O irlandês Robbie Keane (ex-Internazionale, Tottenham e Liverpool, entre outros), hoje com 33 anos, marcou belo gol para o Los Angeles Galaxy contra o FC Dallas na Califórnia em vitória dos anfitriões por 2×1 em partida válida pela Major League Soccer. Confira.
Não poderia haver maior justiça. E foi o que aconteceu neste domingo em Buenos Aires. Com total autoridade, o Uruguai derrotou o limitado Paraguai por 3 a 0 e conquistou a Copa América de 2011.
Para a partida final, o estádio Monumental de Nuñez do River Plate foi o palco escolhido. Aliás, a única partida a ser realizada na capital argentina. Comenta-se que mais por questões políticas que por razões nobres. Seja na Argentina, seja no Brasil, a política baseada em interesses são determinantes na definição de anfitriões de eventos futebolísticos de grande porte. Além de tudo, os distúrbios causados pela torcida do River Plate no Monumental pela ocasião do rebaixamento da equipe colocaram a utilização do estádio na final em xeque.
Política à parte, uruguaios e paraguaios foram a campo com históricos diversos no torneio. Enquanto o Uruguai chegava com vitórias contundentes nos momentos agudos do torneio, o Paraguai estava lá graças exclusivamente a empates.
Torcedores uruguaios atravessaram o Rio da Prata a rodo e lotavam o Monumental, transformando o estádio do River em extensão de Montevidéu.
E o Uruguai tratou de tomar a iniciativa desde o início. Ficava claro desde cedo que o objetivo de Oscar Tabárez era partir logo para cima e tentar a definição o mais breve possível. Isso talvez pela ciência das limitações paraguaias que apenas tiveram um parêntese nas partidas contra Brasil e Venezuela na fase inicial do torneio.
Já antes do gol inaugural, Néstor Ortigoza fez pênalti que o árbitro brasileiro Sálvio Spínola não viu.
Não fez falta alguma. Luís Suarez marcaria o primeiro gol já aos 11 minutos de jogo. Porteira aberta para o Uruguai deitar e rolar. E mais: o Paraguai teria que sair para o jogo desta vez.
Só que o Uruguai continuou a ditar as regras e, antes do final do 1º tempo, Diego Forlán fez seu primeiro gol na Copa América, ampliando para a Celeste.
Na 2ª etapa, houve um esboço de reação paraguaia, nada que Fernando Muslera não pudesse evitar. No melhor lance, Nelson Valdéz recebeu belo lançamento e Muslera tocou o suficiente para que a bola fosse desviada para o travessão. O Paraguai ficou nisso.
O terceiro gol uruguaio foi apoteótico. Já aos 89 minutos de jogo, a Celeste puxa contra-ataque veloz que é finalizado com Diego Forlán na saída de Justo Villar. Uruguai implacável. 3 a 0 e campeão da Copa América.
Título mais que merecido para o Uruguai. Conquista que significa a hegemonia continental para este pequeno e pacato país sul-americano, já que foi a 15ª Copa América do país, contra 14 dos argentinos e somente 8 dos brasileiros.
Uruguai que teve o auge no futebol lá pela primeira metade do século XX com as Copas do Mundo de 1930 em casa e 1950 no Brasil. Figurou entre os melhores até os anos 70 quando foi semifinalista da Copa do México, caindo somente perante o Brasil de Pelé, e quando ainda via os poderosos Peñarol e Nacional ganharem suas Libertadores.
Vieram os anos 80 e com eles a degradação econômica da América Latina. Jogadores formados no Uruguai que passavam e se consagravam nas grandes equipes do país começaram a tomar rumos sem escala para a Europa. Murchava o amor à camisa celeste da seleção. A produção de talentos escasseou. Talvez seja algo semelhante ao que ocorre com o Brasil atual onde o sonho de qualquer jovem que milita no futebol seja ganhar a Champions League por algum grande clube europeu em vez de vestir a camisa de grandes clubes brasileiros ou ganhar a Copa do Mundo pela Seleção. Claro, aqui há o componente político para bagunçar ainda mais o coreto.
Já nos anos 2000, com a chegada de Oscar Washington Tabárez – uruguaio de Montevidéu, com passagens em equipes importantes do futebol mundial como Peñarol, Boca Juniors e Milan – no comando técnico da Celeste, algo de diferente começou a ocorrer no país. Peneiras foram promovidas por todo o território uruguaio a fim de descobrir novos talentos. Nova geração despontou. Geração que, apesar de expatriada como as anteriores, mostrava novamente amor pela Celeste.
Diego Lugano, contestado até mesmo quando chegou ao futebol brasileiro via São Paulo FC, é um dos símbolos do grupo. Campeão de tudo pelo clube brasileiro, transferiu-se para a Europa, fez a vida lá, mas não esquece a raça (às vezes até com um pouco de exagero) ao jogar pela sua seleção.
O outro Diego, o Forlán, ainda declararia no pós-jogo que a honra e a emoção eram enormes, já que avô e pai levaram o mesmo caneco para o país. Aquela velha história de legado da família. Conscientização emocional que falta ou não é permitida que se tenha devido a circunstâncias adversas em terras tupiniquins.
E outros exemplos são dignos de nota. Luís Suarez, astro do Liverpool e talvez o melhor da Copa América. Sebástian “Loco” Abreu, o ídolo botafoguense, ainda que no banco, mantém-se fiel à união do grupo.
Eis a geração lapidada com tempo e paciência no Uruguai de cerca de 3 milhões de habitantes, dando lições nos gigantes Argentina e Brasil. E não é de hoje. Com a Copa América ganha em terras porteñas, o Uruguai apenas ratifica algo que começou ter resultado há um ano na África do Sul, quando chegou ao 4º lugar, à frente de todos os outros sul-americanos: a hegemonia continental no momento. Cabe aos outros correrem atrás do prejuízo.
Mario Ballotelli
Que algumas equipes europeias estejam em pré-temporada pela América do Norte, muita gente já sabe. Que o Manchester City está por lá também, outros tantos estão a par. Que o City tenha empatado por 1 a 1 com Los Angeles Galaxy, tudo bem, sem novidades, pré-temporada para os europeus e meio de temporada para os americanos sedentos em aprender com eles.
O diferente nisso tudo foi a jogada de Mario Ballotelli do City. O italiano tinha tudo para marcar. Mas quis fazer firula. Resultado: perdeu o gol. Companheiro indignado ao lado e substituído pelo irado técnico Roberto Mancini, também italiano. Na saída discussão entre ambos e Ballotelli inconformado no banco. Seria caso para tanto stress do treinador? Ou Ballotelli brincou com o que não deve? Só conferir a seguir.
Ressurgindo das cinzas como fênix, a Argentina finalmente venceu e convenceu na Copa América.
Jogando em Córdoba, os anfitriões derrotaram a seleção convidada da Costa Rica sub-22 por 3 a 0 com domínio total de posse de bola na partida. Mas, não se engane. Se o domínio argentino foi total, o primeiro gol surgiria somente no final do 1º tempo.
Após dois inesperados e decepcionantes empates (1 a 1 contra a Bolívia e 0 a 0 contra a Colômbia), os argentinos entraram em campo sob dúvidas e questionamentos por parte dos fãs. Sergio Batista, Lionel Messi, Ezequiel Lavezzi, enfim, muitos nomes postos em xeque. Algo que traria carga pesada para a atmosfera do jogo decisivo contra a Costa Rica.
Sufoco e apreensão no Estádio Mário Kempes até os 45 minutos de jogo. Sergio Aguero pôs fim ao desespero aproveitando rebote e, finalmente, colocando na rede.
O gol que desafogou a seleção argentina fez com que o futebol da equipe fluísse naturalmente. Logo aos 7 minutos da 2ª etapa Sergio Aguero novamente marca. O jogo, que já tinha o controle dos donos da casa, tornou-se fácil. Lionel Messi jogava à vontade, driblava em velocidade e assistia os companheiros com maestria. Em uma das assistências, o melhor do mundo serve Antonio di Maria para fechar o placar aos 18 minutos.
Apesar do adversário limitado, apenas um convidado da CONMEBOL para a Copa América, a vitória serviu para trazer de volta o bom futebol da Argentina. De sobra, trouxe também de volta o bom futebol de Lionel Messi e, mais importante, classificou os porteños para a próxima fase do torneio em 2º lugar no grupo A com 5 pontos, logo atrás da Colômbia que somou 7 pontos após vencer a Bolívia por 2 a 0 em Santa Fé.
Pelo grupo B, o time da CBF enfrentou o sempre difícil Paraguai e apenas empatou por 2 a 2 em Córdoba em partida disputada. Os brasileiros largaram na frente, permitiram a virada e conseguiram o empate no apagar das luzes dos 44 minutos do 2º tempo. Como a Argentina, Brasil e Paraguai precisarão de vitórias contra Equador e Venezuela, respectivamente. A propósito, Venezuela, ex-saco de pancada sul-americano, que lidera o grupo com 4 pontos após derrotar o Equador por 1 a 0 em Salta. Nem Hugo Chávez esperava tanto.
Já o Uruguai, melhor sul-americano na última Copa do Mundo (4º lugar na África do Sul em 2010), ganhou do ”México cover-convidado-remendado” por 1 a 0 em La Plata com gol de Álvaro Pereira. A classificação uruguaia em segundo lugar foi sofrida até o fim. Tudo isso porque o time de Diego Forlán e companhia vinha de dois míseros empates. Após o 1 a 1 contra o Peru, a Celeste apenas repetiu o placar contra um Chile superior em campo em estádio repleto de chilenos na cidade de Mendoza. Claro, a proximidade geográfica da capital argentina do vinho com a fronteira e a cordilheira facilitaram a logística dos fãs. Só que a situação uruguaia havia ficado ainda pior após vitória peruana sobre os mexicanos (1 a 0). O Chile, novamente na acolhedora Mendoza, garantiu o primeiro lugar do grupo C ao vencer o Peru também por 1 a 0.
Resultado parcial de todas as surpresas decepcionantes da Copa América: Argentina e Uruguai se enfrentam já nas quartas-de-final em Santa Fé, desmontando o objetivo prévio dos cruzamentos da tabela montada para esta edição da Copa América. Leia-se: cruzamento entre Brasil e Uruguai nas semifinais e Argentina pegando talvez um Paraguai ou Colômbia. Lógico, se todos tivessem confirmado a lógica, algo que não passou nem perto de acontecer.
Salve Solo!
E rola em terras alemãs a Copa do Mundo feminina. Aliás, já na reta final. No final de semana, o Japão, com gol na prorrogação eliminou as anfitriãs por 1 a 0. A Suécia bateu a Austrália por 3 a 1. Em jogo emocionante, a França eliminou a Inglaterra nos pênaltis após empate por 1 a 1. E em partida controvertida, os Estados Unidos venceram o Brasil nos pênaltis. Empate por 1 a 1 nos 90 minutos, outro 1 a 1 na prorrogação e 5 a 3 nas penalidades.
Em jogo de heroínas e vilãs, Daiane marcou contra logo no primeiro minuto de jogo. O Brasil empataria na 2ª etapa em pênalti duvidoso de Rachel Buehler (que seria expulsa) em Marta. Começaria a brilhar a estrela da goleira Hope Solo. Cristiane cobra e Solo defende. A arbitragem invalidou a cobrança, aparentemente pela goleira americana ter se adiantado. A única irregularidade encontrada na repetição foi invasão de área. Marta bateu e não desperdiçou.
Prorrogação à vista e o Brasil em vantagem numérica de jogadoras marcou belo gol com a artilheira Marta, apesar de jogada nascida em lance fora de jogo pela ponta esquerda. Nos acréscimos do 2º tempo da prorrogação, Abby Wambach fez de cabeça. Festa total das americanas e do público presente em Dresden que, ciente dos erros da arbitragem, àquela altura torcia pelos Estados Unidos.
Nas penalidades, consagração total para Hope Solo que pegou a cobrança de Daiane e garantiu as estadunidenses nas semifinais.
Dia para Daiane esquecer. Autogol e pênalti desperdiçado na contabilidade pessoal. Dia para consagrar Hope Solo que, além de bela, é competente debaixo das traves e demonstrou personalidade perante as adversidades do jogo. Medo zero para todo o time americano. Já as brasileiras, sem apoio, sem profissionalização do esporte, contam com a craque Marta. Insuficiente para encarar seleções de países de chamado Primeiro Mundo onde preconceitos e falta de estrutura são coisa rara em comparação ao Brasil.
As semifinais da Copa do Mundo ficam entre Estados Unidos x França e Suécia x Japão. Quem vê as seleções hegemônicas do futebol feminino e as compara com quem dá as cartas no masculino acha que são modalidades esportivas completamente diferentes. Parece, mas não é. Trata-se do velho e bom esporte bretão em ambos os casos.
Gol olímpico
E não é que o veterano David Beckham ainda apronta das suas! A última foi em Los Angeles, em partida válida pela Major League Soccer. O marido de Victoria, a eterna Spice Girl, bate escanteio, a bola faz aquela curva malandra, passa pelas pernas do goleiro e caixa. Seria o gol que faria o Los Angeles Galaxy derrotar o Chicago Fire por 2 a 1. É só conferir abaixo.