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NEWCASTLE: A SURPRESA DA TEMPORADA NA PREMIER LEAGUE

NUFC-Everton. Ryan Taylor na marcação de Louis Saha.

A vitória sobre a equipe do Everton por 2×1 em casa garantiu a grandiosa terceira colocação parcial do Newcastle na Premier League inglesa.

 Grandiosa, pois trata-se de clube que se viu rebaixado para a Football League Championship, a segundona inglesa, na temporada 2008-2009. Algo raro na história do Newcastle United Football Club.

 Fundado em 1892, o NUFC sempre esteve na divisão principal inglesa (exceto por duas temporadas). Mas, passou por mudanças e turbulências nos últimos anos.

 A começar pelo novo proprietário, o empresário Mike Ashley, que adquiriu o clube em 2007.

 As mudanças não passaram despercebidas no campo técnico. Em 2009, viria o rebaixamento.

 O sofrimento duraria pouco. Já em 2010, o NUFC alcançaria o retorno à elite local.

 Na temporada passada, sob comando do técnico Alan Pardew, o time alcançaria o 12º lugar. Modesto, mas sem riscos de novo rebaixamento.

 Agora, sob o comando do mesmo Pardew, o NUFC atinge o melhor início de temporada do clube na história. São 7 vitórias, 4 empates e invencibilidade ainda mantida. De quebra, o 3º lugar com 25 pontos, na cola do Manchester United com 26.

 Neste final de semana, novo momento de festa para os mais de 50 mil fãs no St. James’ Park de Newcastle  proporcionado pelos “Magpies”, um dos apelidos da equipe.

 A vitória foi construída logo no 1º tempo com os gols de John Heitinga contra e Ryan Taylor. Jack Rodwell descontaria para o Everton.

 Quem passou em branco foi o artilheiro do time anfitrião: Demba Ba. O franco-senegalês tem 8 gols na temporada.

 Mas não foi somente de Newcastle que a rodada da Premier viveu.

 O líder Manchester City suou, mas venceu fora de casa o Queens’ Park Rangers por 3×2.

 Edin Dzeko (destaque da partida), David Silva e Yayá Touré justificaram a condição de astros do time e fizeram os gols.

 No QPR, destaque para o esforço de Heidar Helguson que marcou um, além do gol inicial de Jay Bothroyd.

 

Man U precisou de gol contra para ganhar

Em Old Trafford, ambiente de festa no Manchester United para celebrar os 25 anos de direção técnica de Alex Ferguson.

 Os “Red Devils” venceram, é verdade, mas sofreram e tiveram que contar a ajuda de Wes Brown para fazer contra. No final, 1×0 para o Man U.

 Alex Chapman Ferguson, britânico escocês, de Glasgow, ganhou nada menos que 12 Premier Leagues, 5 FA Cups, 4 League Cups, duas UEFA Champion Leagues, além de um título Intercontinental e outro Mundial de Clubes da FIFA. É por isso que o cara manda e desmanda pelos lados de Old Trafford.

 O Chelsea foi a Blackburn e sofreu para vencer os locais por 1×0 com gol de Frank Lampard no 2º tempo.

 A vitória serviu para pôr fim na má fase. Contudo, o jogo da equipe de André Villas Boas continua aquém do esperado na Premier. Os azuis continuam em 4º lugar com 22 pontos.

 Outra surpresa positiva é o Tottenham Hotspur. Venceu o Fulham por 3×1 fora de casa e mantém-se na cola do Chelsea com os mesmos 22 pontos.

 A decepção da rodada ficou novamente a cargo do Liverpool. Nada além do 0x0 contra o Swansea City. É terceiro empate consecutivo em Anfield e problemas à vista para o técnico Kenny Dalglish. São apenas 19 pontos para os “Reds”.

 Já o Arsenal continua na ascendente após aquele começo desastroso já comentado.

 

Robin Van Persie mais uma vez para ajudar o Arsenal

Vitória maiúscula por 3×0 sobre o West Bromwich em casa com nova boa atuação de Robin Van Persie e Thomas Vermaelen. A equipe de Arsene Wenger continua em 7º lugar com 19 pontos. No entanto, são 9 vitórias em 11 jogos para os “Gunners”. Nada mal para quem levou aquele 8×2 do Manchester United lá atrás.

 Se o destaque ficou para Newcastle, que tal curtir som clássico genuíno da terra?

 Pois bem, o Dire Straits, banda de Mark Knofler, tem suas origens na própria.

 Se a banda tornou-se sucesso mundial absoluto em meados dos anos 80 com o álbum “Brothers in arms”, as origens estão na segunda metade da década de 70, especialmente com a canção “Sultans of swing”. Início que chamou a atenção de muita gente como o legendário Bob Dylan.

 Em1988, abanda se reuniu em Wembley para o mega concerto “Free Mandela”. Os caras encerraram a noite e, de quebra, contaram com o reforço de Eric Clapton na guitarra. Vale registrar o momento.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=6jxsnIRpy2E&feature=related[/youtube]

REVIRAVOLTA “GUNNER”

A consagração de Robin Van Persie em Stamford Bridge

Quem puxar pela memória o início da atual temporada, mais especificamente a Premier League inglesa, há de se recordar da humilhante goleada histórica imposta pelo Manchester United sobre o Arsenal por singelos 8×2 em Old Trafford.

 Pois é, quem poderia imaginar que, após tamanho estrago, o Arsenal do contestado técnico Arsene Wenger conseguiria iniciar gradativa retomada que teve novo e importante capítulo na rodada do final de semana em Londres?

 Os Gunners foram a Stamford Bridge e impuseram retumbantes 5×3 sobre os anfitriões do Chelsea com direito a hat trick de Robin Van Persie.

 O Chelsea do técnico português André Villas Boas saiu na frente com Frank Lampard. Robin Van Persie empatou, mas os azuis conseguiriam terminar o 1º tempo na frente com gol de John Terry.

 Tudo bem para os donos da casa. Afinal, o favoritismo era deles, apesar de se tratar de clássico londrino.

 A brincadeira ficou séria com gol do lateral André Santos após lançamento rasteiro de Alex Song em profundidade.

 Os Gunners ficariam na frente no placar pela primeira vez aos 11 minutos do 2º tempo com Theo Walcott.

 Aí o Chelsea teve que correr.

 O prêmio pelo esforço viria aos 36 minutos com gol marcado por Juan Mata.

 Tudo levava a crer em empate no derby local.

 Só que Florent Malouda encarregou-se de passar a bola para John Terry sem qualidade alguma e Terry encarregou-se de escorregar, cedendo a bola para Van Persie desempatar.

 A fatura foi liquidada nos acréscimos em contra-ataque de Mikel Arteta e conclusão de Van Persie novamente.

 Os 5×3 estavam construídos, desbancando o time de André Villas Boas.

 Com o resultado, o Arsenal continua na sua lenta mas consistente ascensão na temporada. Agora os Gunners são os 7º colocados com 16 pontos, a três pontos do rival Chelsea com 19 pontos ainda em 3º na tabela.

 A liderança permanece inalterada nas mãos do Manchester City que continua a confirmar a boa fase com vitória em casa sobre o Wolverhampton por 3×1. São agora 28 pontos para o City contra 23 do rival United.

 Falando em Manchester United, após a humilhação sofrida no clássico local, a equipe de Alex Ferguson contentou-se com vitória magra por 1×0 contra o Everton fora de casa. A intenção era apenas recuperar-se psicologicamente do cataclismo da semana passada.

 E, se o Chelsea bobeou, os rivais, além do Arsenal, aproveitaram para encostar na tabela.

 

Liverpool vencendo em West Bromwich

Outro londrino que surgiu no retrovisor foi o Tottenham Hotspur que fez 3×1 no Queens Park Rangers e também atingiu 19 pontos.

 O Liverpool foi a West Bromwich e derrotou os locais por 2×0 e foi a 18 pontos.

 Muita pressão sobre o Chelsea que terá que lidar com o stress nacional e pensar na UEFA Champions League.

 Sim, a Champions está de volta com a 4ª rodada da fase de grupos e a equipe do técnico português vai a Bélgica encarar o Genk e terá que vencer se quiser se manter na liderança do grupo E, já que tem o Bayer Leverkusen nos seus calcanhares (7 pontos contra 6).

 

Dzeko foi destaque no Man C na Premier e é esperança na UCL

O Manchester City vai a Espanha encarar o Villarreal e precisa vencer para entrar na zona de classificação do grupo A. O City está em 3º lugar em grupo que tem Napoli e Bayern Munique ditando as regras.

 O Manchester United tem moleza na rodada do grupo C. Mas não pode falhar contra o Otelul Galati em Old Trafford, já que os Red Devils estão em surpreendente sufoco no 2º lugar do grupo com 5 pontos, assistindo o líder Benfica com 7 na liderança e o traiçoeiro FC Basel em 3º com 4 pontos na cola.

 E o embalado Arsenal vai receber o Olympique Marseille no Emirates Stadium. É jogo de líderes do grupo F (7 pontos ingleses contra 6 franceses).

 Agora é só esperar para ver o poder de fogo da armada inglesa na UCL.

 E já que a rodada foi do Arsenal, nada melhor que encerrar com som de ilustre torcedor dos Gunners, o primeiro e único Mick Jagger.

 Sim meus caros. Jagger é torcedor do Arsenal e, para celebrar, nada com um hard rock da carreira solo do astro em parceria com o americano Lenny Kravitz: God gave me everything. Bom som para todos.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=9FWKvPmFP2k&feature=related[/youtube]

VITÓRIA E LIDERANÇA PARA O CITY

Mario Balotelli para marcar de bicicleta

Com grande atuação de Mario Balotelli, o Manchester City derrotou o Aston Villa por 4×1 no Etihad Stadium de Manchester em partida válida pela Premier League.

 O resultado alçou o City à liderança do campeonato inglês com 22 pontos após 8 rodadas de disputa.

 O show de Balotelli teve início aos 28 minutos de partida quando Adam Johnson bateu escanteio, Micah Richards tocou e o italiano, de costas para o gol, improvisou uma bicicleta para fazer.

 O técnico Roberto Mancini promoveu quatro mudanças na equipe para o confronto contra o Aston Villa em relação à partida anterior contra o Blackburn. Além de Micah Richards, Gael Clichy, Nigel de Jong e Gareth Barry substituíram Pablo Zabaleta, Aleksader Kolarov, David Silva e Sergio Kun Aguero (com lesão na virilha).

 Nem mesmo a série de modificações tirou o ritmo da equipe na liga nacional.

 Prova disso foi o 2º tempo com a definição do placar através de mais três gols dos anfitriões. Adam Johnson, Vincent Kompany e James Milner marcaram para o City. Stephen Warnock descontou para o Villa.

 Resultado importante no aspecto moral para os azuis que encaram compromisso decisivo em semana de UEFA Champions League. O empate fora do roteiro contra o Napoli em casa e a posterior derrota para o Bayern em Munique transformaram o confronto contra o também desesperado Villarreal em compromisso de vida ou morte.

 A equipe de Roberto Mancini beneficiou-se do empate por 1×1 do arquirrival e concorrente ao título, o Manchester United, contra o Liverpool fora de casa.

 Foi o confronto das equipes com o maior número de títulos nacionais da Inglaterra. São 19 conquistas para o United contra 18 do Liverpool.

 

Steven Gerrard voltou e marcou para o Liverpool no clássico

A atmosfera de rivalidade aumenta quando recorda-se que o Liverpool não vence a Premier League desde a temporada 1989-1990. Justamente após o início do jejum, o United, sob comando de Alex Ferguson, largou para uma série de vitórias nacionais e europeias, tomando a hegemonia do futebol local.

 E o Liverpool voltou a falhar contra o United. Wayne Rooney, revelado pelo rival local do Liverpool, o Everton, amargou o banco. Já Steven Gerrard, voltando à equipe da casa, marcou aos 23 minutos do 2º tempo.

 Só que a equipe cedeu empate a menos de 10 minutos do final. Javier “Chicharito” Hernandez empatou para os “red devils”.

 Bom empate fora de casa para o United, mas que custou a perda da liderança para o rival local. Peculiaridades dos campeonatos de pontos corridos. Ora a rodada favorece um, ora o outro.

 Outro gigante com pretensões de título é o londrino Chelsea que recebeu justamente o Everton em Stamford Bridge. Vitória por 3×1, 19 pontos na tabela e a perseguição aos adversários de Manchester continua. André Villas Boas trilha firme os passos do compatriota José Mourinho na Inglaterra.

 Já o Arsenal, em reconstrução após avalanches, tsunamis, furacões e terremotos, venceu o Sunderland no Emirates Satdium por 2×1 e soma 10 pontos no 10º lugar da classificação.

 Além do City, mais três equipes inglesas voltam-se para a Champions League no meio de semana.

 Também enfrentando dificuldades inesperadas, o Manchester United vai a Romênia encarar o lanterna do grupo C, os campeões locais do Otelul Galati. A equipe de Alex Ferguson amarga o terceiro lugar no grupo com apenas 2 pontos e vê Basel e Benfica na liderança com 4.

 Mais tranquilo na liderança do grupo E, o Chelsea recebe o lanterna Genk em casa.

 E, isolado na vice-liderança do grupo F com 4 pontos, o Arsenal tem compromisso difícil na França contra o Olympique Marseille, líder do grupo com 6 pontos.

 Agora é aguardar para ver o que os ingleses, com a liga nacional mais poderosa do mundo no momento, farão pela Europa afora na semana que se inicia.

 Já que o assunto foi Inglaterra, nada melhor que encerrar com o Kasabian e sua “Fire”, ao vivo em Glastonbury em 2009.

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PREMIER LEAGUE: ARSENAL HUMILHADO EM OLD TRAFFORD

 

Arsene Wenger sem ação.

Não poderia ter sido pior. Nem mesmo o mais pessimista e desolado torcedor “Gunner” imaginaria tal fiasco após o desmanche promovido pelo Arsenal, tendo como símbolo o êxodo de Cesc Fábregas e Samir Nasri. Mas foi o que ocorreu no último domingo em Manchester.

 Jogando no estádio Old Trafford, os anfitriões do Manchester United humilharam a equipe londrina do Arsenal por inéditos 8 a 2.

 O que era para ser o clássico da rodada tornou-se verdadeiro jogo treino para os “Red Devils”.

 Na mesma rodada, o rival local, Manchester City, atropelara o Tottenham Hotspur em Londres por sonoros 5 a 1. O êxito estrondoso do vizinho incômodo forçou Alex Ferguson a vir a público e frisar a absoluta normalidade do ambiente no United. Nada de pressão sobre os ombros.

 Verdade ou não, a resposta chegaria de maneira retumbante.

 

Wayne Rooney com novo visual. Melhor em campo.

Os gols de Danny Walbeck, Ashley Young e Wayne Rooney, além do anteprojeto de reação gunner através de Theo Walcott eram apenas o prenúncio do bombardeio. Bombardeio! Ironicamente, a equipe apelidada de “Gunner” sofreria um daqueles impiedosos.

 Ainda mais flagrante que o 1º tempo foram os 45 minutos finais.

 O que se viu foi um time em frangalhos. Um Arsenal absolutamente entregue e impotente. Arsene Wenger assisitia a tudo atônito, passava a mão na cabeça, não podia acreditar. O sistema defensivo inexistia. A equipe não conseguia trocar três ou quatro passes seguidos em progressão.

 Rooney fez o segundo dele de falta em cobrança mais manjada que andar para frente. Aquela velha jogada de rolar a bola para o companheiro pará-la e o próprio cobrador, com ângulo diferenciado da posição inicial da cobrança, chutar colocado. Era moda nos anos 90. Raí e Cafu fizeram contra o Barcelona em Tóquio e tanto lá como cá o goleirão assistiu imóvel a bola entrar.

 Nani também fez o seu show em um dos gols. Até o sul-coreano Ji-Sun Park fez o seu.

 O United não encontraria tanta facilidade sequer contra os nanicos da Premier League.

 Quanto ao Arsenal, uma enxurrada de justificativas com o intuito de explicar a tragédia foram levantadas.

 

Per Mertesacker: solução para a defesa?

Inevitável questionar: por que não contratou se há dinheiro disponível dentro do orçamento do clube para Arsene Wenger? Eis algo de intrigante. O que queria Wenger? Trabalhar com revelação de jogadores pura e simplesmente? Parece que era isso mesmo. O treinador viu-se na corda bamba in extremis e os rumos estão sendo alterados. A imprensa local dá como quase certa as contratações do zagueiro alemão Per Mertesacker do Werder Bremen por £10 milhões e do lateral esquerdo brasileiro André Santos por mais £6 milhões (Santos tem a vinda facilitada, já que o Fenerbahce turco agoniza na UTI após escândalos locais de manipulação de resultados com posterior exclusão do clube da Champions League) para reconstruir a defesa.

 Wenger vai rodar? Especulou-se, mas por ora o francês fica no comando técnico. Óbvio, futebol é resultado em qualquer canto do planeta e, se eles não vierem, Wenger pode empacotar as tralhas de volta para a França.

 Entre outras consequências da hecatombe gunner está a decisão da diretoria do clube de dar ingressos para os torcedores que pagaram para ver o vexame histórico. Uma espécie de ressarcimento pelo serviço pessimamente prestado.

 Fato é que foi a maior goleada da história do confronto. O melhor que o Arsenal já conseguiu contra o Man U foram vitórias por quatro gols de diferença. Entre elas, o placar mais próximo do resultado do domingo foi um 6 a 2 no longínquo 1º de fevereiro de 1947 no estádio Highbury Park de Londres. Resumindo, levará tempo para os Gunners devolverem o placar vergonhoso.

 Enquanto Londres meio que agoniza, Manchester ri à toa mais uma vez. Os rivais locais United e City disputam com afinco a liderança da Premier League, bem como as maiores goleadas.

 E como falamos de jogos com muitos gols, nada melhor que contrabalançar a coisa. Que tal essa: Copa Movistar no Peru. Jogavam Alianza Atlético e Cienciano. Final de partida se aproximando, placar definido para o Alianza (3 a 1) e eis que surge Israel Khan para tornar a vida mais cômica. Não para ele, é óbvio. O cidadão recebe lançamento, passa pelo goleiro e tem o gol escancarado para fazer o quarto da sua equipe. É isso mesmo, ele perdeu. Confira a pândega peruana.

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É “Madchester”: é festa total!

Jogadores do Man U comemoram título após apito final

Madchester foi o nome dado ao cenário musical da cidade de Manchester no final dos anos 80 e início dos anos 90 que envolvia desde rock alternativo até o som eletrônico. A efervescência criativa era tamanha que o termo “mad” foi associado ao nome da cidade, batizando, através do trocadilho, o movimento cultural emergente.

E parece que a loucura e a efervescência voltaram à cidade de Manchester neste sábado, desta vez via futebol com os títulos conquistados pelas equipes locais. O Manchester United ratificou o que se esperava, a conquista da Premier League, com um empate (1 a 1) fora de casa contra o Blackburn. O Manchester City conquistou, poucas horas depois, o título da FA Cup, a Copa da Inglaterra, ao derrotar por 1 a 0 o Stoke City.

Sem fazer grande partida, o United ficou em desvantagem no placar desde os 20 minutos de jogo quando o Blackburn abriu a contagem com Emerton. Foram necessários mais de 50 minutos de jogo e um pênalti para que Wayne Rooney empatasse e garantisse o ponto necessário para a confirmação do 19º título do clube. Indiscutível o domínio do time de Sir Alex Ferguson nos últimos 20 anos de Premier League, considerando que o clube possuía somente 7 conquistas anteriormente. Na comparação, o Liverpool, com 18 títulos, estacionou nos mesmos 20 anos. Assim, o United torna-se o maior vencedor do campeonato inglês.

Touré vibra com gol do título

Na outra frente, o City garantiu o título da FA Cup em final de jogo único disputado em Wembley contra o Stoke City ao vencer com gol do marfinense Yaya Touré. Com a vitória, o clube encerra um período de 35 anos de jejum de títulos. A FA Cup e a quase certa classificação para a próxima Champions League (o City é o 4º colocado da Premier League) trazem perspectivas animadoras. Para os fãs é a esperança do fim de uma era: de o City ser considerado apenas o outro time da cidade.

The Smiths no palco em 1984

Vitória lá, vitória cá e Madchester está de volta. Festa nas ruas da cidade e alegria em ambas as torcidas. Como nos anos 80, quando os consagrados The Smiths, New Order ou James, precursores criativos de Manchester, ganhavam o mundo e davam ignição para a onda criativa de músicos que se notabilizariam na Inglaterra e no resto do planeta. The Stone Roses, Inspiral Carpets, The Charlatans, 808 State e Happy Mondays dominaram o cenário musical inglês, assim como os co-irmãos United e City dominam o futebol nacional. Confira um dos principais expoentes Madchester, o Happy Mondays, com Kinky Afro.

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