Reprodução de um texto que escrevi no último domingo (06/01), logo após a confirmação da saída de Marcos Assunção.
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Sobre a saída do capitão Marcos Assunção, tenho certamente uma opinião bem impopular. Inclusive no meu texto do último domingo, quando menciono a espinha dorsal do time de Gilson Kleina para 2013, não cito o nome de Marcos Assunção. E isso foi antes da confirmação de sua saída.
Antes de prosseguir, só um adendo: Sou fanzaço do cara. Como jogador, mas muito mais como homem, como líder, como alguém que sempre dignificou as cores do clube. Só os deuses da bola sabem o quanto estão brigando meu irracional lado torcedor e o racional lado de zé mané para continuar sustentando essa opinião.
O que eu acho que deveria ter acontecido: Palmeiras e Assunção entendem que precisam um do outro, renovam o contrato nos moldes do anterior e a vida segue.
Para o Assunção, por merecimento pelos préstimos nesses anos, pela dedicação e superação quando ao contrário de outros chinelinhos, lutou com o time até o fim.
Para o Palmeiras, por demonstrar gratidão a um dos poucos que honraram a camisa nos últimos anos.
Mas sendo bem frio. Bem frio mesmo, pois me corta o coração dizer isso, mas eu não via correção na pedida de aumento salarial por parte do jogador e do seu empresário. Ele tem, chutando alto, mais um ano de carreira. E já recebe um alto salário. Bem maior que a grande maioria dos boleiros que chegam ativos com sua idade. Ele não tem mais condições físicas de aguentar o ritmo das partidas. Com ele o time ganha uma arma poderosa na bola parada, mas taticamente perde capacidade defensiva, de recuperação em contra-ataques dos adversários e demanda a uma outra peça uma sobrecarga que por muitas vezes acaba por anular esta peça.
Nem com a renovação eu acho que o Assunção deveria ser titular. Deveria sim, ser uma bandeira de moralidade no elenco e claro, arma para momentos críticos das partidas.
O Palmeiras e sua direção tem 1 trilhão de erros e eu nem estou dizendo que não tenha errado agora. Mas não acho que o nosso velho Assunça deveria ser tão irredutível em sua pedida.
Mais um Marcos que se vai. Mas o Palmeiras continua.
Obrigado por sempre, capitão.
É meu amigo, é com muita dor que eu concordo com você, ontem mesmo fiquei com a consciência pesada por achar que mesmo com todo esforço que ele fez, nessa condiçōes ele deveria sair do Palmeiras, embora um lado me fale, não ele deve ficar, o outro que é o da razão diz que foi melhor assim.