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A volta dos Roses!

O retorno do Stone Roses já havia sido cogitado em 2005, mas na ocasião o baixista Mani jogou um balde de água fria dizendo que a banda só voltaria no dia em que o Manchester City ganhasse a UEFA Champions League, competição que o City não disputava desde a temporada 68/69, e só voltou a disputar este ano.

Exatamente no ano que umas das mais importantes bandas dos anos 90 e ícone, ao lado do Happy Mondays, do chamado movimento Madchester, que misturava rock psicodélico com a cultura rave da época regadas a doses de drogas nada moderadas, oficializaram a sua volta.

Segundo o jornal inglês The Sun, o vocalista Ian Brown e o guitarrista Jonh Squire se entenderam após diversas desavenças. Problemas esses que começaram quando Squire resolveu abandonar a banda em 1996.

Contudo, as relações entre os dois melhoraram após terem se encontrado no funeral da mãe do baixista Gary Mani, em março deste ano e que chegou a afirmar que “Coisas bonitas vieram de uma situação realmente triste”.

O guitarrista que era o mais relutante sobre o retorno do grupo, explicou sua mudança de opinião, dizendo aos jornalistas que tudo havia mudado quando ele e o Ian começaram a se ver de novo.

Foi surreal. Passamos de chorar e rir sobre os velhos tempos até escrever canções. Acho que de certa forma é uma amizade que nos define e precisava de um arranjo e, dois telefonemas depois, a banda já não estava morta.”.

A banda gravou apenas dois álbuns: O clássico “Stone Roses”, em 1989, disco que além das músicas, também ficou famoso pela sua capa, que foi desenhada pelo John Squire, que também é artista plástico, e inspirada na arte do Jackson Pollack e o “The Second Coming”, de 1994.

Mas  o legado dos Roses não ficam só nesses dois discos, a quantidade de ótimos singles é uma coisa absurda, Sally Cinnamon, I Wanna be Adored, She Bangs The Drums, Fools Gold, entre outros, viraram hinos.

Para a volta, que só acontece na real em junho de 2012, com dois shows já marcados no Heaton Park, na cidade de Manchester, a banda virá com a sua formação original e será dado o pontapé inicial para uma turnê mundial e lançamento de novos materiais.

É esperar para ver.

Que não tenhamos que vender nossas almas para que os Roses passem por aqui:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Nnfq_sko3Gk&feature=related[/youtube]

COM SCOLARI EM PORTUGAL, PALMEIRAS PERDE NA CASA PORTUGUESA

Com Felipão em Portugal acompanhando o casamento do filho, o Palmeiras perdeu em casa para o Fluminense por 2X1. Esse “1” fruto de um dos pênaltis mais mandrakes dos últimos tempos. Ainda assim o Palmeiras segue sendo o time mais prejudicado pela arbitragem entre os 20 da série A, segundo alguns levantamentos do site Placar Real (http://placarreal.com.br/index.asp).

A cronologia dos fatos é ingrata demais com o clube. A viagem a Portugal está acertada entre técnico e direção desde fevereiro, mas o momento em que ela acontece é de uma infelicidade tremenda. A chiadeira interna e externa que já era monstruosa, parece agora beirar o insuportável.

Felipão tem larga culpa no cartório pela situação do time. Ao contrário do que muitos dizem, ele não tem tirado leite de pedra. Até tirou em determinado momento da temporada, hoje não mais. O time ocupa uma posição que condiz com o status técnico e moral da equipe, o que não aponta mérito algum do treinador. Entretanto é bom frisar que as pedras do elenco não foram exatamente aquelas pedidas por ele no início da temporada. Diz a boca pequena que Felipão entregou uma lista com 4 ou 5 nomes por posição carente, elencados do 1º ao 4º ou 5º de acordo com a preferência do treinador e em todos os casos lhe foi dado o 4º ou 5º da lista.

No discurso da direção e do próprio técnico o trabalho segue normalmente em 2012, inclusive já com uma lista de indicações de Felipão. A diretoria tem prometido abrir os cofres e trazer, no mínimo, 3 jogadores de peso. Mas em relação a Kleber o discurso não parece afiado. Enquanto Felipão e Frizzo dizem que o ciclo do jogador no Palmeiras terminou, Tirone afirma que ainda haverá uma reunião para buscar uma melhor solução, onde a possibilidade de reintegrá-lo existe.

Como eu já havia dito na semana passada, entendo nesse discurso de Tirone muito mais uma manobra para evitar dar a Pepe Dioguardi e Kleber argumentos que possam usar para uma quebra de contrato sem pagamento de multa, sem que o clube recupere o valor investido. Não acho que seja possível ver Kleber e Felipão se aturando no mesmo time. A não ser que na verdade o discurso de Tirone aponte para um rompimento amigável com Felipão ao término do BR11. O próprio treinador já deixou essa possibilidade aberta, sem pagamento de multa para ambos os lados. Ao que tudo indica, a grande maioria do elenco demonstra maior afinidade com o camisa 30 do que com Scolari. Embora São Marcos não pense da mesma forma.

Mas a realidade é que Felipão não quer sair. Tem um salário fantástico, mora muito próximo ao CT, já trouxe a família para viver em São Paulo e ele sabe que nenhum outro clube lhe dará um salário compatível e nem mesmo a manutenção de seu trabalho caso os resultados não apareçam, como não vem aparecendo no Palmeiras.

Fato é que a “família Scolari” dessa vez não emplacou. Se “papai” Scolari continuar em 2012, os filhos certamente serão outros. Embora seja complicado se desfazer de todas as “ovelhas negras”.

Tenho algumas teses em relação ao Palmeiras que podem soar polêmicas demais, mas prefiro deixá-las para outra coluna, em outro momento.

O que quero sim trazer aos leitores foi a experiência que tive no sábado. Dentro do curso de Radiojornalismo Esportivo que estou cursando e que é ministrado pelo excelente Alexandre Praetzel, da Rádio Bandeirantes, tive a chance de participar de uma coletiva com a lenda viva, Profº Valdir Joaquim de Moraes. Figura íntegra, um legítimo gentleman das eras de ouro do futebol, das épocas mágicas do Palmeiras. Ao final da coletiva, tive o prazer de trocar meia dúzia de palavras com ele e tive uma aula de humildade que por pouco não me levou as lágrimas. Na verdade levou, mas estas ficaram contidas na alma. O diálogo foi mais ou menos assim:

-Sr Valdir, podemos tirar uma foto?

-Claro, filho.

-É uma satisfação enorme estar ao lado de uma lenda viva como o Senhor.

-Que isso filho. Isso que vocês fazem aqui comigo faz eu me sentir importante.

Incrédulo e já segurando a emoção:

-Mas o Senhor é importante.

E ele pode tranquilamente dar lição de moral em todo o elenco do atual Palmeiras (exceto no Marcão, o qual o próprio disse ser uma raríssima personalidade e que poderia se juntar ao Profº na lição aos pequenos de história do atual elenco).

Despeço-me da camaradagem feroz que me acompanha com um petardo do Stone Roses – Sally Cinnamon:

Cheers,

SANTOS 1X0 PALMEIRAS. E QUE ACABE LOGO O BR11.

De erros e acertos vivemos nossos dias, nossas condutas, nossas escolhas. Ser humano é errar e com eles aprender a acertar. No futebol erra o atacante que não faz gol, o meia que não arma, o zagueiro que erra o bote, o marcador que não sai do chão na bola cruzada na área, o goleiro que leva gol em bola defensável, o técnico que erra na escalação, na armação, nas alterações do time.

As vezes o seu acerto passa despercebido pela imersão em um mundo de erros, em um universo de avessos.

Considerei um acerto de Felipão a escalação de três zagueiros diante do Santos, na Vila Belmiro. Oras, o seu Palmeiras não bate no América, não vence o Atlético GO com dois jogadores a mais, óbvio então que diante do campeão da América a dificuldade seria maior. Óbvio que após todos os mandos desmandados pelos comandados sem horizonte, Felipão deveria se precaver, pensar antes em não perder.

Óbvio que isso não é Palmeiras. Mas há anos que o Palmeiras não é Palmeiras.

Ao Santos o BR11 é um mero estorvo até os dias do tão sonhado Mundial. Enfrentar os times do BR11 não muda nada quando se tem em mente o Barcelona.

Sobre o Peixe eu digo há tempos, tire o Neymar e o Santos vira um time comum, dentro da média dos clubes brasileiros, que infelizmente é baixa.

Sobre o Palmeiras eu também digo há tempos. Os pseudos ídolos não acrescentam nada. A média brasileira vale então ao Palmeiras também. Só não vale a confiança de Felipão.

Na escolha dos três zagueiros acertou Felipão. Nas trocas de 6 por meia dúzia, nas trocas de volante por lateral direito, em tese errou, mas pergunto: Mesmo que quisesse, dava para acertar?

O que seria acertar neste caso? Colocar o time pra frente com o que? Com quem?

Felipão tentou então trocar o “seis” por uma “meia dúzia” que funcionasse melhor.

Muricy sem a metade do seu time que veste a camisa 11 ainda tinha um Borges no qual apostar. O Borges que subiu sozinho, em meio aos três zagueiros, mais os três volantes do Palmeiras e cabeceou sozinho, ainda quase permitindo ao único ótimo do alviverde, Deola, operar um milagre.

O Palmeiras precisa torcer para o ano acabar logo. Precisar torcer para que seja contratado o quanto antes um diretor remunerado que blinde o treinador, seja Felipão ou o Zé da Esquina. Precisa também, depois de tudo isso, pensar como Palmeiras e trazer jogadores dignos de ser Palmeiras.

Ao Santos resta torcer para o BR11 se arrastar. Para que Ganso se recupere e que Neymar seja mais Neymar do que tem sido, para então sim imaginar fazer alguma frente ao Barcelona.

A meu ver, o nível do futebol brasileiro é lastimável. O melhor time do país não faz cócegas ao melhor do mundo. Mas ainda assim, com desfalques e tudo, pouco precisou suar para vencer o alviverde imponente de história, impotente de jogo.

O Santos não irá cair, assim como Palmeiras irá se arrastar até o final desse BR11.

Despeço-me da camaradagem feroz ao som do Stone Roses – Love Spreads

Cheers,