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FECHANDO A JANELA

Finalizado o período legal de transferências europeu e muitas foram as novidades de última hora na movimentação dos clubes para formação dos respectivos elencos visando as disputas já iniciadas da temporada 2013-2014, além das contratações já efetuadas previamente ao longo do período estival de férias no Velho Continente.

Gareth Bale, Mesut özil, Ricardo Kaká e Marouane Fellaini, entre outros, movimentaram o mercado da bola no encerramento do período de transferências na Europa
Gareth Bale, Mesut özil, Ricardo Kaká e Marouane Fellaini, entre outros, movimentaram o mercado da bola no encerramento do período de transferências na Europa.

O mercado fechava as portas no último dia 3, segunda-feira (tardiamente, diga-se de passagem). Especulações voavam por todas as partes e, desde as compras milionárias, passando pelo grupo de jogadores insatisfeitos nos seus empregos, até os sem nenhum lugar ao sol onde estavam, enfim, todos se movimentavam às pressas para resolver a vida.

Iniciando com o esbanjador Real Madrid, que havia elegido o mais novo sonho de consumo: o galês Gareth Bale do Tottenham Hotspur. Digno de telenovela estilo dramalhão, a aquisição recorde do mercado da bola foi resolvida somente no apagar das luzes da janela de transferências e Bale transforma-se na grande esperança madridista de se tornar companheiro histórico de ataque do português Cristiano Ronaldo.

Já a vida de Ricardo Kaká, antigo objeto de desejo de Florentino Pérez que o tirou do Milan, nunca foi fácil como merengue.Para piorar as coisas, além de amargar a reserva durante quase todo o tempo em que esteve por Madri, não viu luz no fim do túnel sequer ao lado de Carlo Ancelotti (treinador do brasileiro no Milan campeão europeu de 2007). Para levar a vaca para o brejo em definitivo, Kaká viu nomes como o também ex-são-paulino e desacreditado Casemiro ganharem prestígio com o técnico italiano. Resumo da ópera: chega de esperar 2015, ano do término do vínculo contratual, a solução para Kaká foi forçar a situação e fazer o caminho de volta para o Milan. Resta agora saber como jogará no esquema tático de Massimiliano Allegri com Stephan El-Shaarawy e Mario Balotelli à frente.

Kaká era reserva de jogadores como o alemão Mesut Özil no Real Madrid, portanto a saída do brasileiro era lógica. Até certo ponto surpreendente foi a partida do próprio Özil, no último momento, e criticada por muitos em Madri e na Alemanha como o técnico da Seleção Joachim Löw o fez. Melhor para o Arsenal de Arsène Wenger, que possui justíssima fama de econômico no mercado da bola, e, finalmente, concretizou negociação de peso. Özil poderá ter papel preponderante em equipe que começou a temporada desacreditada, mas que recuperou-se a tempo e traz grandes esperanças aos torcedores Gunners.

Falando de times ingleses, esperava-se que o “lanterna” no quesito contratações seria o próprio Arsenal, mas parece que o troféu da categoria ficou por conta do poderoso Manchester United que, ao apagar das luzes, conseguiu apenas trazer o único bom reforço do belga Marouane Fellaini junto ao Everton.

O Everton ficou sem Fellaini e teve que se contentar com outro belga nos seus quadros para a temporada atual. Trata-se de Romelu Lukaku, ex-jogador do Chelsea, que pode ter decretado sua saída por empréstimo após perda de penalidade contra o Bayern na Supercopa da Europa.

Sim, o Chelsea, que trouxe de volta seu técnico ídolo, José Mourinho, e foi buscar o brasileiro Willian Borges da Silva, ex-Corinthians, que se destacara no Shakhtar Donetsk ucraniano com passagem pelo Anzhi russo.

Outro que saiu por falta de espaço como titular foi o alemão Mario Gómez que mudou-se em busca de ares renascentistas na Toscana ao assinar com a Fiorentina, um dos italianos que buscam exatamente um renascimento do futebol no país ao lado do Napoli, que supriu a saída do técnico Walter Mazzarri para a Internazionale com o espanhol Rafa Benítez e no ataque o franco-argentino Gonzalo Higuaín, outro debandado do Real Madrid.

Uns chegam e outros partem da Itália. Foi o caso de Kevin Prince Boateng que deixou o Milan e fechou com o Schalke 04 de Gelsenkirchen. Grande perda para os milanistas, ainda que Boateng tenha tido uma última temporada apagada.

E o Atlético Madrid, bem treinado pelo argentino Diego Simeone, foi buscar revelação holandesa do Ajax. Toby Alderweireld de 24 anos esteve a um passo do Liverpool, mas o clube inglês chegou atrasado na negociação bem sucedida dos espanhóis.

Agora é esperar e conferir quem acertou e quem errou nos reforços de elencos.

EMPATE SUECO HISTÓRICO EM BERLIM

Pelas Eliminatórias Europeias da Copa do Mundo de2014, aAlemanha vencia a Suécia por 4×0 aos 10 minutos da etapa final, mas, incrivelmente, cedeu empate para os visitantes. Enquanto isso, Espanha e França fizeram o jogo mais esperado da rodada e Portugal complica-se em seu grupo após fracos resultados nas 3ª e 4ª rodadas.

 

Suecos exultantes e alemães desconsolados em Berlim

Grupo A: Bélgica e Croácia reinam sem dificuldades

Bélgica e Croácia vencem seus jogos e, praticamente, selam destino do Grupo A.

Os belgas fizeram contundentes 3×0 na Sérvia como visitantes e bateram a Escócia por 2×0 em casa.

Já os croatas foram à Macedônia e derrotaram os locais por 2×1 para, em seguida, vencerem Gales por 2×0 em casa.

Belgas e croatas, que empataram no confronto direto neste 1º turno do grupo, definirão quem obterá classificação direta para a Copa, enquanto que o vice campeão terá nova chance de qualificação na repescagem.

Vale lembrar que a liderança para ambas as seleções não vem à toa, afinal o elenco belga conta com Vincent Kompany (Manchester City), Thomas Vermaelen (Arsenal) e Kevin de Bruyne (Werder Bremen), entre outros. Já os croatas possuem valores como Luka Modric (Real Madrid) e Mario Mandzukic (Bayern Munique).

Resultados e classificação:

3ª rodada:

Sérvia 0x3 Bélgica

Macedônia 1×2 Croácia

Gales 2×1 Escócia

 

4ª rodada:

Croácia 2×0 Gales

Macedônia 1×0 Sérvia

Bélgica 2×0 Escócia

 

 

 

Equipes

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GS

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Pts

1  Bélgica 4 3 1 0 8 1 7 10
2  Croácia 4 3 1 0 6 2 4 10
3  Sérvia 4 1 1 2 6 5 1 4
4  Macedônia 4 1 1 2 3 4 -1 4
5  País de Gales 4 1 0 3 3 11 -8 3
6  Escócia 4 0 2 2 2 5 -3 2

 GRUPO B: Itália isola-se na liderança

Com duas vitórias por 3×1, a Itália consegue alguma tranquilidade e lidera o Grupo B de forma isolada.

Andrea Pirlo saúda grande atuação de Mario Balotelli contra a Dinamarca

Na 3ª rodada, a Azzurra foi à Armênia e obteve virada no 2º tempo em partida difícil que somente foi definida com gol de Pablo Osvaldo aos 82 minutos de jogo, o último da Itália na partida.

Já na última terça-feira, os italianos receberam a Dinamarca em Milão e repetiram o 3×1 em grande atuação de Mario Balotelli. A atuação do atacante do Manchester City rendeu elogios por parte do técnico Cesare Prandelli que apontou amadurecimento do polêmico jogador.

O desempenho de Balotelli ainda compensaria as dificuldades maiores dos italianos após a expulsão de Pablo Osvaldo.

Resultados e classificação:

3ª rodada:

República Tcheca 3×1 Malta

Armênia 1×3 Itália

Bulgária 1×1 Dinamarca

 

4ª rodada:

República Tcheca 0x0 Bulgária

Itália 3×1 Dinamarca

 

 

Equipes

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GS

DG

Pts

1  Itália 4 3 1 0 10 4 6 10
2  Bulgária 4 1 3 0 4 3 1 6
3  República Checa 3 1 2 0 3 1 2 5
4  Armênia 3 1 0 2 2 4 -2 3
5  Dinamarca 3 0 2 1 2 4 -2 2
6  Malta 3 0 0 3 1 6 -5 0

 

 

GRUPO C: Empate histórico em Berlim

A Alemanha marca 10 gols em duas rodadas. Algo extraordinário não fosse o empate com sabor de derrota por 4×4 contra a Suécia em Berlim.

Suecos eufóricos em Berlim

Antes, os alemães foram impiedosos contra os irlandeses em Dublin ao aplicar 6×1 com destaques para Marco Reus e Miroslav Klose que marcaram duas vezes cada.

Na partida de Berlim contra a Suécia, os comandados de Joachim Low faziam 4×0 no placar com 55 minutos jogados. Ninguém poderia imaginar alguma reação dos visitantes. Mas, ela veio.

Algo para lembrar a respeito da imprevisibilidade do velho esporte bretão.

Zlatan Ibrahimovic faria o primeiro gol sueco aos 62 minutos. O gol do empate surgiria com Rasmus Elm aos 93 minutos.

O inimaginável acontecia em Berlim. Os sempre precisos e mecânicos alemães eram surpreendidos de forma totalmente inesperada.

Resultados e classificação:

3ª rodada:

Cazaquistão 0x0 Áustria

Faroe 1×2 Suécia

Irlanda 1×6 Alemanha

 

4ª rodada:

Faroe 1×4 Irlanda

Áustria 4×0 Cazaquistão

Alemanha 4×4 Suécia

 

 

 

Equipes

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GS

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Pts

1  Alemanha 4 3 1 0 15 6 9 10
2  Suécia 3 2 1 0 8 5 3 7
3  República da Irlanda 3 2 0 1 7 8 -1 6
4  Áustria 3 1 1 1 5 2 3 4
5  Cazaquistão 4 0 1 3 1 8 -7 1
6  Ilhas Faroe 3 0 0 3 2 9 -7 0

 

 

GRUPO D: Holanda derrota perigosa Romênia em Bucareste

A Holanda é soberana no grupo D e obteve bom resultado fora de casa ao derrotar a Romênia (4×1) que rondava os líderes do grupo antes da 4ª rodada.

A decepção fica por conta da Turquia, semifinalista da Copa do Mundo de 2002, que está com apenas 4 pontos.

Resultados e classificação:

3ª rodada:

Turquia 0x1 Romênia

Holanda 3×0 Andorra

Estônia 0x1 Hungria

 

4ª rodada:

Andorra 0x1 Estônia

Romênia 1×4 Holanda

Hungria 3×1 Turquia

 

 

 

Equipes

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GS

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1  Holanda 4 4 0 0 13 2 11 12
2  Hungria 4 3 0 1 10 5 5 9
3  Romênia 4 3 0 1 8 4 4 9
4  Turquia 4 1 0 3 4 6 -2 3
5  Estônia 4 1 0 3 1 6 -5 3
6  Andorra 4 0 0 4 0 13 -13 0

 

GRUPO E: Suíça lidera grupo parelho

A Suíça lidera grupo que tem boa briga pelo segundo lugar. Albânia e Islândia surpreendem com campanhas razoáveis.

Resultados e classificação:

3ª rodada:

Albânia 1×2 Islândia

Suíça 1×1 Noruega

Eslovênia 2×1 Chipre

 

4ª rodada:

Chipre 1×3 Noruega

Islândia 0x2 Suíça

Albânia 1×0 Eslovênia

 

 

 

Equipes

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GS

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Pts

1  Suíça 4 3 1 0 7 1 6 10
2  Noruega 4 2 1 1 6 5 1 7
3  Albânia 4 2 0 2 5 5 0 6
4  Islândia 4 2 0 2 4 4 0 6
5  Eslovênia 4 1 0 3 3 6 -3 3
6  Chipre 4 1 0 3 4 8 -4 3

 

GRUPO F: Portugal decepciona

Portugal complica-se no Grupo F ao sofrer derrota em Moscou e apenas empatar com a Irlanda do Norte no Porto.

Nani e Ronnie com cara de poucos amigos após os jogos contra Rússia e Irlanda do Norte

O ponto único somado em duas rodadas fez com que a surpreendente Seleção de Israel alcançasse os lusitanos na classificação.

A Rússia é líder isolada após duas vitórias por 1×0. Contra Portugal, o gol precoce de Aleksandr Kerzhakov e a resistência à forte pressão visitante garantiram a vitória dos anfitriões.

Problemas à vista para a seleção de Paulo Bento.

Resultados e classificação:

3ª rodada:

Rússia 1×0 Portugal

Luxemburgo 0x6 Israel

 

4ª rodada:

Rússia 1×0 Azerbaijão

Israel 3×0 Luxemburgo

Portugal 1×1 Irlanda do Norte

 

 

 

Equipes

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GS

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Pts

1  Rússia 4 4 0 0 8 0 8 12
2  Israel 4 2 1 1 10 5 5 7
3  Portugal 4 2 1 1 6 3 3 7
4  Irlanda do Norte 3 0 2 1 2 4 -2 2
5  Azerbaijão 3 0 1 2 1 5 -4 1
6  Luxemburgo 4 0 1 3 2 12 -10 1

 

GRUPO G: Bósnia e Grécia dominam

Grécia e Bósnia empatam sem gols em jogos de líderes em Piraeus, Grécia, e dividem a liderança do Grupo G.

Já na 4ª rodada, a Eslováquia fracassou em embolar o grupo ao receber a própria Grécia em Bratislava e perder por 1×0.

Com isso, a Eslováquia fica relegada ao 3ª lugar com apenas 7 pontos.

Resultados e classificação:

3ª rodada:

Liechtenstein 0x2 Lituânia

Eslováquia 2×1 Polônia

Grécia 0x0 Bósnia

 

4ª rodada:

Lituânia 2×0 Liechtenstein

Bósnia 3×0 Lituânia

Eslováquia 0x1 Grécia

 

 

 

Equipes

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V

E

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GM

GS

DG

Pts

1  Bósnia e Herzegovina 4 3 1 0 15 2 13 10
2  Grécia 4 3 1 0 5 1 4 10
3  Eslováquia 4 2 1 1 5 3 2 7
4  Lituânia 4 1 1 2 3 6 -3 4
5  Letônia 4 1 0 3 5 8 -3 3
6  Liechtenstein 4 0 0 4 1 14 -13 0

 

GRUPO H: Inglaterra cede empate à Polônia

A Inglaterra demorou a abrir o placar contra San Marino em Wembley, mas, ao fazê-lo, goleou por 5×0.

Poloneses e ingleses cumprimentam-se após empate em Varsóvia

Já na rodada seguinte, os ingleses tiveram que esperar até a última quarta-feira para encerrar a data FIFA de Eliminatórias. Tudo devido às fortes chuvas em Varsóvia.

Os ingleses saíram na frente com Wayne Rooney, mas cederam empate para os poloneses com gol de Kamil Glik aos 25 minutos do 2º tempo.

Já Montenegro surpreende e alcança a vice liderança do grupo.

Resultados e classificação:

3ª rodada:

Moldávia 0x0 Ucrânia

Inglaterra 5×0 San Marino

 

4ª rodada:

Ucrânia 0x1 Montenegro

San Marino 0x2 Moldávia

Polônia 1×1 Inglaterra

 

 

 

Equipes

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V

E

D

GM

GS

DG

Pts

1  Inglaterra 4 2 2 0 12 2 10 8
2  Montenegro 3 2 1 0 9 2 7 7
3  Polônia 3 1 2 0 5 3 2 5
4  Rep. Moldava 4 1 1 2 2 7 -5 4
5  Ucrânia 3 0 2 1 1 2 -1 2
6  San Marino 3 0 0 3 0 13 -13 0

 

GRUPO I: França consegue empate no final em Madri

No grande confronto da Europa nesta sequência de datas FIFA, a Espanha recebeu a França no Estádio Vicente Calderón de Madri e cerca de 46 mil fãs viram os campeões europeus e mundiais sofrerem empate nos acréscimos da partida.

Gol no final faz justiça à França em Madri

Na verdade, o 1×1 final foi justo para os visitantes comandados pelo técnico Didier Deschamps que viram gol legal ser mal anulado pela arbitragem.

E, de quebra, Cesc Fábregas teve penalidade defendida por Hugo Lloris.

Gol francês mal anulado, pênalti espanhol desperdiçado e empate francês no final

Situação indecisa no grupo.

Resultados e classificação:

3ª rodada:

Finlândia 1×1 Geórgia

Bielorrússia 0x4 Espanha

 

4ª rodada:

Bielorrússia 2 x0 Geórgia

Espanha 1×1 França

 

 

 

Equipes

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V

E

D

GM

GS

DG

Pts

1  Espanha 3 2 1 0 6 1 5 7
2  França 3 2 1 0 5 2 3 7
3  Geórgia 4 1 1 2 2 4 -2 4
4  Bielorrússia 4 1 0 3 3 8 -5 3
5  Finlândia 2 0 1 1 1 2 -1 1

ESPANHA SUPERCAMPEÃ: MUITO “TIQUI-TACA” PARA POUCO “CATENACCIO”

E foi mais fácil que o esperado. A Espanha conquista novamente o Euro, mantendo o título em suas mãos, após fácil vitória sobre a Itália por 4×0 em Kiev, Ucrânia.

 

Espanha campeã do Euro 2012

A Espanha apenas fez mais do mesmo que está acostumada a fazer, uma vez que possui uma seleção com total base e influência no Barcelona. Foi aquele futebol de toques precisos, com muita movimentação, apenas aguardando o momento certo de dar o bote, ou seja, o verdadeiro tiqui-taca.

Já a Itália, talvez por empolgação, talvez por ousadia de Cesare Prandelli, deixou totalmente de lado seu futebol pragmático fortemente baseado no catenaccio, isto é, o ferrolho, marcação forte e incessante até o fim.

Ousadia que custaria caríssimo para a Azzurra.

Os 4×0 espanhóis vieram com tanta naturalidade que mais lembraram a goleada pelo mesmo placar imposta pelo Barcelona, maior influência da Roja, sobre o Santos no mundial de clubes da FIFA, e não somente pela coincidência no placar, mas também pela facilidade de fluidez do jogo espanhol.

O primeiro gol teve a assinatura do grande Andrés Iniesta ao lançar Cesc Fábregas que efetuou cruzamento para conclusão alta de cabeça de David Silva aos 14 minutos de jogo.

A Itália ainda tentaria voltar ao jogo em jogadas de bola parada de Andrea Pirlo, mas sem sucesso. O veterano meia da Juventus mostraria estar em noite apagada, bem como seu companheiro atacante, o Citizen Mario Balotelli, que apenas tentaria chutes de longa distância sem direção.

Todos teriam a forte sensação de que a partida estava praticamente decidida aos 41 minutos de jogo quando Jordi Alba ampliaria para a Espanha. Uma vantagem de dois gols a ser revertida em 45 minutos seria demais para a Itália.

No 2 º tempo, o golpe de misericórdia para os italianos. Prandelli promove a entrada de Thiago Motta no lugar de Riccardo Montolivo. Era a terceira substituição italiana. Para infelicidade azzurra, o ítalo-brasileiro se lesiona três minutos mais tarde e é forçado a deixar a partida. A Itália é forçada a terminar sua melancólica final com 10 jogadores em campo contra o rolo-compressor espanhol.

Daí em diante, o tiqui-taca da Roja apenas intensificou-se. A Itália não tinha mais nada a fazer. Os dois gols finais sairiam com naturalidade de jogo treino, além das oportunidades perdidas.

Aos 39 minutos, Fernando Torres, colocado em jogo por Vicente Del Bosque no 2º tempo, faria o terceiro gol e pouco depois Juan Mata encerraria as atividades espanholas completando o placar.

Vitória de uma verdadeira dinastia contra uma seleção que ousou fugir das suas características históricas e pagou caro preço. É a velha lei econômica aplicada ao futebol: quanto maior o risco, maior o retorno ou maior a perda.

Ao final de mais uma competição de clubes, pairam as dúvidas no ar: quem poderá superar a Espanha? A Alemanha de Joachim Löw, cujo jogo, historicamente, não se encaixa contra os italianos, mas não se sabe como seria contra os espanhóis? Ou a Argentina de Lionel Messi, principal astro do time base da Espanha? Certo é que a Espanha, por ora, comanda o futebol mundial de seleções.

EURO: A ESTRADA ATÉ AS SEMIFINAIS

Definidas as semifinais da Eurocopa, as expectativas do Velho Continente voltam-se para os confrontos vindouros entre Espanha e Portugal, fazendo o clássico ibérico, e Alemanha e Itália, nada menos que sete títulos mundiais reunidos em uma única partida.

 

Cristiano Ronaldo desperta no Euro

E foi assim que as quatro seleções chegaram até a fase aguda do torneio europeu de nações.

 

República Tcheca 0X1 Portugal

Varsóvia, Polônia

Cristiano Ronaldo despertou de vez para o torneio europeu e isso é problema sério para os adversários.

O artilheiro da Ilha da Madeira conduziu sua seleção às semifinais fazendo o gol decisivo da partida, despachando os tchecos do goleiro do Chelsea Petr Cech.

O jogo começou com ambas as equipes relutantes em se arriscar no ataque, tanto que a melhor chance do 1º tempo ficou reservada somente para os acréscimos quando Cristiano Ronaldo acertou a trave tcheca.

Já na 2ª etapa, Portugal retornou com mais agressividade e se lançou ao ataque.

A equipe de Paulo Bento criaria diversas oportunidades, encurralando a equipe tcheca no seu campo, limitando-os a jogar defensivamente. Petr Cech teria trabalho.

O gol era questão de tempo, ainda que ele passasse rapidamente e a prorrogação já despontava como possível.

Até que a 11 minutos do final João Moutinho executa cruzamento e Cristiano Ronaldo cabeceia no chão com a bola entrando no alto do gol tcheco após quique no gramado. Portugal na frente para não mais perder a classificação. Vitória justa.

 

Alemanha 4×2 Grécia

Gdansk, Polônia

Mais uma vez, a Alemanha mostra força de favorita e elimina a Grécia em confronto repleto de ingredientes políticos e econômicos dentro do cenário de crise pelo qual passa a chamada Eurozona, ou os países da União Europeia que adotaram o Euro como moeda corrente.

 

Marco Reus

A Grécia, que começara mal a competição, chegava às quartas-de-final com moral renovada, mas não suficiente para deixar de ser considerada um azarão perante a fortíssima Alemanha.

Some-se a isso a grave crise econômica que assola a Grécia sobretudo.

Refém da política monetária do Banco Central Europeu, praticamente controlado pelos alemães, os gregos vivem cenário de humilhação, desemprego e estagnação, ampliando a dependência do país helênico da poderosa Alemanha, que capitaliza com a economia europeia atrelada à moeda única.

Economia à parte, os alemães foram a campo dispostos a resolver a disputa o mais rapidamente possível.

Os comandados de Joachim Löw iniciaram executando belo jogo com Andre Schurrle marcando, mas tendo seu gol anulado por impedimento.

Os gregos não tinham criatividade sequer eficiência ofensiva. A única chance viria com chute de Grigoris Makos defendido por Manuel Neuer.

De resto, somente a Alemanha atacou. Marco Reus ameaçava o gol grego a todo instante.

O gol inaugural viria com belo chute de longa distância de Philipp Lahm aos 39 minutos.

Quando esperava-se a confirmação da vitória alemã no 2º tempo, os gregos surpreenderiam aos 10 minutos com gol de Georgios Samaras.

Alegria grega que durou exatos seis minutos quando Jerome Boateng consegue efetuar bom cruzamento e Sami Khedira conclui com belo chute. Alemanha na frente.

Daí em diante foi o favoritismo alemão prevalecendo em campo.

Aos 68 minutos, Miroslav Klose ampliaria e em mais quatro minutos seria a vez de Marco Reus ter seu esforço recompensado com o quarto gol alemão.

Os gregos ainda teriam oportunidade de diminuir, justificando o espírito de luta, em cobrança de penalidade com Dimitris Salpingidis. Era o segundo gol da Grécia que tinha despedida honrosa do Euro.

Alemanha na semifinal.

 

Espanha 2×0 França

Donets’k, Ucrânia

Eis a partida das quartas-de-final mais aguardada.

Não era para menos, afinal os campeões europeus e do mundo recebiam a renascida França de Laurent Blanc.

 

Xabi Alonso

Na Roja, Vicente Del Bosque escalava Cesc Fábregas no ataque e detrimento de Fernando Torres.

Laurent Blanc vinha com preocupações defensivas e começaria a partida com Mathieu Debuchy atrás e próximo a Anthony Reveillere. Samir Nasri era banco, algo que teria causado certo mal estar entre o atacante e o treinador.

A verdade é que a França pouco ameaçaria os espanhóis, senhores do jogo, que tiveram, para variar, maior posse de bola, mas que criava poucas chances claras de gol.

Aos 19 minutos de jogo, Andrés Iniesta lança Jordi Alba que trabalha a bola no flanco onde Laurent Blanc havia dado mais atenção defensiva e cruza para Xabi Alonso concluir de cabeça. Espanha na frente.

Na 2ª etapa viu-se uma França mais combativa e marcando saída de bola adversária.

Na melhor jogada francesa, em jogada pela esquerda, Debuchy cabeceou com perigo.

Blanc ainda tentaria forçar o jogo com Jeremy Menez e Samir Nasri, sem sucesso.

No final, a Espanha definiria o placar através de penalidade cobrada por Xabi Alonso.

A França de Laurent Blanc progrediu, mas ainda não o suficiente para fazer frente aos espanhóis campeões do mundo.

 

Inglaterra 0 (2) x (4) 0 Itália

 

A Itália classificou-se com justiça, mas, como sempre, sofreu. Melodrama italiano à prova de chantagem emocional de qualquer mamma de plantão.

Andrea Pirlo contra Joe Hart

Cesare Prandelli iniciou a partida com Leonardo Bonucci no lugar de Giorgio Chiellini lesionado e promoveu o retorno de Mario Balotelli como titular para enfrentar seus conhecidos colegas ingleses de Premier League.

Os primeiros minutos foram frenéticos com Daniele de Rossi acertando belo chute na trave e troco inglês com arremate dentro da área de Glen Johnson para incrível defesa de Gianluigi Buffon.

E os 15 primeiros minutos de jogo foram os melhores que a Inglaterra conseguiria produzir em todo o jogo. De resto, para os ingleses, os destaques restringir-se-iam a atuações defensivas, principalmente John Terry, gigante na zaga.

Na Itália, Andrea Pirlo era o grande maestro. Verdadeira aula de futebol do meia da Juventus.

Na 2ª etapa, a posse de bola continuou italiana.

De Rossi novamente tentaria de voleio com a bola passando perto do gol de Joe Hart.

O goleiro Citizen teria mais trabalho com chute de Alessandro Diamanti.

Após 90 minutos sem gols, o jogo partiu para a prorrogação e a Itália manteve a iniciativa do jogo.

Balotelli tentaria novamente, mas seu companheiro de Manchester City, Joe Hart, interveio.

No final, Antonio Nocerino teria gol corretamente anulado em posição fora de jogo, após jogada de Diamanti.

E lá foram ingleses e italianos para as cobranças de tiro livre direto.

Pela Itália, Riccardo Montolivo chutaria para fora.

Já na Inglaterra, os Ashleys, Cole e Young, desperdiçaram seus tiros, selando o destino inglês na competição.

Classificação italiana justa, porém sofrida novamente. Pior, agora os italianos estarão mais desgastados para enfrentar a favorita e descansada Alemanha, ainda que o retrospecto italiano seja positivo no clássico.

EURO: GRUPO B – ALEMANHA SOBERANA

 

DINAMARCA 2×3 PORTUGAL

Lviv, Ucrânia

 

Em uma das melhores partidas da Eurocopa até o momento, Portugal derrotou a Dinamarca por 3×2 em Lviv, Ucrânia, apesar de todo o esforço do atacante dinamarquês Nicklas Bendtner.

 

Alegria lusitana e decepção dinamarquesa apesar de todo o esforço

Portugal vinha para o confronto com certo favoritismo, apesar da derrota sofrida para a Alemanha, enquanto que o adversário havia surpreendido a Holanda.

A questão era que os resultados iniciais em si não traduziam o que cada equipe produzira na rodada inaugural do grupo, uma vez que os portugueses haviam valorizado a vitória alemã e os dinamarqueses, pesem os méritos da grande vitória sobre os holandeses, haviam sofrido consideravelmente para evitar os gols do adversário.

Os portugueses iniciaram no ataque, afinal necessitavam de recuperação imediata. Não era a esmo que o técnico Paulo Bento colocara Nani e Hélder Postiga ao lado do astro Cristiano Ronaldo no ataque.

E não tardou para o primeiro gol português. Após cobrança de escanteio, Pepe cabeceou no primeiro pau para marcar.

Aos 37 minutos, Nani, livre pela direita, colocou na área para Hélder Postiga ampliar.

A Dinamarca conseguiu deixar tudo em aberto para a etapa final ao diminuir através de jogada aérea e conclusão de Nicklas Bendtner.

Os dinamarqueses, além do placar adverso, ainda sofreriam com a saída de Dennis Rommedahl contundido. Tobias Mikkelsen o substituiu.

Em Portugal, faltava o jogo de Cristiano Ronaldo que não estava em sua noite.

No 2º tempo, Portugal procurava levar o jogo como estava até o final, mas emoções extras surgiriam aos 35 minutos com novo gol de cabeça de Bendtner. O atacante do Sunderland voltava a mostrar eficiência.

Desespero momentâneo para Portugal que teria situação dificultada no Euro com o empate.

Quando os portugueses pareciam ter se entregado ao fatalismo, Fábio Coentrão cruzou para Silvestre Varela finalizar.

Vitória aliviante para Portugal e cruel punição ao esforço de Bendtner e sua Dinamarca.

 

HOLANDA 1×2 ALEMANHA

Kharkiv (Carcóvia), Ucrânia

 

Eis o jogo mais aguardado da fase de grupos da Eurocopa, dados a qualidade e o desempenho das equipes nas últimas competições internacionais. Afinal, os holandeses são os vice-campeões do mundo e os alemães foram semifinalistas nas duas últimas edições da mesma competição, a Copa do Mundo.

 

Mario Gomez e sua Alemanha superam os mais difíceis obstáculos nesta Eurocopa

E não fica por aí.

Basta lembrar que a Laranja possui verdadeira legião estrangeira se destacando nas principais ligas nacionais da Europa. Um desses jogadores em destaque é Arjen Robben, astro da Bundesliga alemã atuando no Bayern de Munique.

E os alemães possuem a melhor seleção nacional da atualidade. Verdadeiro trabalho de renovação promovido por Joachim Löw que viu em jovens talentos locais o futuro da tradicional seleção de seu país.

E de pensar que a Alemanha vivia crise de novos talentos no período que compreendeu pós Eurocopa de 1996 até a Copa do Mundo de 2002.

Alemanha que deteve a superioridade da partida, definida já na 1ª etapa com dois gols de Mario Gomez após duas assistências de Bastian Schweinsteiger.

No primeiro gol, conclusão perfeita de Gomez que anotou apesar do esforço de Maarten Stekelenburg que ainda tocou na bola. Alemanha na frente com 24 minutos de jogo.

Aos 38 minutos, o segundo gol. Schweinsteiger, à direita da área, passou e Gomez concluiu com perícia.

Parecia o fim da Holanda que, ao contrário da Alemanha, não contava com inspiração de seu homem gol, Robin Van Persie.

Talento que surgiria somente aos 73 minutos de jogo, quando o artilheiro do Arsenal concluiu de pé direito, batendo Manuel Neuer.

Vitória da Alemanha sobre a Holanda no clássico que deixa a equipe de Joachim Löw a meio passo da próxima fase, Já os holandeses não dependem mais de si para passar, pois deverão vencer Portugal com boa margem de gols e torcer para a Alemanha fazer o mesmo com a Dinamarca. Tudo porque a Alemanha lidera com 6 pontos, Portugal e Dinamarca ficam com 3 e Holanda não tem pontos.