Arquivo da tag: Milton Neves

OS BUSTOS TAMBÉM AMAM.

Reprodução da íntegra de minha coluna de estréia no Portal Terceiro Tempo, de Milton Neves, na última sexta-feira.

 

Um clube de futebol tem como única e absoluta premissa para sua existência a paixão de seu torcedor.

O clube não escolhe ninguém para tê-lo em seus filões. São os filhos da hereditariedade ou da paixão subitamente adquirida quem escolhem amar incondicionalmente sua agremiação.

Essa paixão por vezes não é correspondida. Da derrota ao déspota. Da fila ao rebaixamento. Da lavada a piada.

E nem mesmo nesses momentos os seus iguais o abandonam. São nesses momentos que eles se inflamam.

Entretanto existem os períodos de calmaria na paixão.

O gol, a vitória, o título. É o gozo do torcedor, é a retribuição pela paixão desenfreada e inexplicável dos seus pares.

Por eles estariam os próprios ali, no gramado, rompendo as defesas adversárias e entupindo suas metas de gols. Infelizmente não podem. Precisam de interfaces, de interlocutores, de autores para os seus épicos.

É no jogador de futebol que recai a expectativa da massa. A responsabilidade por guiar na ponta da chuteira a expectativa de milhões.

A relação clube torcedor está cheia de heróis e vilões. De personagens amados e outros fracassados.

O autor do gol daquele título tão esperado. O pegador de pênaltis que impedindo o gol do adversário marcou o mais lindo e ficcional dos gols. O zagueiro que ralando sua cara no chão desviou o gol certo do rival.

Para todo autor de gol, há um goleiro vazado. Para todo pênalti defendido, há um infeliz batedor desiludido.

São nesses personagens que residem as histórias, boas ou ruins, de vitórias ou inglórias.

É o jogador de futebol a interface do torcedor com o seu grande amor. Ainda que gere ele muitas vezes dor.

A identificação é com ele. É dele que o torcedor espera que suas cores sejam dignificadas, suas histórias respeitadas e implementadas.

A homenagem, quando cabida, deve ser a ele. A quem faz da caneta uma bola enfiada por entre as pernas do adversário. Não a quem a impunha em frios documentos de papel.

É o autor da arte e não o burocrata da gravata que deve virar história, quando ele faz história.

O busto é dele, deve ser para ele. É com ele postado diante do estádio que o torcedor irá ver representado o seu amor. Não na imagem congelada de alguém de paletó passando calor.

Em tempo: Que o Corinthians dignifique com bustos os seus verdadeiros heróis e que são muitos. Listando rapidamente uma pequena amostragem dessa vastidão: Sócrates, Basílio, Marcelinho, Neto, Ronaldo (o goleiro), Rivelino.

E o amigo leitor pode incluir tantos outros, tirar um ou outro da minha lista prévia. Mas nunca, jamais imaginar chegar ao Parque São Jorge e dar de cara com um “Andres Sanchez” de bronze e de braços abertos.

Do Populacho – Do Blog do Milton Neves. MORUMBI PENHORADO.

Caros…
segue um post que está no blog do cabeção Milton Neves. – http://blog.miltonneves.ig.com.br/2009/04/02/morumbi-foi-penhorado-midia-protege-sao-paulo/

Morumbi foi penhorado: mídia protege São Paulo?

Fonte: Blog do jornalista Rodrigo Vianna
Luiz Rodrigo Lemmi é advogado e corintiano. Ou, seria melhor dizer na ordem correta: é corintiano e advogado.
Ele descobriu que o Morumbi (aquele estádio construído graças aos favores do governo paulista durante a ditadura) foi penhorado pela Justiça. Só que ninguém ficou sabendo!
“Isso realmente é impressionante porque não li absolutamente nada na imprensa a respeito desse fato, o que destoa completamente do comportamento da mídia quando um fato semelhante ocorreu no Corinthians e todos os jornais noticiaram fartamente o episódio”, diz o advogado.
Nos anos 70, lembro de ver Luiz Rodrigo nas arquibancadas do Pacaembu, acompanhado pelos 3 irmãos e pelo patriarca da família, Léo. Todos corintianos.
Eram os tempos do longo jejum de títulos corintiano. Os Vianna e os Lemmi sofriam juntos no Pacaembu.
Sabe-se lá porque, a família Lemmi tinha mania de ir ao estádio com um rádio daqueles antigos, de mesa. Não era rádio de pilha, era um rádio imenso mesmo. Creio que era uma forma de garantir que nenhum dos irmãos teria a coragem de atirar o rádio (valioso) na direção do bandeirinha.
Depois, nos anos 80, fui várias vezes com o Luiz Rodrigo acompanhar as vitórias do Corinthinas na época gloriosa do doutor Sócrates. O São Paulo F. C. era nosso freguês, coitado. Como esquecer o gol de Biro-Biro no meio das pernas de Waldir Peres, na final de 82?
Luiz Rodrigo virou um bom advogado, pai de família, um homem ponderado. Menos no futebol. Ele mantém um grupo de discussão na internet, formado só por corintianos. E foi ali que tomei contato com a informação: o São Paulo F. C. teve seu estádio penhorado em 2006!
A seguir uma entrevista em que ele comenta o caso.
Blog do Rodrigo Vianna: Doutor Luiz Rodrigo Lemmi, essa penhora do estádio do Morumbi está em vigor? Ou o São Paulo F. C. conseguiu suspendê-la? Doutor Luiz Rodrigo Lemmi : – O andamento do processo não está atualizado na net; seria necessário ir até o fórum para ver o atual andamento do processo; por isso não posso assegurar que o São Paulo não tenha se acertado com o reclamante; o que posso assegurar é que o Estádio do Morumbi foi penhorado em julho de 2.006 na execução de uma dívida trabalhista de aproximadamente R$ 2.000.000,00 em favor daquele zagueiro argentino Ameli. Blog do Rodrigo Vianna: O Morumbi corre risco de ir a leilão?Doutor Luiz Rodrigo Lemmi : – Acho pouco provável pelo montante que está em discussão; mas em tese é possível.
Blog do Rodrigo Vianna: O fato foi divulgado pela chamada grande imprensa? Foi diferente da penhora do Parque São Jorge, não?
Doutor Luiz Rodrigo Lemmi : – Isso realmente é impressionante porque não li absolutamente nada na imprensa a respeito desse fato, o que destoa completamente do comportamento da mídia quando um fato semelhante ocorreu no Corinthians e todos os jornais noticiaram fartamente o episódio. Blog do Rodrigo Vianna: Como advogado e corintiano, você chega a se surpreender com a diferença de tratamento dado ao São Paulo F.C. na mídia brasileira (paulista, sobretudo)?Doutor Luiz Rodrigo Lemmi : – Fico realmente impressionado; não consigo entender o que leva a uma diferença de tratamento tão brutal assim; sempre que acontece um fato negativo relativo ao São Paulo, aparece um jornalista para defender (pode observar!); e no final das contas a “leitura” que a mídia faz do fato acaba “absolvendo” o São Paulo, que fica com a sua imagem preservada; e o extremo oposto é o que ocorre com o Corinthians. Blog do Rodrigo Vianna: Qual o motivo para se preservar, sempre, a imagem do São Paulo? Há muitas pessoas que dizem que haveria ligações estreitas do São Paulo com a maçonaria, o que teria permitido, por exemplo, a doação do terreno onde se construiu o estádio do Morumbi. O que sabe sobre isso?
Doutor Luiz Rodrigo Lemmi : – Exatamente sobre isso não tenho muito a dizer; o que digo apenas é que existe uma força desconhecida que trabalha a favor do São Paulo e contra o Corinthians; o São Paulo, ao contrário do Corinthians e do Palmeiras, não é um time que surgiu naturalmente; tenho a nítida impressão de que o São Paulo é um projeto de um grupo de pessoas que visa conquistar o poder que existe no futebol; note que engraçado: na década de 50 o São Paulo não tinha torcida; o que fez a diretoria do São Paulo planejar naquela época a construção do maior estádio particular do mundo? Sem dúvida que, do ponto de vista de marketing, a idéia é boa: com um estádio daqueles o time nunca vai ser pequeno; mas não faz o menor sentido construir um trambolho daqueles se você não tiver uma torcida para enchê-lo; então, acho que o São Paulo é um projeto de um grupo que, friamente e sem paixão alguma, planeja para conquistar a parcela de poder que existe no futebol brasileiro (e que não é pouca!).


No dia 05 de março de 2009, este blog publicou o seguinte o post:
Enquanto isso, nos tribunais, o São Paulo sofreu uma derrota “daquelas”.
O ex-médico do clube Luís Augusto Soares Gaspar, cujo pai, Dalzel Freire Gaspar, já falecido, também prestou serviços por várias décadas ao Tricolor, ganhou no Tribunal Superior do Trabalho, a última instância da Justiça Trabalhista, uma indenização de R$ 3,5 milhões.
Deixa-me repetir para você não ficar com dúvidas: R$ 3,5 milhões.
Um dinheirão.
Ele teria sido demitido por desavenças com Marco Aurélio Cunha.
No dia da saída, o médico foi chamado ao RH do São Paulo e foi dispensado por um funcionário qualquer.
O que o ofendeu profundamente.
Inclusive, ele nem pôde voltar para sua sala e buscar as coisas que lhe pertenciam, diz seu advogado, o Dr. Eucler Girardi.
A indenização diz respeito a questões trabalhistas e de foro íntimo.
Na prática, não cabe mais recurso, e o Tricolor, quando teve as contas bloqueadas na Justiça para a execução do valor, propôs a penhora do Estádio Cícero Pompeu de Toledo como garantia da liquidação da dívida.
No fim das contas, a penhora é mais negócio para o São Paulo do que se tivesse as contas bloqueadas.
E isso, no entanto, não quer dizer que o Morumbi será vendido, já que os R$ 3,5 milhões são pequena parte do valor total do estádio.
Como sabemos, não há interessado nem interesse pela negociação do campo.
O ministro responsável pelo caso ainda não definiu se vai manter a penhora da conta bancária ou do estádio.
A decisão sai em breve.
Esse tipo de penhora já havia ocorrido em outras questões trabalhistas envolvendo os jogadores Amelli e Rodrigo Fabri.
Ninguém no São Paulo foi localizado até agora para falar sobre o assunto.

O BLOG FFC ENTREVISTA – MILTON NEVES

O Blog FFC entrevista – MILTON NEVES

O grande amor do Milton. Segundo ele, o Santos é “incaível”

Nascido na “grande” Muzambinho, hoje ele é honrado como cidadão em inúmeras cidades pelo Brasil afora. Polêmico, vive caçando aqueles que ele próprio apelidou de “facínoras da palavra”. Com o humor que lhe é peculiar, o autodenominado “Usina de Idéias” tornou-se a voz mais famosa dos plantões esportivos do país. Conquistou seu espaço na televisão aberta e hoje ostenta o status de estrela. Muitos o acham arrogante, alguns o têm como ídolo. Se tem alguém na crônica esportiva que gera sentimentos extremos, esse alguém é o nosso entrevistado da vez.

Hoje você pode encontrá-lo na rádio Bandeirantes 840 AM e na TV Bandeirantes, além de inúmeros jornais e revistas.

O blog Ferozes Futebol Clube, em mais um momento histórico e com um orgulho do tamanho do mundo (e da cabeça do entrevistado), entrevistou com grande satisfação, ele, o mito, a maior cabeça da crônica esportiva – MILTON NEVES.

“É Bolaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa na redeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!”

O Mestre Telê Santana e Milton Neves


1- Qual é o maior craque que você viu jogar?
O Pelé! Mas mais “o ouvi” do que vi, viu?

2- O Café Milton Neves é bom mesmo?
É claro, é da Mitsui, gigante japonesa, e é o mesmo “Café Brasileiro”, um dos lideres. Só muda a embalagem.

3- Quem é a maior cabeça: Milton Neves ou Mauro Beting?
A minha, mas a dele é melhor. Trata-se de um lord, careca.

4- Qual sua seleção do rádio esportivo de todos os tempos?
Fiori, Osmar e Silvério; Zaidan, Jorge Cury e Juarez Soares; Haroldo Fernandes, Pedro Luiz, Edson Leite, Mário Moraes e eu! (risos) não, sem risos, o Terceiro Tempo inventou o âncora esportivo de rádio. Antes, ele era cocô do cavalo do bandido, injustamente. A comunicação esportiva de estúdio no rádio existe em dois momentos: antes e depois do Terceiro Tempo da Jovem Pan, em 82.

5-Milton, qual é o paradeiro do Avallone?
Está na Rádio Capital AM.


6- Mutreta no futebol. Fato ou teoria da conspiração ?
Em todo setor de atividade existem os bons e os maus.

7-Um penalti que gostaria de ter batido. Tanto para errar quanto para acertar.
Aquele do Zico no Bats em 86. Mas eu perderia bem mais “feiamente”!

8-Galo e Peixe continuam “incaíveis”?
Não, tô morrendo de medo.

9-Milton, afinal, onde nasceu Mauro Beting?
Em Muzambinho não foi. Ele nasceu no coração do torcedor, é uma figura que semeia o bem e que tem pena de patrulheiro sem talento.

10-O blog FFC (Ferozes Futebol Clube) tem uma foto estampada na sessão “Que Fim Levou” do seu grandioso site. Acredita que alguns de nós estão sem dormir desde então de tanta preocupação devido ao seu pé frio. Devemos nos preocupar com isso ou apenas relaxar e curtir os louros da fama?
Não, comemorem! O “Que Fim Levou?” é a única coisa nota 10 que fiz e a única chama ainda acessa em minha carreira. E toda a imprensa consulta. E não dá crédito.

11-O aspirante a técnico e atual consultor de moda da seleção brasileira, o capitão do Tetra, Dunga, não consegue agradar a ninguém. Como você me explica que apenas o ditador Ricardo Teixeira o ature e aprove o seu estapafúrdio trabalho?
Ele inventou o Dunga e se ferrou. Eu poria agora o Zico.

12-Mande um recado para aqueles que você classifica como “facínoras da palavra”. (Se quiser citar nomes, fique (BEM) à vontade).
Que todo invejoso doente e crônico tenha vida longa e que continue me patrulhando e investigando. Fossem competentes já teriam suicidado. Nascer sem talento deve ser uma merda.

13-Agora escale para nós aquela seleção, aquele que para você, é o seu time dos sonhos.
Gilmar; Carlos Alberto, Airton Pavilhão, Dias e Nilton Santos; Dino Sani e Zizinho; Garrincha, Coutinho, Pelé e Edu.

14- No futebol de várzea, que time você diria que é o seu favorito ou que ao menos você tenha um maior apreço?
Puxa, daqui? Nenhum. Em Muzambinho é o histórico e “bíblico” “ARTO DO ANJO”.

15-Em sua opinião, atualmente, quem é a melhor juíza do país?
De futebol? Não tem. Tem? Do Direito? Todas.

16- Qual foi a cena que você jamais conseguiu esquecer de um jogo?
O Pelé na lateral pegando a bola em Ribeirão Preto em 65 pertinho de mim no alambrado. Nossos olhos se cruzaram por 1 segundo. Chorei e ainda choro. A bola saiu pela lateral e parou onde eu estava, é claro, do outro lado da mureta. O Pelé, suado e ofegante, ficou por 1 segundo a alguns centímetros de mim. Não acreditei.

17-O que esta faltando na nossa seleção?
Técnico de saco roxo que faça craque milionário esquecer que já tem muito dinheiro.

Miltão e Marcão

 

Caríssimo Milton Neves, agora vamos lhe aplicar o nosso famoso Top 3. Prepare-se! 

-Top 3 pontos turísticos de Muzambinho.
O Jardim da Estação, o Jardim da Praça dos Andradas e a Casa da Cultura.

-Top 3 craques japoneses do Santos.
Eh, já houve, horrorosos. Aliás, hoje, o Santos é um time de japoneses.

-Que o Pelé é o Rei do futebol todo mundo sabe. Que ele da suas mancadas fora de
campo também. Vamos misturar as informações então: Qual o pior momento do Pelé em campo!? Qual o melhor momento do Rei fora dele?
O melhor foi tudo o que ele fez desde que nasceu, menos quando arrumou péssimo assessor para fazer a Lei Pelé. Mas não gosto de falar do Pelé, sou “pelezista” demais.

-Top 3 músicas e músicos que lhe piram o cabeçote.
Mi Viejo, My Way e Hey Jude. Músicos? Os 3 Beatles, menos o Ringo, ele era a Portuguesa de Liverpool.

-Top 3 palavras que lhe vieram à mente quando você foi apresentado a Renata Fan.
Ela se apresentou a mim pedindo emprego e senti admiração, surpresa e tesão. E não parava de falar.

 

19-E agora para finalizar: Para você, o que é ser “Feroz”?
É ser trabalhador, leal e dedicado em qualquer profissão e no jornalismo praticá-lo com alegria e satisfação e jamais ser patrulheiro ou aceitar manter relação comercial com a empresa do entrevistado. Aí, acontecendo, é crime ético mortal, imperdoável e eterno. E nunca será apagado por qualquer tipo de lobby. Foi, seria ou será algo escroto, nojento e podre. Que a nova leva de jornalistas aprenda isso e não aceite a tese imbecil e covarde de que trabalhar para a empresa do entrevistado simultaneamente é ético e normal. É indecente e haja tanta “ferocidade” pelo dinheiro fácil para aceitar tal submissão. Credo, que nunca ocorra! Só quem não tem vergonha na cara!

 

 

http://www.miltonneves.com.br/

 

E quem diria. O Miltão é rock ´n´roll 😉