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Chulipa Campeão – Voa Canarinho, voa!

Seleção Brasileira de Futebol
Campeão da Copa das Confederações de 2009


Não, não foi fácil, alias, o que até poderia ser fácil, ganhou ares dramaticos depois que os americanos marcaram o segundo gol e foram pro intervalo ganhando de 2 a 0, com tentos de Dempsey e Donovan.
Mas esse Brasil não se deu por vencido e botou a zebra pra correr no segundo tempo, aos 40 segundos Luis “Gol” Fabiano, num giro pra cima do zagueiro botou no canto do bom goleiro Howard. Kaká numa de suas arrancadas fatais, cria a segunda jogada que termina em mais um gol do artilheiro da competição, Luis Fabiano e no final, pra coroar uma excelente apresentação, ele, que pra mim é um dos melhores zagueiros do mundo, Lúcio de cabeça fecha a conta. Brasil 3 , Estados Unidos 2.
Alguns esperavam um jogo fácil, outros um jogo díficil, e assim o foi, um jogo em cada tempo. Os EUA nos alertaram no perigo que corremos ao sair pro ataque, numa arrancada digna de equipes de tradição os americanos finalizaram num belissimo gol e assim, fazendo muitas pessoas crerem num possivel e surpreendente titulo yanque. Mas com essa seleção não se brinca, o que alguns duvidavam estamos vendo na prática, aquele espirito que o técnico Dunga aplicava em sua época de jogador esta hoje em cada atleta desse time. E sem jogar a toalha foram pro pau no segundo tempo, destaque para Kaká, Luis Fabiano e claro, Lúcio, que hoje num desses devaneios futebolisticos de gente que acha que sabe alguma coisa, foi praticamente demitido de seu ex-clube Bayern de Munique. Bom para os outros times (vai la Palmeiras) que tem um senhor zagueiro a disposição no mercado.
Quero deixar registrado tambem o destaque para Dempsey, o jogador que até nos leva a acreditar que um dia os americanos podem despontar num esporte que tenta aos trancos e barrancos fazer parte do cotidiano dos EUA. Esse sim tem um respiro de futebol (porém, não conte com ele se precisar de marcação).

Mais uma vez parabéns Seleção Brasileira, que continue calando a todos como vem fazendo. Que tenha sido um util e proveitoso ensaio para 2010 nessa mesma África do Sul ao som dessas “simpaticas” vuvuzelas !!!

Chazinho de Coca – Males que vem para o bem.

Ontem poucos minutos antes do jogo entre Espanha e EUA, meu camarada de blog, bares e outras empreitadas, Gustavo, chamou a mim e ao nosso outro comparsa , Rene e lançou um rápido bolão acerca do jogo. Com os seguintes chutes:

João Paulo Tozo: Espanha 4X0 EUA

Rene Crema: Espanha 4X1 EUA

Gustavo Dean: EUA vence a Espanha.

Salvo a “Chicolanguiada” nos placares arriscados por mim e pelo Rene,já que estávamos em um momento de descontração, a vitória Espanhola era certa para 99, 999999999% das pessoas, menos para o Gus (risos).

E não quero aqui falar sobre a forma com que a vitória estadunidense foi construída, mas falar do resultado em si e do que se sucedeu após o surpreendente resultado.

Do dia pra noite a Espanha deixou de ser o assombro do planeta e voltou a ser a eterna amarelona. Não é para tanto, meus caros. Por poucos eles não superam o recorde de invencibilidade que hoje é do Brasil. Isso é muito significativo.

Esqueçam a Grécia campeã da Eurocopa, na maior zebra do futebol de todos os tempos. Ninguém vence o 2º mais importante torneio de seleções por acaso. É lógico que cair do cavalo como caíram os espanhóis ontem não é lá uma delícia. Mas seria muito pior cair quando de fato a coisa estiver valendo, lá em 2010.

Essa Copa das Confederações não quer dizer muita coisa não. Pegando apenas 2 exemplos bem vivos para nós. A França campeã do Mundo em 98, campeã da Eurocopa em 2000, o bicho papão do mundo. Chegou na Copa das Confederações em 2001 com toda a soberba que o seu favoritismo lhe permitia ter, sem Zidane. Atropelou todo mundo, com direito a eliminar o Brasil, (para variar) nas semifinais e vencendo o anfitrião Japão na final. Marcou 11 gols e sofreu apenas 2. Robert Pires jogou muito naquela edição.

Em 2002, com Zidane no time, era a favorita ao bi na Copa do Mundo. Zidane, machucado, participou somente do 3º jogo e só com uma perna, e a França deu adeus na 1ª fase sem marcar um golzinho sequer.

Em 2005 o assombro da vez era o Brasil, atual campeão do mundo, campeão da Copa América, trouxe na bagagem a vice-campeã Argentina para ser a representante sulamericana naquela edição. Quarteto mágico, super time, tudo quanto é tipo de Ronaldo. Classificou-se em 2º no seu grupo, deixando a liderança para o México. Nas semifinais despachou os alemães, donos da casa e na final massacrou os pobres hermanitos por 4X1. Terminou com 12 gols marcados e 5 sofridos.

Em 2002, a preparação para a Copa foi patética, um circo completo. O tal do quarteto mágico desandou e mais uma vez fomos eliminados pela França de Zidane.

Tivessem França e Brasil caído de seus esbeltos cavalos nas Copa Das Confederações que venceram e talvez tivessem detectado as falhas que o mundo todo enxergou e se preparou para atacar nas Copas em que ambas prestaram papelote frente aos olhos atônitos dos fãs da bola.

Seriam males muito bem vindos.

Ontem a Espanha mostrou que não é imbatível, mas não deixou de ser um timaço e favorita em 2010 por causa dessa derrota. Da mesma maneira que o Brasil não é essa 8ª maravilha do mundo só porque bateu nas secundárias seleções uruguaia, egípcia e paraguaia e porque se aproveitou de uma desesperada Itália, que precisou fazer o que não sabe, atacar. Justamente o que não pode fazer nenhuma seleção quando o oponente é o Brasil de Kaká, Ramirez, Luis Fabiano e Robinho, a não ser a Espanha, que tem efetivamente uma característica e muita qualidade ofensiva.

Alguém realmente acha que em um hipotético reencontro com os brasileiros em 2010, a Itália irá se atirar toda ao ataque e deixar o seu campo aberto para o passeio das individualidades brazucas? Pense bem.

Hoje, se a África do Sul se meter a besta e partir pra cima, a seleção Teixeiristica mete uns 4 no time do Natalino. Se ficar na sua, fechadinha e esperando uma atitude do time do Dunga, poderão se valer da falta de visão do técnico verde e amarelo e, quem sabe, arrancar um empate, levar para os pênaltis. Quem sabe repetir o feito estadunidense? Acho difícil. Mas o impossível não existe no mundo da bola. Vide a Espanha.

Chulipa Africana! – Egito cabeceia a zebra pro fundo do gol!

É rapaziada, quem imaginava que aquele sufoco do Brasil era só culpa do próprio Brasil, ontem o campeão Africano aplicou uma surpresinha pra cima dos Campeões Mundiais!
Com uma cabeçada livre, em cima da grande defesa Italiana, o Egito continua firme na Copa das Confederações, Homus se tornou o carrasco dos italianos, enquanto o goleiro Essam El Hadary fechou o gol!
Agora a Azzurra precisa ganhar bem do Brasil e secar o time egipcio que joga contra os americanos (algo que duvido, o Egito é bem mais time).
Considero a Italia fora das semi finais, se eu estiver errado, podem vir me cobrar!
Abraços

Chazinho de Coca – Há 10 anos, a França pintava o mundo de azul.

Há 10 anos, a França pintava o mundo de azul.

Há exatos 10 anos, mais precisamente no dia 12 de julho (sábado), o planeta bola passava a reverenciar o seu novo protagonista – a França.

Com uma geração de sensacionais jogadores e um grande técnico, aquele time encheu os olhos desse colunista. É sem dúvidas, um dos grandes esquadrões que vi jogar.

Com um time comandado por um dos maiores gênios de todos os tempos (Zidane) e jogando em casa, a expectativa pela conquista era enorme e apesar de o adversário na final ser o Brasil, então tetracampeão mundial, a confiança era plena.

O time não fez por menos e, por mais que se queira vender que aquele resultado tenha sido ocasionado pelos problemas com Ronaldo na concentração, o time francês era superior e o resultado de 3X0 foi justíssimo.

Com dois gols de Zidane e um de Petit, o Stade de France passava a ser um dos templos do futebol, Zidane virava mito e a França tornava-se um dos gigantes do futebol, definitivamente.

Eis o time campeão mundial de 1998:

Fabien Barthez

Lilian Thuram, Laurent Blanc (Frank Leboeuf na final), Marcel Desailly e Bixente Lizarazu.

Didier Deschamps, Emanuelle Petit, Christian Karembeu e Zinédine Zidane

Youri Djorkaeff e Stéphane Guivarc’h

Técnico: Aimé Jacquet

Não bastasse ter um timaço em campo, no banco os franceses ainda contavam com os seguintes jogadores:

goleiros: Lionel Charbonnier, Bernard Lama e Ulrich Ramé.

defensores: Frank Leboeuf, Vincent Candela, Martin Djetou.

meias: Alain Boghossian, Patrick Vieira, Robert Pires, Sabri Lamouchi, Olivier Dacourt, Ludovic Giuly.

atacantes: Christophe Dugarry, Bernard Diomède, Thierry Henry, David Trezeguet, Nicolas Anelka e Sylvain Wiltord.

Com um timaço desse e tendo Pires e Henry no banco, não dava pra se esperar outro resultado.

Allez Les Bleus