A patética eliminação da seleção da CBF está gerando todo tipo de manifestação e de avaliação. Algumas exageradas, em meu ponto de vista.
Óbvio que errar 4 pênaltis em 4 cobranças, mandando 3 delas na Estação Espacial Internacional é algo realmente inédito.
As dúvidas sobre a qualidade do trabalho recaem sempre na cabeça do treinador. Mas espirra também em alguns nomes tidos como diferenciais do selecionado.
Mano Menezes me dá sono. Não me parece ser hábil o suficiente para lidar com tantos egos inflados e inflacionados. Apesar de estar ainda no início do trabalho, os resultados não são bons. Não venceu nenhuma das seleções do mesmo patamar técnico e para piorar colocou um time sem sal algum para disputar sua 1ª competição . Única ate 2013, aliás.
Mas como bem definiu Leonardo Bertozzi da ESPN em seu twitter: “Demitir o técnico da Seleção, só se houvesse a convicção de que foi um ano jogado fora. Não é o caso. Derrota ensina, vitória às vezes ilude”
Ilude como iludiu Dunga boa parte do torcedor e uma parte da crítica. O capitão do tetra e técnico inventado venceu a Copa América e a Copa das Confederações. Mas na Copa do Mundo foi um fiasco. E me desculpem os que se entusiasmam com pouco, mas basta olhar o nível técnico da Copa América para se ter uma noção de que para o Brasil o que importa é a Copa do Mundo. Para quem busca uma análise mais fria dos resultados, só a Copa do Mundo deve ser levada em conta.
Pergunte para o espanhol se ele perdeu noites de sono por sua seleção não ter ido tão bem na Copa das Confederações. Venceram a Euro, que ao contrário da Copa América é quase que uma Copa do Mundo, além da própria Copa.
Neymar e Ganso são outros nomes que passaram a ser contestados. Podem não estar preparados para serem os protagonistas da seleção. Mas só ficarão se continuarem jogando.
Por outro lado, tem que se parar para pensar se temos hoje um nível técnico tão superior aos das demais seleções do mundo.
Neymar e Ganso foram lançados ao patamar de gênios, mas foram expostos apenas ao nível sulamericano de clubes. Onde, diga-se de passagem, foram melhores do que a encomenda. Mas Robinho também era ótimo quando atuava por aqui. Na Europa nunca foi mais do que um coadjuvante. Podemos dizer o mesmo de Pato, talvez.
Nossos “diferentes” ainda não foram exigidos tecnicamente pela nata do futebol mundial. É infelizmente aí que também reside, talvez, a resignação da Fifa em olhar para cá na hora de escolher os melhores do mundo.
Messi joga muito mais no Barça do que na seleção Argentina e isso é evidente. Como evidente é também que o Barcelona é mais time que a Argentina. Mas Messi atua em nível de excelência “Pelésistica” ao longo dos 60 jogos na temporada. Não vou nunca mudar uma virgula da admiração que tenho pelo seu jogo por ele não atingir o seu máximo em 6 ou 7 jogos com a sua seleção. Como também não vou deixar de apostar no sucesso de Neymar e Ganso apenas por que no time da CBF, onde o futebol fica e 2º plano, eles não foram ainda tão geniais quanto no Santos. É raso demais pensar assim.
Mas também é entusiasmo demais colocá-los em pé de igualdade com Messi, mais ainda ao enxergá-los como novos “Pelés”.
Mano Menezes, que ainda não aprendeu a tomar cerveja.
Despeço-me da ferocidade com um petardo de uma banda que conheci ontem e já estou achando sensacional. Pensando aqui em uma definição para o camarada se preparar para o que irá escutar, mas tá difícil. Dá a sensação de escutar um disco do Depeche Mode, com produção do Erasure e os vocais do Brandon Flowers do Killers. Devo estar viajando. Mas ouça:
Hurts – Better Than Love
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=zQ1v1pMdIoQ[/youtube]
Cheers,