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A nova função do Kobe Bryant

Depois de passar vergonha em boa parte da temporada, parece que o Los Angeles Lakers finalmente se acertou. Com Pau Gasol vindo do banco de reservas e Dwight Howard parando de reclamar por não receber a bola em toda jogada ofensiva, o time angelino embalou três vitórias seguidas contra adversários fortes e, acima de tudo, demonstrando um jogo coletivo.

Apesar de ter citado acima duas mudanças feitas pelo técnico Mike D’Antoni nos últimos jogos, a chave para as vitórias do Lakers foi outra: a participação de Kobe Bryant. O camisa 24 parece que finalmente acordou e percebeu que se o time continuasse do jeito que estava não teria a menor chances de brigar por uma vaga nos playoffs.

Conhecido por ser fominha e querer chutar todas as bolas de qualquer lugar da quadra, Kobe tem mudado seu estilo de jogo em prol do time. No melhor estilo Magic Johnson, o “Black Mamba” passou a envolver seus companheiros de time no jogo e distribuir a bola para aqueles que têm melhores condições de fazer a cesta. Além de participar de forma intensa do jogo defensivo.

Kobe Bryant deixou de ser fominha e passou a distribuir mais a bola

Na última sexta-feira (25/1) na vitória do Lakers sobre o Utah Jazz por 102 a 84, o ala-armador marcou apenas 14 pontos, mas distribuiu 14 assistências, pegou nove rebotes (todos defensivos), roubou três bolas e aplicou um toco. Dois dias depois, na vitória de 105 a 96 contra o poderoso Oklahoma City Thunder, o camisa 24 do Lakers distribuiu as mesmas 14 assistências, pegou os mesmos nove rebotes (todos defensivos, novamente), só que dessa vez marcou 21 pontos. O mesmo aconteceu na vitória sobre de 111 a 106 na noite de ontem (29/1) sobre New Orleans Hornets, quando Kobe marcou 14 pontos, distribuiu 11 assistências e pegou oito rebotes. Vamos ver qual será o retrospecto do time angelino nas próximas partidas.

Com 20 vitórias e 25 derrotas, o Lakers ocupa hoje a décima posição na conferência Oeste e estaria fora dos Playoffs. A situação é ainda mais complicada, pois o Houston Rockets, oitava colocado, tem 25 vitórias e 22 derrotas. Ou seja, se o time de Mike D’Antoni quiser alcançar a pós-temporada terá que suar muito, mas as chances são grandes. Principalmente se manter o mesmo estilo de jogo apresentado nas últimas partidas.

Não quero dizer que o Lakers irá atropelar todo mundo e irá alcançar os Playoffs, mas é claro que o fato de ter um time recheado de estrelas e ser reconhecido historicamente por ser uma franquia de chegada e de tradição, pode pesar. Ou você arrisca duvidar de uma equipe que possui 16 títulos da NBA e tem no plantel jogadores do porte de Pau Gasol, Steve Nash, Dwight Howard e Kobe Bryant?

CLIPPERS VENCE HEAT E THUNDER SEGUE NO RITMO DE VITÓRIAS.

A rodada de ontem à noite foi boa e também emocionante para os líderes da Conferência Oeste da NBA. A exceção do Portland Trail Blazers, que mesmo jogando em casa não conseguiu virar o jogo contra o Orlando Magic e acabou perdendo por 107 à 104, os outros times venceram. Oklahoma , Dallas, San Antonio, Los Angeles Lakers e Clippers  ganharam e embolaram a disputa pelos primeiros lugares, que promete ser acirrada até os Playoff’s.

Falando dos times de Los Angeles, o Clippers recebeu o Heat e conseguiu a vitória mais expressiva da temporada até então. O jogo foi emocionante, com direito a prorrogação e muita defesa. No final, prevaleceu o time da casa que também contou com um péssimo 4º período do trio de ferro do Heat, com James, Wade e Bosh totalizando juntos apenas 3 cestas em 8 tentativas. Ao final da partida, nada de euforia por parte da jovem estrela dos Clippers, Blake Griffin. “Foi apenas mais uma vitória, não podemos nos empolgar muito”. Pelo lado do Heat, Lebron James preferiu exaltar a defesa e a luta pela vitória até o fim. “Com a nossa defesa, tivemos a chance de vencer a partida, e é o que esperamos. Ninguém gosta de perder, mas podemos ficar satisfeitos sem ficar lamentando por esta derrota”. Griffin terminou com 20 pontos e 12 rebotes e James com 23 pontos e 13 rebotes.

Em Utah tivemos o encontro do Jazz, que ainda não tinha perdido em casa, contra o Lakers, que ainda não tinha vencido fora, mas que contava com um Kobe Bryant embalado por ter recebido o prêmio de jogador da semana na Conferência Oeste. Em uma partida muito disputada e que também acabou em prorrogação, o Lakers prevaleceu com ótimas jogadas defensivas de Andrew Bynum, que no final bloqueou um possível arremesso para a vitória de Al Jefferson, ainda no tempo regulamentar. O triunfo veio na prorrogação por 90 à 87, resultado que levou os jogadores do L.A. a comemorarem muito, principalmente pelo ótimo desempenho defensivo de Andrew, que explicou o toco em Jefferson. “Foi uma reação instantânea. Tenho sorte dele ter tentado arremessar rapidamente”, disse ele, sobre a rapidez da jogada. Se Jefferson tivesse feito uma finta, a chance do Jazz ter vencido seria bem maior. “Foi uma boa vitória fora de casa”, disse Kobe Bryant, que anotou 40 pontos. “É um ginásio muito difícil de se jogar e foi um grande teste para nós”. O destaque pelo Utah foi Paul Millsap, com 29 pontos e 9 rebotes.

Em mais uma partida que terminou em prorrogação, o San Antonio Spurs venceu o clássico do Texas contra o Houston Rockets e segue firme na disputa pelos primeiros lugares. Após o empate no tempo regulamentar, o Spurs  segurou o ímpeto do Rockets que tentou a virada mas esbarrou na forte defesa do time da casa. Tim Duncan foi o destaque da prorrogação, conseguindo roubar duas bolas e dar um toco importantíssimo para manter a equipe invicta no AT&T Center. O placar final de 101 à 95 marcou a sétima vitória seguida jogando em San Antonio, algo que não acontecia desde 2007-2008, quando venceram os 13 primeiros jogos em casa. Outro destaque da partida foi o armador do Spurs Tony Parker, que anotou 28 pontos. “Ele é inacreditável”, disse Duncan. “Sei que ele estará exausto amanhã. Ele fez de tudo para nós, atacou constantemente e encontrou uma maneira de fazer tudo certo, seja encontrar os companheiros para arremessos livres ou convertendo cestas”, finalizou. Pelo Houston, Kyle Lowry fez boa partida, com 22 pontos e 7 assistências.

Já o líder da Conferência Oeste manteve o domínio sobre seus adversários. Jogando fora de casa, o Thunder venceu o Hornets em New Orleans por 95 à 85 e alcançou a 10ª vitória na temporada. O time sofreu com o cansaço, pois fazia a 5ª partida em seis dias, mas nem isso impediu Kevin Durant e Cia, que venceram todos os jogos desta brutal seqüência. “É uma ótima sensação ter vencido estes cinco jogos”, disse Durant, empolgado. “Temos que levar isso adiante e construir um bom momento para a próxima partida. É bom saber que passamos por este teste”, desabafou a estrela do Oklahoma. Durant terminou a partida com 29 pontos e 10 rebotes e contou com a ajuda de Russell Westbrook, que contribuiu com 22 pontos com mais 7 assistências. Pelo lado do Hornets, o armador Jarrett Jack lamentou a falta de consistência da equipe durante a partida. “Mostramos que podemos ser dominantes no começo, mas ainda temos dificuldades em manter isso durante 48 minutos”, explicou. “É frustrante”, disse ele, decepcionado.

Vamos agora abordar um assunto que gerou polêmica. Na semana passada tivemos a demissão de Paul Westphal, técnico do Sacramento Kings, que teve problemas de relacionamento com o pivô do time, DeMarcus Cousins. O histórico da jovem promessa é conturbado, Cousins demonstrou ser um garoto problemático já no colegial e no primeiro ano da faculdade, pois tem um temperamento difícil que já causou problemas com juízes, colegas de time e adversários. Westphal demonstrou insatisfação com o trabalho realizado pelo pivô e seu comportamento profissional. O treinador não gostou de um suposto pedido de troca de seu pivô após uma discussão entre os dois, fato que o levou a afastar o jogador por um jogo. Geralmente, num embate entre estrela do time e técnico, quem leva a pior é o comandante, e Westphal foi demitido do cargo pelo presidente do Kings. O jogador negou o pedido de troca e tentou colocar panos quentes no ocorrido. “Esta tem sido uma semana difícil e com vários desentendimentos”, disse Cousins. “O treinador Westphal foi um grande professor e para a maioria de nós, um bom técnico. Esta foi uma decisão da diretoria”, resumiu ele. Neste caso, Westphal não tinha os números ao seu lado, a campanha do Kings naquele momento era de 2 vitórias e 5 derrotas, mas, será que ele sobreviveria mesmo com um recorde positivo? Porque nesta disputa, geralmente quem se dá mal é o treinador?

 

Opinem FEROZES!!

 

Até o próximo FASTBREAK!

Por Thiago Medeiros.