Mais um confronto entre o Atlético de Madrid de Diego Simeone e o estrelar Barcelona de Lionel Messi, Andrés Iniesta e Neymar Jr., o quinto na temporada, mais um sucesso do time de Cholo em parar a equipe catalã do colega conterrâneo Gerardo Martino. E, desta vez, com vitória na mais importante das competições, a UEFA Champions League, que classificou o Atleti para as semifinais e eliminou o Barça através de futebol de fortíssima marcação, preenchimento de espaços e anulação de Messi.
Club Atlético de Madrid 1×0 FC Barcelona
Madri, Espanha
Após o 1×1 de Barcelona, as expectativas de classificação do Atlético aumentaram exponencialmente no duelo no Estádio Vicente Calderón de Madri, afinal um 0x0 já era suficiente para os anfitriões, além do retrospecto positivo recente dos comandados de Simeone ao empatar quatro vezes em quatro oportunidades na temporada (1×1 e 0x0 pela Supercopa da Espanha, 0x0 pelo 1º turno da Liga Espanhola, além do já mencionado 1×1 na partida de ida das quartas de final da UCL).
Com extrema garra, cara do treinador argentino Simeone, doação total na marcação e preenchimento de espaços, o Atlético teve começo avassalador com a marcação do gol único da partida anotado por Jorge Ressurreción “Koke” logo aos 5 minutos de jogo, além de outras duas bolas na trave do gol de José Pinto. Verdadeira blitz anfitriã para cima dos ilustres visitantes.
Barcelona que, graças aos méritos do Atleti, esteve quase todo abaixo da crítica. Salvaram-se poucos. Curiosamente, aqueles que foram mais duramente criticados nos últimos tempos, Neymar e o goleiro Pinto, foram os poupados pela imprensa e torcida catalãs.
Mas, na verdade, esmiuçando o fator Simeone em parar o Barcelona, fica evidente que muito do sucesso da equipe madrilenha atual passa por anular Lionel Messi, não permitir que o jogo do argentino flua. E , de fato, sem Messi determinante, o Barcelona perde muito, ainda que Neymar Jr. tenha assumido o papel de protagonista na partida com belos dribles e duas boas oportunidades de gols em seus pés.
Classificação justa do Atlético de Madrid no final que tem demonstrado espírito de equipe poucas vezes visto com o intuito de superar inferioridades técnicas frente a adversários mais poderosos.
FC Bayern München 3×1 Manchester United FC
Munique, Alemanha
Em temporada tão repleta de percalços, esperava-se muito menos do Manchester United em fase de transição com novo treinador, David Moyes, após saída do longevo Alex Ferguson. Mas, fato é que o United lutou bravamente contra adversário superior tanto em Manchester quanto em Munique.
Após o 1×1 de Old Trafford com gol mal anulado de Danny Welbeck, a expectativa era de vitória relativamente tranquila do Bayern em casa.
Porém, os Red Devils mantiveram o 0x0 no 1º tempo. Embora insuficiente para a classificação, capaz de deixar os visitantes na disputa.
Na 2ª etapa, o golaço de Patrice Evra, acendeu de vez as esperanças de Moyes em salvar sua temporada, mas, dois minutos mais tarde, Mario Mandzukic repôs o Bayern no jogo ao marcar após cruzamento de Franck Ribery.
Ok, o 1×1 ainda servia para levar a disputa para o tempo extra, mas o rolo compressor bávaro foi mais forte e os 3×1 finais foram questão de tempo.
Curiosamente, o Bayern foi mais ao estilo Jupp Heynckes que propriamente à maneira de Josep Guardiola. Necessitou usar muito do expediente do jogo pelas laterais e cruzamentos aéreos e rasteiros em detrimento do tique-taca catalão.
Os campeões prosseguem na defesa do título europeu.
Agora restam os espanhóis Real Madrid e Atlético de Madrid, o inglês Chelsea e o próprio alemão Bayern nas semifinais. Qualquer emparelhamento produzirá duelos interessantes na fase vindoura. Aguardemos o sorteio da sexta-feira, dia 11 de abril.
Em semana de UEFA Champions League, as principais equipes europeias foram a campo pelos seus campeonatos nacionais no sábado e protagonizaram momentos que variaram desde a renovação de esperanças para alguns até a percepção de que nem tudo são flores para outros. Entre os maiores destaques estão desde a expulsão de Zlatan Ibrahimovic na França até o polêmico pedido da camisa de Robin Van Persie por parte de André Santos na Inglaterra.
Premier League
O maior destaque da 10ª rodada do Campeonato Inglês ficou por conta do clássico entre Manchester United e Arsenal em Old Trafford com vitória final dos anfitriões Red Devils por 2×1 sobre os Gunners.
Os holofotes estavam sobre o atacante holandês Robin Van Persie que enfrentava pela primeira vez sua ex-equipe, lembrando a polêmica saída do craque da equipe de Londres.
E foram necessários menos de 3 minutos para que Van Persie marcasse contra seu ex-clube. Mas, não bastassem as faíscas que voavam ao redor do confronto, eis que o brasileiro André Santos resolveu acender de vez a fogueira e iniciar o mega incêndio que se alastrou no mundo do futebol inglês ao pedir a camisa do artilheiro holandês como recordação logo após o final do 1º tempo de jogo.
Procedimento mais que corriqueiro na América do Sul, trata-se de algo pouco ou nada compreendido no mundo europeu, ganhando ares de revolta por parte dos jogadores e da torcida do Arsenal devido à fraca atuação do brasileiro e do restante do time na partida seguida da derrota final.
Wayne Rooney perderia penalidade e, no 2º tempo, Patrice Evra ampliaria para o United com os visitantes marcando seu gol de honra nos acréscimos com Santiago Cazorla.
Ao final, liderança isolada para o United na EPL e princípio de crise pelos lados do Arsenal.
O técnico Arsène Wenger, também criticado, precisou vir a público nesta segunda-feira para defender André Santos. Antes de tudo, o ex-corintiano desculpou-se pelo ato perante o grupo. Em seguida, Wenger tentou colocar panos quentes no imbróglio.
Segundo o treinador francês, a intenção é não fazer tempestade em copo d’água em relação ao episódio, já que ele está ciente da prática comum de troca de camisas entre os sul-americanos. Contudo, deixou claro que é algo que um inglês ou um francês (como ele, Wenger) têm dificuldade de entender.
De resto, Wenger elogiou o comportamento de André Santos ao afirmar ser o brasileiro um jogador que se importa, sério e querer fazer bem as coisas.
Panos quentes e rasgações de seda à parte, a imprensa inglesa noticia que André Santos deverá perder a vaga na lateral esquerda contra o Schalke 04, em partida válida pela Champions League, para Thomas Vermaelen, que será deslocado para a esquerda, com Laurent Koscielny na zaga central.
Menos pela troca de camisas e muito mais pela má atuação contra o Manchester United, desculpas pedidas não foram suficientes para manter o brasileiro no time titular por ora.
Ainda de relevante na rodada, o Tottenham Hotspur de André Villas Boas foi derrotado em casa pelo Wigan Athletic por 1×0, causando mal estar em relação ao trabalho do treinador português pelos lados de White Hart Lane. Chelsea e Manchester City perderam o ritmo em relação ao Manchester United e somente empataram em seus jogos. Os campeões europeus foram a Gales e ficaram no 1×1 com o Swansea City e os campeões ingleses ficaram sem gols contra o West Ham.
Empate do City que causou polêmico desabafo do técnico Roberto Mancini. Segundo o italiano, o City ainda não está preparado para vencer a Champions League. Lembrando a crítica situação pela qual o time passa na competição europeia.
O grande destaque da Ligue 1 francesa foi a derrota do endinheirado Paris Saint Germain em casa para o Saint Etienne por 2×1. Não somente pelo resultado, a surpresa também ficou por conta da expulsão do atacante Zlatan Ibrahimovic que, em dividida, aplicou verdadeiro chute marcial no goleiro adversário, Stéphane Raffier.
Tanto a expulsão de Ibrahimovic quanto a apatia do time do técnico Carlo Ancelotti resultaram na derrota dos anfitriões. Demonstração de que há longo caminho a percorrer pelos lados de Paris. Dinheiro ajuda, e muito, mas não é tudo neste mundo.
Com a derrota do PSG, o campeonato embolou na briga pela liderança graças às vitórias do Olympique Lyon por 5×2 contra o Bastia e do Olympique Marseille fora de casa contra o Ajaccio por 2×0.
Pelos lados da bota, a cidade de Turim assistiu atônita a Internazionale visitar a Juventus e vencer por 3×1 de virada.
A surpresa ficou por conta da virada interista, bem como o surgimento do contraponto da campeã Juventus na Itália.
Juventus Stadium lotado e o emocionante hino dos anfitriões cantado pelo público, o início não poderia ter sido melhor com o gol inaugural de Arturo Vidal com 19 segundos de jogo.
Mas, no clássico da rodada, a Juve empacou no 1×0 parcial e, no 2º tempo, a Inter achou seu caminho com dois gols de Diego Milito (o primeiro de pênalti) e Rodrigo Palácio finalizando com os donos da casa aos 43 minutos.
Ruim para a Juventus, que está em relativa dificuldade na Champions League, e ótimo para a Inter que traz competição para a Série A italiana.
O Milan ensaia ressurgir. A equipe de Massimiliano Allegri, sempre ameaçado no cargo de técnico, fez impiedosos 5×1 no Chievo Verona com destaques para Ricardo Montolivo e Stephan El-Shaarawy.
Outro tradicional que tenta reerguer-se é a Roma. Desta vez, os Gialorossi não decepcionaram em casa e fizeram 4×1 no Palermo.
Já o arquirrival local, a Lazio, decepcionou e foi goleada pelo Catania por 4×0.
No outro clássico da rodada, o Napoli recebeu o outrora gigante Torino. O time anfitrião levou duro castigo no Estádio San Paolo de Nápoles ao sofrer gol de empate de Gianluca Sansone nos acréscimos após gol inaugural de Edinson Cavani.
Na Espanha, Barcelona e Real Madrid venceram seus jogos, mas os astros Lionel Messi e Cristiano Ronaldo não marcaram.
O Barcelona fez 3×1 no Celta Vigo e o Real Madrid goleou o Zaragoza por 4×0, mas o principal jogo da rodada ficou por conta de Valência e Atlético Madrid.
Roberto Soldado continua a mostrar ótimo futebol e marcou o primeiro gol do Valência na vitória por 2×0. Haedo Valdéz encerrou o placar nos acréscimos. A decepção ficou por conta de Radamel Falcão García que não marcou desta vez.
Foi a primeira derrota do time de Diego Simeone que permitiu o descolamento do líder Barcelona na classificação.
Na Bundesliga alemã, o atual campeão Borussia Dortmund não conseguiu derrotar o Stuttgart no Signal Iduna Park lotado com 80 mil fãs e ficou apenas no 0x0.
O vice-líder Schalke 04 perdeu como visitante para o TSG Hoffenheim em grande partida decidida com gol de Saven Schipplock nos acréscimos. O goleiro Tim Wiese também contribuiu para a vitória dos anfitriões.
Melhor para o Bayern que foi à cidade portuária de Hamburgo para derrotar a equipe local por 3×0 com gols de Bastian Schweinsteiger, Thomas Müller e Toni Kroos.
Quem mantinha boa campanha, mas tropeçou na rodada, foi o Eintracht Frankfurt. A equipe recebeu o modesto Greuther Fürth e ficou no 1×1 final.
Tudo começou no dia 15 de outubro de 2011. A partida era Liverpool vs. Manchester United válida pelo 1º turno da atual temporada da English Premier League. Partida que terminaria em 1×1. Tudo normal até então.
Até que foram levantadas acusações de abuso racial do uruguaio Luis Suárez do Liverpool contra o francês Patrice Evra do Manchester United por parte da Football Association.
A partir daí houve aquele sim contra não entre as partes envolvidas.
O Liverpool apoiou Suárez, apelando inclusive para as origens multirraciais do uruguaio.
Mas na Inglaterra as coisas são sérias e a FA conduziu investigação de nível profissional a partir das imagens do episódio.
Como o uruguaio dirigiu-se a Evra em espanhol, até especialistas em leitura labial e interpretação na gloriosa língua de Cervantes foram chamados para dar o máximo de credibilidade ao processo.
As evidências contra Suárez eram irrefutáveis, apesar das negativas de racismo por parte do uruguaio. Condução séria de algo grave foi a palavra de ordem na FA.
A sentença estava definida. Luis Suárez levava oito jogos de suspensão.
Manchester, 11 de fevereiro de 2012. Passados quatro meses do triste episódio, lá estavam os mesmos Manchester United e Liverpool perfilados em Old Trafford.
E antes mesmo do apito inicial, a coisa esquentou, e para valer.
No momento dos cumprimentos de praxe, lá estava Patrice Evra, a vítima, em postura magnânima, oferecendo-se a cumprimentar seu algoz.
Eis que Luis Suárez recusa-se a fazê-lo, tirando a mão da direção da mão de Evra com rispidez.
Parecia ali que Suárez sentia-se vitimizado pelas denúncias de Evra na FA, culpando o francês pelo longo gancho recebido.
Gesto que gerou mais confusão durante a partida. Logo no primeiro lance, Evra e Suárez quase se estranharam.
No intervalo mais confusão. As câmeras não mostraram, mas relatos garantem que os jogadores de ambos os lados se pegaram à tapa no caminho para os vestiários.
Ah, o jogo? Sim, este foi decidido em dois minutos, no início do 2º tempo mais precisamente. Tudo por conta e obra de Wayne Rooney. Luis Suárez diminuiria o placar, pouco demais tarde demais. Vitória do United.
E a confusão continuou.
Alex Ferguson declararia no pós-jogo que o uruguaio não deveria mais jogar no Liverpool. O ídolo do futebol inglês, Kenny Dalglish, técnico do Liverpool, a princípio defendeu seu atleta.
As coisas começaram a mudar no dia seguinte.
O Liverpool veio a público para deixar claro que foi “enganado” pelo seu jogador, insinuando que o uruguaio colocaria uma pá de cal no triste episódio.
Até que o próprio Luis Suárez soltou esperada declaração. Tudo para assumir o grave erro, que deveria ter dado a mão ao francês.
Mea culpa inútil ou antes tarde do que nunca?
Obviamente, o mundo condena Luis Suárez, e não sem razão. Após ofensas racistas, a recusa de encerrar a confusão com novo e grave equívoco.
Tentar buscar algo de positivo e perdoável no ato (praticamente não há) é tarefa hercúlea.
As esperanças de Suárez em ganhar a compreensão humana talvez residam em algo que Chico Buarque dissera há muito: “Deus permite a todo mundo uma loucura”.
Que o triste fato ocorrido em Liverpool e Manchester tenha sido a única loucura da vida de Luis Suárez permitida por Deus.
City ainda líder
Tudo muito bonito e legal para o United no sábado, mas o City não sucumbiu à pressão imposta.
No domingo, a equipe de Roberto Mancini foi a Birmingham e fez 1×0 no Aston Villa em partida difícil com gol de Jeoleon Lescott no 2º tempo.
Vitória que levou o City a 60 pontos, mantendo a liderança, contra 58 do United.
O Tottenham Hotspur aplicou impiedosos 5×0 no Newcastle, que cai pelas tabelas. Os Hotspurs ficam com 53 pontos à espreita de eventuais mancadas da dupla de Manchester.
O show do Tottenham vem em semana de demissão de Fabio Capello por conta do affair “John Terry e a braçadeira de capitão que vale ouro na seleção inglesa”. Qual a relação? Ninguém menos que Harry Redknapp, atual treinador dos Hotspurs, surge como o mais cotado para dirigir o English team na Eurocopa que se aproxima.
Tudo muito legal, mas quem pode levar a pior em mais uma confusão do futebol inglês é o embalado Tottenham, que corre o risco de ficar sem seu treinador.
O irregular Chelsea levou 2×0 do Everton e quem agradeceu, e muito, foi o Arsenal. Os Gunners foram a Sunderland e garantiram vitória por 2×1 em cima da hora com gol salvador de Thierry Henry. Agora o Arsenal sobe para 4º lugar e o Chelsea fica em 5º, ambos com 43 pontos.
Helter Skelter
“Vaidade das vaidades. Tudo é vaidade!” Já dizia o Eclesiastes. Após tantos imbróglios, tantas confusões, a coluna não poderia terminar de outra forma, a não ser a clássica dos Beatles, “Helter Skelter”, com Sir Paul McCartney no Morumbi, São Paulo.
Se o questionamento recente da coluna era sobre quem poderia parar o Manchester City, líder absoluto da Premier League, em terras inglesas, o mesmo não se aplica no maravilhoso mundo além-mar da UEFA Champions League.
Jogando no Estádio San Paolo de Nápoles, o Napoli derrotou o City por 2×1 em confronto direto da 5ª rodada pela segunda vaga do grupo A da UCL.
E foi a melhor partida da terça-feira. Tudo isso porque o Manchester City entrava na rodada com 7 pontos na 2ª colocação, seguido de perto pelo Napoli com 5. Ademais, o FC Bayern praticamente já havia garantido a liderança definitiva do grupo e o Villarreal, grande decepção, já estava eliminado.
Os anfitriões entraram em campo com a raça peculiar que tem caracterizado o time montado por Walter Mazzarri. Não à toa, o elenco napolitano conta com o uruguaio Edinson Cavani, titular da seleção de seu país, e o argentino Ezequiel Lavezzi, jogadores que representam escolas lutadoras do futebol mundial.
O Napoli começou melhor e alcançou o gol inicial aos 18 minutos de jogo com Cavani que tocou de leve após cobrança de escanteio.
Mas o City tem mais dinheiro e, consequentemente, elenco.
O Napoli optou pelo jogo defensivo com velocidade em contra-ataques. Esperava o City em seu campo.
Espera que transformou-se em pressão do adversário a suportar. Adversário técnico e capaz. O empate era questão de tempo.
Veio através do seu “showman”, Mario Balotelli, aos 33 minutos.
O Napoli sentiu o golpe. Os fãs no San Paolo rezaram para o 1º tempo acabar. E acabou assim.
Todo o planejamento da 2ª etapa, se é que havia algo de diferente na mente dos técnicos, foi para o brejo logo aos 3 minutos.
Cavani aproveitou cruzamento e chutou. Joe Hart tentou a defesa sem sucesso. Napoli na frente.
Situação que forçou o City a se lançar com mais afinco ao ataque e influenciou na estatística final de posse de bola a favor dos ingleses (62% contra 38%).
Ainda assim, o Napoli teve chance de fechar o placar ao acertar a trave de Hart.
Roberto Mancini lançou mão de seus trunfos após os 30 minutos de jogo. Sergio Kun Aguero foi a campo e pôs pressão sobre os donos da casa.
A atmosfera era de tensão e emoção no estádio. A fanática torcida napolitana jogava junto com a equipe, incentivando, cantando e vaiando muito o City quando detinha a bola em seus pés.
Balotelli teve suas chances. Morgan de Sanctis mostrou serviço no gol. Mazzarri ainda colocaria Goran Pandev em campo.
Emoção e alegria no San Paolo no final. Vitória napolitana que lhe deu o 2º lugar na classificação do grupo com 8 pontos. Faca e queijo na mão do Napoli.
Na outra partida do grupo, mera formalidade em Munique. O FC Bayern fez 3×1 no decepcionante Villarreal, sem esforço.
Vitória que deixou o Bayern com 13 pontos na liderança.
Problemas sérios para o Manchester City. Os líderes da Premier League amargam o 3º lugar com os mesmos 7 pontos e não dependem mais de si para passar para as oitavas de final. Na próxima rodada Baloteli e companhia enfrentam o mais que classificado Bayern em casa. Tudo bem até aí, afinal enfrentar equipe já despreocupada não é nada mal. Só que os ingleses terão que torcer contra o Napoli na Espanha contra o Villarreal, já eliminado sem pontos.
Três equipes na briga pela vaga derradeira a preencher no grupo B.
A Internazionale já está com o 1º lugar garantido. Foi a Turquia, empatou com o Trabzonspor por 1×1 e somou 10 pontos.
Empate que colocaram, de forma surpreendente, os turcos com 6 pontos na 2ª colocação.
Já em Moscou, os campeões franceses do Lille renasceram na competição ao derrotar o CSKA por 2×0.
Vitória que embolou o grupo, pois CSKA e Lille ficam com 5 pontos.
Para pôr fogo na última rodada, o outrora desacreditado Lille recebe o Trabzonspor com boas chances de classificação. Já o CSKA Moscow irá a Milão para encarar a desinteressada Internazionale. Briga boa na rodada derradeira do grupo.
Mais contenda da boa no grupo C.
Em Old Trafford, o Manchester United recebeu o Benfica e, em outro jogo emocionante, apenas empatou por 2×2.
E foi uma atuação dominante do Man U na maior parte do tempo, mas o Benfica, a exemplo do Napoli, mostra vontade na temporada.
O time lisboeta abriu o placar em jogada que nasceu de falha na marcação de Patrice Evra sobre Osvaldo Gaitán que teve espaço para finalizar chute desviado em Phil Jones logo aos 3 minutos de jogo.
O empate inglês viria somente aos 30 minutos com Dimitar Berbatov que jogou solitário no ataque na maior parte do tempo.
O segundo gol “Red Devil” chegaria somente aos 14 minutos do 2º tempo com Darren Fletcher que abria perspectivas de vitória para os anfitriões do confronto.
Não avisaram o Benfica e a festa dos fãs cessou rapidamente quando Pablo Aymar empatou dois minutos mais tarde.
Empate que refletiu empáfia dos ingleses frente ao time português, que contou com boa atuação de Bruno César.
O 2×2 de Manchester colocou o United na liderança com 9 pontos e o Benfica em 2º lugar na cola, também com 9 pontos.
Na Romênia, o Otelul Galati perdeu outra para o FC Basel por 3×2. Resultado que colocou o time suíço com 8 pontos em 3º lugar.
A última rodada terá ares de dramaticidade, já que o Basel receberá o Manchester United em briga direta por vaga. O Benfica está tranquilo, pois recebe o sem pontos do Otelul Galati em Lisboa. As dificuldades do Manchester United se tornaram maiores que o esperado.
Passeio em Madri. Foi o que se viu em partida do grupo D entre Real Madrid e Dinamo Zagreb que terminou com goleada merengue tranquilíssima por 6×2.
Os 6×0 estavam garantidos aos 21 minutos do 2º tempo. Com o pé madridista no freio, o Zagreb ainda fez dois gols de honra no Estádio Santiago Bernabéu.
O Olympique Lyon precisava de vitória contra o AFC Ajax na França.
Não conseguiu. Ficou no 0x0, em partida disputada sob neblina, deixando boas perspectivas de classificação para os holandeses.
Além dos 15 pontos do Madrid, o Ajax fica em 2º lugar com 8, o Lyon com 5 e o Zagreb sem pontos.
Com isso, o Lyon precisará vencer o Dinamo Zagreb na Croácia e torcer desesperadamente contra o Ajax, que receberá o desencanado Real Madrid em Amsterdã na rodada final do grupo.