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Chazinho de Coca – Sustentação Alviverde.

Sustentação Alviverde.

Os 4X1 do Palmeiras sobre o Santos, marcaram a sétima vitória do time de Luxemburgo, em sete partidas realizadas no ano. Cinco delas pelo Paulistão e outras duas pela Libertadores.

Um pilar de sustentação tem dado o tom do time nesse início de temporada. A zaga com Danilo, que as vezes tem a companhia de Maurício Ramos, outras de Jeci, além da cadeira cativa de Edmilson, deixou de ter as panes da temporada passada. Ajustar alguma coisa nas bolas aéreas ainda se faz necessário, mas é algo que pode ser feito, já que muito pouco falta se ajustar nesse surpreendente Palmeiras de 2009.

Armero entrou e dominou o setor esquerdo. Pierre continua sendo o cão de guarda do meio campo. Mas está em seu atual companheiro de setor, o grande diferencial desse Palmeiras.

Muito se fala em Keirrison, e não por menos. Aos 20 anos, o K9 tem uma postura digna de quem já está há tempos comandando ataques de grandes equipes. A espantosa marca de 7 gols em 5 partidas lhe dá a condição de ser apontado como o principal destaque dessa equipe. Não apenas ele, porém.

Mais do que o K9, que todos já sabiam que jogava essa bola, o termômetro desse time chama-se Cleiton Xavier. Destaque de um pouco destacado e rebaixado Figueirense, ele chegou como o menos badalado dos contratados. De cara ganhou a camisa 10, vaga desde a saída de um dos grandes ídolos recentes do clube, o chileno Valdívia.

Apesar da 10, Luxemburgo arma o time com Cleiton Xavier como segundo volante. Mas contra um Santos com apenas um atacante, Luxa não precisava atuar com três zagueiros. Avançou
Edmilson para ser volante e Cleiton passou a ser efetivamente o armador, exclusivamente um armador.

Os 1º´s 30 minutos foram um massacre alviverde. A primeira etapa poderia ter terminado 5X0 sem grandes exageros e quase, para não dizer todas as bolas, passavam pelos pés do camisa 10. Ele inclusive quase marcou um golaço dando um tapa por cima de Fábio Costa, mas a bola passou rente a trave.

Xavier não faz firula, mas não faz o óbvio. Não tem a habilidade do Valdívia, mas tem a frieza que muitas vezes faltou ao craque chileno. Ele é um legítimo 10, mas poderia usar a 8 e fazer a função que coube aos grandes “8” do futebol. O que lhe garante essa possibilidade é a sua condição física.

Em uma mesma jogada você consegue vê-lo dar combate na saída de bola adversária, depois desarmando no meio, o que faz com grande capacidade, e no que o time recupera a bola, já está avançado, como um legítimo 10. Ali ele não enrola, recebe a bola e a distribui com tapas simples e eficazes, como no 4º contra o Santos.
Dificilmente veremos um chapéu ou algum lance de mais efeito de Cleiton Xavier, ainda que sua capacidade o permita, mas ele prefere clarear as coisas para os atacantes, outras vezes, para si próprio.

Para mim, surpreendentemente, assumo, o grande destaque desse Palmeiras de 2009.

Acompanhe os lances do clássico:

No embalo de Cut Copy, com a sensacional Lights and Music.

Cheers,

Chazinho de Coca – Palmeiras chuta a desconfiança e começa bem o ano.

Palmeiras chuta a desconfiança e começa bem o ano.

Não é a boa estréia na temporada que irá esconder os erros nesse novo Palmeiras. Aliás, o time é novo, mas o problema é antigo – a bola alta.

Por baixo a nova zaga alviverde mostrou mais segurança, mas com Marcelinho Carioca levantando tudo quanto era jogada na área adversária, a defesa do Verdão voltou a bater cabeça. Edmilson cairá como uma luva nesse sistema defensivo, não só pela altura e pela qualidade, mas pela liderança que irá exercer nessa molecada toda.

Por outro lado, a vitória magra serviu para acalmar os ânimos da impaciente torcida, que já pegava no pé do time depois dos tropeços na pré-temporada. O que se viu ontem foi uma amostra do time rápido e técnico que Luxemburgo tanto prega querer aplicar na temporada 2009.

Os 3 estreantes foram bem, sobretudo o herdeiro da camisa 10, Cleiton Xavier. Com boa movimentação, bons passes e volume de jogo, Cleiton fez o que se espera do articulador do time. Ao lado do outro destaque e surpresa positiva, Lenny, o jogador costurou a defesa adversária com passes e triangulações rápidas.

Foi numa dessas rápidas jogadas que saiu o gol da vitória.

Jefferson tomou a bola no meio campo e partiu pra cima, Lenny apresentou-se bem na entrada da área e recebeu de costas, no que percebeu a passagem de Xavier e com um bonito tapa na bola, deixou o camisa 10 na cara do gol, ele tirou o goleirão com categoria e assinalou o 1º gol do campeonato.

Lenny jogou ontem, o que não jogou em toda a temporada 2008. Criticado pela mídia e pelo torcedor, a eterna jovem promessa recebeu apoio apenas do técnico Luxemburgo, que apesar de cobrá-lo com veemência, dizendo que o jogador empina pipa no ventilador e que é criado pelos avós, sempre bancou e apostou nele. Ontem Lenny partiu pra cima, driblou, cavou falta, apresentou a antiga falha na hora de finalizar, mas fez bela partida.

Impressionante a satisfação do técnico a cada bom lance de Lenny, demonstrando isso com aplausos e incentivos. É fato, se Lenny vingar nessa temporada, deverá instalar uma estátua do treinador na sala de seus avós.

Se por um lado o time ganhou a esperança de um bom ano de Lenny, outro jogador que a torcida sempre esperou mais, não encaixou boa partida – Diego Souza. Vontade não faltou, faltou sangue frio para finalizar lances capitais, gols feitos. Diego não foi bem e, na minha opinião, a não ser que mude drásticamente sua condição, deverá perder a posição de titular. Marquinhos e Keirrison vêm aí e agora tem essa ascensão de Lenny. Kleber e Luiz Adriano estão quase certos. Ele que abra os olhos.

Confira os melhores momentos da estréia palmeirense na temporada 2009:

Cheers,