La Mano de Dios – CBF e os doze anões

CBF e os doze anões

Meus amigos, antes de mais nada, gostaria de pedir desculpas pela ausência esses dias. O motivo é simples: a seleção brasileira me desanimou. É isso mesmo, o jogo contra o Paraguai me fez questionar até que ponto é legal acompanhar o futebol.

Mas a paixão é maior que o jogo, a admiração pelo time é maior que os personagens que no momento vestem as camisas. Só que não dá para deixar de lado o vexame de domingo. Eu, que há pouco tempo atrás tirei o corpo fora quando o assunto foi a Seleção, novamente me vejo escrevendo sobre o time da amarelinha.

Amigos, o time do Brasil não é o time dos brasileiros. Quem é Gilberto, Gilberto Silva, Julio Cesar, Maicon, Juan, Lucio para o brasileiro médio, aquele que não tem TV a cabo em casa para acompanhar os muitas vezes chatos campeonatos europeus? O próprio Robinho, que não faz muito foi embora do Santos, aos poucos vai se apagando da memória do brasileiro.

Esses jogadores não sentem orgulho em vestir a camisa da seleção, justamente por não serem “brasileiros” há muito tempo. Os gramados europeus fizeram eles esquecerem a responsabilidade que é vestir a amarelinha. Acabou-se a identidade que existia entre o jogador e o time.

Pode parecer loucura, mas para mim o que menos falta é técnica ou tática. Ou vão me falar que nossos volantes devem alguma coisa a um Gatuso, que nossos zagueiros a um Materazzi, que nosso goleiro a um Buffon, só para ficar na seleção do último campeão mundial? Não devem, se o assunto é técnica. Mas devem se o critério é suar a camisa. Porque esses italianos que vimos vencer a Copa, esses holandeses que estamos vendo comer a bola na Eurocopa sabem o que é servir à seleção.

Meus amigos, nosso problema não é tanto a técnica, a formação. Nosso problema é a apatia, a falta de amor à camisa. Tudo aquilo que Dunga representou quando jogador está faltando agora que ele é técnico. Quem sabe ao invés de colocar em campo os doze anões da CBF, não seria a hora de chamar onze brasileiros e um técnico?

Rapidinhas: o Flamengo mostrou que sua liderança é artifical. Jogando em casa contra times menores estava fácil garantir-se como líder. Mas foi só pegar um time grande que a coisa foi pro saco. E o São Paulo, calando sessenta mil no Maraca, aos poucos mostra que veio para ganhar o Brasileiro…

Outro que parece ter deixado muitas dúvidas de lado é o Palmeiras. Depois da sacudida que tomaram, jogadores e comissão técnica resolveram mostrar serviço. Vamos torcer para que isso dure muitas rodadas, visto que o fantasma voltou a assolar o Palestra: os salários estão atrasados de novo…

Para não dizerem por aí que estou feliz com a escalação de Dunga, fica aqui minha Seleção: Marcos – Léo Moura, Miranda, Thiago Silva e Kleber – Hernanes, Anderson, Kaká e Alex; Luís Fabiano e Robinho. Reservas: Julio César, Henrique, Alex Silva, Lucas, Ibson, Ramires, Jorge Wagner, Thiago Neves, Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Alexandre Pato. Técnico: Muricy Ramalho. Isso sem pensar muito…

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