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ADEUS, TIRONE!

O dia é 21 de janeiro de 2013, eleições presidenciais da Sociedade Esportiva Palmeiras, mas pode também ser chamado de Dia da Independência.

Finda-se neste 21 de janeiro o mandato do mais insosso, inócuo, improdutivo e incapaz presidente que já se dignou a assumir o comando de uma das maiores potencias do futebol.

Uma administração que espelha na fraqueza atual do time e da instituição, além da perda do respeito por parte dos rivais, toda a frágil essência do principal mandatário.

Termina o seu mandato, mas certamente os problemas por ele gerados ainda continuarão por tempos, recheando ainda mais a missão do próximo mandatário.

Décio Perin ou Paulo Nobre irá sucedê-lo e neste momento o que menos importa é quem deles irá vencer. A vitória só se dará por completo se na esteira de seus êxitos vier também o remanejamento da instituição ao patamar que sua existência lhe confere.

Ambos trazem o mote da profissionalização dos departamentos, da independência administrativa do futebol. Ações que em um mundo ideal já deveriam fazer parte da vida alviverde, mas que dentro da mais completa falta de rumo dos últimos anos, tornam-se esperanças de dias melhores.

Vigiar e cobrar é preciso. Quando Belluzzo foi eleito presidente, lembro de ter escrito uma coluna onde elencava suas principais virtudes, anunciando os novos tempos que depois acabaram por não chegar. Já não há mais espaço para decepções, mas também não há mais razões para crer em Papai Noel.

Que a figura fraca e pálida do presidente que se vai leve junto os reflexos de sua desastrosa gestão.

O “Novo” é a palavra de ordem. Que o novo presidente não traga o novo somente na alcunha de sua nova função. Que seja um novo de novas ideias, de novos e benéficos desejos. Novas perspectivas, novos crescimentos, novas conquistas.

Que venha com ele a boa nova. O resgate do gigante Palmeiras para os novos tempos.

 

TIRONE QUER CAVALIERI NO PALMEIRAS(!!)?

Segundo informações do UOL, Arnaldo Tirone não anda muito contente com o atual dono da camisa nº1 do Palmeiras e pensa em buscar um substituto para a disputa da Libertadores em 2013. Seu temor é bater de frente com a maior escola de goleiros do país e gerar algum tipo de crise interna. Bruno é formado na base alviverde.

Se for mesmo verdade, a situação não será novidade. Em 1993, após a geração de Leão, a passagem de Zetti e o surgimento de Veloso (ainda que este tenha passado por outros clubes antes de voltar e se firmar no Palmeiras), além de Cesar, que fora titular e tido como grande promessa em 1992 e depois sumiu, em 1993 já com o super time montado pela Parmalat, Sergio assumiu a camisa 1, mas nunca foi unanimidade. Era tido como uma espécie de patinho feio daquela constelação. Os títulos vinham aos borbotões, mas a confiança não chegava na mesma medida.

Em 1994 Veloso retornou ao clube e ganhou a titularidade, mas a ânsia por um goleiro de experiência internacional para a disputa da Libertadores de 95, aliada a insegurança espelhada em Sérgio fez o clube ir atrás do experiente Gato Fernandez. Que até fez bom papel naquele ano, mas com Veloso voando baixo não havia porque não apostar no goleiro da casa. Veloso então foi titular absoluto até 1999, quando se lesionou e perdeu a vaga para Marcos. Daí em diante todo mundo conhece a história.

Nesse meio tempo o goleiro Sérgio retornou ao clube, já mais experiente e seguro, tendo alcançado bom status junto ao torcedor e merecendo chances para substituir Marcão em suas inúmeras lesões. Inclusive atuando sistematicamente na campanha da série B.

Conto essa história toda pois, 2º a mesma matéria do UOL, o sonho de Tirone e trazer de volta Diego Cavalieri, que vive fase exuberante no Fluminense.

Mais um da escola de goleiros do Verdão, Cavalieri era tido como o substituto de Marcão. Mas com o Santo Goleiro prorrogando sua carreira e Diego crescendo cada vez mais, tornou-se insustentável segura-lo na reserva. Diego foi então vendido ao Liverpool, onde teve poucas chances contra Pepe Reina. Teve ainda breve passagem pelo Cesena da Itália, até ser trazido pelo Fluminense.

No Fluminense Cavalieri vem mostrando que amadureceu e aprimorou seus apurados reflexos. Para muitos, onde me incluo, já merece chance na seleção da CBF.

A história de Cavalieri pode repetir mais ou menos a que foi de Veloso, bem como a de Bruno a de Sergião. E ambos refletem bem o que é a história alviverde e seus goleiros. Alguns geniais, outros ótimos, tantos outros bons, alguns regulares e um santo. Muitos saem e somem. Outros saem, voltam e brilham.

Tirar Cavalieri do Fluminense é pouco provável/quase impossível. Mas imaginando que surgisse a oportunidade, não vejo onde o hipotético retorno de um grande goleiro como Cavalieri possa gerar atrito interno.

“MEU PROBLEMA NÃO É TIREÓIDE. É TIRONE!”

Durante sessão de exames médicos na Academia de Futebol, Felipão foi perguntado se tem algum tipo de problema de tireóide. Vendo que as câmeras de TV estavam ligadas, não hesitou em responder: “Meu problema é Tirone”. E sim, deu risada na seqüência, todos no local sorriram e fosse em qualquer outro clube menos efervescente e certamente seria dada conotação de piada, de brincadeira, de descontração. Mas foi no Palmeiras e o mundo todo já comenta que Felipão “está cavando sua saída do clube”. Há dois anos que dizem isso, inclusive.

Na realidade não sei mais se Felipão dá esse tipo de declaração esperando mesmo ser dispensado ou se é sem maldade. Fato é que haveria de ter mais discernimento o técnico campeão mundial.

Já não bastam as reclamações fora de hora após boa vitória contra o Paraná, onde ele poderia muito bem ter elevado o moral do time, elogiado a performance de Mazinho, de Valdívia, baixar a fumaça do eterno incêndio alviverde. Ao invés disso ele tacou gasolina. Resolveu cobrar a direção em um momento onde nem havia contexto para tal.

A boa performance do time, que aconteceu sim, ficou de lado. César Sampaio passou a semana tentando colocar panos quentes e Arnaldo Tirone, principal alvo das críticas, terminou de vestir a casca de banana e acendeu o cachimbo da paz. Um cachimbo com mais pólvora do que paz, mas ainda assim o fez.

Tivesse Tirone um mínimo de pulso firme e Felipão já não seria o técnico do Palmeiras há tempos. E não estou dizendo se isso seria o certo ou não. Apenas funciona assim em locais onde existe hierarquia.

E assim segue o dia a dia palmeirense. Em vias de iniciar duelo pelas 4ª´s de final da Copa do Brasil, o clima não é de paz.

Enquanto seus rivais usam e abusam da cortina de fumaça para abafar suas mazelas, o Palmeiras amplia sua fumaceira com gasolina.

No Corinthians há tempos que os insucessos são imediatamente abafados com especulações acerca de grandes contratações. Como a de Seedorf, por exemplo.

“Ronaldo quer colocar o amigo holandês no Timão. A esposa do cara é brasileira e ele fala português fluentemente”.

Por que o Palmeiras não especula o Gatuso?

Sim, Gennaro Gatuso, recém desempregado no Milan – por opção própria. Tem 34 anos e um vigor físico de fazer inveja a qualquer rapazote de 20 anos. É a peça que falta ao meio campo alviverde, que não marca ninguém. Foi um dos líderes do Milan por quase 10 anos. Cairia como uma luva nesse frágil sistema defensivo palmeirense.

São pagos milhares e milhares de reais por jogadores que não revertem nada, por um técnico que não justifica investimento. Se vira, Tirone. Deixa de ser banana e tente alguma movimentação mais ousada. Especule, sacuda essa poeira em meio as múmias.

E a esposa do Gatuso também é brasileira, diga-se de passagem.

Claro que as chances de não dar em nada são imensas. Mas Seedorf no Corinthians deu certo? Nem perto disso deve ter chegado. Mas todo mundo sempre caiu na conversinha do “amigo Ronaldo”.

Mais do que bagunçado, o Palmeiras é um clube de bobos.