Chazinho de Coca – O que dizer?

“Não vai escrever nada sobre o Palmeiras hoje, JP?”

A pergunta veio via MSN exatamente no momento em que eu deletava o que já havia sido escrito ontem. Subisse aquilo e o blog seria banido pela censura.

Preciso escrever, eu sei. Eu devo escrever, sei disso também. Mas acho que pela primeira vez não sei por onde começar e tenho medo de onde vou parar.

Posso falar da aplicação exemplar de uma regra que é clara para casos de agressão em campo, mas que serve para uns e para outros não.

Posso falar de Tribunais que de superiores só tem o nome. Que determinam, que impõe situações as quais ninguém pode contestar sob pena de ser impedido de realizar sua função, de ser extraditado, de ir para a cadeira elétrica. Tribunais que definem campeões, que consagram apitadores fanfarrões, que salvam alguns clubes sem salvação.

Posso mostrar fatos e números que mostram uma queda de rendimento que só pode ser explicada dentro da aceitação do descompromisso instaurado em jogadores que todos supunham ser decisivos, de comandantes que perderam a mão.

Apontar culpados seria uma saída. Mas quais? São tantos, são tolos.

Tolo sou eu e mais 15 milhões de pessoas que há pouco mais de 30 dias passaram da alegria extrema para a tristeza sem fim. Que erradamente, mas movidos pelo coração gritaram “É Campeão!”. Que pecam por torcer demais, por amar em demasia uma instituição, que em troca devolveu uma clamorosa e dolorosa decepção.

Acho que escolhi de que lado ficar. Na verdade sempre estive desse lado. Não gritei campeão a plenos pulmões – sou vivido nessa coisa de futebol – mas tinha essa certeza instalada em meus pensamentos, em meus planejamentos, em meus futuros festejos.

Devo escrever um texto motivado pela paixão, do ponto de vista de torcedor que viu seu coração ser estraçalhado por pés e mãos que estragaram uma história que tinha tudo para ser linda ao final do dia 06 de dezembro.

Afinal, quando esses mesmos personagens de pés e mãos que hoje mancham a história do Alviverde não mais estiverem por lá, os 15 milhões de apaixonados lá estarão, acertadamente ou não, mas sempre com paixão, empurrando o clube que é o seu eterno campeão. Um Alviverde cabisbaixo momentaneamente. Mas por convicção e imponente eternamente.

Alguém falou em 2010? A Libertadores é o mínimo que se espera em troca de todo o apoio dedicado ao longo do ano, ao longo da vida. O mínimo que se espera de gente que pensa em Europa, que pensa em Copa, que pensa que joga.

Cheers,

Salve Marcos, Pierre e Danilo. Únicos!

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