caberia numa boa.

Falha de Marcão. E foi falha só do Marcão, não do Edmilson. Marcos tem crédito e ao final do jogo salvou o time de levar o 4º gol com um verdadeiro milagre.

No lance que originou o gol de falta da LDU, Edmilson deu um carrinho forte, mas na bola. Lance complicado, onde cabia tanto a marcação, como não. Infelizmente para o Palmeiras, Roldán marcou e o Manso fez o gol.

Não me lembro agora o nome do jogador da LDU que, no 2º tempo, deu um carrinho em Capixaba e tomou um balão, não satisfeito com o papelote, foi atrás e deu no meio do lateral alviverde. Lance para expulsão, mas o juizão pegou leve e deixou quieto.

Ele errou e acertou para ambos os lados, o que determinou, de fato, o resultado foi a maior frieza da LDU nos momentos capitais, meramente isso.

Veja os lances do jogo:

Despeço-me da feroz nobreza ao som de Cocteau Twins – Lorelei.

Cheers,

Chazinho de Coca – Sobrou Gás.

Altitude não ajuda e o Verdão passa fácil pelo Potosi.
Ou foi o Potosi que não ajudou a altitude?

De qualquer forma, o Palmeiras se classificou com facilidade e na somatória dos 2 jogos, aplicou 7X1 no seu 1º adversário da Libertadores.

Frota de veículos responsável por levar Verdão ao estádio

No 1º tempo o time da casa abusou das jogadas aéreas, mas o trio de zagueiros alviverdes levou a melhor em todas as jogadas. O Palmeiras procurava explorar os contra ataques e, apesar dos 4 mil metros de altitude, conseguia levar perigo nessas jogadas.

Em uma delas, Williams arrancou pela esquerda, limpou dois zagueiros e, no bico da grande área, chutou forte, o goleirão tocou de leve, mas o suficiente para fazê-la explodir no travessão. Na sequência o jogador sentiu indisposição devido ao trote aplicado na jogada.

O cenário foi esse, até que aos 29 minutos Keirrison recebeu na entrada da área e, de costas, rolou para Cleiton Xavier que vinha livre pela esquerda, o camisa 10 encheu o pé e marcou mais um belo gol e manteve a sua média de um gol por jogo.

Na 2ª etapa, com fatura garantida, os dois times demonstravam pouca vontade na criação de jogadas. O Potosi passou a distribuir bordoadas, o que fez Diego Souza sair de maca, dando lugar a Lenny.

Quando tudo parecia terminado, a ruindade do time boliviano se fez ainda mais evidente e em erro bizarro do zagueiro, Keirrison arrancou, ganhou do goleirão na velocidade e com categoria driblou o guarda metas, finalizando no gol vazio.

O Verdão volta a campo no domingo, no clássico contra o Santos. Pela 2ª fase da Libertadores, o time vai a Quito enfrentar a atual campeã, LDU, no dia 17/02. Haja gás!

Confira os gols:

No embalo de Oasis – Gas Panic, finalizo a coluna de hoje.

Rapidíssima:
O Timão fez sua parte e bateu ontem o Paulista por 3X2. Assumiu a liderança da competição, mas com um jogo a mais que o vice líder, Palmeiras.
Continua curiosa a situação do alvinegro, cada vez mais dependente dos gols de seu zagueiro artilheiro, Chicão, que ontem marcou 2. Elias, que também não é centroavante, completou o placar.
Dá pra ficar com algumas pulgas atrás da orelha, não?

Cheers,

Chazinho de Coca – Resposta dada em campo.

No início da temporada, boa parte da imprensa e também da torcida, temiam pelo Palmeiras na Libertadores. O time foi remodelado, rejuvenescido e o duelo decisivo contra o Potosí era encarado como de alto risco.

Parece que a resposta foi dada. Fosse o time de 2008, cheio de medalhões descompromissados e de pouca velocidade e o Palmeiras poderia ter tido problemas. O Potosí é um time muito fraco e ter um time desses disputando a principal competição do continente é um desplante que só a Conmebol e sua descabida distribuição de vagas consegue realizar.

Por outro lado, o antes desacreditado e agora badalado novo Palmeiras, está jogando o fino da bola. A partida seria fácil, mas o alviverde a tornou um passeio. Cleiton Xavier e Keirrison estão tendo um inicio de temporada sensacional e Williams usa e abusa de sua velocidade. Os três, mais Diego Souza, costuram as jogadas com passes e triangulações em altíssima velocidade, lembrando, de fato, o futebol daquele Palmeiras de 96. Edmilson parece jogar no Palestra há anos. Esse assumiu a braçadeira de capitão e não deverá abandoná-la tão cedo.

Enfim, a vitória era esperada, mas a facilidade encontrada foi construída em cima da boa bola que esse time de Luxemburgo está apresentando.

Contudo, há de se ter precaução quando se faz projeções. É bem verdade que o Palmeiras ainda não teve um desafio de verdade e isso deverá ocorrer somente nos clássicos e quando se iniciar a 2ª fase da Libertadores. Os 5X1 de ontem praticamente definiram a classificação do alviverde, mas a partida de volta nos 4 mil metros bolivianos deverá ser um teste interessante para se medir até que ponto o jovem time está pronto para agüentar cenários adversos e a pressão rival.

24 mil comemoram os 5X1 no Palestra

E eu continuo esperando os profetas do futebol me mostrar onde estava o erro de Luxa e do Palmeiras ao trocarem Denilson, Roque Jr, Leo Lima, Alex Mineiro e Cia, por Keirrison, Cleiton Xavier, Williams, Edmilson, Armero e essa rapaziada toda boa de bola.

A nota triste foi que o goleiro Marcos saiu lesionado e já está fora dos 2 próximos compromissos do time. No jogo do Paulistão o goleiro deverá ser o Deola, já na Bolívia, Bruno será o titular.

Confira os melhores momentos da partida:

A coluna foi escrita no embalo de Paint it Black dos Rolling Stones

Cheers