Após cinco rodadas da fase de grupos da UEFA Champions League, o Borussia Dortmund define a liderança do Grupo D, o chamado grupo da morte, deixando para trás rivais como Real Madrid e o eliminado Manchester City.
GRUPO D
Após cinco rodadas da fase de grupos da UEFA Champions League, o Borussia Dortmund define a liderança do Grupo D, o chamado grupo da morte, deixando para trás rivais como Real Madrid e o eliminado Manchester City.
GRUPO D
Ajax 1×4 Borussia Dortmund
Amsterdã, Holanda
O Borussia Dortmund confirmou grande fase no torneio europeu de clubes e fez 4×1 no Ajax em Amsterdã.
Parece que o técnico Jürgen Klopp e equipe, diferentemente do Manchester City, assimilaram as amargas lições da temporada passada e se prepararam com afinco para a atual edição da Champions.
Robert Lewandowski marcou duas vezes, além de Marco Reus e Mario Göetze. Danny Hoensen diminuiu para os holandeses.
Os campeões da Bundesliga terminaram líderes do grupo com 11 pontos.
Manchester City 1×1 Real Madrid
Manchester, Inglaterra
O Manchester City é eliminado da UCL pela segunda vez consecutiva, como já previsto, dada a situação delicada que chegava à 5ª rodada da competição.
E, desta vez, não houve algo sequer a se apegar como justificativa do fracasso.
O Madrid teve início avassalador e controlava totalmente as ações, a ponto das estatísticas do jogo apresentarem absurdas 12 tentativas de gol dos visitantes contra nenhuma dos anfitriões após um quarto de disputa.
A formação inicial de Roberto Mancini revelou-se ineficiente. Pablo Zabaleta jogava ao lado de Vincent Kompany e Matija Nastasic na defesa.
No Madrid, jogando de verde, Xabi Alonso, Sami Khedira e Luka Modric dominaram o meio de campo. À frente, Cristiano Ronaldo e Angel Di María finalizavam o trabalho de domínio territorial.
Nesse contexto, o Madrid marcou logo aos 10 minutos com Karim Benzema que concluiu, sem esforço, bola cruzada de Di María.
Cristiano Ronaldo exibia forma física e técnica exuberantes e José Mourinho, no banco, era show à parte com suas reações curiosas de acordo com o desenrolar dos lances.
Somente na segunda metade do 1º tempo, o City apresentou sinal de vida ofensiva com duas tentativas para testar Iker Casillas.
Na 2ª etapa, empurrado pela torcida e com James Milner, Javi García e Carlos Tevez em campo, os Citizens trataram de forçar o jogo, mas o gol de empate veio somente através de penalidade inexistente de Arbeloa sobre Sérgio Aguero. O próprio argentino bateu e converteu.
No final, empate fatal para o City, que apenas brigará por vaga na Liga Europa, e relegou o Real Madrid à 2ª colocação do Grupo D.
De consolo para Roberto Mancini fica apenas o fato de ter ouvido seu nome ser ovacionado pela torcida Citizen como forma clara de provocação ao Chelsea que demitira mais um técnico.
Classificação:
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Casa |
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Clubes |
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V |
X |
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V |
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GS |
DG |
Pts |
1 | Borussia Dortmund | 5 | 2 | 0 | 0 | 1 | 2 | 0 | 3 | 2 | 0 | 10 | 5 | 5 | 11 |
2 | Real Madrid CF | 5 | 1 | 1 | 0 | 1 | 1 | 1 | 2 | 2 | 1 | 11 | 8 | 3 | 8 |
3 | AFC Ajax | 5 | 1 | 0 | 2 | 0 | 1 | 1 | 1 | 1 | 3 | 7 | 12 | -5 | 4 |
4 | Manchester City FC | 5 | 0 | 3 | 0 | 0 | 0 | 2 | 0 | 3 | 2 | 7 | 10 | -3 | 3 |
GRUPO A
FC Porto 3×0 Dinamo Zagreb
Porto, Portugal
O Porto do técnico Vítor Pereira confirma condição de líder do Grupo A ao bater o saco de pancadas Dinamo Zagreb.
Os gols foram marcados pelo argentino Lucho González no 1º tempo, João Moutinho e Silvestre Varela na etapa final.
Importante feito parcial do time lusitano que se mantém à frente do milionário Paris Saint Germain na classificação.
Dynamo Kiev 0x2 Paris Saint Germain
Kiev, Ucrânia
Com boa atuação do argentino Ezequiel Lavezzi, o PSG sai de seu inferno astral vivido na Ligue 1 francesa e vence o Dynamo Kiev na Ucrânia.
Lavezzi marcou os dois gols dos parisienses, classificando a equipe do técnico Carlo Ancelotti para as oitavas de final da UCL ao lado do Porto.
Agora, PSG e Porto decidem a liderança do grupo em Paris na rodada final da fase de grupos.
Classificação:
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Casa |
Fora |
Total |
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Clubes |
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V |
X |
D |
V |
X |
D |
V |
X |
D |
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GS |
DG |
Pts |
1 | FC Porto | 5 | 3 | 0 | 0 | 1 | 1 | 0 | 4 | 1 | 0 | 9 | 2 | 7 | 13 |
2 | Paris Saint-Germain FC | 5 | 2 | 0 | 0 | 2 | 0 | 1 | 4 | 0 | 1 | 12 | 2 | 10 | 12 |
3 | FC Dynamo Kyiv | 5 | 1 | 1 | 1 | 0 | 0 | 2 | 1 | 1 | 3 | 5 | 9 | -4 | 4 |
4 | GNK Dinamo Zagreb | 5 | 0 | 0 | 2 | 0 | 0 | 3 | 0 | 0 | 5 | 0 | 13 | -13 | 0 |
GRUPO B
Arsenal FC 2×0 Montpellier HSC
Londres, Inglaterra
Com gol de Jack Wilshere, que não marcava havia quase dois anos, além de tento de Lukas Podolski, o Arsenal se garantiu na próxima fase da Champions League.
A vitória por 2×0 sobre o enfraquecido campeão francês do Montpellier foi assistida por 60 mil fãs no Emirates Stadium de Londres.
Na rodada final, o Arsenal cumprirá tabela na Grécia contra o Olympiakos.
Schalke 04 1×0 Olympiakos
Gelsenkirchen, Alemanha
Com gol único do austríaco Christian Fuchs aos 31 minutos do 2º tempo, o Schalke 04 conseguiu segurar a liderança do Grupo B e a classificação para a fase de mata-mata da UCL.
Para o Olympiakos resta a Liga Europa na segunda metade da temporada.
Classificação:
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Casa |
Fora |
Total |
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Clubes |
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V |
X |
D |
V |
X |
D |
V |
X |
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GS |
DG |
Pts |
1 | FC Schalke 04 | 5 | 1 | 2 | 0 | 2 | 0 | 0 | 3 | 2 | 0 | 9 | 5 | 4 | 11 |
2 | Arsenal FC | 5 | 2 | 0 | 1 | 1 | 1 | 0 | 3 | 1 | 1 | 9 | 6 | 3 | 10 |
3 | Olympiacos FC | 5 | 1 | 0 | 1 | 1 | 0 | 2 | 2 | 0 | 3 | 7 | 8 | -1 | 6 |
4 | Montpellier Hérault SC | 5 | 0 | 0 | 2 | 0 | 1 | 2 | 0 | 1 | 4 | 5 | 11 | -6 | 1 |
GRUPO C
Zenit 2×2 Málaga
O ótimo Málaga teve começo avassalador contra o Zenit em São Petersburgo, Rússia, com gols do argentino Diego Buonanotte e do uruguaio Sebastian Miglierina, mas permitiu reação e empate dos anfitriões com gols do português Danny Gomes e Viktor Faizulin.
Ainda assim, o Málaga se garantiu como líder definitivo do Grupo C com grande campanha.
Anderlecht 1×3 AC Milan
Em temporada ruim do Milan, a vitória conquistada em Bruxelas traz algum alento para o torcedor rossonero. Tudo graças a mais um gol de Stephan El-Shaarawy (o melhor milanista da temporada), outro gol de Alexandre Pato (já não goza de confiança pelos lados de Milanello após tantas lesões), mas, principalmente, o belíssimo gol de bicicleta do zagueiro francês Philippe Mexes.
Mas que o torcedor milanista não se engane, não foi nenhuma atuação de gala. O time de Massimiliano Allegri, sempre na corda bamba no cargo de treinador, sofreu, sobretudo no 1º tempo. Não fosse a falta de criatividade dos anfitriões, as dificuldades teriam sido maiores.
Os gols, todos no 2º tempo, classificaram o Milan e colocaram o Anderlecht apenas na briga por vaga na Liga Europa contra o Zenit. Ambos jogarão como visitante contra Málaga e Milan, respectivamente, mas poderão contar com o desinteresse dos classificados.
Classificação:
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Casa |
Fora |
Total |
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Clubes |
J |
V |
X |
D |
V |
X |
D |
V |
X |
D |
GM |
GS |
DG |
Pts |
1 | Málaga CF | 5 | 2 | 0 | 0 | 1 | 2 | 0 | 3 | 2 | 0 | 10 | 3 | 7 | 11 |
2 | AC Milan | 5 | 0 | 2 | 0 | 2 | 0 | 1 | 2 | 2 | 1 | 7 | 5 | 2 | 8 |
3 | FC Zenit St Petersburg | 5 | 1 | 1 | 1 | 0 | 0 | 2 | 1 | 1 | 3 | 5 | 9 | -4 | 4 |
4 | RSC Anderlecht | 5 | 1 | 0 | 2 | 0 | 1 | 1 | 1 | 1 | 3 | 2 | 7 | -5 | 4 |
UCRÂNIA 0x2 FRANÇA
Donets’k, Ucrânia
Apesar da boa atuação no 1º tempo e nova exibição de talento de seu maior ídolo, o veterano Andriy Shevchenko, a co-anfitriã não resistiu à superioridade técnica francesa que, em apenas três minutos, liquidou a partida em Donets’k, Ucrânia.
Resistir à pressão da torcida local, sem mencionar a motivação do craque da equipe da casa às vésperas da aposentaria e vencer o jogo no 2º tempo. Nada mal para uma seleção francesa reconstruída do nada pós-fiasco de 2010.
Foi mais um capítulo do renascimento da França sob a batuta do técnico Laurent Blanc.
E os “Bleus” tiveram que suportar pressão da Ucrânia no 1º tempo, principalmente graças ao talento de Shevchenko que provou mais uma vez ser grande craque. Deixará saudades.
Tudo isso após paralisação forçada do jogo devido a temporal que caiu sobre a cidade de Donets’k.
Mais tarde, o técnico ucraniano Oleg Blokhin falaria sobre a melhor adaptação dos franceses ao gramado pesado do estádio.
Na 2ª etapa, a França liquidaria a partida em três minutos com gols de Jeremy Menez aos 8 e Yohan Cabaye aos 11 minutos.
A Ucrânia não ameaçaria mais a vitória francesa.
SUÉCIA 2×3 INGLATERRA
Kiev, Ucrânia
Theo Walcott saiu do banco de reservas para tirar a Inglaterra do atoleiro após sair na frente da Suécia, levar a virada e buscar o empate e a vitória final por 3×2 em Kiev, Ucrânia.
Os ingleses entraram com maior volume ofensivo e saíram na frente aproveitando-se do fraco jogo aéreo defensivo sueco quando Steven Gerrard acertou belo passe longo com Andy Carroll acertando belo cabeceio.
A Suécia traria emoção ao jogo no 2º tempo. Em rebote de falta, Olof Mellberg chutou de esquerda e Glen Johnson fez contra.
O desespero tomaria conta dos ingleses quando o próprio Mellberg anotou o segundo gol sueco 10 minutos mais tarde.
Roy Hodgson teve o mérito de agir rapidamente. Promoveu a entrada de Theo Walcott no lugar de James Milner.
O jogador do Arsenal empataria aos 64 minutos com voleio em rebote após escanteio.
Aos 78 minutos, Walcott novamente faria a diferença ao passar por dois marcadores e servir Danny Welbeck.
Era a vitória inglesa obtida graças à alteração de Hodginson e ao futebol decisivo de Walcott.
Agora, a França lidera o grupo com 4 pontos, a Inglaterra, também com 4 pontos, está em segundo, a Ucrânia segue de perto em terceiro com 3 e a Suécia fica sem pontos.
A rodada final do grupo D terá Inglaterra x Ucrânia e Suécia x França.
Ao fazer o gol inaugural do placar histórico de 6×1 conquistado pelo Manchester City contra o Manchester United no derby da cidade, o italiano Mario Balotelli ergueu seu uniforme para mostrar os dizeres “Why always me?” estampados na camiseta por baixo.
Por que sempre você, caro Mario Balotelli?
Balotelli sempre teve seu nome envolvido em polêmica.
Nascido em Palermo, Sicília, este italiano de ascendência ganesa logo ganhou destaque e foi parar na Internazionale.
E foi na Inter que os desentendimentos de Super Mario começaram a aparecer de forma diretamente proporcional ao seu futebol. Mais exatamente, o imbróglio com o técnico José Mourinho quando o português o acusou de falta de empenho nos treinamentos, já que não era muito aproveitado como titular.
Só que a torcida o amava.
Nas semifinais da UEFA Champions League em 2010 contra o Barcelona, outra travessura. Super Mario jogaria a camisa do clube no gramado após vitória por 3×1 em casa.
No histórico do siciliano ainda consta a aparição pública com a camiseta do arquirrival Milan em forma de protesto e provocação pela sua má utilização na equipe.
Ainda em 2010, Roberto Mancini o recruta para o novo endinheirado do pedaço: o Manchester City.
E lá está ele. Super Mario aprontou das suas novamente em fim de semana dos mais agitados.
Após ter colocado fogo em sua casa graças a festival pirotécnico à base de fogos de artifício, o craque, ainda insatisfeito, pôs fogo no clássico de Manchester, no melhor dos sentidos.
A história era aquela, o novo rico City havia crescido e aparecido, sem dúvida, mas faltava camisa na hora de encarar o rival United.
Pior para a torcida que tinha que encarar a gozação “red devil”, a retórica de Alex Ferguson nas coletivas e o descrédito geral da crônica esportiva.
Pior para Mancini que tinha que aguentar as crescentes desconfianças. Afinal, muita grana para armar um time competitivo e, na hora de mostrar que virou gente grande, aquela velha história do amadurecimento, os azuis negavam fogo.
Super Mario foi o grande protagonista da redenção.
O gol, com chute colocado no canto esquerdo de David de Gea, abriu o placar em Old Trafford.
O United tinha problemas defensivos e, de quebra, Ferguson optou por formação inicial sem Javier “Chicharito” Hernandez ao lado de Wayne Rooney. Só que Danny Welbeck ao lado de “Shrek” com a aproximação do meio de campo através de Ashley Young ou Anderson não surtia efeito.
Final de 1º tempo com 1×0 e silêncio na maior parte do Old Trafford.
O “incendiário” Balotelli conseguiria nova proeza logo nos primeiros movimentos da etapa final. Sofreu falta frontal à entrada da área provocando a expulsão de Jonny Evans.
A próxima cartada siciliana viria aos 15 minutos. Cruzamento de James Milner após grande jogada de David Silva e Balotelli faria o segundo gol.
O terceiro gol viria com os pés de Sergio Kun Aguero.
Assim, o United estava plenamente dominado em seus domínios. Restaria apenas o gol de honra, pelo menos.
O City, com ótimas atuações de David Silva e James Milner, tocava a bola com segurança.
Darren Fletcher diminuiria aos 36 minutos fazendo belo gol e dando alguma esperança à torcida local.
Quando tudo parecia definido no placar, nova onda de gols surgiria no final. Edin Dzeko duas vezes e David Silva transformaria o clássico em goleada histórica para o City.
Momento Ideal para a utilização do velho chavão: “lavar a alma”. Foi exatamente a conquista do City no derby.
Mas a vitória trouxe ainda bônus importantes. Liderança isolada, cinco pontos de vantagem para o City contra o rival (25 pontos contra 20) e a consagração de novo ídolo, Mario Balotelli, que está fazendo os fãs esquecerem outro ídolo problemático, Carlos Tevez.
Por que sempre você, Mario Balotelli?
E não foi só de derby de Manchester que viveu a Premier League.
Em Londres, o Chelsea visitou o modesto Queens Park Rangers e se deu mal.
Expulsões de José Bosingwa e Didier Drogba e derrota por 1×0. O Chelsea permanece em 3º com 19 pontos.
Quem subiu na tabela foi o Newcastle. Tudo graças à vitória conquistada frente ao Wigan por 1×0 no seu St. James’ Park. São 19 pontos para o time e cola total no Chelsea.
A rodada também foi boa para o Arsenal na sua luta pela reconstrução. O Emirates Stadium recebeu 60 mil pessoas para ver os “gunners” fazerem 3×1 no Stoke City com dois gols de Robin Van Persie, além de grande atuação de Aaron Ramsey e Gervinho. Agora o time de Arsene Wenger tem 13 pontos e ocupa o 7º lugar.
Na próxima rodada será a vez de Londres celebrar seu derby. O Chelsea recebe o Arsenal.
E já que o City é de Manchester e a cidade é fértil em revelar ao mundo grandes bandas de rock, nada como terminar como o hit inaugural do Oasis dos irmãos Noel e Liam Gallagher, ilustres torcedores do time. Lá vai a sugestiva “Supersonic” do álbum “Definitely maybe” de 1994, saudando os supersônicos Manchester City e Mario Balotelli.
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