THE CURE BRASIL – Do Sonho a Realização!

Por Juliana Moraes

Depois de longos 17 anos de espera e esperança, eis que o dia da realização chegou!

Até este momento estou descrente, incrédula. Eu poderia dizer que foi perfeito, espetacular, memorável, lindo, sensacional, sublime! Qualquer uma dessas palavras cabem, mas nenhuma delas é capaz de expressar tamanha emoção.
Momento histórico: a banda subindo no palco, sendo aclamada pelo público, segundo a organização cerca de 30 mil pessoas lotavam o Anhembi.

Robert Smith, inconfundível com seu cabelo desfiado e bagunçado, batom vermelho e lápis preto nos olhos. Acompanhado por sua banda Jason Cooper, Roger ‘O Donnell, Simon Gallup e Reeves Gabrels.

(Reeves Gabrels, Robert Smith e Simon Gallup. Foto acervo G1)
(Reeves Gabrels, Robert Smith e Simon Gallup. Foto acervo G1)

Eis que o primeiro acorde é dado e começa a rolar “Open”, na sequência “High” e “The End Of The World”. Apesar de “Lovesong” ter dado o primeiro grande agito é com “Inbetween Days” que a multidão de fãs fica eufórica, e assim continua com a sequência de “Just Like Heaven”, que particularmente era a minha música mais esperada.

Com mais de 3 horas de show, The Cure canta 40 músicas de seu grandioso repertório, mesclando Hits e Lados Bs. Em nenhum momento a energia caiu, nem da banda, tão pouco do público.

Robert Smith conduziu brilhantemente o show, sua voz é maravilhosa e não se alterou apesar do tempo e dos acontecimentos. Foi realmente incrível ouvi-lo e ver toda sua disposição, desempenho e performance em palco.

A todo o momento se observava pessoas com braços erguidos, abertos, cantarolando suas melodias, mesmo aquelas menos conhecidas como “Bananafishbones” e “Shake Dog Shake”.

O coro dos fãs ganha força nos hits “Pictures Of Me”, “Lullaby”, “A Forest”, The Walk”, “Mint Car” e “Friday I’m In Love”. Na penúltima música “One Hundred Years” a corda Lá da guitarra de Robert Smith estoura, mas para ele não foi nenhum agravante, já que continua firme em seu solo até o final. Rapidamente após o término da canção a guitarra foi substituída por uma igualzinha inclusive com os mesmos adesivos. E com um pouco mais de 2 horas de show a banda encerra a primeira parte com “End”.

O primeiro Bis foi composto por 3 músicas: “The Kiss”, “If Only Tonight We Could Sleep” e “Fight”, todas do álbum “Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me”, de 1987.

E para a alegria geral dos fãs, voltam para um segundo Bis, esse mais longo, com 10 músicas. Entre elas “Lovecats”, “Let’s Go To Bed”, Why Can’t I Be You?” e “Boys Don’t Cry”. Mas foi “Close To Me” que a multidão foi ao delírio, com sua dancinha marcante! Encerram o bis com uma nova versão para “Killing Na Arab”, acredito que não agradou só a mim, mas a todos os presentes.

Foi lindo demais! Não só pela realização de um sonho, mas pelo profissionalismo, carisma e carinho mútuo. Em todo o momento Robert Smith agradece, com seu sotaque dizendo “Obrigado”.

E ainda no encerramento diz: “NOS VEMOS EM MUITO BREVE!”. Será???
The Cure no Brasil Ferozes F.C.

Só posso dizer que esse final de semana, 06 e 07 de abril de 2013, jamais será esquecido. Dia 06 pelo show, realização de um sonho. Dia 07 por alcançar o inatingível! Depois de muita persistência e fé, tive a sorte de me encontrar com Robert Smith e banda. Não consegui tirar uma foto com o Bob, mas o olhar e o sorrisinho que ele me deu ao devolver meu vinil autografado me tiraram do chão, ainda me sinto nas nuvens!

Sem contar que tive que sair da frente do hotel às 14:00h com um aperto e tristeza no coração para ir trabalhar, a cada vibrar de celular era uma angústia. Consegui voltar a porta do hotel às 19:15h, felizmente ninguém havia descido até o momento. Ufaaaa!
Nunca senti algo parecido, na verdade, apesar de querer muito, achava pouco provável. Não consigo expressar em palavras o que senti, nunca, NADA, foi parecido com isso. Desculpem o trocadilho, mas talvez essa seja a sensação de estar “Curada”!

(foto por Juliana Moraes)
(foto por Juliana Moraes)

E agora a saga The Cure Brasil continua com Loana Stuka, contando em detalhes a realização do encontro com a Banda!

LADO B – A Tietagem

Por Loana Stuka

Semana do show do Cure, minha banda preferida com o Pulp (http://www.ferozesfc.com.br/ferozes-musical-clube/i-will-always-remenber-the-first-time.html/) e eu pensando que esperei 17 anos não apenas pra ver o show, mas também para conseguir chegar perto de Robert Smith e de Simon Gallup em busca de um autógrafo e quem sabe, de uma foto.

Já na sexta-feira fiquei sabendo que eles estavam hospedados no Fasano, mas resolvi evitar a fadiga, afinal queria estar 100% pro show. Decidi com as amigas que iríamos vê-los no dia seguinte após o show. No sábado, enquanto estava a caminho do Anhembi recebia sms de amigos que estavam no hotel e tinham conseguido falar com o Simon.

Meu querido Simon Gallup, baixista que me fez amar de todo o coração o post punk, porém, eu precisava me manter firme e pegar um bom lugar na Budzone, afinal de contas, com a péssima organização da XYZ e da Livepass, o lugar que era pra ter uma quantidade x de gente, iria passar a ter o dobro por causa da mudança do Morumbi para o Anhembi.

Acabado o show que foi simplesmente MARAVILHOSO, decidimos que o dia seguinte seria melhor, afinal eles poderiam estar cansados no pós-show e não querer atender ninguém. Sério amiguinhos, aprendam uma coisa, nós aprendemos: rockstar não fica cansado, pelo menos não após o show. Porém aprendemos a duras penas. No dia seguinte soube por uma conhecida que os poucos fãs que estavam lá (cerca de dez pessoas) foram atendidos por um Robert Smith muito solícito e simpático que autografou, conversou e tirou foto com todos.

No domingo ainda mega cansadas lá fomos nós para a porta do hotel, chegamos por volta de 12h00. Lá nos encontramos com outros amigos e mais fãs. Não sabíamos, mas iria ser um longo dia. Nos aproximamos e pro nosso estranhamento encontramos uma molecada histérica que nem de longe se parecia com fãs de Cure. Aí fomos descobrir que a Fergie também estava hospedada no hotel. E de quebra a Sharon Stone com seu namorado lindo (mas isso é outra história). A medida que o dia passava começou a rolar um medinho: e se eles fossem embora sem parar pra falar com a gente? Era muito frustrante pensar nisso, embora tentássemos nos preparar para o pior. Mas aquela esperança de não ser decepcionada pela banda do coração estava conosco e ali permanecemos.

(foto por Juliana Moraes)
(foto por Juliana Moraes)

19h30 em ponto a banda desceu. Jason e Reeves passam e entram direto na van. Bateu aquela insegurança por alguns segundos de novo, será? Mas eis que surge ele, o homem, o mito, o cara: Robert Smith.

Contrariando nossos medos ele vem na nossa direção. E qual a minha surpresa ao ver que a primeira pessoa que ele se dirige sou eu que estou na ponta da grade sozinha?! Só consegui dizer: “Bob, give me an autograph?” e ele prontamente me responde com toda simpatia: “sure, but I don´t have a pen”. Problema esse contornado por uma alma amiga ali que cedeu a sua. Devo dizer quase derreti com tamanha meiguice. Tinha ouvido várias histórias de que Bob era um doce de pessoa e sempre atendia muito bem os fãs, mas era eu que estava passando por isso ali naquele momento e comprovando após tantos anos de espera. Infelizmente não consegui a foto junto com ele pois tinha gente demais pra ser atendida. Mas obtive a minha com Simon Gallup, meu baixista preferido de todos os tempos e o autógrafo dos dois no meu cd “Staring at the sea” escolhido a dedo por ter tocado muito no meu cd player por anos e anos.

O que posso dizer sobre essa experiência? Que sim, estou realizada e que valeu a pena toda a espera. E que obviamente, faria tudo de novo! Just like heaven.

(foto por Loana Stuka)
(foto por Loana Stuka)

ps: A Juliana Moraes também participou da tietagem citada.

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