La Mano de Dios – Acabou-se o que era doce (de leche)

Acabou-se o que era doce (de leche)
E mais uma vez um time brasileiro cai em casa na final da Libertadores frente a um time de fora. Como bem perguntou o João em seu post, o que anda acontecendo? Será que, na disputa continental, voltamos a ter o velho complexo de vira-latas que Nelsão acreditou ter sido exorcisado depois de 58?
A verdade é que o Estudiantes ganhou ontem porque jogou a partida que veio proposto a jogar e, mais importante, não deixou o Cruzeiro fazer o jogo que o levou até a final da Libertadores, o toque de bola rápido e em direção ao gol. Com jogadores bem posicionados no meio campo e marcando no campo de defesa cruzeirense, o time de Verón trancava a saída de bola da Raposa, obrigando os zagueiros a tentar a famosa e ineficaz ligação direta. Some-se a isso um domínio do meio-campo, que muitas vezes tirou Wagner do sério e uma partida pouco inspirada de Ramires. Kléber não viu a cor da bola, isolado na dura marcação argentina.
Para completar, o Cruzeiro murchou depois do gol de empate dos argentinos, muito diferente do Estudiantes, que manteve seu jogo durante os noventa minutos da partida. Como disse ontem um comentarista na TV, como 0x0, 1×1 ou perdendo o jogo, o Estudiantes jogou o mesmo futebol. E foi essa imposição do seu jogo, na casa do adversário, que garantiu o quarto título da Libertadores para o time argentino.
Parabéns ao Estudiantes, que soube jogar o que sabe dentro e fora de casa.
Ao som de Jackson C. Frank – Blues Run the Game. Pérola folk do final dos anos sessenta.
Rapidinhas: quem tira Jorginho do Palmeiras depois da partida de ontem no Maracanã? O cara passou pela prova do grande jogo e saiu com méritos.
Parabéns ao Goiás que deixou o Avaí meter 2×0 em pleno Serra Dourada, encerrando um jejum de 32 anos sem vencer na Série A nacional. Valeu Goiás por afundar meu time no Cartola!

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