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NEM PRA LÁ, NEM PRA CÁ

A rodada dos clássicos agitou e embolou a tabela do Campeonato Brasileiro e nada melhor do que um ”SANSÃO” para abrilhantar a linda tarde de domingo na Vila Belmiro. Os dois clubes mais vitoriosos do Brasil a nível de títulos entraram em campo não só com essa pompa, mas também recheados de jogadores que defendem a Seleção Brasileira (principal e sub-20) e provavelmente formarão a base para a Copa de 2014, são eles: Neymar, Ganso, Danilo, Lucas, Casemiro e Henrique, isso sem contar Alex Sandro que deixou o Santos recentemente, além de Bruno Uvini e Willian José que não entraram em campo para o duelo.

Pois bem, a partida em si foi bem movimentada e apesar do domínio santista nos números que postarei abaixo, o São Paulo foi mais perigoso nos contra-ataques e por pouco não matou o jogo no segundo tempo mesmo com um jogador a menos desde os 29 minutos da primeira etapa. Dagoberto e Welligton após belas assistências de Casemiro e Lucas respectivamente pararam em Rafael, que salvou a equipe alvinegra da derrota em plena Vila Belmiro.

As substituições feitas pelo técnico Muricy Ramalho, que aliás foram atípicas conhecendo o seu estilo de armar as equipes, surtiram algum efeito e o Santos conseguiu manter-se no ataque pressionando o São Paulo até o último minuto.

Os golaços de Lucas e P.H.Ganso deram números finais a partida que ficou marcada não só por esses lances, mas pelo duelo a parte entre Neymar e Ivan Piris. Os dois jogadores que já haviam se enfretado pelas semifinais da Libertadores, quando o defensor paraguaio ainda jogava pelo Cerro Porteño, estiveram frente a frente mais uma vez e com todo o respeito ao ”melhor marcador da américa” como ele mesmo afirmou ser, o garoto Neymar desconcertou o são-paulino com duas bolas entre as pernas, pura arte do melhor futebol do mundo.

O empate não agradou ninguém, de um lado o São Paulo perdeu a chance de igualar o Corinthians em número de pontos, do outro, o Santos não conseguiu confirmar a ascenção dentro do Campeonato, já que vinha de duas vitórias seguidas (1×2 no Bahia e 2×1 no Fluminense).

Colocados os devidos pingos nos ”is” termino o post como já é de costume com as notas do clássico, antes os números prometidos:

Números (1° coluna time mandante):

Finalizações:  20 x 5
Roubadas de bola: 16 x 14
Passes errados: 32 x 10
Faltas cometidas: 26 x 19
Posse de bola: 63% x 37%

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Vamos as notas:

RAFAEL – Fez duas belas defesas e evitou o pior. — Nota: 8,0

PARÁ – Assim como toda a defesa, foi muito mal. — Nota: 4,0

EDU DRACENA – O nosso ”capitão américa” esteve perdido em campo, falhou no gol do São Paulo. — Nota: 3,0

DURVAL – Discreto até demais. — Nota: 4,5

LÉO – ”Cavou” a expulsão de Carlinhos Paraíba e mais nada. — Nota: 5,0

HENRIQUE – Sonolento e inoperante, ainda não mostrou a que veio. — Nota: 4,0

ADRIANO – Recebeu um cartão injustamente e teve que sair. — Nota: 5,0

DANILO – Não é a toa que está na seleção. — Nota: 7,0

GANSO – Ah se não fizesse o gol… Mais uma atuação apagada. — Nota: 6,0

FELIPE ANDERSON – Deu a velocidade e o desafogo que faltava ao Santos para aproveitar o homem a mais. — Nota: 6,5

NEYMAR – Pouco produziu, valeu pelos 3 ou 4 dribles desconcertantes no ”maior marcador da américa”. — Nota: 5,5

BORGES – Lutou muito e apesar do gol perdido fez o papel de pivô com muita eficiência. — Nota: 6,0

ALAN KARDEC. – Mostrou mais uma vez que tem estrela, bela assistência pro gol de Ganso. — Nota: 7,0

MURICY RAMALHO – Ao contrário dos outros jogos mexeu na hora certa, o que garantiu o empate. — Nota: 6,5

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Independente desse espaço ser relacionado a assuntos que envolvem o Santos Futebol Clube queria registrar aqui a minha solidariedade para com o técnico Ricardo Gomes e seus familiares. O comandante vascaíno se sentiu mal por volta dos 20 minutos do segundo tempo do clássico entre Flamengo e Vasco, neste domingo, no Engenhão e está internado em estado grave vítima de um acidente vascular encefálico hemorrágico. Acabo de ler na internet que sua cirurgia que durou mais de 3 horas foi bem sucedida, porém o treinador ainda corre risco de morte.

Tenho certeza que todos os meus amigos do FEROZES FC torcem pela sua recuperação.

#FORÇARICARDOGOMES !

CLÁSSICO ?

A atmosfera que permeia os chamados ”clássicos”, geralmente faz valer a pena cada um dos 90 minutos que os torcedores dos times envolvidos dedicam a frente da televisão ou mesmo nas arquibancadas. Um embate entre duas equipes rivais muitas vezes é o divisor de águas de uma delas, ou das duas, no decorrer do campeonato e uma vitória em um jogo como esse vale muito mais do que os 3 pontos.

Certamente era isso que santistas e corintianos esperavam, um clássico divisor de águas, algo que pudesse renovar o ânimo das equipes que não vinham de uma boa sequência no campeonato, o Santos depois de 3 derrotas seguidas se reabilitou contra o Ceará, pouco pra um time Tri Campeão da América, já o Corinthians apesar da posição na tabela (2° antes do jogo e 1° atualmente) oscilou nas últimas partidas e somou apenas 4 pontos nas últimas 4 rodadas.

Pois bem, tudo indicava que a Vila Belmiro seria palco de um duelo muito interessante e disputado, porém quem teve o desprazer de acompanhar a partida e não dormiu no decorrer dela certamente se arrependeu depois.

O primeiro tempo foi todo do Corinthians, mas quando digo ”todo” dá a impressão de que foi um massacre de chances criadas a favor dos visitantes, mas foram poucos chutes que puderam levantar os corintianos do sofá, no mais o Santos se mostrou mais carente e dependente dos desfalques e por isso não conseguiu assustar o goleiro Danilo Fernandes, há não ser em um chute de Elano aos 31 minutos. Na volta do intervalo, nada mudou, o jogo continou morno e se desenrolou com minutos infindáveis até o apito final do árbitro, que aliás foi um alívio pra quem acompanhou o clássico.

Zero a Zero e o placar nada mais é do que um resumo pontual da partida, afinal de contas não tivemos nenhum relampejo de técnica e principalme vontade, mal dá pra acreditar que a mesmo Vila Belmiro e o mesmo Santos protagonizaram um dos maiores jogos dos últimos tempos (Santos 4 x 5 Flamengo) há tão poucos dias atrás. Seria Neymardependência? Talvez, o fato é que a ressaca pós Libertadores parece não ter data para acabar.

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Como já é de costume em jogo clássico tem notas para os jogadores, apesar de achar que nesse um simples numerozinho bastaria para qualificar os boleiros dos dois times.

Rafael -> Se não estivesse em campo não faria falta, a bola mal chegou ao seu gol. — Nota: 5,0

Pará -> Raçudo e aplicado como sempre, se não fosse isso… — Nota: 5,5

Durval -> Seguro e discreto. — Nota: 5,5

Dracena -> Muito faltoso e pra variar saiu de campo com um cartãozinho na conta. — Nota: 4,5

Léo -> Que fôlego !  Neutralizou o lado direito do ataque do Corinthians, o que também não foi tão trabalhoso assim. — Nota: 6,0

Arouca -> O melhor santista em campo. — Nota: 6,5

Henrique -> Ainda sem ritmo de jogo, vamos aguardar… — Nota: 4,5

Ibson -> Tentou ajudar na armação, resultado: não foi feliz. — Nota: 4,5

Elano -> Se não fez uma partida brilhante, ao menos lutou. — Nota: 5,5

Diogo -> Desaprendeu a jogar bola ou será que nunca soube de fato ? — Nota: 3,0

Borges -> Sozinho pouco pôde fazer. — Nota: 5,0

Alan Kardec e Adriano -> Pouco tempo em campo. — Sem Nota

Muricy Ramalho -> Mais uma vez demorou pra mexer, talvez por falta de opções mesmo. — Nota: 5,0

UM BRINDE A VERDADEIRA ARTE DO FUTEBOL BRASILEIRO !

As decepções sucessivas da seleção canarinho nos fizeram crer que o futebol brasileiro estaria adormecido e o receio em relação ao desempenho na tão esperada Copa de 2014 é evidente. É óbvio que o país do futebol atravessa uma fase infeliz, mas enquanto gênios como Neymar e Ronaldinho Gaúcho existirem, jamais perderemos este posto.

O duelo entre Santos x Flamengo já era considerado o ”jogo da rodada” e a expectativa em torno da partida foi alimentada durante toda a semana, porém acreditar que o jogo da rodada se transformaria na melhor partida dos últimos tempos só era possível mesmo se os gênios citados estivessem numa grande noite. E não é que estavam…

De um lado Neymar que de adormecido só o moicano, Do outro Ronaldinho que se não havia mostrado tudo que sabia no Flamengo, nesse jogo transbordou o seu talento pra quem quizesse ver. Os dois jogadores conduziram suas equipes e tornaram as defesas adversárias presas fáceis, a cada lance de um deles as pernas dos defensores tremiam sem saber o que fazer.

A atuação desses dois monstros da bola foi tão mágica e inexplicável que craques como Paulo Henrique Ganso e Thiago Neves tornaram-se meros coadjuvantes, apenas telespectadores da mais pura arte do futebol brasileiro. O 3° gol de Neymar, que colocou um sonoro 3×0 de vantagem para o Santos no duelo, foi simplesmente magistral, o drible no ínicio da jogada, a tabelinha com Borges, outro drible desconcertante em Ronaldo Angelim e a finalização por cobertura na saída de Felipe apenas explicitam o vasto repertório de coisas mágicas que o garoto é capaz de fazer. Simplesmente o mais bonito tento do campeonato e que dificilmente será superado.

Com a vantagem e o banho de bola que o Santos aplicava, coube a Ronaldinho Gaúcho a reação histórica, e realmente só um jogador do porte dele poderia realizar algo tão improvável. Ainda no primeiro tempo o Flamengo conseguiu o empate e o 3×3 incendiaria ainda mais a partida.

Ao final dos 45 minutos, quase sem folêgo, pensei: Ainda faltam 45 minutos, Obrigado !

De fato, a segunda etapa apenas comprovou o meu agradecimento e o espetáculo continuou, acredito que os deuses da bola poucas vezes foram tão generosos assim com os amantes do futebol. O 4° gol alvinegro, não preciso nem falar de quem, marcou mais uma bela arrancada do menino gênio que terminou com uma finalização precisa e inapelável, era o Santos de novo comandando o placar.

O que era apenas o ”jogo da rodada” foi se desenhando a cada minuto que passava num dos maiores espetáculos do futebol moderno e mesmo ganhando acredito que todos os torcedores santistas gostariam que o tempo parasse para que aquele momento nunca mais findasse.

Mais 2 lances geniais ainda estavam por vir e dessa vez o autor seria Ronaldinho Gaúcho, que após partir com a bola e driblar como se não houvesse marcação sofreu uma falta na boca da área. Seria muito tolo o santista que acreditasse que ali não sairia o empate do Flamengo. O cobrador era simplesmente ”o cara”, que em noite de Ronaldinho Gaúcho empatou a partida na mais pura precisão e malandragem.

Pronto, o 4×4 já seria a coroação de um espetáculo como esse, mas quizeram os deuses do futebol que houvesse um vencedor e o craque flamenguista tratou de trazer a vitória para o seu lado e com mais um gol de quem sabe decretou o 5×4 e colocou números finais no melhor jogo do ano, pra ser mais modesto.

Uma frase do nosso querido Mauro Betting ilustra de forma brilhante a épica partida: ”O Flamengo merecia seis pontos pela vitória sensacional e o Santos mais três por ter perdido e ainda jogado tanto futebol. Não importa ter levado a virada antológica depois de abrir três gols. O que vale é que as duas equipes honraram a sagrada Vila Belmiro com um jogo espetacular.”

Eu que tive o prazer de assistir a partida e ainda comenta-la através dos meus blogs só posso terminar com um agradecimento aos gênios da bola que ainda desfilam pelos gramados brasileiros e um brinde a mais pura arte do futebol.

OBRIGADO !

A queda de Adilson Batista

A torcida pediu e Adilson Batista caiu. Realmente, não é novidade para ninguém que a relação Adilson e Santos nunca foi um mar de rosas e a qualquer momento sua cabeça seria colocada a prêmio. Como torcedor e conhecedor do futebol posso afirmar que o erro maior da diretoria santista foi ter apostado em um treinador, que apesar do longo trabalho no Cruzeiro conquistou apenas 2 campeonatos estaduais e na sua breve passagem pelo Corinthians prejudicou a equipe na briga pelo título Brasileiro.

Ao contrário do começo de 2010, onde ninguém apostava na equipe santista e no fim das contas ela rendeu mais do que o esperado. Em 2011 o time estava pronto e era apontado como um dos favoritos a tudo que fosse disputar. Porém Adilson não conseguiu dar ao Santos a cara do Santos, o jeito de jogar que o torcedor se acostumou a ver ao longo da história do clube, a boa e velha ofensividade.

Conhecido como Professor Pardal, o treinador resolveu apostar em uma formação mais conservadora com 3 volantes e insistiu em alguns jogadores que não deram certo, casos de Diogo, Adriano e Róbson. Os tropeços recentes e principalmente as suas escalações precipitadas e sem lógica alguma foram a ”mãozinha” que faltava para a sua demissão.

Enfim não há muito o que comentar, acredito que Adilson precisa rever seus conceitos e passar por um período de reciclagem, afinal de contas, ele não pode ser tão ruim assim.

Em relação ao novo treinador santista, as especulações são muitas, mas apostaria em Ney Franco, treinador experiente que comandou brilhantemente os garotos do sub-20 e é extremamente competente.

Enquanto isso Martellote comandará a equipe que enfrenta o Cerro Porteño-PAR na Vila Belmiro pela 2° rodada da fase de grupos da Libertadores. Agora não existe mais desculpas, o técnico saiu e time o Santos tem para vencer e conquistar títulos. Portanto VAMOS JOGAR BOLA !

ADILSON BATISTA EM NÚMEROS:

Jogos: 11
Vitórias: 5
Empates: 5
Derrotas: 1
Aproveitamento: 60,6%
Gols pró: 23
Gols contra: 13