Arrogância? Alto-suficiência? Orgulho excessivo? Esses e outros adjetivos podem muito bem qualificar a postura do gaúcho Mano Menezes, um dos treinadores mais chatos do atual cenário do futebol brasileiro. Afinal, não há outro por aqui que mais se explica com desculpas do que o comandante do Corinthians.
Ano passado, o técnico causou polêmica ao abandonar o Flamengo com o discurso que os jogadores não compreendiam suas recomendações. Resultado? O Mengão levou a Copa do Brasil sob a batuta do interino Jayme de Almeida.
Na seleção, até que foi bem durante um breve período, mas suas indecisões e, novamente, desculpas para explicar os fracassos na Copa América 2011 e Olímpiadas 2012, não suportaram o óleo quente da fritura da CBF.
No último domingo, mais uma vez o treineiro causou polêmica ao insinuar que o São Paulo teria entregado o jogo ao Ituano, no Morumbi, para diretamente eliminar o Corinthians do Paulistão. Este, reformulado, em fase de transição – de ideias e ideais -, e, agora, em crise.
Fora a atitude deplorável de Mano, Romarinho, por sua vez, resolveu chutar o balde da ética e, também, destrinchou a culpa da eliminação alvinegra ao Tricolor Paulista. Precisou Edu Gaspar, gerente de futebol, ir a público para se desculpar com o rival das infelizes declarações de seus funcionários. Além disso, cobrou postura aos jogadores, dirigentes e, principalmente, comissão técnica para que assumam perante a todos o vexame no Estadual.
Ao certo, a melhor resposta que vi a respeito da entrevista do técnico corintiano foi do ex-gerente de futebol do São Paulo, o Doutor Marco Aurélio Cunha:
“Ainda bem que os Deuses do Futebol nos mandaram o Felipão.”
Esta frase, claramente dita em tons provocativos alimentados pela rivalidade, talvez possa significar um outro aspecto: o declínio na qual encontra-se a carreira de Mano Menezes.
Um especialista competente como poucos em justificar seus erros, porém sempre amparado no ponto de vista alheio.
Na desculpa.