PRETO, BRANCO… E VERMELHO.

São as cores no distintivo do Corinthians Paulista.  São também as cores do São Paulo FC. E da bandeira do estado.

Ambos os clubes são verdadeiros gigantes, que representam milhares de paulistanos, paulistas e brasileiros.

O São Paulo veste o branco. É razão. Clube organizado, trabalhador, competente. É também arrogante, prepotente, elitista.

 Um time muito vencedor nos últimos tempos, merecidamente. Independente de parcerias e concessões (diferentemente da maioria dos clubes brasileiros), o SPFC comporta-se como uma empresa bem sucedida, não só nos seus balanços econômicos, mas no fortalecimento da sua marca, na sua infraestrutura invejável. O perfil dos atletas revelados ou contratados é muito claro, o discurso nas entrevistas é parecido.  O estilo de jogo também, trabalhado na base e sustentado pela comissão técnica fixa. É sempre um adversário chato.

O Corinthians escolhe o negro. Nas arquibancadas, a preferência predominante pela “segunda camisa” que  diz muito sobre a torcida e o clube. É raça. É o suor, a luta, o sofrimento. É o time do povo, o mais amado e odiado.

A rivalidade é natural e espontânea. O “ódio” é recíproco. São opostos.

Mas dividem as mesmas cores, da mesma cidade. Convivem, se completam. E engrandecem um ao outro, razão de ser de um adversário em um esporte de cavalheiros.

No clássico do último domingo, estava tudo muito na cara. A festa era do SPFC, o dia era do goleiro narigudo deles. Que personifica seu clube, para o bem e para o mal. Marcou seu 98º gol em partidas oficiais e quebrou um tabú de 4 anos.  Uma das exigências para ser ídolo de um clube é ser odiado pelas torcidas adversárias. Ceni é ídolo dos “bambis” há muitos anos, e é odiado por este mesmo tempo. Eu já vibrei com muitos de seus frangos, o sequei muito (em vão) e xinguei ao vê-lo garantir o mundial de 2005 contra o Liverpool. Mas no domingo, ao sair a falta na entrada da área, eu já sabia. Todos sabiam. E eu não lamentei o gol. Não fiquei com raiva. Respeito é maior que rivalidade, ou pelo menos deveria ser.

Além do mais, o fregays tem sempre razão. >:)

Mas não acostuma bicharada, que o que vale é o mata-mata !

RODA-VIVA: Muito boa a entrevista doAndrés Sanchez no programa Roda-Viva de ontem. Estou cada vez mais convencido que é um dos maiores presidentes que o Timão já teve, e seu mandato será lembrado por muito tempo. 

BRUNO CÉSAR: Não foi relacionado para o clássico, e já assinou com o Benfica-POR. O jovem meia vindo do Santo André pintou ano passado como futuro jogador de seleção, sendo um dos destaque do time com seus chutes de fora da área, passes e movimentação. Seus direitos porém, não pertenciam totalmente ao Corinthians, que serviu mais como vitrine para a Europa. Não vinha bem na atual temporada, porém enxergava nele um bom camisa 10 para o Timão. Mais um que preferiu um bom salário à chance de se tornar ídolo da Fiel. Ao menos não foi se esconder no c* dá Rússia. Boa sorte e um abraço!

ADRIANO: Confirmou-se o que todos sabiam, com entrevista ao Fantástico sem impacto de contratação. Adriano tenta limpar sua imagem com a ajuda de Ronaldo e da Globo. Ao meu ver, foi uma contratação barata de um jogador de nível mundial. Mas agora é esperar e vê-lo dentro de campo.

ANÁLISE DO ELENCO: Laterais

Alessandro – 141 jogos – 32 anos

Revelado pelo Flamengo e vindo do Santos, o “carequinha” chegou ao Timão em 2008 e desde então é titular absoluto da camisa 2. Pode não ser o lateral-direito dos sonhos de muita gente, mas está longe de ser merecedor de críticas nos protestos armados pela torcida volta e meia. Um dos líderes do elenco, Alessandro é raçudo e profissional. Têm boa técnica e por muitas vezes é o escape da equipe pelo seu setor, levando para o meio, driblando, ou fazendo tabelas. Tem 3 gols segundo o site oficial do Corinthians, mas tenho impressão que foram mais…  

Fábio Santos – 11 jogos – 25 anos

Com a saída de Roberto Carlos, o Corinthians foi buscar Fábio Santos após o término de seu contrato como Grêmio. Revelado pelo São Paulo, sua contratação foi contestada por muita gente que nem o viu jogar. Fábio disputou posição com o volante improvisado Marcelo Oliveira, e no jogo contra o Santos garantiu sua titularidade após marcar dois gols, um deles uma bela cobrança de falta. Se também não é unanimidade, vêm cumprindo seu papel de forma satisfatória.

Moacir (toc toc toc) – 25 jogos – 24 anos – muita zica

O “galinha preta do nordeste” foi exorcidado do Sport e baixou no Corinthians em 2010.  No seu primeiro clássico como titular, contra o Santos, foi expulso e o time perdeu. Num dos seus últimos jogos, contra o Internacional lá em Porto Alegre, aquela batalha ia se desenhando como empate quando uma falta cobrada aos 48 do segundo tempo desvia em Moacir (toc toc toc) e tira o Timão da liderança. Todos sabemos a falta que esse pontinho fez no final, não? E seu auge de ziquezira, em um dos jogos importantes da história do Timão, contra o Flamengo no Maracanã, pela Libertadores. Eu estava lá, meninos e meninas. E na chuva torrencial, vi o encosto de Recife cometer o pênalti que ajudou a elminiar o Corinthians. Não me importa se ele é bom ou ruim, vá de reto lombriga satânica!

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