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Fim de Semana Sonoro : Crosby Stills Nash & Young

Sei lá porque, mas meu gosto musical é suscetível a variações de acordo com a temperatura. No calor senegalesco que tivemos essa semana em SP tendo a voltar minha escuta para sons mais brandos. E das praias das grandes melodias e harmonias vem a dica da semana: Crosby, Stills & Nash (as vezes Young).

Um dos primeiros super-grupos do rock, o CSN(Y) foi formado por artistas que já tinham uma carreira de sucesso em outras bandas anteriormente: Stephen Stills e Neil Young no Buffalo Springfield, David Crosby nos Byrs e o inglês Graham Nash nos Hoillies.

O trio se reuniu em 1969 com a proposta de um som acustivo, voltado para arranjos vocais perfeitos. Lançaram o belíssimo primeiro disco homônimo no mesmo ano e, diz a lewnda, a estréia ao vivo se deu em Woodstock.

Em 1970 gravaram segundo disco de estúdio, o mais eletrficado (e já contando com a participação de Neil Young) e bastante influenciado pelo hippismo Dejá Vu. Pouco tempo depois, antevendo a queda do flower power, o single “Ohio” foi posto nas lojas. A música de Young fala sobre o assassinato de quatro estudantes em uma universidade naquele Estado após a invasão da polícia para debelar uma manifestação.

Ainda no início dos anos 70 a banda lançou o duplo ao vivo “4 Way Street”. Depois se reuniram mais algumas vezes e o primeiro disco lançado após a reforma do grupo, CSN (1977) é digno de registro. Posteriormente lançaram outros trabalhos, mas nunca com o mesmo brilho.

Em carreira solo e outras combinações os quatro obtiveram exitos. Não mencionaremos neil young, que merece certamente uma coluna aparte. Stills lancou um belissimo disco homonimo com com outro grupo que formou em 1972, o Manassas. Crosby lancou o excelente solo em 1971, “Everybody knows this is nowhere” e, associado com Nash, um belo disco em 74.

A banda se reuniu a Young para promover seu disco “Living with war” em shows poderosos nos anos recentes e um registro dessa tour foi lançado.

Discografia Selecionada:

Crosby Stills & Nash – 1969
Dejá Vù – 1970
4 WAy street (ao vivo) – 1971

Fim de Semana Sonoro : Grateful Dead

Final de semana esportivo com jogo da seleção e F1 e alguns jogos ainda do Brasileirão. Iniciando essa nova coluna no clima “eu sou velho mas gosto de viajar” (Arnaldo Baptista) vai nossa dica, o saboroso e ultraviajante Grateful Dead.

Até hoje pode-se dizer com certeza que o GD é uma das bandas mais populares dos EUA, uma das únicas que forjou um lifestyle e que tem fãns devotos, mesmo tendo se extinguido há mais de dez anos.

Curiosamente nunca fizeram sucesso algum no Brasil, sendo raramente citado na cena do rock, seja do classico, seja do alternativo. Por aqui só os connesieurs são iniciados na obra da Banda de Charlie Garcia.

Uma das provaveis explicações para isso é que o GD nunca gravou um disco DAQUELES. Fizeram ótimos discos, que etarão recomendados ao final, mas o lance dos caras era shows. Ou maratonas. Os caras, no auge, eram capazes de ficar tocando por 6 horas para uma hipnotizada plateia, que ia sabe lá deus pra onde no meio dos improvises guitarristicos de Garcia e Bob Weir. Aliberavam a mesa de som para que os f~ças fizessem gravações do concertos e incentivavam a troca dos tapes com suas apresentações. Nota: a troca, pois a ética Deadhead não permitia a venda de tal material.

O GD surgiu em San Francisco em meados dos anos 60 e se dissolveu com a morte de Garcia, em meados dos 90.

Discografia recomendada:

Estúdio:
Antehm of the sun, 1968 (totalmente viajante, psicodelia braba)
American beauty, 1969 (rock)
Workingman’s dead, 1970 (folk)
In the dark, 1987 (rock-pop)

Ao vivo:
Live/Dead, 1969 (o melhor pra quem quer entnder o espirito da banda)
Dick’s Picks Vol. 8 (os lados acustico e eletrico da banda em registro ao vivo)