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A DECIDIR EM BARCELONA

Aplicando jogo defensivo eficiente, o Milan consegue parar o ataque do Barcelona e garante 0x0 no Estádio San Siro de Milão.

Lionel Messi bloqueado por Massimo Ambrosini e cia.

Em partida movimentada, vários foram os protagonistas da perna inicial da chave.

A começar pelos 25 minutos iniciais avassaladores dos anfitriões que culminaram com duas oportunidades incríveis perdidas por Robinho que chutou longe e Zlatan Ibrahimovic em bola roubada na intermediária e grande defesa de Victor Valdéz.

Já a segunda metade do 1º tempo ficou sob as regras do Barcelona.

No primeiro lance polêmico, Alexis Sanchez divide bola com o goleiro Christian Abbiati. Lance que o árbitro sueco Jonas Eriksson interpretou como legal, mas que provocou uma infinidade de reclamações do Barcelona.

A essa altura da partida já estava identificado outro vilão da partida, velho  e conhecido vilão: o gramado do San Siro que provocava escorregões e passes e domínios de bola imperfeitos, algo que prejudicava a todos, mas sobremaneira os visitantes catalães.

O Barça tocava a bola pacientemente aguardando o momento ideal do bote, nada de novo em se tratando do melhor time do mundo.

A novidade estava na defesa milanista, muitíssimo bem postada com excelente atuação de Massimo Ambrosini, Alessandro Nesta, Luca Antonini e Daniele Bonera.

Para a 2ª etapa a postura não mudou tanto assim.

No Barcelona, Josep Guardiola mostrou traços de certa teimosia. O treinador blaugrana havia iniciado a disputa com Seydou Keita no lugar de Cesc Fábregas no meio. Preocupações talvez excessivamente defensivas que tornaram a equipe menos incisiva. Nada de Fábregas em campo.

O cansaço começava a tomar conta dos milanistas, ainda assim Nesta dava aula de como marcar sem violência ou catimba, o mais puro catenaccio italiano, onde marcar é uma arte.

Cansaço milanista que fez retornar o grande problema do elenco na temporada: a série de contusões. Robinho e Nesta foram substituídos por falta de condições de prosseguir.

Ibrahimovic pouco fez na 2ª etapa.

Carles Puyol seria puxado pela camisa durante cruzamento concluído com cabeceio pelo próprio capitão. Era o segundo lance gerador de reclamações por parte dos catalães.

Cristian Tello entraria para causar sustos na torcida local na parte final do jogo, mas ouviu reclamações de Messi por não ter servido o argentino.

No final 0x0, com reconhecimento da torcida pelo esforço defensivo do Milan, reclamações justas dos visitantes a respeito do gramado cronicamente ruim de San Siro e pelos duvidosos lances de penalidade ignorados pelo árbitro.

Agora a decisão vai para o Camp Nou de Barcelona, onde seguramente a postura do Barça será outra, com gramado perfeito, menos preocupações defensivas de Guardiola e com um Milan que tentará repetir a partida defensiva perfeita, sabendo-se lá com quais jogadores poderá contar o técnico Massimiliano Allegri.

 

Olympique Marseille 0x2 Bayern Munique

Não seria fácil para o 9º colocado da Ligue 1 francesa segurar o todo-poderoso Bayern, nem mesmo jogando em casa, no Estádio Vélodrome de Marselha, parcialmente interditado para reformas.

O Bayern construiu o placar de forma tranquila, com um gol em cada tempo a cargo de Mario Gomez e Arjen Robben.

Com o placar, o Bayern praticamente se garantiu nas semifinais para fazer duelo de titãs contra o Real Madrid.

A ressaltar o momento certeiro de recuperação dos bávaros na temporada. A equipe do técnico Jupp Heynckes teve início de época avassalador, viu seu desempenho cair vertiginosamente, perdendo a liderança da Bundesliga para o Borussia Dortmund, mas volta a jogar seu melhor futebol na hora certa.

Na próxima semana a 2ª perna dos confrontos de quartas de final.

IBRA RESOLVE, MAS ALERTA SOBRE LESÕES: “NÃO ESTÁ BOM!”

A vitória do Milan de virada sobre a Roma por 2×1 em San Siro pela Série A italiana pode ter parecido para os mais desavisados que tudo vai bem pelos lados de Millanello. Tudo isso às vésperas dos dois jogos mais importantes para o clube na temporada contra o todo-poderoso Barcelona pelas quartas-de-final da UEFA Champions League.

Ibra resolve e depois mostra insatisfação

Só parece.

A vitória sobre os gialorossi da capital eterna foi conquistada, mas o preço pago foi caro. E pior, poderia ter sido evitado.

Todo o drama ficou por conta da lesão prematura que tirou o zagueiro brasileiro Thiago Silva, peça chave do sistema defensivo de Massimiliano Allegri, da partida ainda no seu início.

Risco que Allegri admitiria mais tarde ter corrido. Pagou para ver e levou a pior.

Os primeiros relatos da contusão de Silva não são animadores: praticamente um mês parado devido a lesão muscular na coxa direita. Ou seja, nada de duelo com Lionel Messi e seu Barcelona.

As leis econômicas básicas sempre ensinaram que quanto maior o risco, maior o retorno. Retorno que vem quando dá certo, caso contrário não seria risco.

Retorno que não veio para Allegri. Risco sem retorno corrido pelo treinador rossonero que agora sofre críticas de todos os lados.

A primeira e mais ressonante delas veio em forma de fogo amigo. Mais precisamente do atacante Zlatan Ibrahimovic, autor de ambos os gols milanistas na partida contra a Roma.

Não que Ibrahimovic esteja boicotando Allegri ou algo do gênero, mas o alerta é válido e pertinente.

Após a partida de ontem no San Siro, Ibra disparou: “algo deve mudar, não é bom que a um mês do final haja tantas lesões, este é o momento de jogar e fazer a diferença.

Alusão clara ao episódio da contusão de Thiago Silva.

E, pelas suas palavras, o artilheiro sueco critica a quantidade de lesões da qual o elenco do Milan está sendo vítima.

Mas as críticas não ficam somente no número de infortúnios. Muitos também criticaram a decisão de Allegri de escalar o brasileiro em partida do campeonato italiano com a hora da verdade da Champions batendo à porta.

Se com Thiago Silva o Milan já teria missão inglória pela frente chamada Barcelona, o que dizer da sua ausência no clássico europeu?

Quanto ao jogo, a Roma saiu na frente com Pablo Osvaldo no final do 1º tempo.

Na 2ª etapa, Ibra resolveu.

Primeiramente em cobrança de penalidade aos 8 minutos.

Mais tarde, o sueco virou com golaço aos 38 minutos.

Competência reconhecida pelo técnico Luis Enrique da Roma que lhe deu todos os créditos causadores da derrota de sua equipe.

Competência que dá autoridade a Zlatan Ibahimovic para falar, sem papas na língua, sobre o que não vai bem no Milan. Talvez porque, mais que em qualquer outro atleta rossonero atual (talvez Mark Van Bommel seja exceção), exista uma vontade descomunal em derrotar este fantástico Barcelona de Josep Guardiola, que abriu mão do sueco em favorecimento da nova safra blaugrana repleta de talentos.

E Ibra não digeriu nada bem o processo.

 

Juventus 2×0 Internazionale

Se o Milan venceu, a Juve não desistiu da perseguição, polarizando a disputa pelo título.

Com gols de Martín Cáceres e Alessandro Del Piero no 2º tempo, os anfitriões de Turim despacharam uma Inter sem rumo que, provavelmente, apenas fará esperar o final da temporada para exonerar seu treinador Claudio Ranieri e recomeçar tudo na próxima temporada.

Agora a Juventus está com 59 pontos contra 63 do líder Milan.

SHOW DE VAN PERSIE, SHOW DE IBRA…E ELES SE ENFRENTAM NESTA TERÇA

Se houve algo de bom proporcionado pelo mundo da bola a seus fãs no último final de semana foi o talento e a capacidade de dois grandes craques-artilheiros da Europa evidenciados nas partidas de seus respectivos times.

Zlatan Ibrahimovic vs. Robin Van Persie

Pela Premier League inglesa, a equipe do Arsenal foi a Anfield enfrentar o Liverpool.

E não foi nada fácil para os Gunners.

Os anfitriões tiveram amplo domínio da partida no 1º tempo. O gol inaugural veio aos 23 minutos após rápido contra-ataque, cruzamento de Jordan Henderson e gol contra de Laurent Koscielny.

Além do gol, o Liverpool teve outras oportunidades não concretizadas graças às intervenções do goleiro Wojciech Szczesny.

A genialidade de Robin Van Persie ficou reservada para o final.

Aos 30 minutos do 2º tempo, Bacary Sagna cruza da direita com perfeição para o holandês concluir no alvo de cabeça. Lance que mostrou total conhecimento do artilheiro nos fundamentos.

A consagração viria nos acréscimos com chute fulminante e de primeira de Van Persie ao ser lançado na área.

Vitória do Arsenal em Liverpool em partida que tinha tudo para ser desastrosa para os Gunners.

Horas mais tarde, em Palermo, foi a vez do sueco Zlatan Ibrahimovic mostrar serviço.

Ibra não deu a mínima chance para os anfitriões em partida válida pela Serie A italiana e garantiu importantes três pontos para o Milan na briga pelo scudetto contra a Juventus.

E o show de Ibra veio através de hat trick demolidor realizado em espaço de apenas 17 minutos de jogo.

Ibrahimovic cai pela direita, pela esquerda, assiste e, óbvio, conclui a gol. É o grande craque rossonero atual.

O Milan ainda faria o quarto gol com cabeceio de Thiago Silva. Placar final de 4×0.

Robin Van Persie tem 25 gols na EPL. Zlatan Ibrahimovic anotou 18 vezes na Série A. Vantagem para o atacante do Arsenal.

Mas o Milan fez 4×0 na 1ª perna da eliminatória em Milão pelas oitavas de final da UEFA Champions League. Jogo de 180 minutos que recomeça hoje em Londres com tal placar.

Série eliminatória entre Arsenal e Milan onde Ibrahimovic fez o seu. Já Van Persie ainda passa em branco no placar. Situação que pode mudar hoje.

UCL que, ao contrário do quesito campeonatos nacionais, traz Ibra na frente de Van Persie em gols marcados (5×3 para o sueco do Milan).

Estão dadas as cartas para o grande duelo de Londres logo mais entre Arsenal e Milan, ou melhor, Robin Van Persie e Zlatan Ibrahimovic.

Ainda pela Champions, Benfica e Zenit fazem a partida de volta em Lisboa. O Zenit fez 3×2 em São Petersburgo. Resultado que significa série em aberto.

MAESTRO IBRA COMANDA GOLEADA MILANISTA. ARSENAL INEXISTENTE. WENGER NA LINHA DE FOGO. HENRY SE DESPEDE

Sob comando do atacante sueco Zlatan Ibrahimovic, o Milan goleia o Arsenal por 4×0 num San Siro com gramado deficiente, um Arsenal inexistente, que só não faz o torcedor “rossonero” dar a classificação como certa devido ao trauma de 2004 contra o Deportivo La Coruña. Tudo isso na despedida de Thierry Henry da Europa.

Boateng, Robinho e Ibra

O esperado duelo entre Ibrahimovic e Robin Van Persie ficou para o jogo da volta em Londres, pelo menos por parte do holandês do Arsenal, menos por sua culpa e mais pela forma como sua equipe foi armada por Arsene Wenger, bem como o desempenho “Gunner” em geral.

Foi menos difícil que esperado para os italianos.

De negativo somente a contusão precoce de Clarence Seedorf que deu lugar a Urby Emanuelson, menos habilidoso, porém mais dinâmico em termos de movimentação.

Ibra logo mostrou que comanda o time do Milan. Movimentava-se pela direita, pela esquerda, assistia os companheiros e concluía.

Kevin Prince Boateng, sempre agressivo no ataque, abriu os serviços com golaço de voleio e chute violento pela direita.

Robinho jogava mal. Livrou-se de boa (já que é muito contestado na Itália, sobretudo pelas oportunidades de gol que desperdiça) ao aproveitar cruzamento de Ibra, após grande jogada do sueco, e fuzilar de cabeça para ampliar para os anfitriões.

No Arsenal, Theo Walcott não disse a que veio. A ausência de Per Mertesacker na zaga era sentida (teria feito grande duelo com Ibra) e, devido à improdutividade, Robin Van Persie não fazia nada. Em defesa dos “Gunners”, o estado do gramado de Milão, assolado por frio e neve fora problemas crônicos existentes desde as reformas para a Copa de 1990, prejudicava o jogo dinâmico e veloz, típico das equipes da Premier League.

Arsene Wenger preocupado

Para a 2ª etapa, Wenger introduz Thierry Henry, em clima de despedida, no lugar do apagado Theo Walcott. Ainda assim, as críticas não diminuiriam. O que fazia Alex Oxlade-Chamberlain no banco?

As esperanças inglesas foram para o espaço logo aos 4 minutos com chute certeiro de Robinho.

Com os 3×0, cabia ao Arsenal buscar um placar descente no agregado, já pensando na partida da volta.

Com Henry em campo, Van Persie começou a ser acionado, forçando Christian Abbiati a um par de grandes defesas.

Mas longe do Arsenal ter entrado no jogo, algo que nunca ocorreu em 90 minutos.

O castigo final veio em pênalti forçado sobre Ibrahimovic. Obra de Johan Djourou. A arbitragem até poderia ter deixado passar em branco, mas prevaleceu a malandragem de Ibra sobre a inocência do zagueiro suíço-marfinês do Arsenal.

A conversão dos 4×0 coloca o Milan a meio passo das quartas-de-final. Algo que não pode ser dado por certo pelo fato deste esporte ser o futebol e pela amarga lembrança milanista da edição 2003-2004 da UCL quando o Milan fez 4×1 sobre o Deportivo La Coruña no mesmo San Siro e, em seguida, conseguiu perder por 4×0 na Espanha e ser eliminado.

E triste despedida para Henry, que volta para o New York Red Bulls. Ou, pensando bem, nem tanto. Afinal, sair na iminência de provável eliminação não parece ser tão mau negócio assim.

 

Zenit 3×2 Benfica

 

Enquanto isso, em São Petersburgo, a 9 graus negativos, o Zenit fez 3×2 no Benfica em partida emocionante.

Os portugueses largaram na frente aos 20 minutos de jogo com Maximiliano Pereira.

Aí surgiu o futebol de Roman Shirokov que empatou logo aos 27 minutos.

Sergey Semak desempatou aos 26 minutos do 2º tempo.

As emoções ficaram para o final do jogo.

Aos 42 minutos, Oscar Cardozo empatou para o Benfica.

Com os portugueses contentes com o empate na gélida e distante São Petersburgo, eis que o destino armou das suas nos minutos finais e Roman Shirokov fez o terceiro do Zenit, fechando o placar.

Ainda que derrotado, os portugueses classificam-se em Lisboa com vitória por 1×0 ou 2×1. Poderia ter sido melhor, mas a situação do Benfica ainda é confortável.