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FOI SOFRIDO. FOI DIFÍCIL. FOI PORTUGUESA!

Procuro não esconder de ninguém a minha paixão pelo Palestra. Porém, almejo um dia me tornar um profissional da área esportiva e, por isso, ser o mais imparcial possível em todos meus comentários, textos e assuntos voltados ao tema é obrigação.
Sinceramente, acredito que até o presente momento tenho obtido êxito.

Desde janeiro deste ano, mês em que me tornei um autêntico FEROZ, tenho a incumbência de cobrir um clube que já gostava e aprendi a gostar ainda mais: a Portuguesa de Desportos – o segundo time de todos os paulistanos.

Sem titubear, passei a acompanhar tudo sobre o clube. Histórias, notícias, curiosidades, até amizades com alguns torcedores eu fiz. Praticamente me tornei um lusitano.

Descobri que o torcedor da Lusa é especial! Um ser desinibido, orgulhoso, que veste a camisa rubro-verde com o sorriso estampado no rosto! Um cara que, mesmo achincalhado, zombado pelos rivais, é “Portuguesa com certeza”, como fazem questão de dizer, em todas as horas e ocasiões.

No decorrer do BR12, a campanha realizada pelo simpático clube paulistano me surpreendeu.

Foram grandes os jogos ante os chamados “grandes” e péssimos frente os pequenos.

Como tudo que ocorre pelos lados do Canindé é marcado pela forte emoção, na hora errada o time descambou e caiu de rendimento.

A Série B novamente batia à porta.

Nunca vi um desespero maior.

Nunca vi um sofrimento maior (tendo em vista que nos últimos anos tenho convivido muito com isso).

As últimas rodadas viraram um tremendo calvário.

Afinal, ser rebaixado por duas vezes em um ano seria um golpe fatal para a torcida.

Um golpe capaz de manchar ainda mais a já manchada história de um gigante do futebol brasileiro, que quase nunca é lembrado e quase sempre esquecido.

O descenso seria a vitória dos incompetentes. Do amadorismo.

Mas lembram-se que disse que esse “bando de portugueses” eram especiais?

Pois bem, o maior responsável pela permanência da Portuguesa na série A 2012 é justamente a torcida.

Foram eles que sofreram todas as rodadas, fizeram contas e mais contas, choraram, xingaram e apoiaram muito no decorrer do duro certame nacional.

Por isso ratifico: o torcedor lusitano é sim um bravo!

Um guerreiro especial, de coração forte e pulsante, que bate sem parar por um sentimento hereditário. Por um clube que até hoje é lembrado pelos feitos históricos e por seus inúmeros atletas que ajudaram a engrandecer o futebol.

De fato, ninguém conhece mais a Portuguesa que seu próprio povo. Sua própria torcida.

Acredito que a frase imortalizada pelo palmeirense e saudoso Joelmir Beting se enquadra perfeitamente para a Lusa e muitos outros clubes. Pois tentar explicar a emoção de sentir algo tão particular, proporcionado pelo futebol, é realmente impossível.

Espero que ano que vem as coisas mudem. Principalmente as idéias e ideais, e algumas pessoas responsáveis por gerir o clube.

Em suma, a Portuguesa só voltará a figurar como grande que é quando passar a agir (dentro e fora de campo) como tal.

Este ano foi difícil. Foi sofrido. Foi Portuguesa!

Deixo aqui os meus parabéns pela permanência na Série A. O objetivo que tanto falei foi alcançado.

Que 2013 seja melhor e, sobretudo, diferente!

VAI LUSA!!!

Torcedores da Portuguesa comemoram permanência na Série A do Brasileirão