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PRIMEIRO O COMERCIAL AGORA O NAVIRAIENSE

Lembram do Naviraiense? Aquele time desconhecido que, em 2010, também pela Copa do Brasil, sofreu uma das maiores goleadas da história do futebol (10 a 0 para o Santos de Neymar, Ganso e cia.)?

Pois é. Três anos depois, o mesmo time, em um Canindé vazio, como de costume nos últimos tempos, fez história. Afinal, entrou para o hall das grandes zebras da competição mais democrática do Brasil.

Com um empate em 1 a 1 com a Lusa, a equipe da pequena cidade de Naviraí, situada no interior do estado do Mato Grosso do Sul, conseguiu classificação para a próxima fase do torneio nacional. Graças ao gol de Paulo Sérgio que, emocionado, mal conseguia conter a emoção ao final da partida.

Para a Lusa o resultado significa mais uma página negra em sua história. Mais um vexame. Ficou nítido no futebol apresentado pelos jogadores rubro-verdes que a sonora goleada sofrida para o Comercial não foi esquecida.

Há mais de um ano escrevendo sobre esta simpática agremiação, sinto-me triste em ver o descaso com que certas pessoas comandam um clube que, um dia, já foi grande!

Em crise, no próximo final de semana, a Lusa encara novamente o algoz Comercial em busca da vitória para, pelo menos, se aproximar da volta à elite do Paulistão. Devido ao atual cenário, o acesso virou mais do que obrigação!

É, enquanto alguns reclamam de barriga cheia, o torcedor da Lusa é obrigado a digerir este bacalhau cheio de espinhos que insistem em lhe enfiar goela abaixo.

A fase é negra! Viva a incompetência!

Até a próxima!

Feito histórico! Paulo Sérgio comemora gol que deu a classificação ao Naviraiense (Foto: espn.com.br
Feito histórico! Paulo Sérgio comemora gol que deu a classificação ao Naviraiense (Foto: espn.com.br

MORRENDO AOS POUCOS

Muito já se ouviu falar que um clube de futebol deve ser gerido com a mesma responsabilidade e seriedade de uma empresa. Pois é, pena que para alguns essa máxima não prevalece.

Amadorismo e futebol são duas coisas que não combinam. E nunca vão combinar.
Infelizmente, algumas equipes grandes do Brasil são regidas por pessoas que usam do poder para se beneficiar. A história, os títulos e, sobretudo, a torcida, simplesmente são deixadas em segundo plano. O fato é que, devido a isto, estes clubes estão morrendo aos poucos, e faz tempo. É como um câncer. Que vai matando bem devagar, fazendo a vítima e seus familiares sofrerem a cada ano que a doença se agrava.

A Portuguesa está assim. A gestão do atual presidente Manuel da Lupa conta com 3 rebaixamentos (dois no Paulistão), longínquos 8 anos no limbo da Série B e no último sábado, o mais novo feito: desta vez, diante do Comercial, em Ribeirão Preto, a Rubro-Verde foi goleada de forma humilhante, sofrendo acachapantes 7 a 0! Uma goleada capaz de abalar as estruturas do já abalado clube do Canindé. Desde de 1961 a Lusa não era derrota por um placar imensamente elástico.

Em entrevista ao Diário de São Paulo, 2008, Da Lupa confessa ser passional no comando da Lusa (Foto: Blog do Torcedor da Lusa)
Em entrevista ao Diário de São Paulo, 2008, Da Lupa confessa ser passional no comando da Lusa (Foto: Blog do Torcedor da Lusa)

No meu último texto, no qual disse a todo momento que a classificação para a Série A do Paulistão está próxima (e está!), fiz questão de chamar a atenção dos leitores para a ausência do bom futebol praticado por este limitado elenco comandado por Péricles Chamusca. Afinal, uma tragédia desta magnitude não acontece por um acaso da natureza, como alguns dizem. Tem muita coisa envolvida.

Sim, o time do Comercial pode até ter jogado muito, porém nada explica a apatia demonstrada pelos jogadores em campo.

A exemplo do que aconteceu recentemente com o Palmeiras, o histórico 6 a 2 para o Mirassol fez o time se unir. Serviu para mostrar que algo estava errado no clube. Pelo visto parece que o problema foi resolvido, pois de lá para cá o Palmeiras não perdeu mais.

Acredito que goleadas assim são unicamente para provar algo; para mostrar a indignação por problemas estarem acontecendo dentro e, principalmente, fora das quatro linhas.

Olhando num âmbito geral, a grande verdade é que a Lusa está jogada às traças. Literalmente a abandonaram. Não pela torcida, pelo contrário. O torcedor, embora calejado e sem onde buscar amparo, continua ali, fiel. Porém já mostra, há algum tempo, sinais de ter cansado. Jogado a toalha.

O time em campo é puro reflexo de quem o administra. Alguns brilharecos, como a campanha de 2011 na Série B, permeiam o caminho, porém diante do tamanho do buraco, tornam-se apenas uma faísca de esperança neste balcão de negócios que se transformou a Associação Portuguesa de Desportos.

Enquanto estes “velhos gagás” que nada entendem de futebol continuarem no poder, a Portuguesa continuará sendo àquele clube em que os torcedores adversários olham com dó, com pena.

Um clube grande, que teve sua grandeza deixada no passado, dando lugar exclusivamente ao mais selvagem amadorismo administrativo. Este, a cada ano mais forte e mais disposto a fechar as portas do Canindé, anunciando de vez a falência da querida Portuguesa.

Que o verde de sua camisa continue mantendo acesa a esperança de sua torcida. E o vermelho, a intensa paixão, o amor por esta gloriosa camisa.

Acorda, Lusa! Não morra agora! O futebol implora!

Portuguesa vive fase delicada em sua história
Portuguesa vive fase delicada em sua história

A DUAS VITÓRIAS DO ACESSO

É, torcedor lusitano…está cada vez mais próximo o retorno à primeira divisão do futebol paulista.
Falta pouco, pouquíssimo!

Iniciada no último final de semana, a segunda fase da Série A2 começou bem para a Portuguesa, com vitória em cima da Catanduvense, fora de casa, por 2 a 1.

Ontem, sem muita atenção da grande mídia, a Lusa enfrentou, num Canindé de público pequeno, a equipe do Capivariano e também conseguiu sair com os três pontos. E graças a Diego Viana, autor do único gol da partida, marcado logo no início, aos 2′ minutos da primeira etapa.

Com seis pontos na tabela, a Rubro-Verde assumiu a liderança de sua chave. Em caso de vitória no próximo compromisso, sábado, diante do Comercial, em Ribeirão Preto, o tradicional clube da capital poderá já encaminhar sua vaga para o Paulistão 2014.

Conversando com alguns torcedores, a maioria parece estar satisfeita com a campanha, principalmente pelos resultados obtidos; porém grande parte mostra-se preocupado com o futebol apresentado dentro das quatro linhas.

Para eles o elenco é limitado. Entretanto, um clube do quilate da Portuguesa não deveria passar tanto sufoco comparado ao nível técnico dos adversários. E o treinador está ciente disto, pois já rola nos bastidores que, caso não cheguem reforços pontuais (zaga, meio campo e ataque), o drama do ano passado para fugir do rebaixamento se repetirá no Brasileirão desta temporada – que será simultaneamente disputado com a difícil Copa do Brasil.

Abre o olho, Da Lupa! E, de preferência, o bolso! Pois montar um time competitivo para o segundo semestre é mais do que obrigação. Caso contrário, ano que vem a Portuguesa estará disputando outra segunda divisão, desta vez do campeonato nacional.

Voltando a realidade, ao menos o objetivo do primeiro semestre está prestes a ser cumprido. Mais duas vitórias e o torcedor poderá enfim soltar aquele tão esperado grito: Ufa, subimos!!!

 

Diego Viana comemora o gol contra o Capivariano no Canindé (Foto: Site Oficial da Portuguesa)
Diego Viana comemora o gol contra o Capivariano no Canindé (Foto: Site Oficial da Portuguesa)

VOLTA LOGO, LUSA!

Calma, torcedor rubro-verde! O pesadelo está acabando! Falta muito pouco. Ao menos uma notícia boa: a primeira fase da modorrenta Série A2 se foi. Por outro lado não há o que temer. Afinal, a Portuguesa tem totais condições de voltar ao lugar que nunca deveria ter saído: a elite do futebol paulista. Essa é nossa torcida.

Confesso, como amante do futebol que sou, que faz muita falta não ter um clube tradicionalíssimo como a Lusa abrilhantando o pouco brilhante Paulistão.

A série A-2 não é empolgante. Aliás, poucas coisas me empolgam neste campeonato.

Resumindo as logínquas 19 rodadas, nossa Portuguesa, que iniciou mal a competição, recuperou-se bem no decorrer do certame, realizando campanha tranquila, terminando na segunda colocação, com 40 pontos, 12 vitórias (a última contra o São Carlos, no Canindé), 4 empates e somente 3 derrotas.

Para a segunda e decisiva fase, em que o clube caiu no grupo dos “C” (Capivariano, Catanduvense e Comercial), Péricles e sua turma deverão estar cientes que não é hora para tropeços e, tão pouco, surpresas. A Portuguesa tem obrigação, pois é um clube “grande”, de subir. Ao lado da Lusa, favorita ao título, está o Audax. Após bater na trave ano passado o clube-empresa de Abílio Diniz, que terminou com a melhor campanha da primeira fase, com 45 pontos, vem com tudo em busca do caneco!

O regulamento é simples. São dois grupos, com quatro equipes cada. Ambas se enfrentarão em turno e returno. Após as seis rodadas, os líderes e vice-líderes de cada grupo garantem o acesso à primeira divisão. As finais estão marcadas para os dias 5 e 12 de maio.

A concentração do elenco é tamanha, que a comissão técnica optou por mandar a campo na estréia da Copa do Brasil a equipe B, já que o jogo contra o Naviraiense – sim, àquele dos impiedosos 10 a 0 do Santos, em 2010 – será quarta-feira, às 22h, e a primeira decisão do estadual, diante do Catanduvense, fora de casa, está marcada para às 10h de sábado.

O auxiliar de Chamusa, o popular Coronel Pimenta, no Canindé há duas décadas, comandará a Lusa no duelo em Mato Grosso Do Sul.

De certo, a Copa do Brasil é importante, mas neste atual cenário a Série A2 é prioridade.

VOLTA LOGO, LUSA!

 

Falta pouco para a Portuguesa voltar a elite do futebol paulista
Falta pouco para a Portuguesa voltar a elite do futebol paulista

A CORRUPÇÃO DA BOLA: FUTEBOL SOB RISCO DE EXTINÇÃO

Recentemente e nesta mesma coluna, foi publicado um texto do jornalista Andrew Jennings, relatando inúmeros detalhes da podridão que há por trás do órgão máximo que comanda o futebol mundial: a FIFA.

Nele, Jennings, jornalista que faz valer o sentido real da profissão, desmascara tudo, inclusive a participação de Blatter e sua trupe em vários esquemas de manipulação de resultados entre outras ilegalidades.

Sabemos que há tempos o futebol deixou de ser apenas esporte para se tornar fonte lucrativa de terceiros. A corrupção, propina, malas-pretas, negociatas, lavagem de dinheiro passaram a fazer parte do cenário futebolístico mundial.

A maioria dos atletas parecem ser, unica e exclusivamente, movidos pelas cifras. “Futebol-arte”? O que é isso? Amor a camisa? Pura utopia.

A impressão que se tem é que a garra, o empenho ou o corpo mole dos jogadores dependem do número de notas colocados em questão – afinal, o que menos importa nesse lucrativo jogo é a bola. Tampouco o torcedor.

Tudo isso tem sido fator fundamental para – aos poucos – acabar com aquilo que sempre nos fez sorrir, chorar, torcer, sofrer, gritar, ser feliz, ser humano, ser futebol. Nosso esporte está correndo risco de extinção.

Ontem, a Europol, organização da polícia européia, anunciou mais uma descoberta de uma extensa rede de manipulação de resultados, desta vez ocorridas na última temporada do velho continente.

Até mesmo jogos do torneio de clubes mais importante do planeta (Champions League) estão envolvidos. Jogos realizados na Grã-Bretanha, Alemanha, Holanda, Turquia, Eslovênia, Áustria e Hungria, além de partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo também serão investigados.

Segundo informações de alguns jornais internacionais, 50 pessoas diretamente envolvidas foram presas. 28 ainda estão sendo investigadas.

Em meio a tudo isso, tenho a impressão que tudo parece ter se tornado superficial para determinados tipos de torcedores. Afinal, se o time dele estiver bem, pouco importa o que foi feito para que tal chegasse àquele patamar vitorioso.

Se o time dele se classificou com absurdos minutos de acréscimos concedidos pela arbitragem, pouco importa. O que vale é bola na rede!

Se o árbitro foi comprado, pouco importa. Desde que ele cumpra com o combinado, seu dim dim estará em sua conta no dia seguinte.

Se o time dele e seus jogadores recebem dinheiro de casas de apostas, sobrevivem de ajuda do governo, se tornaram uma potência de uma hora para outra…Pouco importa. Méritos dos dirigentes, que se aliaram com pessoas graúdas e conseguiram exito nos objetivos.

A grande verdade é que o futebol necessita de pessoas transparentes. Não de bandidos. Não de Blatter’s, Teixeira’s, Havelange’s, Valcke’s e toda esta corja que emporcalha o mais belo dos esportes.

E se esse tipo de torcedor que citei acima continuar a dar de ombros para esta e outras situações, teremos chegado literalmente ao fim.

Em meio à inúmeros escândalos de corrupção cada vez mais corriqueiros do nosso futebol, ao menos vamos sobrevivendo com o que temos de melhor: a paixão. A paixão que nenhum dinheiro do mundo será capaz de comprar. A verdadeira paixão pelo futebol.

Até a próxima!

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