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ENTRE COPAS E CAMPEONATOS SURGEM NOVOS VENCEDORES

Vandinho e Falcao Garcia em disputa de bola em Dublin. Porto campeão da Liga Europa.

Verão se aproximando no hemisfério norte é a indicação de novos tempos para os europeus. Afinal, ao contrário dos trópicos, são nove meses de frio que finalmente chegam ao tão esperado fim, trazendo aquela sensação de alívio, astral elevado e maior otimismo interior nas pessoas. Não é por acaso que o período de férias lá ocorre nesse período. Desfrutar o período estival é a palavra de ordem. A alta primavera e o verão que desponta também significam o encerramento da temporada do futebol no velho continente. Traduzindo: é chegada a hora da verdade, da definição dos novos campeões, seja nas ligas nacionais, nas copas nacionais ou ainda nas competições continentais.

Pela UEFA Europa League, final lusitana em Dublin. O FC Porto, do técnico revelação André Villas Boas, garantiu o título com gol do colombiano Falcao Garcia contra o SC Braga. Melhor no 1º tempo, o Porto definiu o placar antes do intervalo. Na 2ª etapa, o técnico Domingos Paciência adiantou sua equipe em busca do empate. O Braga pressionou, mas não conseguiu o gol. Com os títulos português e continental, o Porto espera por melhor desempenho na próxima edição da Champions League e Villas Boas ganha reputação internacional na esteira do sucesso do compatriota José Mourinho.

Lucas Barrios levanta a taça em Dortmund.

Na Alemanha, o Borussia Dortmund garantiu o título da Bundesliga ao derrotar o Eintratch Frankfurt por 3 a 1 em Dortmund diante de mais de 80 mil torcedores no último sábado. O destaque da partida foi a despedida do jogador brasileiro Dedê (ex-Atlético/MG), que informou que não renovará com o clube alemão. O adeus só não foi mais apoteótico devido ao pênalti perdido pelo brasileiro. O paraguaio Lucas Barrios também brilhou ao marcar dois gols e dando-se ao luxo de também perder uma penalidade. Além de dar o título ao Dortmund, a partida definiu o rebaixamento do Eintracth Frankurt, na 17ª e penúltima posição do campeonato, à frente somente do St. Pauli.

O presidente do Napoli, Aurelio de Laurentiis, carregado pelos jogadores.

Na Itália, o Napoli empatou com a Internazionale e se classificou para a Champions League após 21 anos de ausência. Uma vitória para o clube, que ganhou reputação com Diego Maradona nos anos 80, e para o futebol do sul do país. Samuel Eto’o abriu o placar para a Inter e Juan Zuniga empatou ainda no 1º tempo. Daí em diante, festa total napolitana com o retorno ao torneio europeu. As outras vagas estão garantidas para Internazionale e para o campeão Milan, restando o quarto posto a ser definido entre Udinese e Lazio. A equipe de Silvio Berlusconi venceu o Cagliari por 4 a 1 com dois gols de Robinho. Até aí, tudo dentro da normalidade. Contudo, o verdadeiro show ficou por conta do jogador germano-ganês Kevin Prince Boateng, no pós-jogo, ao dublar Michael Jackson com a clássica Billie Jean em pleno estádio San Siro. Confira o desempenho do aspirante a calouro do Programa Raul Gil abaixo.

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Jogadores do Lilles em festa.

Após Espanha e Inglaterra, desta vez a França definiu o vencedor de sua Copa no último final de semana. A honra do título coube ao Lille ao derrotar o Paris Saint Germain por 1 a 0 com gol de Ludovic Obraniak, já nos acréscimos, em pleno estádio Saint-Denis. Festa em Lille e perplexidade em Paris, onde os fãs do PSG não conseguem compreender como o clube da capital tem sido superado com tanta frequência por adversários de outras localidades. E pensar que nos tempos de Raí e companhia, o PSG entrava em competições locais e continentais como favorito.

 

E parece que a moda lançada por Sergio Ramos nos festejos do Real Madrid pela conquista da Copa do Rei pegou de vez. Derrubar o caneco arduamente conquistado ao desfilar em ônibus pelas ruas virou praxe pela Europa. Desta vez, a arte de vanguarda veio da Holanda. Jogando na Arena Amsterdã, o Ajax, até então vice-líder, precisava de vitória contra o líder Twente, que necessitava de apenas um empate para levar o título. No final, com o apoio da torcida, vitória do Ajax por 3 a 1. Festa em Amsterdã e eis que o goleiro da equipe, Maarten Stekelenburg, derruba a taça do alto do ônibus no desfile da festa. Com certeza deve haver uma relação de amor e ódio com a vitória que nem Freud explica! Veja a seguir a arte pós-modernista dos boleiros. Maarten Stekelenburg e Sergio Ramos in concert.

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Para encerrar com chave de ouro, mais um episódio da expiação coletiva sem fim dos goleiros mundo afora. Quem percorreu a via crucis desta vez foi o intrépido Juan Pablo Carrizo do River Plate.  Superclássico argentino contra o arquirrival Boca Juniors na Bombonera e vitória do Boca por 2 a 0. O goleirão Carrizo tentou jogar voleibol e deu no que deu. Confira o “match point” do cidadão.

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La Mano de Dios – Dois se foram…

Dois se foram…

Pois é, meus amigos, final das oitavas na Libertadores e as coisas não foram as mil maravilhas para os times brasileiros.

Depois de um vexame histórico, o Flamengo se despediu do campeonato em pleno Maracanã. Como disse Muricy Ramalho, o time do Flamengo entrou comemorando o título carioca. Se despedindo de Joel Santana, esqueceu de jogar bola e tomou um nabo dos mexicanos. Agora é bola pra frente, concentração total no Brasileirão que começa com um técnico novo. Resta saber se Caio Jr. vai agüentar a bucha…

E o Cruzeiro, pobre Cruzeiro! Vinha em ótima campanha, com um time bom, de encher os olhos, bem arrumado, com jogadores de excepcional nível técnico como Ramires… mas pegou o Boca Juniors. E o Boca, meu amigo, é como pizza: mesmo quando é ruim, é bom.

Fazer um gol no Mineirão parecia tarefa fácil, ainda mais depois dos cinco de uma semana atrás. Mas não se brinca com um time do tamanho do Boca, com Riquelme, Palacio e Palermo em noites inspiradas. Com muita frieza, o time argentino definiu o placar logo no primeiro tempo e o Cruzeiro também deu adeus à Libertadores.

Fica aqui uma nota de apoio ao time mineiro, que teve o maior azar do mundo. Mesmo assim, deve ter muito orgulho não só do que fez em campo, mas também de sua torcida. Os sessenta mil que viram o jogo no Mineirão não pararam de gritar um só minuto.

O São Paulo passou fácil pelo Nacional no Morumbi, numa noite fria. Fria como o jogo do Tricolor, calmo, sem correria. Não foi uma beleza e está longe de sê-lo, mas soube aproveitar as oportunidades, jogando da forma como tinha que jogar contra um time que veio para ganhar.

Trabalho de formiga, de água em pedra, que tanto bateu até furar. E foi justamente numa furada da zaga que Adriano marcou o primeiro. O segundo, depois da expulsão do jogador uruguaio, parecia ser só questão de tempo, mas por um momento o Nacional foi mais time e perigou sair classificado. Mas vencer o Tricolor em casa, embalado por sua linda torcida que cantou o jogo todo, não é pra qualquer um.

Aos 44 do segundo tempo Dagoberto sacramentou a vitória, acabando com o jejum de seis meses e mostrando que as coisas podem melhorar para o time do Morumbi. E tudo isso sem o motorzinho Jorge Wagner em campo. Agora, meu amigo, é rumo ao título!

O Fluminense caminha a cada semana superando marcas históricas. Nunca tinha chegado às quartas da Libertadores e o 1×0 bastou para resolver. Por um momento parecia que as coisas não iam dar certo, mas a Fortuna sorriu para o time que, como o Fla, achou que tinha entrado classificado.

Thiago Neves funciona muito mais quando joga como atacante, e Renato Gaúcho não desprezou. Flu 1×0, segue firme e forte na competição. As quartas de final prometem, com duelo brasileiro e tricolor. Resta saber quem será mais time, e se a camisa e a tradição irão pesar.

O Santos, quem diria, vem comendo pelas beiradas. Leão parece que definiu a zaga depois da chegada de Fabão. Betão na lateral direita é até agora um improviso que deu certo, e o que o time perde em ofensividade ganha em proteção, aliviando a barra para Kleber mandar bala pelo lado esquerdo. Molina e Kleber Pereira continuam em ótima fase, e o Peixão sacramentou a passagem para as quartas após uma tranqüila vitória contra o freguês Cúcuta.

Pois é, camaradinhas, de cinco, três continuam firmes e fortes. Resta saber quem chegará vivo até o final, ainda mais agora que o Brasileirão está começando. As quartas pegarão fogo, com duelos nacionais imperdíveis, um Boca que agora ninguém segura, além de San Lorenzo, LDU, América e Atlas.

Há tempos a Libertadores não era tanta emoção!

Me despeço aqui ao som deles, Rolling Stones, com os singles de começo de carreira, belezinha que não sai da vitrola. Alguém sabia que a ABCKO lançou há um tempo atrás três caixas com os singles e EPs dos Stones, de 1963 a 1971? Vale a pena procurar…

Rapidinhas: não foi só Maracanazo que impressionou nessas oitavas. No Monumental de Nuñez, num dos duelos mais sensacionais da Libertadores, o San Lorenzo eliminou o River Plate na frente de mais de sessenta mil torcedores. Jogão! D’Alessandro e Placente orquestraram o levante rubro-negro pra cima dos millionarios de Falcão Garcia e “Loco” Abreu, que não conseguiram segurar a barra no segundo tempo. O San Lorenzo, em primeiro no Clausura e classificado para as quartas-de-final, ao contrário de um certo Galo mineiro, mostra o que um time deve fazer em ano de centenário. Monumentazo!

La Mano de Díos – Tudo verde e amarelo nas Américas!

Tudo verde e amarelo nas Américas!

Pois é, camaradinhas, meus amigos de blog me pouparam da árdua tarefa de comentar todos os jogos de ontem. Por isso, falarei aqui daqueles jogos que ainda não tiveram nenhum devido pitaco desse bando de ferozes.

Antes de tudo, devo dizer que, por pior que esteja me sentindo, minha doença foi providencial. Estando de molho desde segunda-feira, consegui acompanhar quase todos os jogos dessa que foi a quarta-feira mais animada dos últimos tempos, futebolisticamente falando.

Vamos primeiro falar do jogo que mais me animava ontem, Boca Juniors x Cruzeiro. Realmente não entendi o que o Adilson Batista inventou para essa partida. Jogando na Bombonera, contra o sempre perigoso Boca, o Cruzeiro entrou com um time completamente diferente daquele que vinha jogando nas últimas partidas. Jogadores fora de suas posições, acanhado, desorganizado, não demorou muito para o Boca abrir o placar com um chute de Riquelme, livre no meio da área cruzeirense.

O jogo logo aos seis minutos já tinha cheiro de goleada.

E não mudou muito. Muito mal na defesa e pouco ineficaz no ataque, era questão de tempo para o Cruzeiro tomar o segundo gol, que só não saiu pois Palacio estava em noite pouco inspirada. Porém, logo no começo do segundo tempo, depois de mais um passe brilhante de Riquelme, Datolo deixa o zagueiro cruzeirense e o goleiro Fábio no chão, marcando o segundo do Boca. Aí, meu amigo, parecia que a porteira estava aberta.

O drama só não aumentou pois Palermo, que fez tudo certo, encontrou a trave em seu caminho, e o lateral direito do Boca, que tinha uma avenida para jogar, chutou mal, desperdiçando o rebote. E pra completar, Palacio perdeu mais um…

O Cruzeiro se segurava como podia e já agradecia por só perder de dois… mas eis que num chute meio que no ou vai ou racha Fabrício dá a sorte de uma bola desviada na zaga e o goleiro Caranta não pode fazer nada a não ser olhar a bola dormir no fundo da rede argentina. O 2×1 era comemorado pelos cruzeirenses como goleada vitoriosa…

A partir daí o Cruzeiro até tentou impor ritmo ao jogo, mas já era tarde. Depois de uma pedra que atingiu o bandeira, o juiz resolveu terminar o jogo sem dar os acréscimos ao segundo tempo.

2×1 não é de todo ruim, e se o Cruzeiro jogar no Mineirão como vinha jogando até ontem, tem todas as condições de sair com a vaga.

No Uruguai vimos o São Paulo mais uma vez jogar aos trancos e barrancos, frente a um Nacional que não tinha time para impor pressão. Mesmo assim, o jogo foi um festival de passes errados, jogadas violentas e chutões para o alto. Só o Falcão gostou da atuação do São Paulo ontem…

Richarlyson está conseguindo ir mal em todas as posições que joga. Periga ir mal até de gandula, se tiver a oportunidade. Indisciplinado, violento, não acerta um lance e ainda dá piti com o juiz. Vergonhoso. Ontem, nem Jorge Wagner jogou bem, e o time dependia do talento de Hernanes, da vontade do Imperador e da qualidade de Miranda e Alex Silva – esses nunca desapontam. E por pouco Rogério não toma outro frango…

No segundo tempo o jogo parecia luta-livre, com o juiz sendo conivente em muito lances horríveis. Acabou como começou, um 0x0 de muita correria e pouca técnica. O São Paulo com a bola no chão era muito mais time, mas não conseguiu mostrar isso em campo. O impressionante é que Hugo até que jogou bem…

Frente ao que o Tricolor vem apresentando até agora na Libertadores, esse 0x0 foi uma vitória. Não acredito que o fraco time do Nacional consiga fazer alguma coisa no Morumbi semana que vem, e tudo indica que teremos uma quartas-de-final tricolor no Brasil.

River e San Lorenzo fizeram um clássico portenho ontem no estádio Novo Gasometro. Jogo brigado, muito pegado e com alguns bons lances. Valeu a pena ver Ortega voltar ao time no meio do segundo tempo e Falcão Garcia jogar muita bola. Dois jogadores diferenciados.

Mas não deu para o River. No fim do segundo tempo o San Lorenzo de D’Alessandro fez o segundo gol, sacramentando o placar de 2×1. O River, que tem o Superclássico contra o Boca pelo Clausura no fim de semana, tem tudo para virar o placar em Nuñez semana que vem, mas com certeza vai ser um jogo muito disputado.

Rapidinhas: Nunca é demais falar bem de alguns jogadores. Ontem Riquelme mostrou que é com certeza o melhor jogador em atividade na América, quiçá no mundo. Camisa 10 à moda antiga, cerebral, organiza as jogadas e entrega a bola de bandeja para que os companheiros marquem os gols. Passes brilhantes e milimétricos, além de ser ótimo na bola parada. Esse é craque!
Outro que rouba a cena é o Ramires, pelo Cruzeiro. O cara joga no campo todo, ajudando o time na defesa quando o Cruzeiro não tem a posse de bola e levando perigo no ataque com ótimas arrancadas e chutes a gol. Sem dúvida o melhor em campo, mais uma vez, ontem pelo lado brasileiro na Bombonera.
E também nunca é demais falar mal de outros cabeças de bagre. Richarlyson já foi devidamente espinafrado, mas Fábio Santos merece a parte dele. O mané não acerta um passe, é lento na marcação e tem péssimo passe. O tipo de jogador que só atrapalha… não é porque veio do chato campeonato francês que tem a obrigação de jogar no São Paulo. Abre o olho, Muricy!

Pois é, meus amigos, acho que ando meio ranzinza por causa dessa infecção na garganta, por isso me despeço esperando melhores dias, ao som de Amy Winehouse – Rehab. É brincadeira o que canta essa moça!

Aquele abraço!

La Mano de Díos

Luz no fim do túnel

Ontem assisti a dois jogos da Libertadores. Nenhum dos dois foi de encher os olhos, mas algumas coisas bem positivas já puderam ser vistas:

River Plate X America (MEX)

O time do America é sempre encardido e o River faz tempo que é mais nome do que time, mas a partida de ontem foi bastante animadora. O America, sempre rápido e jogando fora de casa, explorou o contra-ataque e por pouco não saiu do Monumental de Nuñez com um placar de respeito. Mas o time do “cholo” Simeone mostrou algo que não vimos muito ano passado: raça. Além de alguns jogadores talentosos que têm tudo para deslanchar nos campeonatos, pudemos ver a feliz volta de um dos caras mais icônicos do futebol argentino: Ortega está de volta! Travando uma longa batalha contra o alcoolismo, ontem vi um pouco do velho Ortega. Um meia ofensivo aguerrido e talentoso, rápido e inteligente. Não à toa, foi dele o gol da vitória do River, aos 43 do segundo tempo. Vai, Ortega!

Vitória que convenceu.

São Paulo X Atlético Nacional (COL)

Antes de mais nada, algo tem que ser feito. Cobrar escanteio com policiais levantando escudos para rechaçar as pedras lançadas pela torcida rival, chuveiro gelado nos vestiários e recepção intimidadora não combinam com a importância da Libertadores.

Fora esses problemas, novamente o Tricolor não convenceu, mas algumas boas mudanças já foram vistas. Quando o time entrou em campo com Eder Luiz, Adriano e Borges, a primeira coisa que me veio à cabeça foi: “o Muricy pirou. Que porra de 3-4-3 é esse?”. Mas foi só a bola rolar e logo entendi o que o cara queria. O São Paulo jogou num 3-5-2, com a volta da dupla Richarlyson e Hernanes, Jorge Wagner na esquerda e Eder Luiz tentando ser o novo Leandro. Aliás, a coluna do PVC hoje no Lance! levantou a bola para essa sacada. Mais categoria e qualidade o Eder tem, basta ver se ele terá a mesma garra de Leandro. Desentrosamento à parte, o cara correu o jogo todo e até trocou bons passes com os laterais.

Jorge Wagner na esquerda mostrou que continua sendo o eixo do ataque tricolor. TODAS as jogadas ofensivas partiram dos pés dele. Infelizmente, é bom os volantes voltarem a apresentar a qualidade de 2007, pois marcação não é o forte do JW.

Joílson é uma lástima. Não defende e não ataca, só falta dar a mão para o jogador adversário. Dá pra ver que o cara está tentando, mas do jeito que está não vai.

E mais uma vez Richarlyson não jogou bem. Fora o canudo no travessão, prendeu muito a bola no ataque e chegou atrasado em todos os lances defensivos.

Borges mostrou que merece sim mais chances do Muricy. Bem posicionado e esperto, só não fez o dele porque quis premiar Adriano, que não acompanhou a jogada.

E por falar em Adriano, outro que ainda não desencantou. Confesso que não me lembro de um lance digno de nota do Imperador ontem.

A zaga ainda está batendo cabeça, André Dias não é sombra do que vinha sendo e mais uma vez o destaque do time é Miranda, que compensou o vacilo no gol do Atlético com um belo gol de cabeça. Aliás, bola lançada por quem? Uma bala Juquinha para quem adivinhar. Dica: veio da esquerda.

No fim das contas, o time do São Paulo ainda é uma coisa amorfa. A maioria dos jogadores não está acertando o posicionamento, o lado direito não existe e o time ainda depende muito de um só jogador. Tanto que no segundo tempo, quando os colombianos acertaram a marcação em cima do JW, o time quase morreu. Só não perdeu porque Rogério Ceni mais uma vez foi nota 10, pegando dois belos chutes que tinham endereço certo.

O 1 a 1 valeu, mas o futebol de ontem ainda é pouco para um time como o São Paulo.

Me despeço aqui ao som de Hopeton Lewis – Take it Easy, em homenagem ao Tricolor da capital.