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Paul Banks trabalha no segundo disco solo!

Em 2009 o lider do Interpol Paul Banks lançou um álbum solo  usando um alter ego: Julian Plenti, e o disco foi intitulado como Julian Plenti Is … Skyscraper.

Agora, ele está trabalhando em um novo álbum solo para a Matador Records, só não se sabe ainda se ele sairá sob a alcunha Plenti, ou não!

E deve sair ainda  este ano.

Abaixo, assista o vídeo de Julian Plenti de “Only If You Run”, do seu primeiro trabalho solo:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Gt40__1OlqU[/youtube]

FESTIVAL PLANETA TERRA: IMPRESSÕES E EXPRESSÕES

E lá se foi mais um Festival Planeta Terra. E mais uma vez deixando a certeza de que se trata do melhor e mais organizado evento musical do país, disparado.

Poucas e rápidas filas para banheiro e para compras de fichas mediante cartão. Quem levou cash teve a opção de adquirir fichas para comes e bebes com colaboradores espalhados nas proximidades dos guichês. Irretocável. Shows com atrasos irrisórios, quando teve. A apreciação do line-up fica por conta do gosto de cada um.

Cheguei mais tarde do que o planejado, mas ainda deu tempo de curtir o bom show do White Lies. Eu conhecia “pouco/quase nada” dos caras, mas curti a apresentação competente do que, pelo menos para mim, sem grandes paradas para um estudo mais aprofundado, soou como algo entre um She Wants Revenge com Hurts e vocal do Brandon Flowers.  Captaram?

Se passei longe da realidade, podem me cornetar. Fato é que o bom público que já estava presente mostrou-se animado com aquele som um tanto quanto soturno e conflitante com a tarde de sol, alegria e cheia de brinquedos ao redor. E isso é bom.

Pausa para as primeiras cervejas e um passeio pelo parquinho mais maroto da paulicéia. Durou tanto o cazzo do passeio que perdi o Broken Social Scene.

Retornei ao Main Stage então quando Paul Banks e sua trupe apontaram. Acho os 3 primeiros álbuns do Interpol (Turn On The Bright Lights, Antics e Our Love To Admire) magníficos, mas o último (homônimo) é bem meia boca.

Com tempo de show reduzido, a rapaziada teve que se virar para encaixar alguns hits malemolentes no meio das faixas do último trabalho. Os pontos altos com os petardos Say Hello To The Angels, Narc, Slow Hands, Obstacle 1 e C´mere (aguardadíssima por este pobre escriba) contrastaram com alguns momentos, digamos, arrastados, sobretudo na execução das mais recentes canções. Falha gravíssima a falta de No I In Threesome, mas há de se levar em conta o pouco tempo que tiveram.

O Interpol é o tipo de banda que funciona muito melhor em palcos menores, com platéias essencialmente suas. Certamente a apresentação dos bonitos ontem na Clash teve um repertório mais digno e uma duração condizente com a importância da banda no atual cenário.

No final das contas o show acabou sendo muito bom, mas longe daquele que presenciei em 2008.

Fim de jogo para o Interpol, tempo para mais uma movimentação estratégica para aquisição de mais cervejas. A essa hora a pista já estava menos transitável e a expectativa era grande por parte da enorme concentração de órfãos do Oasis, dentre os quais me encaixo fielmente.

Quando digo “órfãos”, o caro leitor deve entender “saudosos” das tramas, da postura e dos “fucks” dos irmãos Gallagher.

Como bem definiu um colunista o qual agora me foge o nome, o Beady Eye soa como um lado Z do Oasis. É bem verdade. Ainda assim é melhor que 93,784% das bandas que surgem toda semana para salvar a cena. E quem foi lá esperando algo próximo de um show do Oasis, favor sentar logo ali e esperar por anos e anos, talvez até 2015, quando Liam pretende reunir o Oasis.

O amigão que também não reciclou seu arsenal de críticas prontas e usou o jargão “Show morno. Falta mais proximidade do Liam com o público”, favor também sentar logo ali ao lado da Cláudia.

É essa tal “falta de proximidade” de Liam que o torna tão próximo de seu público. É essa falta de proximidade que o público que ver e foi isso o que teve. Faltaram sim alguns “fucks” a mais. O Gallagher mais marrento anda meio tranquilão mesmo. Mas ainda é a personificação da identidade do Oasis ali diante do público. E com a voz melhor do que em sua última passagem por aqui.

Beady Eye é sim o lado Z do Oasis. É o Oasis sem frescuras (do bom sentido). Tem a crueza de um rockão old school, mas também a baladinha melosa e grudenta. Tem uma baita banda que une no mesmo palco Ride, The La´s e Oasis e tem Liam Gallagher nos vocais. Eu acho demais. Eu achei demais.

O festival foi dos Strokes. A massa queria ver Strokes. Todas as ações ao longo do festival eram voltadas aos Strokes. Mas a minha noite foi devidamente paga com a bandinha lado Z de Liam Gallagher.

E falando em Strokes, tá aí uma banda pela qual perdi o encanto ao longo dos anos. Acho um petardo o disco de estréia (Is This It) e nos trabalhos seguintes pesco algumas grandes faixas. Mas é muito oba-oba pra minha cabeça. O show foi impecável tecnicamente e o repertório beirou a perfeição para quem foi em busca dos numerosos hits arrasa quarteirões dos figuras.

Mas pelo menos pra mim parecia que havia um telão postado à frente do palco com uma imagem estática da banda e ao fundo os cd´s sendo executados por competentes músicos. E não é de movimentação e micagens que falo.

Não vou cravar que não gostei, até por que, assumo, acompanhei a certa distância. Mas é fato: Strokes não me anima muito. Gosto, mas sem grande empolgação.

Despeço-me da ferocidade com alguns vídeos dos shows que presenciei no parquinho. Valeu Terra.

 

Beady Eye – Millionaire

http://www.youtube.com/watch?v=q0vKgFpn3u8

Interpol – C´mere

http://www.youtube.com/watch?v=DduMiXf4dmA

White Lies – Strangers

http://www.youtube.com/watch?v=o7_DvjcvdsY

Strokes – Juicebox & Last Nite

http://www.youtube.com/watch?v=XuOhGVwJFjU

Cheers,

A AMBIÇÃO MAGNA

– Dos 10 primeiros colocados do BR11, excluindo as vitórias de Vasco e São Paulo no sábado, só vamos encontrar um vencedor exatamente na 10ª colocação, o Atlético GO que venceu o Galo por 1X0. A ausência de vitoriosos dentro desse universo dos que ainda podem pensar em algum vôo mais alto nesse Brasileirão explica muita coisa sobre a razão pela qual o Corinthians não perdia a liderança que já não lhe pertencia há algum tempo.

O Vasco tem como única aspiração nesse campeonato o título, já que sua vaga na Libertadores está garantida pela conquista da Copa do Brasil. Talvez esteja aí o diferencial dos cariocas para os outros ponteiros, a ambição magna.

Clube grande tem que pensar como grande que é e a partir disso buscar o máximo dentro da competição. O máximo dentro do Brasileirão definitivamente não é a vaga na Libertadores, mas ser campeão. Como é também na Copa do Brasil, na Sulamericana ou em qualquer campeonato. Importante é ser campeão.

Óbvio que apenas um atingira o objetivo e então os que não o atingiram poderão gozar de uma justa premiação pelo seu esforço na busca por esse título. Mas ambicionar o 2º, o 3º ou o 4º lugar é tacanho demais, como fatalmente será tacanha sua posição final no campeonato.

– O Santos é o melhor time do país e para vencer o pseudo líder bastou que Neymar jogasse pro gasto. O problema é que o gasto do camisa 11 é maior que qualquer ápice do restante da boleirada do país. Foi melhor o Corinthians em uma 1ª etapa em que Neymar parecia estar desligado. Foi massacrado numa 2ª etapa em que Neymar resolveu jogar. Tivesse Alan Kardec um pouco mais de “presença de espírito” e o placar teria sido mais elástico. O Santos é o 11º colocado por pontos ganhos, mas por perdidos é o 5º. Se nesse campeonato onde está difícil encontrar alguém com vocação para conquistá-lo, o Santos achar que dá, pode ser que dê mesmo.

– O Palmeiras jogou mais uma vez melhor que adversário e mais uma vez não o venceu. Atuou boa parte do jogo contra o Avaí com menos dois cones, digo, jogadores. Sendo a expulsão de Gerley correta, mas a de Rivaldo um exagero. Que exagerem sempre nesse caso, diz o amigo palmeirense. Que deixe de exagerar Felipão na cautela defensiva e no medo de atacar. Que deixem de exagerar a parte da torcida que elegem os menos culpados pela patética situação do time e do clube, quando os verdadeiros culpados estão perpetuados, atuando em bastidores, em benefício próprio, alimentando um ego que cresce na mesma medida em que o clube definha. Que deixem de exagerar na idolatria a jogadores que deveriam exagerar na marcação de gols, em decidir partidas, que recebem salários exagerados para um exagero de apatia que sobre eles se abate.

-Ouçam Interpol, meus caros. Ouçam:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=UgXMUALoU3A[/youtube]

Cheers,