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SEREI PALMEIRAS PARA SEMPRE

Minha primeira camisa do Palmeiras. Ano de 1995 (Foto: Felipe Oliveira)
Com 5 anos, ganhei minha primeira camisa do Palmeiras. Ano de 1995 (Foto: Felipe Oliveira)

Nasci em uma época privilegiada. Quando tinha apenas um ano e alguns meses de vida, meu pai, já cheio de vida, o maior palestrino que tive o orgulho de conhecer, já me incentivava a torcer. Normalmente, como faz a maioria dos pais, ele relutava com quem fosse para formar seu filho caçula alviverde. Era questão de honra. Até que, enfim, conseguiu.

Assim como milhares de palmeirenses, cresci numa fase histórica do clube. Aquele time da Parmalat era coisa de outro mundo. Capaz de parar o mundo. Verdadeiras seleções vestiram o verde que dominou uma década. Um século.

No lendário ano de 1999, após o pênalti de Zapata raspar a trave direita de São Marcos e, em seguida, explodir na placa de publicidade, recordo que o senhor Roberto, extasiado pela imensurável alegria, levantou-me em seus braços, apanhou sua bandeira e saiu em disparada, comigo atrelado em suas costas, comemorando loucamente pelas ruas escuras e geladas do Jardim Clementino, em Taboão da Serra, na região metropolitana da cidade de São Paulo.

Achei aquilo o máximo!

Até então, nunca tinha presenciado meu pai chorar. O tenho como espelho. Um exemplo. De vida, homem, pai e, sobretudo, palmeirense. Vale a ressalva que eu também, naqueles tempos, nunca havia chorado de alegria, apenas de dor ou manha, como qualquer outra criança da minha idade.

Em contrapartida, o combo de emoções que senti naquela madrugada de quarta para quinta-feira do mês de junho foi algo marcante. Inesquecível! Definitivamente, fui batizado pelo futebol. Batizado pelo Palmeiras. Afinal, o meu time acabava de conquistar um título importantíssimo. Ratificando sua grandeza, torcida e história. Ratificando a minha existência. Iniciando a minha história.

Foi por ele que faço o que faço. Que sou o que sou. Que escolhi transformar uma brincadeira em profissão. Em estilo de vida.

Às vezes, me pego pensando o quanto é engraçado viver. Nós nascemos, crescemos, reproduzimos e morremos. Óbvio! Este é o ciclo natural disso que chamamos de vida. Haverá sempre um começo, meio e fim. Porém, neste tempo (imprevisível) em que estamos aqui na terra, costumam ser poucos aqueles que têm o privilégio de conhecer o mais belo, e complicado, dos sentimentos: o amor.

Seria injusto comparar torcer com amar. É normal trocarmos de emprego, casa, escola, carro e, até de amores, entre tantas outras trocas – mas nunca trocaremos nossas cores. A relação que temos com nosso time do coração é complexa. Ao ponto de beirar o inexplicável.

Nesses meus 22 anos de Palmeiras, aprendi que o futebol é apenas uma das razões pelas quais encontramos motivos para expressarmos algo tão irracional, que nos personifica e representa perfeitamente.

São 100 anos de histórias, de lutas, glórias e uma certeza: sou Palmeiras até depois do sempre. Serei Palmeiras para sempre.

HOJE É DIA DE DIZER “NÃO” A MASSA ACÉFALA E FALÍDA DO PALMEIRAS

Se em campo o Palmeiras míngua, fora dele o clube inicia hoje uma e suas mais importantes batalhas.

A partir das 20:00, todo palmeirense vivo deve se fazer presente (física, mentalmente ou seja lá de que forma for possível) em frente ao CT alviverde, também conhecido por “Academia de Futebol”, designação herdada de uma era cada vez mais distante no tempo, cada vez mais perdida em essência. MAS ATENÇÃO: A votação não será hoje, mas sim a apresentação dos projetos aos conselheiros. Um fato que não diminui a importância do momento e a necessidade de se mostrar o que pensa e o que quer o torcedor.

Hoje o Palmeiras é um clube que vive de sua história, mas que não consegue escrever novos capítulos dessa história. O Universo sabe o quanto me sangra a alma por escrever isso, mas qualquer palmeirense minimamente inteligente enxerga que hoje o clube é uma instituição falida, perdida, sem rumo.

Há uma massa falida que precisa ser extirpada. Uma massa acéfala que absorveu ao longo de décadas o poderio e a essência da instituição. Legítimos parasitas que há tempos se apossaram do corpo palmeirense e que como todo parasita, vive para usurpar e ao mesmo tempo multiplicar seus iguais.

O bom palmeirense sabe quem são, quem seguem, o que querem e o que fazem para conseguir seus objetivos. Sabem e sentem todo dia a dor da vitória destes inglórios de vida e de história.

O time é só o reflexo da balburdia administrativa. É o espelho da zona. É o resultado do “trabalho” destes velhos de velhas idéias.

Hoje o Conselho Deliberativo do Palmeiras se reúne no CT da Barra Funda para apresentar aos conselheiros, dentre algumas situações menores, 3 projetos que podem mudar a vida alviverde, para o bem ou para o muito mal. São elas (fonte 3VV):

i. reforma estatutária, feita por uma comissão de conselheiros  e que é desconhecida por boa parte dos conselheiros eleitos na última eleição;

ii. o projeto de criação do comitê gestor, de Mustafá Contursi, onde o ex-Presidente propõe a criação de um comitê de 3 conselheiros, eleito pelos 300 conselheiros, para comandarem o futebol palmeirense, sempre em ciclo de 2 anos;

iii. o projeto de votação direta pelos sócios da SE Palmeiras para eleger o Presidente do Palmeiras.

De longe o pior dos cenários será a aprovação do projeto sugerido por Mustafá Contursi. Um projeto que o amigo alviverde pode muito bem entender como GOLPE!

Pela proposta do ex presidente, um conselho gestor formado por 3 conselheiros será formado, sendo um deles vitalício e outros dois eleitos pelo conselho. Com poderes plenos, teriam mandato de 2 anos e poderão reeleger-se indefinidamente, infinitamente, para todo o sempre, enquanto sobrar algum tijolo alviverde em pé.

O melhor cenário, óbvio, será a aprovação do voto direto do associado, do verdadeiro palmeirense que ganhará o direito de ditar os rumos do clube.

O Palmeiras perdeu nesses últimos anos muito terreno para os rivais. Perdeu títulos, perdeu jogos, perdeu moral, mas não perdeu a paixão de seu torcedor. E é através deles que o clube pode retomar seu caminho natural de êxitos.

Hoje, às 20:00, todo palmeirense vivo deve estar ligado na Av. Marques do São Vicente, 2650 – Barra Funda. Chame de vigília, de manifesto, de protesto, chame do que quiser. A idéia é uma só: Exigir o melhor para a Sociedade Esportiva Palmeiras.

Do Palmeiras só sobrou o torcedor e a história. Que possa ser o torcedor que sempre transformou a lealdade em padrão, o responsável pela história alviverde continuar sendo contada.


Infos e imagens – 3VV: http://www.facebook.com/pages/3VV/198167930194100 e Diretas Já: http://www.facebook.com/diretas.palmeiras