TIME DE GUERREIROS E CAMPEÕES

Não sou tricolor de coração, mas torço por um clube também muitas vezes campeão. Gigante igual ao Fluminense 2012 – Tetracampeão brasileiro.
Melhor ataque. Melhor defesa. Time que mais venceu. Artilheiro do campeonato. Contra fatos não há argumentos, já dizia o poeta. Isso explica muita coisa. Ou quase tudo.

Um time que se inicia por um arqueiro espetacular – formado pela renomada escola alviverde de goleiros – que na bola do jogo, em que Mauricio Ramos armou a bomba para selar a virada do bravo Palmeiras, defendeu de forma monumental, salvando mais uma vez sua equipe da derrota.
De um atacante mortal, decisivo. Que, de duas bolas que recebe, marca dois gols. De um técnico boa gente, boa praça, competente e, acima de tudo, campeonissimo, porém pouco valorizado, diga-se.
Muitos são os adjetivos para qualificar esta memorável conquista tricolor. Entretanto, um fato em especial marcou o caminho do Fluzão até alcançar a quarta estrela.

Coube ao destino colocar as mesmas duas equipes em um jogo pra lá de decisivo.

Há exatos três anos, Palmeiras e Fluminense se enfrentavam no Maracanã. O Verdão, ao contrário da situação atual, brigava pelo título. Já o Flu, contra o descenso.
Fred, um dos pilares daquela limitada equipe e simbolo máximo do tetra, marcou de cabeça, aos 14 do segundo tempo o gol que seria responsável pela arrancada heroica da fuga contra a Série B.

No final, o Palmeiras perdeu o título e a Libertadores. Já a equipe das Laranjeiras, obteve êxito ao conseguir o que muitos apontavam como impossível: se salvou na última rodada, contra o Coxa, no Couto Pereira.

A torcida, um dos fatores fundamentais para a permanência na elite, gritava a plenos pulmões o canto que mais tarde se tornaria marca registrada em Xerém:  “Guerreiro ôÔôÔ!!! Guerreiro ôÔôÔ!!! Guerreiro …Time de Guerreiros”!

Após vitória sobre o Palmeiras, Fluminense arrancou e fugiu do rebaixamento em 2009

De fato é que, a partir daquele ano o Fluminense, além de guerreiro, conseguiu retomar, depois de muito tempo, o patamar de clube vencedor no cenário futebolístico nacional.

Em 2010, de praticamente rebaixado um ano antes, o Flu se remontou e conquistou num Engenhão lotado, o Tricampeonato.
Em 2011, após os ratos e polêmicas envolvendo Muricy abalarem a equipe na Libertadores, o clube contratou Abelão e quase foi campeão, terminando o Brasileirão em terceiro lugar.
E, por fim, neste ano, com três rodadas de antecedência, conseguiu o título de forma única. Épica. Gigante, como é sua história.

A grande verdade, é que algumas equipes estão aprendendo como se disputa a forma dos pontos corridos. Nela, necessariamente não é campeão o time que apresenta o melhor futebol. Quanto mais regular, melhor. A frieza é algo primordial, aliada ao poder mortal de uma jogada ou jogador. Isso o Fluminense fez com extrema perfeição, aniquilando todos os possíveis riscos de perder o caneco.

Desmerecer este incontestável título é de uma burrice nunca antes vista. Usar subterfúgios de ajuda da arbitragem, teorias da conspiração, pagamento da Série B entre outras besteiras são desprezíveis e passíveis de pena.

Parabéns ao Fluminense! O agora, literalmente, TIME DE GUERREIROS E CAMPEÕES!

Jogadores comemoram tetracampeonato em Prudente

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