Para o bem do futebol brasileiro, esta entidade deve acabar (Foto: Felipe Oliveira)

UM EMPRÉSTIMO, DUAS VERSÕES E UMA VERDADE: A CBF TEM QUE ACABAR

Um novo ano começou, a Lusa estreou no Paulistão, perdeu de 2 a 1 para o Corinthians, porém o assunto predominante continua sendo o polêmico julgamento do STJD que culminou na queda da Portuguesa.

O mais recente fato surgiu após a reportagem da Espn Brasil ter acesso a um documento que comprovava a possibilidade de um adiantamento financeiro por parte da entidade máxima que rege o futebol brasileiro ao clube lusitano para que aceitasse de uma vez por todas sua queda para a segunda divisão. O empréstimo seria no valor de R$ 4 milhões, para ser pago em dez parcelas de R$ 400 mil, com um ano de carência, e outro reconhecendo a decisão do STJD sobre o caso Héverton. Nele, a Portuguesa abriria mão do benefício de qualquer decisão que a Justiça comum lhe proporcionasse.

Fato é que nessa história toda fica mais do que evidente a fragilidade política do clube paulista mediante ao quilate das pessoas e corporações envolvidas. Mesmo sem força nos bastidores, como Fluminense e Flamengo, a Lusa se viu numa guerra impossível de vencer e agiu com as armas que tinha em mãos: o amparo da justiça comum, estatuto do torcedor e comoção social.

Segundo o novo presidente, Ilídio Lico, o clube havia pedido um empréstimo – afinal os problemas financeiros pelos lados do Canindé continuam só aumentando -, que seria pago pela CBF com as cotas de TV logo após o fim do campeonato. A CBF, por sua vez, não imaginava que aconteceria o que aconteceu e aceitou, mas após a queda da Lusa no Tribunal e todo o reboliço da história, incluiu uma cláusula em que constava o pedido da desistência do clube paulista de qualquer tentativa na justiça comum ou na Corte Arbitral do Esporte para que não evitasse o descenso. Ou seja, existe suborno, sim!

Todos os clubes fazem movimentações financeiras. A maioria deles pedem empréstimo as entidades. Todos, ou grande parte, também são extremamente carentes quando o assunto é grana. No caso da Portuguesa, principalmente. Um clube jogado às traças, esfacelado pela última gestão hegemônica de Manuel da Lupa e, agora, com a disputa da Série B cada vez mais próxima, encontra-se mais fadada a acabar do que a se reerguer.

O futebol brasileiro sofre há décadas nas mãos desta entidade suja, corrupta e que não se importa (nunca se importou!) com o torcedor. A conclusão que tomo deste caso até aqui é que a CBF usou a desculpa do empréstimo para se livrar de um problema que ela sabia que não resolveria, reconhecendo assim que a decisão do STJD contava com falhas que poderiam ser revertidas em ações movidas em outras esferas da justiça.

De antemão, já ratifico novamente: fosse o Fluminense que tivesse escalado um jogador irregular será que perderia a decisão no Tribunal e disputaria a Série B?

Para o bem do futebol brasileiro, esta entidade deve acabar (Foto: Felipe Oliveira)
Para o bem do futebol brasileiro, esta entidade deve acabar (Foto: Felipe Oliveira)

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