Golden Goal – Balão Artilheiro

Nada de golaços. A Golden Goal de hoje traz um dos gols mais bizarros de todos os tempos e, na sua cola, faz uma retrospectiva com um outro momento inusitado do jogo com a pelota.

Os gramados brasileiros historicamente não costumam ser tolerantes com os nossos queridos goleiros. Tirando uma meia dúzia de bons locais para a plenitude da prática futeboleira, ainda temos muitos “Aflitos” que afligem tornozelos e joelhos da boleirada. Para o goleiro a coisa é ainda pior, já que além de suas juntas expostas a terrenos bandidos, ainda os pobres defensores de nossas metas têm de se desdobrar e apurar cada vez mais seus reflexos para defender não somente os disparos dos intrépidos atacantes, mas também para vencer a imponderabilidade baseada na ineficácia administrativa da cartolagem, que acaba por dar destinos insólitos a bolas que dentro dos padrões da física deveria dormir firme e quieta nos braços desses pobres defensores. Destinos desviados por morrinhos e buracos que ajudam a constituir uma série de obstáculos ao goleiro.

Isso tudo sem contar o recente advento da tecnologia empregada na confecção das bolas e que as deixa cada vez mais velozes e indefensáveis.

Dureza a vida do goleiro brasileiro.

O europeu costuma não conviver tanto assim com esses obstáculos a parte. Mas também estão sujeitos a intervenção humana ou se preferir, de corpos estranhos ao ambiente de jogo.

Árbitros e auxiliares, além de mastros das bandeirinhas de escanteio são considerados neutros, mas fazem parte do jogo. A bola que toca neles deve seguir seu destino, sem intervenção da arbitragem. Tenha alterado a trajetória da bola ou não.

Em um clássico entre Palmeiras X Santos em 1983 aconteceu uma bizarrice que ilustra muito bem essa situação.

Perdendo por 2X1, o Palmeiras tinha um escanteio a favor. O árbitro José Assis Aragão permaneceu postado ao lado da trave direita do goleiro santista. Então veio a cobrança e em um bate e rebate a bola sobrou para Juninho, que de fora da área encheu o pé. A bola que iria para fora desviou em Aragão e morreu no fundo gol. O jogo terminou empatado em 2X2 e aquele gol entrou para a história. Aragão foi até escolhido o “Artilheiro do Fantástico” na ocasião.

Apesar da reclamação santista, a validação do gol possui fundamentação na regra. Gol legal. Veja o golaço do Aragão:


Clipta – new video wave: Palmeiras 2 x 2 Santos – Gol de Juiz – 1983

Os goleiros europeus dificilmente encontram deformações artilheiras em seus gramados. Além da ótima condição encontrada para a prática de seu trabalho, eles convivem com festas lindas de seus torcedores. Objetos lançados ao ar, flâmulas, bandeiras, cartazes e balões artilheiros.

Balões lindos, festivos e com o dom para ostentar a camisa 9. Que o diga o goleirão Reina do Liverpool.

No último sábado o Liverpool perdeu para o Sunderland por 1X0, gol anotado por ele, pelo Balão Vermelho. Um balão vermelho da torcida do Liverpool.

Dura coincidência que deixou o time de Pepe Reina na incomoda 8ª colocação do Campeonato Inglês. Mais dura ainda, pois segundo a regra o juiz deveria ter anulado o gol e reiniciado a partida do ponto onde o balão meteu a bola pra dentro. O balão, ao contrário dos árbitros, dos assistentes e das bandeirinhas de escanteio, é um elemento que não pertence ao jogo, logo a sua ação deve ser coibida. Por mais aptidão para centroavante que o balão vermelho tenha.

Veja o gol bizarro do Balão:

Cheers,

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