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MARASMO

Depois de emplacar uma boa série de resultados, mesmo com a ausência de Neymar, o Santos demonstrava seus últimos vestígios de força por algo melhor nesse Brasileirão, porém o ”marasmo” que tomou conta da equipe nas últimas duas partidas enterrou qualquer chance de chegar à Libertadores da próxima temporada e é justamente no ano de 2013 que as atenções do clube já estão voltadas.

Com o miolo da tabela praticamente assegurado, o Santos se prepara nos bastidores para montar um time competitivo e que não necessite tanto do talento de Neymar. O jogador inclusive ”soltou os cachorros” pra cima dos companheiros, pós medíocre apresentação do time contra o Naútico. Segundo ele, os seus companheiros de clube não podem simplesmente esperar que ele decida todos os jogos.

Eu particularmente assino embaixo, até porque a camisa que esses jogadores vestem é tão gloriosa e importante que não precisaria de mais nenhum tipo de motivação para cada um deles comer grama durante os 90 minutos, além disso os salários astronômicos que muitos deles recebem não estão de acordo com essa falta de vontade e com essa acomodação de achar que ”tocar a bola” no Neymar resolverá todos os problemas. O Santos precisa de mais do que isso, um clube tão grande não pode ficar a mercê de um jogador, por melhor que ele seja.

O mínimo que se espera em uma situação como essas é  que os jogadores se doem dentro de campo e já que não conseguem um padrão sem o seu maior craque pelo menos auxiliem o mesmo a poder demonstrar todo o seu talento. O garoto não pode simplesmente pegar a bola driblar os 11 adversários e fazer o gol, se bem que não é bom que se duvide disso tamanha a sua capacidade.

Em suma, o Santos precisa se planejar melhor para 2013, reformular o seu elenco e encontrar jogadores que supram as ausências de Neymar e que na presença dele o ajudem a ser decisivo. Um craque decide partidas, mas só um time ganha campeonatos.

SEGUNDO TURNO ARRETADO !

Depois de duas vitórias de virada em clássicos dava pra imaginar um Santos mais competitivo no segundo turno do Brasileirão, até porque a aproximação do G-4 era eminente e a sequência de jogos indicava a manutenção da mesma. Porém, como o futebol adora nos pregar peças, a equipe teve sua reação freada justamente por times favoritos ao rebaixamento e as duas derrotas para Bahia (em casa) e Sport (fora) tornaram o sonho de voltar a Libertadores cada vez mais distante.

SANTOS 1 X 3 BAHIA

Time completo, Vila Belmiro, Neymar voando e a certeza da vitória estava estampada na face de cada torcedor, só que do outro lado havia um time desesperado para fugir das últimas posições e que se aproveitou do ”salto alto” do time mandante e contrariou qualquer expectativa de três pontos garantidos      para o Santos.

O 1° tempo até indicava uma vitória tranquila de Neymar e Cia, o 1×0 e a atuação sólida do time colocaram o Santos na 7° posição provisória do certame apenas 6 pontos atrás do Vasco (4° colocado), mas o apagão geral na segunda etapa custaram a derrota inesperada.

Simplesmente três gols em 30 minutos e ao término da partida a raiva da torcida tinha um alvo certo, a partir do momento em que o juiz apitou o final do jogo, os protestos começaram e a ”culpa” da derrota recaiu sobre as costas de PH Ganso que há tempos tem sua relação estremecida com a diretoria e a torcida.

Moedas choveram no gramado e os gritos de ”mercenário” ecoaram por todas as partes, as declarações recentes e as investidas do São Paulo sinalizam para  a saída do jogador que não tem mais clima algum para prosseguir no Santos.

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SPORT 2 X 1 SANTOS

Nas vésperas da partida contra o Sport a notícia que nenhum santista gostaria de ouvir em uma hora como essas: ”Neymar é vetado”. A partir daí a derrota do Santos começou a ser desenhada, pois como já mencionei aqui em posts anteriores existe uma ”Neymar dependência” na equipe santista, quando o garoto joga há uma mudança de postura e um acréscimo de qualidade gritantes, já quando ele não atua torna-se sofrível a tarefa de assistir uma partida do Santos.

Pois bem, sem a estrela do time em campo, a equipe conseguiu a proeza de perder para um time que não vencia há 11 partidas, sem contar que jogou praticamente um tempo com 1 jogador a mais.

No meu modo de ver, o técnico Muricy já começou errando na escalação da equipe. Gerson Magrão no lugar de Ganso lesionado e Felipe Anderson no lugar de Neymar configuraram a equipe em um 4-5-1, apenas com André isolado na frente. Com isso o Sport aproveitou as chances que teve e virou o primeiro tempo com um 2×0 ao seu favor.

Só depois que a vaca já estava indo pro brejo que o treinador resolveu mexer e apesar do gol aos 7 minutos, a equipe passou os outros 40 da etapa final sem criar uma chance sequer. Melhor para os nordestinos que comemoraram a vitória e ganharam um gás para escapar da zona do rebaixamento.
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É por essas e outras que o G-4 tão almejado pelos jogadores está tão distante e pra falar a verdade a realidade atual da equipe do Santos é somar pontos para ficar Série A e se manter na zona de classificação da Sul-Americana, o que é muito pouco para um elenco tão caro em um ano tão importante da história do clube.

 

QUANDO A ARBITRAGEM SOBREPÕE MAIS UMA VEZ O BOM FUTEBOL

Ontem 12 mil pessoas saíram de suas casas para acompanhar um jogo que envolvia não só os dois últimos campeões da Libertadores, mas também o atual tri campeão paulista contra o atual campeão nacional, fora isso toda a rivalidade que fora aguçada com os embates recentes entre as duas equipes e as decisões protagonizadas pelas mesmas na última década. Todos os ingredientes favoráveis para mais um grande clássico entre Santos e Corinthians e analisando apenas o que foi o jogo em si tudo isso se confirmou, foram 26 finalizações, grandes defesas dos dois goleiros, jogadas maravilhosas e um tempo de superioridade pra cada time. Porém, o ideal seria que só esses fatos ficassem marcados na memória do torcedor, mas o erro gravíssimo do assistente Émerson de Carvalho tratou de ofuscar o melhor clássico do campeonato.

Infelizmente está ficando cada vez mais comum que ao término de uma partida do Campeonato Brasileiro haja algum tipo de reclamação com os árbitros e o mais estarrecedor é que 99% das mesmas são com razão por parte do time prejudicado, o que explicita cada vez mais a falta de preparo dos nossos juízes e o descaso de todas as entidades envolvidas para com o espetáculo do futebol.  Não quero entrar no mérito do que deve ou não ser feito para acabar ou ao menos minimizar todos esses acontecimentos, muitos irão falar sobre profissionalização dos árbitros, ”chip” na bola, opção do árbitro rever o lance no momento do jogo, tudo isso é válido, mas falta ação efetiva e interesse de quem manda no esporte no país, até porque não sou eu e nem você que humildemente me acompanha no Ferozes que irá resolver tudo isso, mas com certeza somos nós que amamos esse esporte que continuaremos a sofrer com essa várzea total.

Contudo, ainda tivemos um baita clássico na Vila Belmiro e vou me ater a isso a partir de agora. Por realidades bem distintas, Santos e Corinthians estão muito aquém das reais posições que poderiam almejar no Brasileirão, mas no clássico de ontem mostraram o porque de serem os times protagonistas dos últimos anos no futebol brasileiro.

A primeira etapa foi bastante movimentada com chances dos dois lados, mas com superioridade corintiana, já que o melhor homem em campo foi o goleiro Rafael que saiu nocauteado pelo próprio companheiro e futuro herói do clássico, Bruno Rodrigo. Agora, se o primeiro tempo foi bom, o segundo pegou fogo e o Santos voltou bem melhor. Com mais presença no ataque encontrou o seu gol fruto de um erro crasso do juiz e manteve o ritmo até a metade da segunda etapa, quando recuou (típico dos times do Muricy) e ofereceu espaço ao Corinthians, tanto que aos 35 min o bom jogador Martínez fez bela jogada individual e empatou o clássico, resultado teoricamente mais justo pelo que foi toda a partida, mas como o futebol é imprevisível e por isso tão amado, o Santos ainda teve tempo de sair com a vitória através dos pés de Neymar e da cabeça de Bruno Rodrigo, muito menos badalado, mas que foi igualmente decisivo.

Polêmicas e reclamações a parte, o Santos segue seu rumo buscando dias melhores no Brasileirão, antes disso uma pausa para a busca de mais um título internacional, a Recopa. Quarta-feira o time encara a LaU e tentará um resultado confortável para o jogo de volta dia 26/09. O Corinthians descansa no meio da semana para encarar mais um clássico, desta vez com o São Paulo, mas até lá terá muito o que reclamar e infelizmente não é a primeira e nem será a última que erros comprometem um jogo tão bem jogado e emocionante.

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Como já é costume gosto de dar notas aos personagens alvinegros praianos após cada clássico, então vamos a elas:

Rafael – Firme no primeiro tempo, evitou que o time virasse o jogo perdendo. Nota: 8,0

Bruno Peres – Apoia muito, marca pouco. Nota: 5,0

Durval – Como sempre decisivo, só que pro adversário. Falhou no 1° gol corintiano, assim como na Libertadores deixou o Danilo livre, leve e solto. Nota: 3,0

Bruno Rodrigo – Apesar do drible desconcertante no lance do 2° gol do Corinthians foi decisivo ao dar a vitória ao Santos. Nota: 7,0

Léo – Um jogo sim, um jogo não e assim segue a vida do ídolo santista. Não comprometeu. Nota: 5,0

Adriano – Raçudo como sempre, mas pouco apareceu. Nota: 5,0

Arouca – Perdeu duas chances claras de gol que poderiam ter decidido a partida previamente. No mais, com a qualidade de sempre sustentou o meio campo santista. Nota: 6,0

Patito Rodríguez – Partiu pra cima o jogo todo, levou vantagem na maioria delas, mas se mostrou um tanto ”fominha”. Ainda precisa melhorar. Nota: 6,5

Ganso – Passeou em campo mais uma vez. O que acontece com esse jogador ?. Nota: 4,0

Neymar – Dono do jogo, 2 assistências com direito a uma jogada brilhante no primeiro gol. Chamou a responsabilidade e mais uma vez explicitou o quanto o time depende dele. Nota: 8,0

André – Fez os dois gols e perdeu outros 2, nada mais que isso. Ainda carece de ritmo de jogo. Nota: 7,0

Miralles e Felipe Anderson – Não produziram nem comprometeram. Nota: 5,0

Éverton Páscoa – Pouco tempo pra avaliar. Sem Nota 

UMA NOVA REALIDADE

”Santos Campeão da América” , ”Melhor equipe do Brasil”, ”Os meninos da Vila encantam o país novamente”, ”Santos cresce e já é a 5° marca mais poderosa do futebol nacional”.

Essa foram as manchetes que acompanharam o Santos durante 2 anos de conquistas e expansão de sua marca. Porém, o dinamismo e o imponderável que permeiam o esporte mais popular do planeta pregaram mais uma peça em todos nós, e talvez seja esse um dos motivos que o torna tão incrivelmente apaixonante.

O ano do centenário do clube chegou e com ele toda a herança desse período magnífico. Uma diretoria competente que na medida do possível manteve a espinha dorsal do time, uma equipe sólida e favorita pra conquista do tetra campeonato da América e um craque completamente formado e decisivo. Somado a tudo isso a temporada começa com um tri campeonato histórico que há muito tempo não era alcançado por time algum no estado e a classificação pra fase final da Libertadores, tudo que o torcedor sonhava em um ano tão importante e histórico.

Contudo, alguns erros de planejamento e a eliminação dolorosa para o arquirrival Corinthians na semifinal da competição sul americana lançaram o Santos em uma nova realidade e a equipe não se encontrou mais. Peças antes importantes e que hoje não rendiam o esperado foram dispensadas, casos de Borges, Alan Kardec e Elano, mas o grande problema foi a falta de reposição, ou melhor, ela até ocorreu, mas não no mesmo nível das perdas.

Como já é de costume, sempre que a coisa aperta pelos lados de Vila Belmiro ouve-se o seguinte dizer: ”Chama os meninos ! ”. Muricy prontamente recorreu a essa arma ”infalível” do Santos e subiu garotos da base para compor o elenco, afinal de contas, as Olimpíadas, as contusões e a falta de grandes reforços deixaram o treinador sem opções para escalar a equipe.

E  é desta forma que o primeiro turno do certame nacional tem sido um sofrimento tremendo para os torcedores. Já se passaram 15 rodadas e a campanha de 3V, 7E e 5D não anima ninguém, a 14° colocação não abre possibilidade para a volta à Libertadores, a irregularidade segue como uma constante no Santos deixando muitas perguntas no ar:

Será que os meninos serão os salvadores da pátria mais uma vez ?
Muricy conseguirá encontrar um padrão de jogo para a equipe ?
E o reforços vão ou não vão dar certo ?
A CBF deixará o Santos jogar completo ?

Só o desenrolar da competição pode esclarecer tudo isso, no mais a equipe tem a chance de engrenar com mais uma partida em casa contra o Atlético-GO no sábado e nesse louco e equilibrado Campeonato Brasileiro tudo pode acontecer ainda.

SAI GANSO, ENTRA PATO

Com a janela de transferências do exterior a poucos dias de seu fechamento, as especulações aumentam e o mais novo nome que ronda pelos lados de Vila Belmiro é o de ”Patito” Rodríguez, meio campo do Independiente da Argentina. O garoto tem 21 anos e tem propostas também da Grécia, mas como o país encontra-se a beira da falência é esperado que pelo menos essa contratação o Santos não deixe escapar. É o que a torcida espera…

O site ”olheiros.net” fez uma matéria sobre o ”Pato argentino” em 2008 quando ele surgiu para o futebol:

”Nascido em Quilmes, na província de Buenos Aires, o filho de Luís e Alicia passou por vários clubes amadores, como Defensores de Arenas, Crucecita e Germinal, antes de chegar a Avellaneda, em 2000, graças a Manuel Magán, diretor do infantil. No ano passado, era reserva da equipe sub-17 até que Vissio, Mazzola e Fernando Godoy foram convocados para a seleção argentina que disputaria o sulamericano da categoria, no Equador. A oportunidade lhe sorriu e, com grandes atuações, não saiu mais da equipe.

Rodriguez pode agradecer à sua personalidade, e não apenas aos seus atributos, o fato de, logo em seguida, ter sido chamado para a albiceleste juvenil e para participar da pré-temporada da equipe principal, visando o Torneio de Verão e o Clausura. Sua humildade e a vontade de aprender são sempre destacadas pelos companheiros mais experientes e pelos técnicos com os quais trabalhou. Fã declarado de Cristiano Ronaldo, Patito – apelido dado por seu porte físico e seu cabelo loiro – diz assistir incessantemente os lances do português para tentar imitá-lo.

Pedro Troglio, ex-comandante da equipe e responsável por sua subida, viu no franzino meia de 1,70m e 60kg uma jóia rara. “É um garoto humilde e tranqüilo, que nos passa a garantia de que não acabará se deixando levar pelo entusiasmo, como acontece com muitas promessas”, afirmou à época.”. (PLACAR – http://www.olheiros.net/artigo/ler/484)

Abaixo um vídeo com os melhores lances de Pato Rodríguez.
Seria ele um novo ”Montillo” ou mais um ”Defederico” da vida ???

Tirem suas conclusões:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=S_PvLb7lyi0[/youtube]