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Golaço literário IV


O primeiro livro da série “Golaço literário” foi dele. Daquela vez, falei do livro que narra através de suas crônicas aquela que talvez seja a conquista mais marcante do futebol brasileiro. Naquele livro João Saldanha mostra, página por página, a evolução da Seleção de 70.

Dessa vez, a história é mais triste, mas não menos bela. Sem afetação, sem “oba-oba”, como gostava de dizer, em O trauma da bola João sem-medo mostra por quê nossa linda seleção não levou o caneco. Sempre mordaz, incisivo, Saldanha traz à tona algumas falhas que muitos esquecemos. E mais, uma excelente entrevista de Saldanha abre a edição. Além disso, o livro da Cosac & Naify é recheado de lindas fotos, que dariam um belo quadro na sala de qualquer feroz amante desse esporte bretão.

Imperdível.

O trauma da bola – a copa de 82 por João Saldanha, de João Saldanha, editora Cosac & Naify, 2002.

Golaço literário

Pois é, camaradinhas, como disse anteriormente em outra coluna, futebol é mais do que as quatro linhas. Além de ver e jogar (mal), é muito legal LER sobre o tema.

Dando início à série, indico aqui um livro que me acompanha desde o ano passado. Livro de cabeceira!


“Vida Que Segue – João Saldanha e as Copas de 1966 e 1970”, organização de Raul Milliet, com apresentação de Oscar Niemeyer, Sérgio Cabral e Tostão. Editora Nova Fronteira.

O livro é uma coletânea de colunas do mítico botafoguense e técnico responsável pela Seleção de 70 João Saldanha, publicadas no jornal Última Hora e n’O Globo, entre 1966 e 1970. Além da beleza dos textos do grande Saldanha, sempre perspicaz em suas análises e comentários, temos também ótimos textos auxiliares do organizador, contando sobre a situação de Saldanha, da Seleção e do país no período das duas Copas, bem como várias lindas fotos. Pra completar o caldo, a última parte do livro, Linha de Passe, é um apanhado de crônicas dde João, publicadas no Jornal do Brasil. Dentre os textos presentes, o essencial “As várias faces de um ‘gente boa'” e o profético “Eles não gostam de futebol”.

Se você ainda acha pouco, no fim ainda temos alguns textos sobre João, escritos por ninguém menos do que Ruy Carlos Ostermann, Villas-Bôas Côrrea e o grande Nelson Rodrigues.

Leitura para boleiro nenhum botar defeito!

Para ser lido ao som de Miles Davis – Kind of Blue, tomando uma boa gelada.