UM PASSO PARA A HISTÓRIA !

Analisar friamente a estréia do Santos no Mundial talvez não caiba nesse post, já que esta já foi feita por meu companheiro de Ferocidade, Marcos Vinicius. Gostaria de contar um pouco do que um torcedor que ama seu clube de coração sente em um momento como esse, afinal de contas estar em uma final de Mundial de Clubes é para poucos, ainda mais com a oportunidade de encarar a melhor equipe do planeta.

Pois bem, na véspera da partida logo pela manhã a ansiedade imperava e os minutos demoravam a passar. Resolvi então tentar me concentrar nas minhas obrigações diárias e deixar o Mundial em segundo plano, esforço em vão. A cada 20 minutos a cabeça viajava e vislumbrava uma final emocionante com belas jogadas de Neymar e o mundo inteiro aplaudindo o Santos Futebol Clube como nos velhos e bons tempos. Porém ainda havia a semifinal contra o Kashiwa e manter os pés no chão era difícil, mas o melhor a se fazer.

No início da noite lá pelas 23h30 encontrei mais alguns santistas entre familiares e amigos, pois tínhamos combinado de assistir o jogo todos juntos. A ansiedade não era um sentimento exclusivo meu, mas compartilhado por todos os apaixonados torcedores ao meu redor e foi assim que mal dormimos e logo estávamos de pé para a 1° batalha do Mundial de Clubes.

Preparamos as camisas, as bandeiras, os fogos e a garganta, já que a manhã prometia ser inesquecível. Partimos em direção ao ponto de encontro e lá nos deparamos com mais um punhado de santistas, enfim o jogo iria começar. De fato, ver aquelas 11 camisas brancas desfilando no gramado japonês nos remete as boas lembranças do magnífico Santos de Pelé, bi campeão mundial e de toda a história que esse clube possui.

É claro que não há comparações entre um e outro, mas alguns relampejo de genialidade estiveram presentes na vitória do Santos. O gol de Neymar foi algo tão indescritível que ao ver a bola estufando a rede só tive tempo de correr e gritar até perder a voz, talvez a única forma de tentar explicitar a emoção em ver um tento como esse. Com o placar aberto, o Santos se impôs e não demorou para eu ficar rouco de vez, Borges no 2° relampejo de genialidade do dia acertou um petardo que só não foi mais forte que o som dos gritos que ecoaram por onde eu me encontrava, 2×0 e o alívio tomou conta de todos nós.

Porém, como nada é fácil na vida de um torcedor apaixonado um susto ainda estaria reservado e o gol do Kashiwa reascendeu todo o nervosismo de outrora e lá estavámos nós apreensivos e temerosos. Realmente é nessas hroas que um clube grande se mostra e todos os santistas sabiam que ninguém poderia nos tirar essa emoção de estar em mais uma final e foi o Danilo que confirmou nossa expectativa no 3° e último relampejo de genialidade. A cobrança de falta foi tão perfeita que o pobre goleiro japonês ficou completamente parado e nem sequer reagiu ao lance.

Nem preciso dizer que a essa hora o local que eu estava explodiu em festa, mas não foi uma festa como todas as outras, pois essa era diferente, comemorar algo tão grandioso é algo raro e que cada segundo deve ser aproveitado como se fosse a última vez que aquilo fosse acontecer. Contudo os abraços e os cânticos puderam contar ao mundo que o Santos Futebol Clube estava na final do Mundial de Clubes.

E agora eu só posso dizer uma coisa: ”VEM BARÇA !”

2 thoughts on “UM PASSO PARA A HISTÓRIA !”

  1. Vem barça! Ler a tua reação, é mais ou menos como ver refletido o que aconteceu aqui, comigo e com as pessoas que estavam ao meu redor.. fiquei sem voz contra o kashiwa, imagina contra o barça! hahah, VAMOS SER TR SANTOS!

  2. Filhão, vc foi perfeito nessa narrativa poética e apaixonada, envie esse depoimento aos sites de jornais e revista e creio alguma o publicará.

    Parabéns eu e o Bertolini nos emocionamos ao ler!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *