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DA SALVAÇÃO DO ROCK AO SUPERTECNOBREGA

POR AGNA SILVA

Antes mesmo de ser lançado o novo álbum All the Time, do Strokes já vem semeando a discordia. Eles passaram de salvadores do rock dos anos 2000 para contemporâneos da rainha do tecnobrega Gaby Amarantos.

Considerada uma das bandas mais influentes do século XXI o single “One Way Trigger “, vazou e gerou comentários.

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Versão 2013

Versão 2001

 

 

Biografia :

The Strokes é uma banda de indie rock formada em 1998 em Nova Iorque, Estados Unidos. Eles alcançaram grande notoriedade nos primeiros anos da década de 2000 como líderes do movimento de garage rock revival. Os membros da banda são Julian Casablancas (vocais), Nick Valensi (guitarra), Albert Hammond, Jr. (guitarra), Nikolai Fraiture (baixo) e Fabrizio Moretti (bateria e percussão).

 

Nikolai Fraiture e Julian Casablancas são amigos desde a infância. O guitarrista Nick Valensi e o baterista Fabrizio Moretti começaram a tocar juntos quando ambos estudavam na Escola Dwight em Manhattan. Mais tarde, Casablancas foi mandado para Le Rosey, uma escola na Suíça com intuito de melhorar seu comportamento; ele havia desenvolvido problemas alcoólicos. Lá, conheceu Albert Hammond Jr., ambos americanos, apesar de não serem muito amigos. Anos mais tarde, Casablancas se encontrou sem querer com Hammond Jr. nas ruas de Nova Iorque.

Coincidentemente, ambos viviam em apartamentos na mesma rua, um de frente para o outro. Albert e Julian passaram a dividir um apartamento e, em 1999, juntaram-se a Nikolai Fraiture, Nick Valensi e Fabrizio Moretti e formaram a banda The Strokes. A popularidade do grupo cresceu rapidamente, especialmente na região de Lower East Side em Manhattan. Começaram então a se apresentar no Mercury Lounge, onde Ryan Gentles era um dos agendadores de concerto. Gentles ficou tão impressionado pela banda que passou a ser seu produtor. O grupo passou a se dedicar a ensaios, mantendo seus trabalhos de dia resultando numa lista de dez a doze canções, entre elas Last Nite, Modern Age, This Life (atualmente chamada de Trying Your Luck), NY City Cops, Soma, Someday, entre outras. Posteriormente, a maioria dessas canções receberam novas letras.

Gordon Raphael, um pequeno produtor de rock da cena musical de Nova Iorque, assistiu a um dos primeiros concertos da banda, tendo, anos mais tarde, dito que ele na verdade teria ido assistir a um concerto de uma outra banda que também estava tocando naquela noite. Raphael deu a Albert seu número de telefone, dizendo que poderia gravar uma demo para eles. Após uma ligação ocorrida uns dois dias depois, a banda e Raphael finalmente se encontraram.

Primeiro disco da banda, Is This It é uma das referências do rock de garagem do início da década de 2000. A faixa NY City Cops não fez parte do álbum lançado nos Estados Unidos por conta dos ataques de 11 de Setembro de 2001. Posteriormente, Slash (ex-Guns N’ Roses, atual Velvet Revolver) tocou a canção com a banda. A relação com o Guns continuou no vídeo musical de Someday, que mostra rapidamente Duff McKagan, Slash e Matt Sorum. Em novembro de 2009 Is This It foi eleito o melhor disco da década de 2000 segundo a revista NME.

A banda lançou o seu segundo álbum, Room on Fire, em Outubro de 2003. Recebeu elogios porém foi menos bem sucedido, mesmo sendo ouro nos Estados Unidos, comercialmente falando. O terceiro álbum, First Impressions of Earth, foi lançado em Janeiro de 2006 . No Japão, foi ouro na primeira semana de lançamento. Foi também o álbum mais baixado durante duas semanas no iTunes. Em Janeiro de 2006, a banda então fez sua segunda aparição no Saturday Night Live, cantando Juicebox e You Only Live Once.

Julian e o guitarrista Nick Valensi começaram a escrever novo material para o quarto álbum da banda no inicio de 2009, com intenção de começar gravações em fevereiro do mesmo ano. Apesar disso, devido a vários atrasos o lançamento foi constantemente adiado, mas o vocalista afirmou que o álbum sairia em março de 2011. Então, no dia 13 de março de 2011, o quarto álbum da banda, Angles, vazou na internet 9 dias antes da data marcada para o lançamento oficial do disco.

 

Discografia

 

The Modern Age [EP] – (2001)

Is This It – (2001)

Room on Fire – (2003)

First Impressions of Earth – (2006)

Angles – (2011)

FESTIVAL PLANETA TERRA: IMPRESSÕES E EXPRESSÕES

E lá se foi mais um Festival Planeta Terra. E mais uma vez deixando a certeza de que se trata do melhor e mais organizado evento musical do país, disparado.

Poucas e rápidas filas para banheiro e para compras de fichas mediante cartão. Quem levou cash teve a opção de adquirir fichas para comes e bebes com colaboradores espalhados nas proximidades dos guichês. Irretocável. Shows com atrasos irrisórios, quando teve. A apreciação do line-up fica por conta do gosto de cada um.

Cheguei mais tarde do que o planejado, mas ainda deu tempo de curtir o bom show do White Lies. Eu conhecia “pouco/quase nada” dos caras, mas curti a apresentação competente do que, pelo menos para mim, sem grandes paradas para um estudo mais aprofundado, soou como algo entre um She Wants Revenge com Hurts e vocal do Brandon Flowers.  Captaram?

Se passei longe da realidade, podem me cornetar. Fato é que o bom público que já estava presente mostrou-se animado com aquele som um tanto quanto soturno e conflitante com a tarde de sol, alegria e cheia de brinquedos ao redor. E isso é bom.

Pausa para as primeiras cervejas e um passeio pelo parquinho mais maroto da paulicéia. Durou tanto o cazzo do passeio que perdi o Broken Social Scene.

Retornei ao Main Stage então quando Paul Banks e sua trupe apontaram. Acho os 3 primeiros álbuns do Interpol (Turn On The Bright Lights, Antics e Our Love To Admire) magníficos, mas o último (homônimo) é bem meia boca.

Com tempo de show reduzido, a rapaziada teve que se virar para encaixar alguns hits malemolentes no meio das faixas do último trabalho. Os pontos altos com os petardos Say Hello To The Angels, Narc, Slow Hands, Obstacle 1 e C´mere (aguardadíssima por este pobre escriba) contrastaram com alguns momentos, digamos, arrastados, sobretudo na execução das mais recentes canções. Falha gravíssima a falta de No I In Threesome, mas há de se levar em conta o pouco tempo que tiveram.

O Interpol é o tipo de banda que funciona muito melhor em palcos menores, com platéias essencialmente suas. Certamente a apresentação dos bonitos ontem na Clash teve um repertório mais digno e uma duração condizente com a importância da banda no atual cenário.

No final das contas o show acabou sendo muito bom, mas longe daquele que presenciei em 2008.

Fim de jogo para o Interpol, tempo para mais uma movimentação estratégica para aquisição de mais cervejas. A essa hora a pista já estava menos transitável e a expectativa era grande por parte da enorme concentração de órfãos do Oasis, dentre os quais me encaixo fielmente.

Quando digo “órfãos”, o caro leitor deve entender “saudosos” das tramas, da postura e dos “fucks” dos irmãos Gallagher.

Como bem definiu um colunista o qual agora me foge o nome, o Beady Eye soa como um lado Z do Oasis. É bem verdade. Ainda assim é melhor que 93,784% das bandas que surgem toda semana para salvar a cena. E quem foi lá esperando algo próximo de um show do Oasis, favor sentar logo ali e esperar por anos e anos, talvez até 2015, quando Liam pretende reunir o Oasis.

O amigão que também não reciclou seu arsenal de críticas prontas e usou o jargão “Show morno. Falta mais proximidade do Liam com o público”, favor também sentar logo ali ao lado da Cláudia.

É essa tal “falta de proximidade” de Liam que o torna tão próximo de seu público. É essa falta de proximidade que o público que ver e foi isso o que teve. Faltaram sim alguns “fucks” a mais. O Gallagher mais marrento anda meio tranquilão mesmo. Mas ainda é a personificação da identidade do Oasis ali diante do público. E com a voz melhor do que em sua última passagem por aqui.

Beady Eye é sim o lado Z do Oasis. É o Oasis sem frescuras (do bom sentido). Tem a crueza de um rockão old school, mas também a baladinha melosa e grudenta. Tem uma baita banda que une no mesmo palco Ride, The La´s e Oasis e tem Liam Gallagher nos vocais. Eu acho demais. Eu achei demais.

O festival foi dos Strokes. A massa queria ver Strokes. Todas as ações ao longo do festival eram voltadas aos Strokes. Mas a minha noite foi devidamente paga com a bandinha lado Z de Liam Gallagher.

E falando em Strokes, tá aí uma banda pela qual perdi o encanto ao longo dos anos. Acho um petardo o disco de estréia (Is This It) e nos trabalhos seguintes pesco algumas grandes faixas. Mas é muito oba-oba pra minha cabeça. O show foi impecável tecnicamente e o repertório beirou a perfeição para quem foi em busca dos numerosos hits arrasa quarteirões dos figuras.

Mas pelo menos pra mim parecia que havia um telão postado à frente do palco com uma imagem estática da banda e ao fundo os cd´s sendo executados por competentes músicos. E não é de movimentação e micagens que falo.

Não vou cravar que não gostei, até por que, assumo, acompanhei a certa distância. Mas é fato: Strokes não me anima muito. Gosto, mas sem grande empolgação.

Despeço-me da ferocidade com alguns vídeos dos shows que presenciei no parquinho. Valeu Terra.

 

Beady Eye – Millionaire

http://www.youtube.com/watch?v=q0vKgFpn3u8

Interpol – C´mere

http://www.youtube.com/watch?v=DduMiXf4dmA

White Lies – Strangers

http://www.youtube.com/watch?v=o7_DvjcvdsY

Strokes – Juicebox & Last Nite

http://www.youtube.com/watch?v=XuOhGVwJFjU

Cheers,