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IMPRESSIONANTES MARCOS ASSUNÇÃO E XV DE PIRACICABA

Impressionante Marcos Assunção

Literalmente como os grandes vinhos, quanto mais velho, melhor. Dos 11 gols do Palmeiras neste Paulistão, Assunção teve participação em 7: 3 gols e 4 assistências.

O 1º gol do Palmeiras aconteceu em belíssima trama pelo meio que convergiu em jogada individual de Daniel Carvalho terminando em um golaço. Isso mostra que não apenas de Assunção vive esse Palmeiras versão 2012. Mas que o Assunção versão 2012 faria o mesmo tipo de estrago a favor de qualquer outro time pelo qual jogasse.  Estou para cravar que Marcos Assunção é o maior mestre Jedi em cobranças de faltas em todos os tempos. Eu pelo menos nunca vi nada igual.

Coloque-o no Barça e certamente a média de gols em bolas paradas do time catalão irá aumentar também.

Ter essa arma mortal é para tranqüilizar o torcedor e não apavorá-lo com a questão de ser essa a única jogada do time. Não é. É sim a mais forte.

Impressionante XV De Piracicaba.

Ao lado do Paulista, o melhor futebol apresentado pelos times do interior. Impressiona não apenas por isso, mas por apesar disso ser apenas o 15º colocado no Paulistão.

Contra o Palmeiras jogando em casa, o técnico Moisés Egert armou um time ofensivo, de boa troca de passes e que se aproveitou em diversos momentos das falhas na retaguarda alviverde. O gol de Ricardinho em cobrança de falta aconteceu após falha grotesca de Deola, enquanto o empate em 2X2 saiu depois da zaga palmeirense bater cabeça e Mauricio Ramos completar contra o próprio patrimônio. Mas esse erro, por exemplo, aconteceu por mérito da ofensividade do XV, que pressionou o então recuado e excessivamente precavido Palmeiras, já com lamentáveis 4 volantes em campo.

Para se verificar as inversões de valores, neste momento o Palmeiras, jogando em casa, atuava com 4 volantes e o XV com 4 atacantes.

O XV de Piracicaba pelo jogo de ontem e pelo futebol mostrado nesse início de Paulistão merece muito mais do que a 15ª colocação na tabela.

Impressionantes representantes aos montes pedindo os montes.

Wesley era dado como contratação certa pelo Palmeiras. 6 mi de euros em 3 parcelas de 2 mi. Werder Bremen feliz da vida. Palmeiras com baita reforço e Felipão saltitante de felicidade.

Entretanto “pecou” o Palmeiras em negociar diretamente com jogador e clube. O que deveria ser o trâmite correto, no futebol de hoje não é.

Surgiram agora 12 milhões de representantes do jogador pedindo mais dinheiro, novos acordos, alguns benefícios extras. Em contrapartida o Atlétigo MG, que havia oferecido valores bem inferiores para o Werder e mesmo em salários para Wesley, tratou direto com o representante e diz a boca pequena, ofereceu um extra ao sujeito.

A trama é mais ou menos  que vinha acontecendo e atrasando a apresentação de Barcos.

Barcos fez sua estréia ontem, aos 15 minutos do 2º tempo e mostrou que pode ser o camisa 9 que há anos o Palmeiras não tem. No final das contas, das novelas e de algum acerto “amigável”, o mesmo deve acontecer com Wesley.

 

Impressionante. Só que não.

Pelo Campeonato Carioca, Bonsucesso X Macaé jogaram para um público de, pasmem,  DEZ pagantes e renda de milionários R$150,00 – Cento e Cinqüenta moedas de 1 real.

Os estaduais agonizam.

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Termino minha conversa com a camaradagem feroz ao som do grande INXS, em uma das últimas apresentações do eterno Michael Hutchence – Everything

Cheers,

MUITO MAIS QUE UM CLÁSSICO. IMPRESSÕES SOBRE PALMEIRAS X CORINTHIANS

A alcunha “clássico” aplica-se a muitos e enormes duelos entre diversos de nossos grandes clubes. Mas o jogo Palmeiras X Corinthians está em outro patamar. Queiram ou não os profetas do apocalipse e alguns “reacionários” da imprensa que vivem tentando cunhar um novo e emblemático duelo como o maior de todos.

Não adianta esperar grandes jogos em técnica entre os dois quando é decisão. Mesmo quando ambos possuíam elencos formidáveis os jogos aconteciam mais na base do nervosismo exacerbado, pela superação de algum que estivesse inferiorizado, por detalhes que muitas vezes fogem dos aspectos técnicos e táticos. É tensão, é explosão, é TNT puro. É assim que gosto de jogos decisivos. Palmeiras X Corinthians começa a ser jogado e decidido ao longo da semana que o antecede, com declarações, posicionamentos e respostas de ambos os lados.

Mais que o aspecto técnico, na maior parte das vezes o aspecto preponderante no duelo e o emocional.

O jogo de ontem serviu também para afundar de vez o discurso de alguns que aponta para um suposto favorecimento da Federação Paulista de Futebol ao Palmeiras, pelo fato de seu presidente ser dirigente do clube. Oras, não só a escalação de PC de Oliveira não era vista com bons olhos pelo alviverde, como se sabe muito bem que muitos dos piores inimigos alviverdes estão incrustados dentro do próprio clube, sob o título de diretores. Vide Mustafa e sua corja.

Ao invés de apontamentos sobre esquemas, vale mais levantar situações conflitantes do jogo e tecer comentários.

Amarelar Kleber com 3 minutos de jogo foi o primeiro exagero de PC. Ao longo do jogo houve entradas muito mais ríspidas de ambos os lados e em algumas sequer foram marcadas falta. O que não exclui o fato de que o Gladiador exagerou na pilha, exagerou também ao tentar muitas vezes cavar faltas ao invés de prosseguir jogadas nas quais ele claramente levaria vantagem sobre o marcador.

Danilo foi de uma imprudência inaceitável no lance de sua expulsão. Jogada no campo de defesa do adversário não pede um carrinho daqueles. Isso não elimina também a recepção proporcionalmente violenta por parte de Liedson. Afinal, as marcas deixadas na perna de Danilo não foram causadas pelo gramado, obviamente.  O pé alto do atacante era motivo suficiente para PC puni-lo na mesma proporção da punição que recebeu o zagueiro. Em minha opinião, o amarelo cairia muito bem para ambos. Mas se o vermelho era a cor que o juiz queria aplicar, que fosse então mostrada aos dois.

Houve prejuízo ao Palmeiras. Mas dizer que houve roubo é forte. Por mais que o histórico de PC seja de prejuízos ao alviverde, fomentar a discussão em torno de algo premeditado não ajuda, pelo contrário, prejudica o clube que certamente irá sofrer punições do “excelentíssimo” TJD.

O que o Verdão precisa é trabalhar quieto, voltar a ser forte nos bastidores como os seus “co-irmãos” tem sido, para que em uma próxima escala de árbitros para seus jogos decisivos os “PC´s” da vida não estejam no sorteio. E que os sorteios não dêem margem para suposições, afinal, um jornal de grande circulação cravar e acertar quem seria o árbitro antes mesmo do sorteio levanta uma série de suspeitas.

A expulsão de Felipão, tenha sido justa ou não, não influiu tanto na forma de atuar do time. Mesmo com jogador a menos o Palmeiras foi mais time ao longo de todo o jogo. A dor de cotovelo que supostamente Felipão estava sentindo e que foi apontada pelo Adenor não tem sustentação técnica e tática. Com jogador a mais o técnico alvinegro pouco ou nada tirou de proveito.

O grande acerto de Tite foi mais uma vez promover a entrada de William. O cara tem estrela e empatou o jogo em falha de Deola, numa das únicas chances de gol do Corinthians. A insistência de Tite em Gil – ops – em Dentinho é de uma cegueira incrível.

E o goleiro Julio Cesar, que vinha sendo cornetado por parte da torcida e imprensa, mais uma vez mostrou que, guardadas as devidas e enormes proporções, está para o Palmeiras assim como São Marcos está para o Corinthians. O cara simplesmente fecha gol contra o alviverde, fica largo, vira um protótipo de Marcos. No ano são dois clássicos entre alviverdes e alvinegros, dois jogos com grande domínio do Palmeiras, dois jogos em que Julio Cesar é o salvador da lavoura corintiana.

Penalidades, ao contrário do que muitos pregam, não é loteria. Na disputa o Corinthians teve o seu único momento de domínio no derby, exatamente no momento mais decisivo.

Alerta ligado no Verdão, que agora foca na Copa do Brasil, onde encara o Coritiba, melhor time do país (em números e estatísticas) e provavelmente não terá Valdivia e Cicinho, contundidos no jogaço de ontem.

Falamos em clássico, então me despeço da ferocidade com um clássico do INXS, do grande Michael Hutchence – Need You Tonight

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Cheers,