La Mano de Dios – Money makes the world go ‘round

Money makes the world go ‘round

Ouvindo o jogo do Corinthians pela Bandeirantes AM no sábado, vibrei com o gol de André Santos. Vendo o lance pela TV, me impressionei. Ao ouvir as declarações do jogador após a partida, me decepcionei.

Perguntado se a partidaça que ele jogou tinha a ver com a iminência do fechamento da janela de transferências para a Europa, o cara me lançou essa: “É, agora que a janela fechou, podemos jogar com mais tranquilidade, a cabeça não está em outro lugar”. Foi algo desse tipo.

Peralá, cara-pálida, que história é essa de “agora podemos jogar com mais tranquilidade”? O que estava te atrapalhando antes? Podemos dizer esse ano que não há pressão da torcida nem da mídia em cima do Corinthians, que vem fazendo uma série B impecável. Também não podemos dizer que o salário de André Santos é ruim. Logo, o clima o Parque São Jorge não é tão bom há tempos. E mesmo assim o cara me lança que estava sem tranquilidade?

O que atrapalhava André Santos? Os virtuais milhões que poderia ganhar jogando num time de pequena expressão da Europa?

Meus amigos, esses jogadores estão mal-acostumados. A maioria anda enxergando os grandes times brasileiros como vitrines para uma carreira na Europa, seduzidos pelos montantes que cairão em suas contas no fim do mês, e ludibriados por empresários-de-rapina de olho em suas porcentagens. E André Santos não é o único.

Como se não bastasse, hoje leio que Nilmar disse estar “chateado” pelo Inter não ter aceito a proposta do Palermo, pois ganharia mais lá… e pra completar a festa da uva, Robinho, o moleque mimado da Vila Belmiro, que nunca olhou para fora do seu umbigo, depois de muito espernear no Real Madrid, foi se perder no Manchester City, ganhando 4 milhões ao ano a mais do que ganhava atualmente. Não podemos esquecer que estamos falando do jogador que fez greve no Santos quando estava para ser vendido à Espanha…

E aí eu pergunto: cadê o respeito aos contratos assinados e às camisas que esses caras simbolizam? Futebol é mais do que um negócio, mas muitos jogadores andam encarando essa paixão como um emprego qualquer, que paga muito para quem anda valendo pouco…

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