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Chazinho de Coca – Acerca da 4ª rodada do Brasileirão.

Acerca da 4ª rodada do Brasileirão.

A 4ª rodada do Brasileirão 2008 marcou a menor média de gols desde que a fórmula por pontos corridos foi adotada. Muitos podem ser os motivos – Times focados nas fases decisivas de outras competições; ressaca dos campeões estaduais; o troca-troca de técnicos; elencos em formação. A verdade é que o campeonato ainda não empolgou as torcidas, vide as baixas médias de público.

O Clássico entre São Paulo e Santos foi das piores partidas do ano. Apenas duas chances de gol, nenhum destaque individual. O 0X0 foi o placar e a nota do jogo.

As duas equipes podem engrossar a lista de clubes a entrar no troca-troca de técnicos. Muricy Ramalho do São Paulo, está na mira do Internacional, que por sua vez perdeu Abel Braga para o “fantástico” futebol árabe. O Inter também sinaliza com uma possível proposta para Dorival Jr, do Coritiba. Já o Santos continua atrás do substituto de Émerson Leão. Tudo aponta para um acerto com Cuca, que acaba de deixar o Botafogo, que acaba de acertar com Geninho, que deixou o Galo Mineiro, que por sua vez contratou o técnico Galo. É um ciclo interminável!

Palmeiras e Atlético Paranaense fizeram um jogo razoável, mas também sem grandes destaques. Talvez o bom retorno de Diego Souza e o faro de gol de Alex Mineiro, possam ser motivos para entusiasmar a torcida alviverde, mas os pouco mais de 6 mil presentes não chegaram a se animar com o que presenciaram. Ao menos os 3 pontos colocam o Palmeiras na sexta colocação com 7 pontos, apenas 3 atrás do líder Cruzeiro.
Luxemburgo pode também ser mais um nessa dança de técnicos, já que o Lyon da França está atrás do comandante alviverde. O projeto é grandioso e o heptacampeão francês o quer para comandá-los na próxima edição da Champions League. O que pode favorecer a permanência do treinador é a multa de 7 milhões de reais e a grandiosidade do atual projeto alviverde.

Flamengo e Fluminense jogaram para um público pífio, ainda mais para um Maracanã. O 1X0 para os rubro-negros os colocaram na segunda colocação, mas pode ser considerado um resultado inexpressivo, por ter enfrentado somente o time reserva do Flu, já que o tricolor carioca está totalmente focado na partida decisiva pela Libertadores no meio de semana.

O Time da moda.

Na contramão dos rivais e contra quase todas as expectativas, o Corinthians é hoje o time do momento. Rebaixado para a série B, poucos apostavam numa reação tão imediata, muito menos no sucesso da equipe na Copa do Brasil. O Corinthians está há 2 jogos da Libertadores de 2009, enquanto seus poderosos rivais estão há quase 6 meses e dezenas de jogos de distância. Coisas do futebol.
No Brasileirão da série B, assim como eu já havia previsto, o Timão está sobrando e deve ser campeão não com um, mas com os dois pés nas costas.

É isso, meu queridos, a bola continua sendo chutada e essa semana promete. Com jogos decisivos pela Copa do Brasil e também pela Libertadores, teremos um meio de semana com muitos e palpitantes assuntos. Salientando também a enorme expectativa pelo início da Eurocopa, no próximo dia 07.

Ao som de The Dandy Warhols – Get Off

Cuca deixa o Botafogo…

…mas ainda não está no Santos.

É isso aí, pessoal, depois de dois anos levando o Fogão até as finais de tudo o que disputava (mas sendo sempre o vice), Cuca largou o time de General Severiano. Aparentemente, a derrota frente ao Corinthians ontem foi a gota d’água.

Apesar disso, ainda não é certa sua ida ao Santos. Corre a notícia de que ele negou a proposta santista de salário de R$180 mil por mês. Mesmo assim, tudo leva a crer que o cara vá aterrisar na Vila Belmiro.

Não escondo minha admiração pelo Cuca. Um grande técnico, um dos melhores da atualidade na minha opinião, talentoso, inteligente e bem-formado futebolisticamente. Desejo sorte a ele, para onde quer que vá.

E a dança dos técnicos continua no Brasileirão…

La Mano de Dios – Libertadores: só pode haver um?

Libertadores: só pode haver um?

De uns anos pra cá, vem sendo a mesma coisa: a Libertadores começa com cinco, seis times brasileiros e dois ou três sobrevivem até as quartas; o Boca não é mais o grande Boca e vai firme e forte até a final.

Esse ano parece ser a mesma coisa, com um diferencial: o São Paulo, especialista em Libertadores veio desacreditado. Em virtude do mau futebol que apresentou durante o Paulista e dos jogos ruins que aconteceram durante a fase de grupos, o Tricolor deixou de ser, para muitos, o favorito.

Mas quem diria, pesou a experiência. Aos poucos o time de Muricy foi levando, ganhando aqui, empatando lá, e pegou o Fluminense nas quartas. Muita gente deu o Fluminense como favorito, o Flu do futebol vistoso, de Conca, Dodô, Arouca e Thiago Neves. E no Morumbi o Fluminense ficou pequenininho.

O São Paulo dominou o jogo e só não carimbou a classificação porque Dagoberto – que vem fazendo excelente jogos – não acertou o pé. Adriano, em noite de Imperador, conduziu o time, ganhou todas pelo alto e deixou o seu, a marca de um jogador diferenciado.

Um a zero não é muito, mas foi o bastante para colocar todo mundo em seu devido lugar e mostrar que o São Paulo segue muito vivo, calando de vez muita gente. O próximo jogo contra o Flu é no Maracanã, mas o adversário é o São Paulo, time que há muito tempo não se intimida com torcida adversária…

O Boca cedeu o empate para a LDU na Argentina. Mas Boca é Boca e Libertadores é a cara deles. Pra mim o time argentino ainda é favorito, mesmo no Chile, com a LDU jogando futebol direitinho, bem armada e bem posicionada.

O Santos tomou uma invertida no México. Cabañas, o algoz carioca, deixou o seu e dificultou o serviço para o Peixe. O próximo jogo na Vila tem tudo para ser um clássico, e eu não arrisco palpites. Primeiro porque o Santos da Libertadores não é o mesmo do Paulistão, segundo porque depois do que o América fez com o Flamengo, tudo é possível para os mexicanos.

Nessa sexta gelada, só mesmo uma musiquinha das mais animadas para esquentar: Camisa de Vênus – O Adventista. A banda mais porreta do Brasil!

Rapidinhas: e Adriano está de volta à Seleção. O bichão deu a volta por cima e mostrou que merece um lugar no time do Dunga. Para muitos, e aqui eu me incluo, ele não é craque. Mas não dá pra negar que o Imperador tem faro de gol e quando quer resolve. Que seja uma volta vitoriosa, pois ele merece!

La Mano de Dios – Um olho no peixe, outro no gato

Um olho no peixe, outro no gato

Pois é, meus amigos, a primeira rodada do Brasileirão passou e os resultados são os esperados. Times que disputam outras competições entraram em campo na maioria dos jogos dessarrumados, improvisados ou até mesmo com os reservas. Foi o caso de São Paulo, Fluminense e Santos, todos disputando as quartas de final da Libertadores. Além deles, o Palmeiras – talvez ainda de ressaca do título Paulista – não foi nem sombra do time que encantou no Estadual.

Tudo isso nos leva a questionar mais uma vez até que ponto o calendário do futebol brasileiro é válido. Campeonatos estaduais inchados, que se estendem até o infinito, dando pouco espaço para os times se recomporem; duas outras competições – a Copa do Brasil e a Libertadores – na metade do caminho; além de um campeonato nacional igualmente enorme (vai terminar em 9 de dezembro!) faz com que nenhum time tenha estrutura para agüentar.

O São Paulo, por exemplo, bicampeão nacional, está defendendo o título, e mesmo assim entrou contra o Grêmio pensando no jogo de quarta-feira contra o Fluminense. Sem Jorge Wagner, desconcentrado, perdeu de 1×0 num jogo feio de dar dó.

O Fluminense idem, mas teve a sorte de pegar o fraco Atlético Mineiro e conseguiu sair do Mineirão com um empate em 0x0. Dadas as atuais circunstâncias, foi goleada para o tricolor do Rio.

O Santos pegou o Flamengo ainda traumatizado pela eliminação da Libertadores. Com um time reserva em pleno Maracanã entrou em campo só para cumprir tabela, pois também está todo voltado para as quartas da Libertadores. O placar não poderia ser outro: Flamengo 3×1.

O Campeonato Brasileiro começou com a luz amarela acesa. A mesma luz amarela de todos os anos, desde que passou a ser por pontos corridos. É válido até dizer que para muitos times ainda nem começou.

Se futebol joga-se como se vive, nosso calendário futebolístico é um triste exemplo da organização da sociedade brasileira.

Rapidinhas: A Lusa fez um gol para cada ano que amargou na Segundona, mas também tomou cinco. Jogo de dez gols é coisa rara hoje em dia, e Portuguesa e Figueirense garantiram o espetáculo nessa primeira rodada.

O Corinthians suou para vencer o CRB em pleno Pacaembu. Doutor Sócrates já sentenciou: voltar para a elite não vai ser fácil, e o Corinthians, com esse time, periga ficar na Segundona por um bom tempo.

Pois é, meus camaradinhas, não posso dizer que me empolguei com esse início de Brasileirão. Muitos jogos requentados, com times ainda sem foco. Espero que melhore assim que as outras competições forem acabando…

Me despeço aqui ao som de Blue Cheer – Summertime Blues. Discaço de 68, desse power trio ultra-subestimado. Pra quem curte Cream, é prato cheio!

La Mano de Dios – Dois se foram…

Dois se foram…

Pois é, meus amigos, final das oitavas na Libertadores e as coisas não foram as mil maravilhas para os times brasileiros.

Depois de um vexame histórico, o Flamengo se despediu do campeonato em pleno Maracanã. Como disse Muricy Ramalho, o time do Flamengo entrou comemorando o título carioca. Se despedindo de Joel Santana, esqueceu de jogar bola e tomou um nabo dos mexicanos. Agora é bola pra frente, concentração total no Brasileirão que começa com um técnico novo. Resta saber se Caio Jr. vai agüentar a bucha…

E o Cruzeiro, pobre Cruzeiro! Vinha em ótima campanha, com um time bom, de encher os olhos, bem arrumado, com jogadores de excepcional nível técnico como Ramires… mas pegou o Boca Juniors. E o Boca, meu amigo, é como pizza: mesmo quando é ruim, é bom.

Fazer um gol no Mineirão parecia tarefa fácil, ainda mais depois dos cinco de uma semana atrás. Mas não se brinca com um time do tamanho do Boca, com Riquelme, Palacio e Palermo em noites inspiradas. Com muita frieza, o time argentino definiu o placar logo no primeiro tempo e o Cruzeiro também deu adeus à Libertadores.

Fica aqui uma nota de apoio ao time mineiro, que teve o maior azar do mundo. Mesmo assim, deve ter muito orgulho não só do que fez em campo, mas também de sua torcida. Os sessenta mil que viram o jogo no Mineirão não pararam de gritar um só minuto.

O São Paulo passou fácil pelo Nacional no Morumbi, numa noite fria. Fria como o jogo do Tricolor, calmo, sem correria. Não foi uma beleza e está longe de sê-lo, mas soube aproveitar as oportunidades, jogando da forma como tinha que jogar contra um time que veio para ganhar.

Trabalho de formiga, de água em pedra, que tanto bateu até furar. E foi justamente numa furada da zaga que Adriano marcou o primeiro. O segundo, depois da expulsão do jogador uruguaio, parecia ser só questão de tempo, mas por um momento o Nacional foi mais time e perigou sair classificado. Mas vencer o Tricolor em casa, embalado por sua linda torcida que cantou o jogo todo, não é pra qualquer um.

Aos 44 do segundo tempo Dagoberto sacramentou a vitória, acabando com o jejum de seis meses e mostrando que as coisas podem melhorar para o time do Morumbi. E tudo isso sem o motorzinho Jorge Wagner em campo. Agora, meu amigo, é rumo ao título!

O Fluminense caminha a cada semana superando marcas históricas. Nunca tinha chegado às quartas da Libertadores e o 1×0 bastou para resolver. Por um momento parecia que as coisas não iam dar certo, mas a Fortuna sorriu para o time que, como o Fla, achou que tinha entrado classificado.

Thiago Neves funciona muito mais quando joga como atacante, e Renato Gaúcho não desprezou. Flu 1×0, segue firme e forte na competição. As quartas de final prometem, com duelo brasileiro e tricolor. Resta saber quem será mais time, e se a camisa e a tradição irão pesar.

O Santos, quem diria, vem comendo pelas beiradas. Leão parece que definiu a zaga depois da chegada de Fabão. Betão na lateral direita é até agora um improviso que deu certo, e o que o time perde em ofensividade ganha em proteção, aliviando a barra para Kleber mandar bala pelo lado esquerdo. Molina e Kleber Pereira continuam em ótima fase, e o Peixão sacramentou a passagem para as quartas após uma tranqüila vitória contra o freguês Cúcuta.

Pois é, camaradinhas, de cinco, três continuam firmes e fortes. Resta saber quem chegará vivo até o final, ainda mais agora que o Brasileirão está começando. As quartas pegarão fogo, com duelos nacionais imperdíveis, um Boca que agora ninguém segura, além de San Lorenzo, LDU, América e Atlas.

Há tempos a Libertadores não era tanta emoção!

Me despeço aqui ao som deles, Rolling Stones, com os singles de começo de carreira, belezinha que não sai da vitrola. Alguém sabia que a ABCKO lançou há um tempo atrás três caixas com os singles e EPs dos Stones, de 1963 a 1971? Vale a pena procurar…

Rapidinhas: não foi só Maracanazo que impressionou nessas oitavas. No Monumental de Nuñez, num dos duelos mais sensacionais da Libertadores, o San Lorenzo eliminou o River Plate na frente de mais de sessenta mil torcedores. Jogão! D’Alessandro e Placente orquestraram o levante rubro-negro pra cima dos millionarios de Falcão Garcia e “Loco” Abreu, que não conseguiram segurar a barra no segundo tempo. O San Lorenzo, em primeiro no Clausura e classificado para as quartas-de-final, ao contrário de um certo Galo mineiro, mostra o que um time deve fazer em ano de centenário. Monumentazo!