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Os dois lados da moeda: Guerreiros rubro-negros fazem zigue-zigue-zá

Está marcado no meu celular: 20:14 o Sr. J.P. Tozo, um dos meus colegas nessa apaixonada iniciativa que é o FFC, me liga repleto de emoção palestrina: “Escreve ai sobre o jogo do Palmeiras. Eu não vou conseguir”. Eu, como bom companheiro, respondi que escreveria. Embebido de emoção rubro-negra, compreendi o pleito de uma análise menos envolvida feito pelo meu amigo.

Só não me liguei num detalhe: porra, eu não vi o jogo do Palmeiras!

Esse pequeno intróito quer demonstrar o que é o futebol para esses que vos escrevem. Procuramos levar aos nossos leitores a emoção do esporte, da nossa amizade de anos, entremeada pela musica e por tudo o que passamos juntos. Prometi ao meu amigo o impossível – talvez esse seja o fundamento de uma boa amizade.

Então essa carta aberta vai para meu amigo J.P.: bicho, o espaço é seu! Chore aqui sua lágrima alvi-verde também!

Para não descumprir a promessa, e enfatizando o titulo das minhas colunas, só posso registrar: no meio de semana disse que o Palmeiras não era melhor que as equipes mais destacadas do Brasil. Hoje reitero: também não é pior. Os dois lados da moeda.

Viva o Palestra!

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Torcer para um time do Rio em São Paulo tem dessas coisas: enquanto seus amigos estão assistindo a final do estadual paulista, eu, rubro-negro, estou ouvindo pelos streams da Internet a final do carioca. Acabo de rever o VT de Botafogo x Flamengo. Os rapazes do Flamengo vêm fazendo história – uma semana digna dos melhores dias do Mengão, coroada pelo sensacional segundo tempo da final do Campeonato Carioca, contra esse grande rival (embora as vezes chorão, rss…) que é o Botafogo.

O primeiro tempo foi alvi-negro. Não fosse a contusão de Wellington Paulista, diria que o Fogão teria ido para o intervalo com as melhores expecativas possíveis para a segunda etapa. O gol do Botafogo – numa infelicidade, diria eu, de Bruno – levaria a partida para os pênaltis.

Joel Santana, no entanto, surpreendeu novamente: voltou para o segundo tempo com quatro atacantes: sacou Christian e Ibson (que perdeu uma chance de gol claríssima na etapa inicial) em favor de Obina e Diego Tardelli, que uniram-se uniram-se a Souza e Marcinho. Meio-campo de ofício só o volante Toró.

E o destino presenteou a ousadia: dos pés dessas duas opções saíram os três gols que levaram, com sobra, o título para a Gávea.

O segundo tempo do Flamengo foi memorável. Afora alguns chutes de longa distância, o Botafogo pouco ameaçou a meta de Bruno. O rubro-negro, em compensação, mostrou muita garra. Obina corria aos 40 minutos como uma criança. Marcinho (que foi substituído por Kléberson) fez ótima participação. Souza não teve tanto destaque, mas foi importantíssimo no restante do campeonato. E o que dizer do Tardelli? Chegou causando na Gávea e tem sido bastante eficiente em suas participações.

A defesa esteve bem com o raçudo Angelim e o capitão (com “C” maísculo) Fábio Luciano. As laterais, que já foram o grande destaque do time, dividem os holofotes, mas não devem ser esquecidas. Hoje foi dia de uma grande partida de Juan. Leo Moura não jogou tanto quanto na última quarta contra o América do México.

Como dissemos no meio de semana, o grande trunfo do Flamengo, hoje, é o elenco. E Joel Santana sabe utilizar-se de inúmeras opções e formações para por o seu time em campo. Não só: percebe-se da parte dos jogadores do Flamengo uma enorme vontade de jogar pela equipe, mesmo que, para isso, tenham que “acumular funções”. Um bom exemplo é Obina, que invariavlemnte recua do ataque do Fla para marcar na área do próprio time. Papai Joel sabe como mexer com esses rapazes.

Um título com a cara do rubro-negro: em uma semana que se esperava enormes dificuldades em três jogos, uma viagem e um jogo no México, o Fla lava a alma com paixão que a torcida tanto exalta. Placar final: Flamengo 8 x 3 Adversários, o 30o. titulo carioca garantido e quase assegurados na próxima fase para a libertadores.

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Um destaque na equipe botafoguense: o jovem goleiro Renan. Seguro e frio, fez duas grandes partidas nas finais. Quanto ao time, parece sofrer de sindrome da Seleção da Inglaterra: todo mundo acha que é bom e confia, menos os próprios jogadores.